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Instantes revelados: da fotografia ao esporte Denise Guimarães, Fabio Giacomelli, Laís Margadona, Jefferson Barcellos e José Carlos Marques (Orgs.) Ria Editorial - Comité Científico Abel Suing (UTPL, Equador) Alfredo Caminos (Universidad Nacional de Córdoba, Argentina) Andrea Versuti (UnB, Brasil) Angelo Sottovia Aranha (Universidade Estadual Paulista – UNESP, Brasil) Anton Szomolányi (Pan-European University, Eslováquia) Carlos Arcila (Universidad de Salamanca, Espanha) Catalina Mier (UTPL, Equador) Denis Porto Renó (Universidade Estadual Paulista – UNESP, Brasil) Diana Rivera (UTPL, Equador) Fatima Martínez (Universidad do Rosário, Colômbia) Fernando Ramos (Universidade de Aveiro, Portugal) Fernando Gutierrez (ITESM, México) Fernando Irigaray (Universidad Nacional de Rosario, Argentina) Gabriela Coronel (UTPL, Equador) Gerson Martins (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Brasil) Hernán Yaguana (UTPL, Equador) Jenny Yaguache (UTPL, Equador) Jerónimo Rivera (Universidad La Sabana, Colombia) Jesús Flores Vivar (Universidad Complutense de Madrid, Espanha) João Canavilhas (Universidade da Beira Interior, Portugal) John Pavlik (Rutgers University, Estados Unidos) Joseph Straubhaar (Universidade do Texas – Austin, Estados Unidos) Juliana Colussi (Universidad do Rosario, Colombia) Koldo Meso (Universidad del País Vasco, Espanha) Lorenzo Vilches (UniversitatAutònoma de Barcelona, Espanha) Lionel Brossi (Universidad de Chile, Chile) Maria Cristina Gobbi (Universidade Estadual Paulista – UNESP, Brasil) Maria Eugenia Porém (Universidade Estadual Paulista – UNESP, Brasil) Manuela Penafria (Universidade da Beira Interior, Portugal) Marcelo Martínez (Universidade de Santiago de Compostela, Espanha) Mauro Ventura (Universidade Estadual Paulista – UNESP, Brasil) Octavio Islas (Pontificia Universidad Católica, Equador) Oksana Tymoshchuk (Universidade de Aveiro, Portugal) Osvando José de Morais (Universidade Estadual Paulista – UNESP, Brasil) Paul Levinson (Fordham University, Estados Unidos) Pedro Nunes (Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Brasil) Raquel Longhi (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Brasil) Ricardo Alexino Ferreira (Universidade de São Paulo – USP, Brasil) Sergio Gadini (Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Brasil) Thom Gencarelli (Manhattan College, Estados Unidos) Vicente Gosciola (Universidade Anhembi Morumbi, Brasil) FICHA TÉCNICA Copyright 2021 ©Ria Editorial. Todos os direitos reservados Foto de capa e design: ©Denis Renó Diagramação: Luciana Renó 1.a edição, Aveiro, Dezembro, 2021 ISBN 978-989-8971-53-1 Título: Instantes revelados: da fotografia ao esporte Organizadores: Denise Guimarães, Fabio Giacomelli, Laís Margadona, Jefferson Barcellos e José Carlos Marques Esta obra tem licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives. Você tem o direito de compartilhar, copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato sempre que seja feito o reconhecimento de seus autores, não utilizá-la para fins comerciais e não modificar a obra de nenhuma forma. https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ ©Ria Editorial Aveiro, Portugal riaeditora@gmail.com http://www.riaeditorial.com ESSA OBRA FOI AVALIADA INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE POR PARECERISTAS Todos os textos foram avaliados e seleccionados pelos organizadores da obra. Os comentários dos organizadores foram enviados aos autores, que, mediante a aprovação, receberam tempo hábil para eventuais correcções. O livro foi posteriormente avaliado e aprovado pelo avaliador externo Dr. Matheus Tagé, que informou parecer positivo à publicação da seguinte forma: Dos instantes decisivos captados e cristalizados historicamente por Capa e Bresson, aos instantes efêmeros e fragmentados, registrados por meio da fotografia mobile, e dispersos no infinito ciberespaço; a fotografia propõe, em sua essência, a reconstrução narrativa e ressignificação da realidade. Por meio deste processo, a imagem desencadeia uma dinâmica transformadora em nossa percepção de mundo. Ela é protagonista do tempo. Nesta obra fundamental, os autores articulam diálogos essenciais para a nossa contextualização crítica acerca dos impactos da imagem no contemporâneo. Recomendo a leitura e publicação deste relevante trabalho acadêmico. O parecer foi enviado previamente ao lançamento. Autores Adriana Pierre Coca Arnaldo de Freitas Vieira Caroline Garcia Cafeo Caroline Patatt Cláudia Mariza Mattos Brandão Denis Renó Denise Guimarães Guedes Fernando de Morais Franco Nunes Fernando Jesus da Rocha Héctor Villarreal Heloisa de Oliveira Moutinho Jefferson Alves de Barcellos José Carlos Marques Lívia Maria de Oliveira Furlan Luciana Mendes Fonseca Lueluí de Andrade Luís Henrique Mendonça Ferraz Marta Regina Garcia Cafeo Monique de Souza Sant’Anna Fogliatto Monique Souza Paulo Ranieri Renata Fakhoury Renato Essenfelder Rodrigo Oliva Valquíria Passos Kneipp Wesley Padilha Blanke Sumário Apresentação.................................................................................................................................................................................................................... 12 Instantes congelados Chris Marker e Robert Capa: a aproximação, aproximações .................................................. 16 Lueluí de Andrade Fotografia: sensibilização e conscientização no contexto da desinformação.............................................................................................................................................................................................. 41 Caroline Garcia Cafeo Marta Regina Garcia Cafeo Imagens da pandemia: a explosão do coronavírus e a reinvenção do mundo ..................................................................................................................................................................... 62 Adriana Pierre Coca Rodrigo Oliva A reprodutibilidade da imagem de Frida Kahlo: um olhar sob a pós-fotografia ................................................................................................................................................................................................ 83 Heloisa de Oliveira Moutinho Acenos de narrativas fotográficas para tempos pós-pandêmicos.................................. 109 Cláudia Mariza Mattos Brandão Wesley Padilha Blanke Smartphone: a fotografia de bolso e a retomada dos shows musicais, uma reflexão pós fotográfica ......................................................................................................................................... 134 Jefferson Alves de Barcellos Turismo imagético e as narrativas da cidade através das fotografias de Cartier Bresson ...................................................................................................................................................................................... 149 Lívia Maria de Oliveira Furlan Denise Guimarães Guedes Renata Fakhoury Narrativas imagéticas e o novo formato de jornalismo no Instagram: uma comparação entre o El País e El País Brasil .................................................................... 163 Monique Souza Denis Renó Storiestelling: recursos narrativos da ferramenta stories do instagram para o jornalismo................................................................................................................................................................................ 184 Renato Essenfelder Paulo Ranieri Adriana Pierre Coca Instantes dInâmIcos El deporte del imperio: Fútbol americano, territorialidad y espectáculo........ 207 Héctor Villarreal Olimpíadas Tóquio 2021: uma proposta de midiatização da TV pós pandemia ............................................................................................................................................................................... 233 Luciana Mendes Fonseca Valquíria Passos Kneipp A predominância do jogador Neymar nas postagens do perfil TNT Sports Brasil durante a Copa América de 2021....................................................... 258 Fernando de Morais Franco Nunes José Carlos Marques A impressão de realidade em filmes de automobilismo: os casos de Rush – No Limite da Emoção (2013) e Ford vs Ferrari (2019) ................... 277 Arnaldo de Freitas Vieira O telejornalismo esportivo brasileiro durante a pandemia de COVID-19: uma análise ao programa redação SporTV ......................................................................................... 302 Caroline Patatt Quarentena, e agora?: As narrativas jornalísticas sobre skate no portal Globo Esporte durante a pandemia de Covid-19 ..................................................................... 337 Monique de Souza Sant’Anna Fogliatto Narrativa transmídia no futebol: as estratégias de comunicação dos clubes brasileiros de futebol com maior presença digital......................................... 361 Fernando Jesus da Rocha A construção da imagem de Neymar Jr. nas mídias sociais: uma análise do perfil do jogador/celebridade no Instagram (2020-2021) ............................. 394 Luís Henrique Mendonça Ferraz José Carlos Marques Índice Remissivo............................................................................................................................................................................................................... 412 Instantes dInâmIcos EL DEPORTE DEL IMPERIO: FÚTBOL AMERICANO, TERRITORIALIDAD Y ESPECTÁCULO Héctor Villarreal1 La literatura reciente sobre football (o fútbol americano o en lo sucesivo), dentro de los estudios sociales, ha dado cuenta de su carácter cultural en Estados Unidos en relación con la orientación de su liga profesional como escaparate para un discurso oficial sobre el nacionalismo y la militarización. Dando seguimiento a ello, el objetivo de la ponencia es describir la semiótica de la territorialidad y agresividad propia de este deporte, las cuales resultan idóneas para representar y reforzar el discurso patriótico militarista. 1. Doctor en Ciencias Políticas y Sociales por la Universidad Nacional Autónoma de México. Profesor del Departamento de Política y Cultura de la Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Xochimilco. hvillarreal@correo.xoc.uam.mx 207 A partir principalmente del análisis de su comunicación no verbal y en tanto espectáculo televisivo, el estudio consiste el análisis de los actos ejecutivos de este deporte enmarcados por una codificación propia de su cultura, los cuales adquieren una significación que pasa al terreno de lo público al ser representada en un escenario multitudinario, como el estadio, y transmitido en medios masivos de comunicación por medio de los cuales se refuerza la socialización de sus significados. Como espectáculo televisivo, esta puesta en escena reproduce en la comunicación pública un modelo del mundo y las relaciones humanas basado en la fuerza y la violencia, el cual se presenta como legítimo, razonable y deseable. Para considerar la importancia de este deporte en la cultura estadounidense, podríamos partir del hecho de que el fútbol americano se practica como una actividad formativa regular en el sistema educativo estadounidense. Es decir, desde educación básica a la superior, tal vez sin excepción, todo plantel escolar tiene un equipo representativo de fútbol, así como un grupo de animación (porra), y en los niveles medio superior y superior una banda musical que lo acompaña. La identidad de un plantel educativo está intrínsecamente vinculada a la de sus equipos deportivos representativos, que frecuentemente constituye su principal imagen de reconocimiento fuera de su localidad. Y viceversa, frecuentemente la identidad de la comunidad se vincula a la imagen del equipo deportivo de la institución educativa local. Sobre el arraigo de esta identidad y sus efectos en las relaciones social, desde una perspectiva antropológica, Foley (1990, p. 133) explora hasta qué punto el deporte en este nivel comunitario tiene un potencial para prácticas culturales contrahegemónicas. Por el contrario, con base 208 en un estudio etnográfico en una pequeña ciudad del sur de Texas, observa al fútbol americano como un ritual complejo que no se limita al estadio y ni siquiera al colegio, sino que involucra en buena medida a la comunidad entera en ceremonias y eventos de socialización de la juventud que marcan estatus social, refuerzan estereotipos de género y desigualdad racial, inclusive cuando acoge eventos de resistencia y movimientos por los derechos civiles, ritual que se matiene “como una poderosa metáfora de la cultura capitalista americana” La relación entre la práctica de este deporte como motivo de celebración con los eventos de mayor significación nacional puede quedar manifiesta en la evidencia de que desde temprano del primero de enero de cada año hasta la madrugada del día siguiente se lleva a cabo una gran fiesta de fútbol en los estadios y en los hogares gracias a la televisión, puesto que los equipos universitarios campeones de las distintas regiones del país disputan trofeos en forma de tazones (bowls), para definir así al número uno y a quienes le siguen sucesivamente en una clasificación nacional. No menos importante es que en la celebración del Día de Acción de Gracias (Thanksgiving Day), fiesta nacional, se ha vuelto una tradición comer el pavo en los hogares mientras se ven por televisión los juegos que la liga profesional de fútbol —Nacional Football League (NFL)— programa especialmente para esa fecha. La observación de evidencias como las señaladas y del propio juego como sistema de comunicación permiten argumentar que la relación entre militarismo y fútbol americano ha contado para su intensificación no solo un ensamblaje o red de industrias, sino que el propio deporte cuenta con un metadiscurso y un arrigo cultural que ha facilitado reforzar su aceptación y normalización. Es por ello que el capítulo elabora dos 209 argumentos que recogen los supuestos de la literatura sobre comunicación no verbal y la teoría de la mediación para interpretar las expresiones de la semántica de este deporte. El primer argumento plantea cómo es la construcción espacial de la agresión y se refiere a que es un juego que consiste en la apropiación del territorio del contrario por medio de la fuerza y el daño al oponente, lo que representa una puesta en escena del imperialismo; el segundo explica cómo se construyen y presentan imágenes que expresan agresividad y fuerza, las cuales tienen la intención de intimidar al rival (que van desde el vestuario, la posición del cuerpo y los gritos hasta el ambiente con la participación del público y los grupos de animación). De esto resultan cuatro conclusiones: primera, el fútbol americano es una práctica deportiva que da cuenta de una concepción conflictiva de las relaciones de poder entre los grupos humanos, manifiesta en la competencia por la apropiación del territorio del contrario por medio de la fuerza; segunda, como práctica cultural propia de Estados Unidos, expone una concepción de las relaciones entre los grupos humanos como competencia para dominar a los otros, por la que es legítimo que el más fuerte y agresivo imponga su voluntad sobre el más débil; tercero, los actos comunicativos y ejecutivos de los equipos de fútbol americano, al ser realizados en un escenario público como es el estadio y, en muchos casos, al ser también transmitidos por televisión, pasan al campo de la comunicación de masas y se presentan como un espectáculo en el que el público celebra y valida la puesta en escena de un ritual caracterizado por la violencia, el patriotismo y el militarismo; y cuarto, la mediatización del fútbol difunde un discurso hegemónico y la legitimidad de su praxis, la cual en economía se expresa como competitividad; en lo social, 210 en la desigualdad que resulta de la dicotomía entre pocos ganadores y muchos perdedores; y en política se manifiesta como imperialismo y apoyo a la guerra. Militarismo y Fútbol Americano Pasquino (2005, pp. 962-963) define el militarismo como “un vasto conjunto de costumbres, intereses, accilones y pensamientos asociados con la utilización de las armas y con la guerra y que sin embargo trascienden los objetivos puramente militares”, pues “tiende a permear de sí a toda la sociedad”, a la vez que “rechaza la cientificidad de toda elección y de su racionalidad y ostenta características de casta y de culto, de autoridad y de fe”. De manera concordante, al llevar la definición al caso particular, Bacevich (2005) se refiere al nuevo militarismo estadounidense como caracterizado por una confianza enormemente exagerada en la eficacia de la fuerza y que, por lo tanto, el poder militar es una oportunidad para ser explotado en lugar de algo para ser visto con escepticismo. Otra característica está en la convicción de que el poder militar se ha convertido en el principal emblema de la grandeza nacional. Es decir, no es la productividad económica o su poder cultural y educativo, como tampoco sus ideales de libertad y justicia, sino su poder militar, la base de la creencia en que Estados Unidos se distinga y tanga ventaja sobre otras naciones del mundo. No menos importante para ello es una idealización romantica de los miembros de las fuerzas armadas como los mejores ciudadanos y dotados de una superioridad moral sobre el resto de sus connacionales. 211 Por su parte, Gems (2006, p. 161), al estudiar el papel del deporte en la expansión imperialista de Estados Unidos, detalla cómo los hombres blancos, anglosajones y protestantes establecieron el estándar para la inclusión dentro de la sociedad estadounidense, el cual transfirieron a territorios extranjeros y utilizaron sutilmente los deportes para inculcar virtudes raciales, morales y comerciales supuestamente deseables en los sujetos coloniales. En el ámbito de tal expansión, el deporte proporcionó un medio de inculcar la fe en los valores y principios de un sistema dominante. Considera que “el deporte es claramente parte del plan imperial estadounidense”. Ya en 1922, la Asociación Olímpica Estadounidense tenía la intención de “vender los Estados Unidos al resto del mundo” a través del deporte. En una década, el gobierno federal del país promulgó un plan de marketing global para atraer a ciudadanos extranjeros a las formas deportivas estadounidenses y comprar artículos deportivos estadounidenses. En consecuencia de una larga historia del uso político del deporte para fines propagandísticos, la revisión de la literatura sobre el militarismo y el fútbol americano apunta a lo que Der Derian (2001) llama la Red militar-industrial-mediática y de entretenimiento (military-industrial-media-entertainment network o MIME-NET). Es decir, que hay un ensamble entre estas industrias para la exaltación de los miembros de las fuerzas armadas como héroes, conceptualizar a la patria y sus enemigos a partir de características étnicas, ensalzar a las tropas, glorificar la guerra para conquistar parcelas de territorio y, no menos importante, reforzar las masculinidades hegemónicas y el reempoderamiento del estado neoliberal. 212 Esta literatura se ha enfocado en el análisis de los eventos que son ilustrativos del fútbol americano en la MIME-NET, como los siguientes: - El Tazón de las Fuerzas Armadas (Armed Forced Bowl). - El Superwbowl de la Guerra del Golfo (The Gulf War Super Bowl). - La Exhibición “Fútbol americano Profesional y el Espíritu Americano” (Pro Football and American Spirit). - La Campaña “Saludo al Servicio” (Salute to Service). - La Conmemoración del 9/11. El Tazón de las Fuerzas Armadas Las fuerzas armadas —el Ejército y la Marina, Army y Navy— cuentan con equipos competitivos en la liga universitaria y el encuentro entre ellos es un clásico. El Tazón Armed Forces Bowl, de acuerdo con Butterworth (2009), proporciona una integración del deporte comercial y la cultura estadounidense del militarismo. El juego está colmado de símbolos y exhaltaciones patrióticas que se han vuelto cada vez más centrales para los eventos deportivos en la era de la guerra contra el terrorismo (posterior al 9/11), pues ha sido la primera vez que un fabricante militar ha sido el patrocinador oficial de un tazón universitario y depende de una retórica ubicua de apoyo a las tropas. Al expandir la combinación de deporte y guerra, el Armed Forces Bowl ofrece una concepción de la identidad estadounidense apropiada, en la que se normaliza la guerra en general y se vuelve obligado el respaldo a la guerra contra el terrorismo específicamente. 213 NFL y el el Espíritu Americano Butterworth (2012) afirma que, más que nunca, las industrias del entretenimiento trabajan en conjunto con las fuerzas armadas estadounidenses en la producción retórica del militarismo. Este es especialmente el caso en el deporte profesional, donde la National Football League (NFL) hace que las imágenes de guerra y el personal militar sean un punto focal de la cultura del fútbol. Una de las iteraciones de esta relación fue la exhibición “Fútbol profesional y el espíritu estadounidense” ubicada en el Salón de la Fama de la NFL durante los años 2008 y 2009, y diseñada para viajar por todo el país, la cual presentó múltiples puntos de identificación entre el juego —especialmente en la NFL— y el ejército. El propio Butterworth considera que “el fútbol americano universitario y profesional son instituciones poderosas a través de las cuales podemos comprender mejor el creciente matrimonio de los militares con el entretenimiento en los Estados Unidos” (p. 242). Como tal, constituye una audiencia que está posicionada para ver la guerra como necesaria y noble, con el espíritu guerrero mitológico del fútbol profesional sirviendo como soporte retórico, por lo que concluye que “es evidente que la propia naturaleza de la mitología del fútbol permite un tipo particular de identificación con los discursos nacionalistas y militaristas” (p. 255). Saludo al Servicio Rugg (2016) parte del supuesto asumido por la literatura, según el cual el fútbol ha funcionado durante mucho tiempo en estrecha colaboración con los significados y discursos del militarismo, y desde ahí análiza la campaña “Salute to Service”, que se llevó a cabo durante todo el mes 214 de noviembre de noviembre de 2011. Diseñada para unificar y elevar el trabajo de la NFL y sus clubes para reconocer a las fuerzas armadas, se recurrió a una saturación de iconografía y simbolismo militar en los juegos de la temporada regular y en torno a ellos. La campaña fue más allá de ser un “megaevento” de exhibición ceremonial militar, con los cuales la liga aparece como un ciudadano corporativo que encarna pasivamente los valores estadounidenses, sino para construirse como una institución pública estadounidense ideológicamente activa y autorizada. Durante la duración de la campaña, los equipos se colocaron cintas de camuflaje en las prendas de vestir y aditamentos que se utilizan en el juego, incluidas las torres de alta tensión, los postes de gol de campo y los balones de fútbol, así como la ropa de los árbitros y entrenadores. Al marcar a los jugadores y entrenadores con equipo de camuflaje de la marca (NFL), la campaña hizo que los jugadores aparecieran como socios. Con la campaña, el ejército ya no es fue visitante de honor, sino un participante activo en un espacio combinado deportivo-militar. Esto se puedo ver en las ceremonias previas al juego y del medio tiempo, las numerosas ceremonias de alistamiento que se llevan a cabo en el campo antes y durante los juegos hasta la exhibición similar a un parque de atracciones de helicópteros y tanques en los estacionamientos del estadio. Incluso el título de la campaña en sí utiliza el gesto específico militar del saludo para situar a los jugadores, la liga y sus fanáticos como compatriotas militares. Concluye que esta campaña refleja el creciente complejo militar, deportivo y de entretenimiento que normaliza y purifica la presencia de los militares en la vida cotidiana, al tiempo que mejora las credenciales patrióticas de la liga. 215 Conmemoración del 9/11 Fischer (2014), por medio de un análisis crítico del discurso, considera que las conmemoraciones que hace la NFL sobre el 11 de septiembre son una instancia única de convergencia deportiva mediática militar que se implementa meticulosamente por medio de múltiples juegos, canales de transmisión y locaciones como estadios y memoriales. Extendiéndose en los temas de la sanación (del trauma del ataque y el duelo por las víctimas), la valoración de las tropas y la purificación de la guerra, así como la conquista territorial, sostiene que las ceremonias de conmemoración del 11 de septiembre de la NFL son cómplices del silencioso reempoderamiento del estado neoliberal en tiempos de guerra permanente. Se legitima la vigilancia de los ciudadanos estadounidenses reafirmando las representaciones hegemónicas de la masculinidad que enmarcan firmemente al sujeto- ciudadano en un molde heteropatriarcal, mediante la creación de una versión étnica de la identidad nacional que hace aberrante a ciertas minorías como las que se refieren al Medio Oriente y el Islam. El depliegue de tropas y jets, banderas, himno y proclamas, forman escenas aquí invocadas afirman una conquista territorial que está a punto de tener lugar, dominando el territorio, dando la falsa impresión de que la guerra es un campo de batalla justo entre dos equipos iguales donde la victoria se decide por méritos. Sostiene que la conmemoración del 11 de septiembre de la NFL es en gran parte un espectáculo de la cultura del militarismo, impregnado de discursos militaristas de los locutores que parecen ansiosos por usar el juego para obtener apoyo para las guerras en curso, especialmente aquellas que son impopulares entre el público 216 estadounidense. y reafirmar la identidad nacional mediante excesivas demostraciones de patriotismo. El Apoyo a las Tropas en Irak El Super Tazón o Super Bowl, el juego de campeonato de la NFL, es el programa de televisión de mayor audiencia en Estados Unidos, por encima de 100 millones de telespectadores, y tiene los precios más altos por publicidad. Se le llama el deporte que nació para la televisión, porque las numerosas pausas que implica su realización permiten la transmisión de muchos anuncios publicitarios o propagandísticos sin interrumpir las jugadas a los televidentes. Durante la primera guerra del Golfo Pérsico, en 1991, el Super Bowl XXV fue un escaparate propagandístico a favor de las acciones militares y el Gobierno, como un espectáculo de guerra que incluía barricadas en el estadio, registros de seguridad por rayos X a los asistentes, escuadrones antiterroristas en las gradas, banderas estadounidenses distribuidas en todos los asientos, una emotiva interpretación del himno nacional por parte de Whitney Houston y un discurso de medio tiempo del presidente George HW Bush. De manera similar, para la segunda guerra en esta región, el 7 de octubre de 2001, el presidente George W. Bush anunció la incursión de Estados Unidos en Afganistán con ataques aéreos iniciales, apenas media hora antes del inicio del partido entre los Eagles y los Cardinals. King & Oriand (2014) señalan que, aunque las relaciones entre el deporte profesional y el ejército de los Estados Unidos no eran nuevas, tras los ataques terroristas del 11 de septiembre de 2001, surgió un sistema en el que la cultura deportiva se trasladó más allá de su papel 217 habitual como soporte ideológico del estado. En esta nueva configuración, organizaciones como la NFL integraron la política de la administración Bush en su estrategia comercial y, a la vez, la administración Bush creó una audiencia para sus proyectos militares a través de una asociación con una marca que atrae a más fanáticos cada semana que una elección presidencial. En conjunto, esta asociación profundiza e intensifica el nexo entre el deporte y la guerra en Estados Unidos. La Construcción Espectacular de la Agresión Es así que, en tanto conjunto de actos expresivos de carácter público, el fútbol es un relato que propone una interpretación de la sociedad en la que el más fuerte y más agresivo es el mejor, cumpliendo así una función de enculturación, pues en la medida en que se reproduce el comportamiento de esos actores como un fenómeno espectacular de audiencia multitudinaria forma parte del orden social. Puede afirmarse así que el militarismo se convierte así en una representación ideológica de la realidad que en expresiones culturales, como el fútbol, produce y reproduce en la comunicación pública un modelo del mundo que se presenta como el único funcionamiento social legítimo, razonable o viable. Esto puede sustentarse a partir de la teoría de la mediación, según la cual el control social es ejercido por instituciones (incluyendo familia, escuela y medios de comunicación) que administran la producción y oferta de información, de modo que influyen sobre la interpretación que hacen las personas de la realidad a partir de todas las acciones que inciden en su aculturización, incluyendo las manifestaciones rituales y recreativas; influyen porque les esclarece cuáles son las concepciones de la realidad que el relator distingue, entre 218 todas las representaciones alternativas posibles e incluye la presuposición de la legitimidad ante ellos. (Véase Martín Serrano, 1994, pp. 46-48.) La Construcción Espacial de la Agresión El pensamiento conservador explica los hechos sociales a partir de factores psicológicos o biológicos, con lo que ignora así las causas económicas de muchos de ellos. Por ejemplo, en sus investigaciones sobre el comportamiento primitivo e instintivo que persiste en el hombre, el antropólogo Edward T. Hall (1959, p. 58) menciona la tendencia inconsciente que le impulsa a un grupo humano a proteger un territorio del que se apropia: “la historia del pasado del hombre es en gran parte un relato de esfuerzos por arrebatar a los demás y por defender ese espacio a los extraños”. El fútbol consiste precisamente en la lucha entre dos equipos para apropiarse por la fuerza del territorio del otro, de modo que gana quien más veces logra cruzar con el balón en su poder la meta final defendida por el contrario. Esta relación entre grupos y apropiación de territorio es denominada como territorialidad y definida, de acuerdo con el comunicólogo Mark L. Knapp (1991, p. 114), como: “la conducta cuya característica es un tipo de identificación con un área determinada que indica la propiedad y la defensa de ese territorio ante quienes pueden invadirlo”. La territorialidad, por tanto, permite muchas veces la propia supervivencia del individuo o del grupo, puesto que trata de garantizar alimentación, vivienda, seguridad, reproducción o dominación sobre otros. Knapp considera que hay distintas conductas territoriales que ayudan a regular la interacción social, pero que también pueden ser fuente de conflicto, de modo que, “lo mismo que en los animales, el más fuerte y dominante de los seres humanos parece tener 219 el control de más territorio en la medida en que la estructura grupal o social sea estable”. Puede decirse, entonces, que el fútbol representa la necesidad que el hombre tiene de un territorio y el conflicto por su apropiación bajo un conjunto de reglas convenidas en un escenario repleto de símbolos y ritos que así lo enfatizan. La territorialidad entra dentro del campo de estudio de la proxémica (Hall, 1959, pp. 173- 195), pues entre las varias distancias interpersonales humanas que hay, una es aquella en la que se pasa de una distancia personal (globo) —entendida ésta como espacio entre los individuos— a lo que podemos llamar como distancia de apropiación. Esto nos lleva a que la territorialidad es también una forma de comunicación no verbal que informa que hay zonas reivindicadas y defendidas por un individuo o grupo. Si es ya una agresión ocupar el territorio de otro, más lo es cuando se trata de un acto deliberado y mediante la fuerza del contacto físico. Un dato interesante es que los individuos o grupos violentos se sienten más amenazados e invadidos más rápidamente que los que no lo son, por lo que su exigencia de territorio protegido es mucho mayor (Descamps, 1992, pp.128-129). Es así que en el fútbol, que supone la disputa territorial entre dos grupos por medio de la violencia física, la agresividad es superlativa. Hay impulsos en el hombre (como unidad bio-psico-social) que lo llevan a la agresión. Ante ello, el fútbol se convierte en un vehículo perfecto para la catarsis; véase si no, lo que dice el etólogo Konrad Lorenz (1965, pp.217-218), para quien no hay duda de que “la fácil irritabilidad del ser humano se debe a su sensible tendencia a la agresión”, lo cual se evidencia en que “todo mundo se alegra” de encontrar “un objeto sustitutivo ‘legal’ [sic] para dar rienda suelta a sus deseos de 220 agresión”. Explica que en las sociedades modernas, al no haber peligro de ser atacado por fieras salvajes como antaño, el enemigo actual “es una comunidad de congéneres nuestros que —con el mismo entusiasmo que nosotros— se siente asimismo obligada a la defensa de su sociedad”. Esta condición humana es magnificada en el fútbol, al concebirse a sí mismo como una analogía de la sociedad. Con esta concepción de la realidad social se reproduce un discurso —repleto de frases de desprecio por el débil, el culto por la violencia y al afán por la victoria—, según el cual la práctica de este deporte es un entrenamiento para la vida, de modo que quién triunfa en él —se dice— habrá de triunfar en todo lo que haga, pues está mentalizado para ser un ganador y vencer a la competencia, su voluntad está formada para dominar y su carácter templado para resistir cualquier sufrimiento. El estadio es el lugar donde se representa ritualmente la disputa territorial. Conviene precisar que, como acto comunicativo, el rito es una práctica prescrita que garantiza el desarrollo de una actividad según un patrón o secuencia establecida previamente para dar forma (informar) a la relación comunicativa entre los actores, de modo que se pueden anticipar las partes y momentos del encuentro. Podemos, entonces, afirmar que el fútbol es un rito basado en supuestos como los siguientes: equipos con sus respectivos símbolos e historias, hora y lugar previamente determinados para la realización del juego; un conjunto de ceremonias: presentaciones, saludos y sorteos; un lugar (territorio) que será ocupado por cada equipo y su público; un reglamento que establece los períodos de duración del juego, el número de jugadores dentro del campo (de batalla), las reglas y las sanciones por infracción, así como un código de señales de marcación arbitral; está también codificado que 221 cada conjunto representa una personificación y que va a combatir para ganar, para lo cual está dispuesto a lastimar al contrario. Un buen aficionado —que conoce tanto las reglas como los códigos del deporte— aprecia un juego observando tanto lo que ocurre durante el desarrollo de una jugada como lo que se realiza antes y después de ella. Todos esos movimientos son significativos como parte de la ritualización de la agresión: la formación (alineación y colocación de los jugadores), los cambios de jugadores, el ritmo y velocidad para mandar las señales y dirigirse a la línea de golpeo, y los movimientos para obligar al contrario a cambiar o ajustar su formación. Esta ritualidad no tiene porque extrañarnos, ya que la agresión entre los hombres es una especie de construcción cultural históricamente socializada, que se expresa tanto en comportamiento verbal como en la codificación de símbolos, gestos y acciones, de modo que es dudoso que exista una lucha completamente desritualizada (Callan: 1970, pp. 140-188). Pero lo más importante del rito del fútbol es la puesta en escena de una narración épica. Las lecturas de la puesta en escena son las siguientes: “si yo me apropio del territorio disputado, tú eres inferior a mí”, “si eres más débil, te humillo”, “si soy más fuerte que tú, tengo el deber no sólo de vencerte, sino también de lastimarte”. Esto se expresa en la práctica de que al equipo fuerte se le gana y al pequeño se le aplasta al grado de la humillación. De ahí que de vez en cuando se presenten marcadores de 60, 70, 80 o más puntos en favor de un equipo y que intente seguir anotando hasta la última jugada del partido. También implica que haya equipos que sufran varias bajas durante un partido por jugadores lastimados. La diferencia con otros deportes de contacto, como el box, es que no hay límites reglamentarios en lo que al peso 222 se refiere (salvo en ligas infantiles), ni un límite respecto a cuántos jugadores pueden golpear a un rival en cada jugada, ni modo alguno de terminar un partido cuando un contendiente está siendo vapuleado. La verosimilitud de esta narración mítica y sus supuestas implicaciones en la vida cotidiana —independientemente de su axiología— es muy discutible, pero lo destacable para que sus seguidores y practicantes la consideren cierta es que no se limita a la comunicación oral, sino que va formando la conciencia en la práctica misma, redundando así el mensaje. Es por eso que su fuerza como elemento para la cohesión de grupos no se basa en el razonamiento lógico sino en la emoción, como un sistema de imágenes de batallas que aseguran el triunfo de una causa y funciona como fuerza motivadora para la transformación de la realidad; como tal, el mito no puede ser refutado, porque se identifica con las convicciones de un grupo y se hace social al ponerse en práctica ritualmente en un escenario público. Estos actos expresivos no se limitan al intercambio informativo entre los contendientes en el terreno de juego, pues trascienden al ámbito de la comunicación pública al llevarse a cabo en un escenario en el que participa una concurrencia que puede llegar a varios miles, dependiendo el estadio donde se realice, y también gracias a la transmisión por televisión. Es obvio que el comportamiento de los actores no afecta materialmente al público en las tribunas o frente a la televisión, pero sí los afecta en cuanto a las representaciones simbólicas, pues al designar la apropiación territorial de un equipo mediante avances en primeros y dieces y anotaciones que se convierten en puntos en un marcador, los actos expresivos que son decodificados por los receptores como una lectura metafórica de la realidad. 223 Segundo Argumento: la construcción semiótica de la agresión Un equipo se construye desde su imagen. Esto se hace patente desde los nombres, que se refieren generalmente a guerreros o animales muy fuertes (las fieras que antaño eran una amenaza). Con esto se buscan dos objetivos: uno, la identidad del equipo en torno a una imagen agresiva; y dos, la intimidación del rival. Por ser un deporte de contacto todos los equipos buscan jugadores corpulentos, a lo que puede añadirse que con sólo ver el tamaño de un conjunto puede considerarse si es un rival temible o no. A diferencia de otros deportes de contacto, generalmente individuales como box y artes marciales, en este caso no hay un límite para el peso y tendrá una ventaja el que cuente con jugadores de mayor tamaño, la cual solo se podría compensar o suplir con otras cualidades: fuerza, acondicionamiento físico, velocidad, técnica, coordinación, motivación, estrategia, etcétera. En la construcción de la imagen es también importante la disciplina, la cual se pude ver en múltiples detalles, desde la puntualidad, la organización en el calentamiento, el comportamiento de la banca, la presentación de los uniformes, la buena posición de los jugadores y ritmo en su ejecución. De la imagen es fundamental la vestimenta y los artefactos (objetos, cosméticos, maquillaje, etcétera), que son signos concéntricos que expresan los intereses y diferenciación entre individuos o grupos, que cumplen funciones como decoración, protección, atracción, autoafirmación, ocultamiento, identificación y exhibición de estatus o rol, e influyen, por tanto, en las repuestas interpersonales, de modo que es parte del sistema total de comunicación no verbal. Esto se manifiesta en imágenes que expresan la identidad del equipo: uniformes, 224 calcomanías en los cascos, banderines en la tribuna, mamparas en el campo de juego, etcétera. Los colores, como expresiones de identidad y culto, son lo más importante de la imagen del equipo, por lo que cumplen un papel fundamental en su integración. Cada jugador está obligado a honrar y defender los colores de su equipo como un soldado a su bandera. Un comentario al respecto: los colores oscuros impresionan más al oponente que los claros; no en balde una de las ventajas de ser local es que se viste el uniforme de los colores propios, en tanto que el visitante se pone ropa de color claro, casi siempre blanco. El costo de ser visitante es, entonces, el despojarse de una parte de la personalidad del equipo, desdibujar su imagen, debilitar su identidad. Según lo permitan las reglas de distintas ligas y las tradiciones de cada equipo, hay algunos jugadores que gustan llamar la atención exagerando en el número de accesorios personales que utilizan, tales como toallas, muñequeras, guantes y maquillaje. El maquillaje en el rostro tipo camuflaje o sombras oscuras lo utilizan para intimidar al rival y como una forma de automotivación, como las tribus que se pintan para la guerra o la caza. Es una forma de comunicar a los contrarios que están frente a un individuo con cualidades magníficas, como fuerza, habilidad, velocidad o experiencia. Esto tiene semejanza con las señales que hacen algunas especies animales para alejar a sus enemigos. Por mencionar un ejemplo, Konrad Lorenz (1965, p. 173) y otro etólogo, Nikolaas Timberger, coinciden en que se puede deducir una forma especial de conducta agresiva de la forma y colorido de las agallas de ciertos peces. Las barras del casco que cubren el rostro no son sólo un medio de defensa, sino que se convierten también en una 225 máscara guerrera, que indica la posición que se juega y da un aspecto de agresividad, como la de guerreros enmascarados que se despojan de su personalidad para adquirir otra al momento de cubrir su rostro, para ser entonces un animal salvaje o la personificación de una deidad. En algunos equipos se premia a quienes han hecho jugadas importantes con calcomanías que van en la parte posterior del casco (incluso se llegan a dar por jugadores enemigos lastimados) de modo que todos puedan ver que se trata de un jugador muy capaz de hacer daño al contrario. Es como en las tribus que utilizan penachos con mayor número de plumas dependiendo de su jerarquía o de los grados y medallas militares obtenidos por méritos en el campo de batalla. Precisamente en el equipo de los Seminols de la Universidad Estatal de Florida (Florida State University) se premia a los jugadores con pequeñas calcomanías en forma de hacha, por ejemplo. Otro círculo concéntrico es el de las personas que rodean al equipo; se trata de una dimensión social de la expresión. En este caso están los jugadores en la banca, los entrenadores y, sobre todo, el público en las tribunas, encabezado frecuentemente por un conjunto de porristas que deben tener cualidades femeninas altamente apreciadas en su sociedad: juventud, belleza, simpatía y destreza. Hay aquí un conjunto de elementos de lenguaje no verbal destinados a apoyar a los que están dentro del campo, desanimar al contrario y presionar al árbitro para que tome decisiones a su favor. Los asistentes a las tribunas usualmente visten los mismos colores del equipo que apoyan para demostrar que comparten la misma identidad y buscan el mismo fin: ganar. El abucheo y el insulto para el contrario y el aplauso y el ensalzamiento para el propio van acompañados, muchas veces, de tambores, sonajas y trompetas que lo 226 invitan a ser más fuerte, más rápido y más agresivo que el contrario. El modo de llevar y mover el cuerpo y el rostro son atributos que la cinesis o kinesis explica como respuestas a otros y expresan el sello de una cultura particular, de tal modo que en un deporte intrínsecamente violento los códigos establecidos en su cultura hacen referencia permanentemente a la agresión al contrario y a la unidad hacia el propio grupo. La posición es muy importante, el tronco siempre va inclinado hacia adelante para poder realizar un contacto físico contra uno o varios rivales, la cara levantada, base de los pies abierta y las piernas y brazos flexionados. Esto coincide con una observación que hace Lorenz (pp. 195-196) de posiciones y movimientos similares en los monos que al dar la impresión de un considerable aumento en su contorno infunden respeto. Este aumento de tamaño se logra también gracias al equipo protector utilizado, como son hombreras, casco y cuellera. Por otro lado, la tensión de un jugador puede verse cuando abre y cierra las manos constantemente, y su predisposición al contacto físico violento cuando aprieta con fuerza los puños. La guturalidad es más frecuente que la palabra oral en el campo de juego. El golpeo se acompaña por una serie de gruñidos, pujidos y gritos que sirven para que el cuerpo se apriete al momento del contacto y para lograr mayor fuerza, como se hace en las artes marciales. Pero estas expresiones cumplen también la función de hacer más notoria la agresividad sobre el contrario. Esto tiene gran importancia para la transmisión de partidos por televisión pues sin el sonido del contacto se pierde emoción y atractivo para el televidente, por lo que las televisoras colocan micrófonos especiales para captar el sonido del golpeo. 227 La mirada, sobre todo a la defensiva, es importante no sólo para detener el avance del contrario, sino también para intimidarlo. Desde antes que el ofensivo ocupe la posición en que iniciará la jugada, el defensivo ya tiene su mirada fija en él. Al iniciar la jugada el defensivo deberá alternar su mirada entre el rival y el balón para diagnosticar el desarrollo de la jugada, pero muchas veces después del silbatazo que indica el final de una jugada el defensivo vuelve nuevamente su mirada sobre el ofensivo, especialmente a los ojos. Si el ofensivo no tiene la concentración necesaria es fácil que cometa errores provocados por este comportamiento del defensivo. Según Flora Davis (1971, pp. 83-84) un estudio demuestra que el ritmo cardiaco es más alto cuando se es mirado fijamente, y aunque no se sabe que pasa con las ondas cerebrales “la potencia amenazadora de la mirada fija ha sido reconocida a través de toda la historia de la humanidad”. Quizá lo más interesante es que estas conductas que manifiestan agresividad se practican como parte del entrenamiento, así como la coordinación en la ejecución de las jugadas y la preparación físico-atlética. Dado que se realizan acciones ejecutivas y no comunicativas por el camino de la coactuación mediante la aplicación de mayor energía en el sistema (véase Martín Serrano,1982, pp. 45-64), la comunicación está incluida en un proceso de comportamiento en el cual, generalmente, existen tanto actos ejecutivos como actos expresivos (de modo que existe una interrelación entre comunicación y coactuación), los actores (jugadores) de fútbol requieren necesariamente de actos ejecutivos para el cumplimiento de sus fines (bloquear, contrabloquear, tacklear, acarrear el balón o correr, etcétera), pero al representar ritualmente la lucha por la apropiación territorial, estos actos adquieren también una 228 significación al emplear su cuerpo como sustancia expresiva, al entrar en contacto con otros cuerpos, sean los de sus compañeros de equipo o de los contrarios, y mediante su lenguaje no verbal, su uniforme y sus insignias. Conclusiones El fútbol americano es una práctica deportiva que da cuenta de una concepción conflictiva de las relaciones de poder entre los grupos humanos, manifiesta en la competencia por la apropiación del territorio del contrario por medio de la fuerza. Como acto comunicativo para la sociedad estadounidense de Estados Unidos, el fútbol produce y reproduce semiológicamente en todo su lenguaje no verbal la ideología y práctica cultural del militarismo, difundiendo así el discurso hegemónico de la clase dominante, influyendo así en el sistema social para hacerlo más afín a sus intereses. Los actos ejecutivos que los equipos de fútbol realizan para la consecución de su fin —ganar—, se vuelven también actos expresivos al ser realizados en un escenario público, como es el estadio y, en algunos casos, al ser también transmitidos por televisión, pasan al campo de la comunicación de masas, por lo que este mensaje es reproducido y socializado ampliamente. El mensaje enseña el mito de que el ganador es más apto y más fuerte que el perdedor, se convierte incluso en su depredador, por lo que el primero merece sobrevivir o dominar y el segundo extinguirse o servir. Es legítimo o justo que el más fuerte y agresivo imponga su voluntad sobre el más débil: merece quedarse con su territorio, lastimarlo e inclusive humillarlo. Este mensaje se expresa en la economía 229 como competitividad; en lo social, en la desigualdad que resulta de la dicotomía entre pocos ganadores y muchos perdedores; y en política se manifiesta como imperialismo hacia el exterior y control hacia el interior. Referencias Bacevich, A. J. (2005). The new American militarism: How Americans are seduced by war. Oxford University Press. Butterworth, M. L. (2012). Militarism and Memorializing at the Pro Football Hall of Fame. Communication and Critical/Cultural Studies, 9, 241 - 258. Butterworth, M.L., & Moskal, S.D. (2009). 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