ESTUDOS
ARQUEOLÓGICOS
DE OEIRAS
Volume 19 • 2012
A ctAs do IX c ongresso I bérIco de A rqueometrIA
(Lisboa, 2011)
Editores Científicos: M. Isabel Dias e João Luís Cardoso
InstItuto superIor técnIco / InstItuto tecnológIco e nuclear
socIedad de arqueometría aplIcada al patrImonIo cultural
cÂmara munIcIpal de oeIras
2012
ESTUDOS ARQUEOLÓGICOS DE OEIRAS
Volume 19 • 2012
ISSN: 0872-6086
EditorEs CiEntífiCos – m. Isabel dias e João luís cardoso
dEsEnho E fotografia – autores ou fontes assinaladas
corrEspondênCia – centro de estudos arqueológicos do concelho de oeiras
Fábrica da pólvora de Barcarena
estrada das Fontainhas
2745-615 BARCARENA
os artigos publicados são da exclusiva responsabilidade dos autores.
Aceita-se permuta
On prie l’échange
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oriEntação gráfiCa E
rEvisão dE provas – m. Isabel dias e João luís cardoso
paginação – m. Fernandes
imprEssão E aCabamEnto – Graficamares, Lda. - Amares - Tel. 253 992 735
dEpósito LEgaL: 97312/96
ApRESEnTAçãO
A Nona Edição do Congresso Ibérico de Arqueometria (CIA IX) decorreu em Lisboa de 26 a
28 de Outubro de 2011 nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian. A proposta e compromisso da
organização deste evento foi feita pelo grupo de geoquímica aplicada & luminescência no património
Cultural (GeoLuC) (IST/ITN), dois anos antes na Assembleia Geral da Sociedad de Arqueometría
Aplicada al Patrimonio Cultural (SAPaC), e foi aceite por unanimidade.
Com esta decisão, a SAPaC consolida uma linha de actuação, cujo objectivo é difundir e fomentar
a colaboração entre os grupos de investigação arqueométrica que trabalham na península Ibérica.
Este objectivo viu-se reforçado e reflectido na composição dos novos órgãos sociais dirigentes da SAPaC,
eleita durante a celebração do IX Congresso em Lisboa, que incorpora deste então investigadores
portugueses e espanhóis, sendo presidida pela Doutora M. Isabel Dias (IST/ITN, Portugal).
as actas que aqui se apresentam são uma prova tangível da via integradora desta IX edição do
Congresso, verificando-se existir equilíbrio numérico entre os trabalhos apresentados por grupos de
investigação portugueses e espanhóis, evidenciando-se mesmo um incremento de projectos em que
participam conjuntamente investigadores dos dois países, mostrando o grande interesse que desperta
a Arqueometria, em si mesma de natureza interdisciplinar, e os objectivos comuns partilhados pela
comunidade científica ibérica.
Definitivamente, este Congresso constituiu um ponto de encontro dos investigadores da disciplina,
tendo contribuído para a troca de experiências e o aprofundar de conhecimentos nas diversas metodologias
e técnicas aplicadas à caracterização do nosso património histórico e cultural.
a publicação dos trabalhos do cIa IX nos Estudos Arqueológicos de Oeiras (EAO), órgão científico do
Centro de Estudos Arqueológicos do Concelho de Oeiras/Câmara Municipal de Oeiras, constituiu uma
oportunidade única e vantajosa para ambas as partes, já que esta inédita parceria entre uma entidade
vocacionada para a investigação e uma câmara municipal permitiu uma sinergia de interesses quanto aos
custos da publicação deste número e a sua adequada distribuição nacional e internacional. a escolha de
uma revista periódica constituiu sem dúvida, a melhor opção, para a garantia de uma divulgação adequada.
E a revista sobre a qual recaiu a escolha, prontamente homologada pelo Senhor Presidente da Câmara
Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino Morais, responde sem dúvida àquele requisito: além de constituir uma
referência no panorama editorial nacional em matéria de publicações arqueológicas, com 18 números
publicados desde 1991, mantém permuta com cerca de 200 revistas periódicas especializadas, todas de
9
arqueologia e Património Arqueológico, especialmente de Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia,
Reino Unido, Mónaco e Marrocos, para além de Portugal, incluindo as publicações mais importantes
produzidas naqueles países.
Esperamos, deste modo, com a publicação deste volume, ir ao encontro dos interesses de todos os
participantes do CIA IX, de todos os que contribuíram com os seus trabalhos para a excelente qualidade
deste volume, dos interesses dos associados da SAPaC, dos munícipes de Oeiras, e da comunidade
científica nacional e internacional no domínio da arqueometria e da arqueologia.
Pela Comissão organizadora do CIA IX, Presidência da SAPaC
e comissão editorial deste volume dos Estudos Arqueológicos de Oeiras,
m. isabEL dias
(Instituto Superior Técnico/Instituto Tecnológico e Nuclear, Universidade Técnica de Lisboa, Portugal)
CLodoaLdo roLdán
(Instituto de Ciencia de Materiales, Universidade de Valência, Espanha)
João Luís Cardoso
(universidade aberta e centro de estudos arqueológicos do concelho de oeiras/câmara municipal
de Oeiras, Portugal)
Oeiras, 31 de Outubro de 2012
10
Estudos arqueológicos de oeiras,
19, Oeiras, Câmara Municipal, 2012, p. 113-118
MEtaLurgIa PrE-IsLáMICa En MarruECos:
nuEvos anáLIsIs y vaLoraCIón CoMParatIva
Con La MEtaLurgIa DE La PEnínsuLa IbérICa
Ignacio montero ruiz1, Youssef Bokbot2, Mercedes Murillo-Barroso1 & marc gener moret1 1
resumen
Se presentan nuevos análisis sobre la composición de metales de distintas cronologías pre-islámicas de yacimientos de Marruecos. La
técnica empleada es la espectrometría por fluorescencia de rayos X (ED-XRF). Destaca el elevado número de objetos manufacturados en
cobre sin alear, incluso en periodos más recientes, aunque también se detectan bronces y latones.
Palabras clave : Arqueometalurgia, Bronce, Cobre arsenicado, Latón, XRF
abstract
We present a new set of elemental analysis from several pre-Islamic archaeological sites in Morocco, using non-destructive ED-XRF techniques. The main feature is the high number of objects made of unalloyed copper, even in recent periods when bronze alloy is usual. Some
copper-tin and brass alloys have been detected.
Keywords : Archaeometallurgy, Bronze, Arsenical Copper, Brass, XRF
1 – IntroDuCCIón
Las investigaciones sobre metalurgia antigua en Marruecos, y de manera más general en el Magreb, han
sido muy escasas la fecha. Los principales resultados fueron obtenidos por investigadores franceses, y en
especial por J. Bourhis (1983) del laboratorio de antropología de la Universidad de Rennes, aunque en el caso
de las piezas marroquíes fueron publicadas en trabajos firmados por Souville (1966). Grebenart (1988) recopiló todos los datos disponible hasta ese momento, pudiéndose mencionar como los análisis más antiguos los
publicados por Bourguignat (1868, p. 35) sobre adornos de las sepulturas megalíticas de Roknia en Argelia.
Los 3 análisis realizados señalaban la aleación intencional de cobre con estaño. También cabe destacar la publicación de Souville (1969-70) sobre un asa de la necrópolis megalítica de Tayardit (Marruecos) por su orientación comparativa con materiales semejantes de Ampurias (España) y Enserune (Francia). Los análisis de las
tres piezas mostraban una aleación similar de bronces muy plomados, con porcentajes bajos de estaño.
A partir de la década de 1990 solo podemos añadir dos trabajos con datos nuevos sobre metales de
Marruecos. Por un lado los restos metalúrgicos recuperados en las campañas de excavación en Lixus (Ferrer,
Instituto de Historia, CCHS-CSIC. C/ Albasanz 26-28. 28037-Madrid. ignacio.montero@cchs.csic.es; mercedes.murillo@cchs.csic.es;
marc.gener@cchs.csic.es
2
Institut National des Sciences de l’Archéologie et du Patrimoine (INSAP). bokbotyoussef@yahoo.fr
1
113
2005), que identifican también la aleación de cobre con estaño, y por otro el estudio de los metales romanos de
tamusida aplicando nuevas técnicas de análisis como la difracción de neutrones (glIozzo et al., 2010).
Dentro de este reducido panorama se enmarcan los nuevos análisis de materiales Pre-Islámicos realizados
en el Proyecto Conjunto CSIC/CNRST (2009MA0003).
2 – téCnICa DE anáLIsIs
Los análisis se han realizado mediante espectrometría por fluorescencia de rayos X (ED-XRF) con un espectrómetro METOREX X-MET 920MP con detector de Si (Li) y fuente de Americio 241, instalado en el Museo
Arqueológico Nacional (Madrid, España), y con un rango de energías entre 0-40 KeV. Los tiempos de adquisición se fijaron en 150 sg y los resultados presentados en la Tabla 1 van expresados, normalizados, en% en peso.
los cálculos se han realizado a partir de la calibración del equipo usando una amplia variedad de patrones certificados de distintos metales y aleaciones.
tabla 1 – Análisis ED-XRF de metales de Marruecos. Valores expresados en % en peso.
análisis
Tipo
Fe
Cu
Zn
As
ag
Sn
sb
Pb
PA14094
anilla abierta
H
Bouïa
0,11
99,4
nd
0,39
nd
0,07
nd
nd
PA14095
colgante
H
Bouïa
0,16
99,5
nd
nd
nd
0,06
nd
0,27
PA14096
anillo de cinta
H
Bouïa
0,22
99,3
nd
nd
nd
0,06
nd
0,39
PA14090
punta palmela
0,12
99,3
nd
0,46
nd
nd
nd
nd
PA14091
Aguja Cabeza
H
0,03
99,3
nd
nd
nd
0,15
0,095
0,47
PA4086
Fíbula omega
P-I Daya Chiker
nd
98,9
nd
nd
0,12
nd
0,8
0,88
PA14084
recipiente
P-I Foum Larjam
0,18
82,4
nd
nd
0,014
17,0
nd
0,34
PA14085
Brazalete
P-I Foum Larjam
0,17
70,8
28,1
nd
0,172
0,15
0,145
0,53
PA14097
aplique hemisférico
P-I Foum Larjam
0,28
96,3
nd
nd
0,276
1,7
0,096
1,31
PA14088
punta palmela
cal Ifri n’amr o’moussa
0,12
99,9
nd
nd
nd
nd
nd
nd
PA14089
punzón
cal Ifri n’amr o’moussa
0,17
98,2
nd
1,59
nd
nd
nd
nd
PA14093
Barrita plomo larga
cal Ifri n’amr o’moussa
nd
nd
nd
tr
99,9
PA14092
Barrita plomo corta
cal Ifri n’amr o’moussa
nd
nd
nd
tr
99,9
Cron.
yacimiento
cal cueva d’aïn smen
cueva d’aïn smen
nd = no detectado; t r = trazas. Límite de detección para Ag y Sb = 0,001; límite de detección para el resto de elementos = 0,01. Cron. = Cronología
(H = Edad del Hierro; CAL = Calcolítico; P-I = Pre-Islámico
Para evitar los efectos de la pátina, cada pieza fue sometida a una limpieza mecánica con lija esmeril de
grano fino hasta visualizar el núcleo metálico en un área normalmente superior a los 25 mm 2, o de su anchura
completa en piezas como varillas con medidas inferiores a 5 mm. En algunos casos se hicieron análisis de pátina
para observar posibles enriquecimientos superficiales, pero esos resultados no se presentan en la Tabla 1.
Los elementos considerados presentan un límite de detección teórico de 10 ppm para plata (Ag) y antimonio
(Sb) cuantificadas a partir de la línea Kα, y de 100 ppm para el resto. Sin embargo, la experiencia señala que
valores inferiores a 0,1% para níquel (Ni) y Zinc (Zn) son difíciles de conseguir por los efectos de ruido de fondo
en esa zona del espectro y su proximidad a las líneas del cobre, elemento mayoritario. El plomo y el arsénico se
cuantifican a partir de las líneas Lβ y Kβ respectivamente.
114
3 – MatErIaLEs EstuDIaDos
3.1 – Calcolítico
Ifri n’Amr o’Moussa es una cueva localizada a las orillas del río Beht que presenta restos de habitación y
enterramientos humanos (BOKBOT & BEN-NçER 2008). Durante las excavaciones de 2005 a 2010 se ha recuperado una abundante industria ósea y cerámica vinculada a la Cultura campaniforme (estilo internacional).
Los elementos metálicos de base cobre son una punta Palmela y un punzón (Fig. 2.1 y 2.2). La punta Palmela
es un cobre muy puro, mientras que el punzón es un cobre arsénicado (1,56% As). También hay dos barritas de
plomo, elementos que no tienen paralelos en la Península Ibérica y podrían ser intrusiones.
Fig. 1 – Localización geográfica de los yacimientos analizados:
1 - Ifri n’Amr o’Moussa; 2 - Cueva d’Aïn Smen; 3 - Daya Chiker;
4 - Bouïa; 5 - Foum Larjam.
Fig. 2 – Objetos de metal de yacimientos de Marruecos analizados en este trabajo: 1 y 2 - Ifri n’Amr o’Moussa; 3 y 4 - Cueva
d’Aïn Smen; 5 y 6 - Bouïa; 7-9 - Foum Larjam; 10 - Daya Chiker.
La cueva de Aïn Smen se sitúa a 5 km al sur de Fez. En la cueva, según Souville (1989), solo se documentaron restos arqueológicos de una sola ocupación humana fechada en el calcolítico. entre los materiales destaca
la cerámica campaniforme. Los metales conocidos son una punta Palmela y un alfiler o aguja con el ojal formado
por enrrollamiento del alambre (Fig. 2.3 y 2.4), que ya fueron analizados por Bourhis (1983). Aunque ambas
piezas son de cobre sin alear, la tipología de la aguja no corresponde a una cronología Calcolítica como proponía
Souville (1989), sugiriendo paralelos en el Próximo Oriente. Nuestros conocimientos no nos permiten identificar ninguna pieza similar en ese ámbito geográfico, aunque sí existen alfileres de cabeza enrrollada, pero que
nada tienen que ver con la configuración del ejemplar que ahora tratamos. El paralelo más concreto y cercano
es una pieza recuperada en la tumba 40 de La Loma de Boliche (Cuevas de Almanzora, Almería) publicada
originalmente por Siret (1906) y recientemente valorada por Lorrio (2008, p. 90-91) en su estudio de las tumbas
del Bronce Final de la Colección Siret. La forma de doble bucle de la cabeza de la aguja es idéntica, y solo se
diferencian por la terminación: en punta de la de Ain Smen y en cucharilla en la de Boliche. En consecuencia, y
115
como veremos más adelante, la ausencia de una aleación con estaño no es criterio para clasificar cronológicamente el metal, y proponemos una asignación de la I Edad del Hierro (siglo VII a.C.) para esta pieza.
3.2 – Edad del Hierro
En el Jbel Bouïa (en la llanura de Tafilalet) se localizan alrededor de 1.200 túmulos de diferente tipología.
Los materiales analizados corresponden a un colgante de cabeza esferoidal (Fig. 2.5) típico de producciones del
inicio de la Edad del Hierro en la Península Ibérica (siglos VII-VI a.C.) (RaFel, 1997), un anillo de cinta y una
anilla abierta (Fig. 2.6) también habituales en este periodo. Los análisis señalan que las tres piezas son de cobre
sin alear, y solamente la anilla abierta lleva algo de arsénico (0,39%).
Esta ausencia de aleación es especialmente llamativa en el colgante, al tratarse de un tipo de objeto de
tipología claramente relacionada con modelos orientales. En la Península Ibérica este tipo de objeto es bien
conocido y contamos con datos comparativos especialmente del área del Bajo Ebro, y del yacimiento de Sant
Jaume donde se ha recuperado un molde para su manufactura (garcía i ruBert et al., 2007). Las 4 piezas
analizadas, 2 de Sant Jaume y 2 de Milmalda (Montero ruIz, 2008) son principalmente bronces plomados,
aunque una de las de Milmalda contiene solo 1,6% Pb y debería clasificarse como bronce binario.
también de cobre sin alear son los fragmentos indeterminados analizados por el laboratorio de rennes de
los yacimientos de Bouïa, Sidi Slimane y Erfoud (SouVIlle 1966, p. 277). Solo en Bouïa hay documentada una
pieza de bronce (14% Sn) (GreBenar 1988, p. 67), aunque otras piezas sin posición estratigráfica de Achakar
(tanger) son nuevamente de cobre sin alear.
3.3 – Túmulos Pre-Islámicos
Los materiales de este periodo pertenecen principalmente al yacimiento de Foum Larjam, una gran necrópolis tumular localizada en el Oued Dra. Se han analizado tres piezas de distinta tipología: un borde de recipiente (Fig 2.7), un brazalete abierto con decoración (Fig 2.8) y un aplique fragmentado (Fig. 2.9). La primera
de ellas es un bronce binario de buena calidad, mientras que el brazalete es un latón (28,1% Zn) con impurezas
de antimonio y plata. El aplique podría corresponder a una mezcla de metal reciclado por los contenidos bajos
de estaño (1,7%) y plomo (1,3%).
Del túmulo 4 de Daya Chiker en el Atlas septentrional se ha estudiado una fíbula en omega (Fig. 2.10).
La cronología de estas sepulturas es amplia, pero la tipología de los materiales ayuda a su encuadre, como
en el caso de esta fíbula en omega con remates en voluta (tipo Fowler B o Ponte B51/1d) que se fecha en el
siglo I a.C.-I d.C. y es típica del área atlántica (ponte, 2006). Esta cronología es coincidente con la fecha de C14
disponible del túmulo. La fíbula es de cobre, a diferencia de las conocidas en la Península Ibérica que suelen ser
de bronce y ya de latón en algunos tipos a partir del siglo I d.C.
4 – vaLoraCIonEs CoMParatIvas
En este breve repaso a los metales recuperados en yacimientos de Marruecos podemos destacar dos cuestiones. por un lado los materiales calcolíticos vinculados al campaniforme se manufacturan en cobre o cobre
arsenicado como es también habitual en la Península Ibérica y especialmente en su mitad meridional, donde la
aleación con estaño aparece con cierto retraso. La disponibilidad de minerales de cobre en Marruecos, en áreas
no lejanas a la aparición de estas piezas, en especial las puntas Palmela, obliga a profundizar en la posibilidad
de su manufactura local, y a no considerarlas necesariamente piezas importadas desde la Península Ibérica
116
(souVIlle 1998). Por otro lado la manufactura en cobre sin alear de tipos de objetos de tipología claramente
ajena al mundo indígena como pueden ser el caso del colgante de cabeza esférica de Bouïa o la fíbula en omega
de Daya Chiker sugieren que esos recursos locales pudieron estar en explotación y suministrar el metal. Lo
que es evidente es que no podemos considerarlos objetos importados, ya que en otros territorios su manufactura habitual es en bronce. Un ejemplo de esa esperable similitud compositiva la tenemos en el asa de Tayardit
(bronce plomado), o en los objetos de la ciudad romana de Tamusida.
La incidencia del mundo colonial fenicio y posteriormente del romano parece tener poca penetración en
territorios del interior de Marruecos, ya que apenas detectamos metales aleados con estaño en necrópolis
tumulares como Bouïa, en la que predominan los cobres sin alear. De manera contemporánea, la manufactura
de bronce en la colonia de lixus está atestiguada arqueológicamente (FERRER, 2005). La fíbula en omega de
Daya Chiker señalaría de nuevo la existencia de relaciones limitadas: se conoce el tipo de objeto, pero se manufactura en cobre sin alear. Estas poblaciones indígenas, en la periferia del mundo colonial mediterráneo (fenicio
y romano) parecen estar al margen del suministro de estaño.
Resulta evidente que es necesario incrementar el número de piezas analizadas para confirmar o matizar
estas primeras valoraciones, pero no parece casual que los datos disponibles hasta la fecha, tanto los publicados
por Souville y Bourhis, como los analizados en este trabajo presenten la misma tendencia de un elevado número
de metales de base cobre sin alear.
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