Açaí
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ABSTRACT The seasonality of plants, for the açaí (Euterpe precatória), marks the times of life in society and combinations of people in the Capanã Grande Lake, Southern Amazonas, Brazil. Açaí trade to regional merchants, by local... more
ABSTRACT
The seasonality of plants, for the açaí (Euterpe precatória), marks the times of life in society and combinations of people in the Capanã Grande Lake, Southern Amazonas, Brazil. Açaí trade to regional merchants, by local families and extractivists, makes it no longer a matter of just kinship and alliance. When sold, the fruit passes to its commodity ontology, tied to its value-price, an economic translation, and also, to its conservation-value ontology, as sustainable development vector. Culturally-grounded semantic – associated with practices, routines, technical domains, alliance and reciprocity – interacts with multiscalar food-demand flows (markets, stocks, contracts, processing and consumption), connecting Amazonian communities to the geopolitical circuits of international cooperation dedicated to the sustainable development agenda (environmental conservation, climate and biodiversity). Understand how local-cultural forest sociabilities interact with market and sustainable development phenomena, emulating modalities of combinations and commitments between people, represents interpreting the various translation possibilities that give açaí value along a chain of mutual affection between humans and plants. The formulated hypothesis points that the seasonal harvest of açaí unveils a local repertory of reciprocity = {combinations and commitments (kinship, alliance and trade)}, which mobilizes seasonal routines and practices for its harvest and sale, making it transit through market and sustainable development circuits. This research was based on field data collection pre-coronavírus pandemic, through a survey on production, labor, and income of the families part of the sustainable development project; and also on documentary and bibliographic materials. It was found that açaí carries and circulates values in discontinuities and continuities of interactions which requalify it at each leap across the translation chain. Its transit through multiple circuits and value systems mobilizes ontologies, meanings, livelihoods and labor.
Keywords: açaí; extractivism; value chain; sustainable development; Amazon.
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RESUMEN
La estacionalidad rítmica de las plantas, para el caso del asaí soltero (Euterpe precatória), marca los tiempos de la vida en sociedad y las combinaciones de personas en el Lago del Capanã Grande, al sur del estado de Amazonas. La venta por parte de las familias y de los grupos extractivistas a los comerciantes de la región hace con que el asaí ya no sea solamente parentesco y alianza. Cuando vendido, el fruto pasa a su ontología de mercancía, ligada a su valor-precio, a su traducción económica y, también, a su ontología de valor-conservación, como vector del desarrollo sostenible. La semántica culturalmente ubicada (asociada a las prácticas, rutinas, dominios técnicos, alianza y reciprocidad) interactúa con los flujos multiescalares de demanda por alimentos (mercados, almacenamiento, contratos, procesamiento y consumo), conectando las comunidades amazónicas a los circuitos geopolíticos de la cooperación internacional dedicados a la agenda del desarrollo sostenible (conservación del medio ambiente, clima y biodiversidad). Comprender cómo las sociabilidades forestales culturalmente ubicadas interactúan con los fenómenos del mercado y del desarrollo sostenible, emulando modalidades de combinaciones y prestaciones entre personas, es interpretar las diversas posibilidades de traducción que confieren valor al açaí a lo largo de una cadena de afectación mutua entre humanos y plantas. La hipótesis formulada dice que la recolección estacional del asaí revela un repertorio local de reciprocidad = {combinaciones y prestaciones (parentesco, alianza e intercambios comerciales)} que moviliza rutinas y prácticas estacionales para la recolección y venta del açaí, haciéndolo transitar por los circuitos del mercado y del desarrollo sostenible. La investigación se basó en los registros de campo previos a la pandemia de coronavirus; en la aplicación de una encuesta del tipo survey sobre la producción, trabajo e ingresos de las familias participantes del proyecto de desarrollo sostenible; y también en investigación documental y bibliográfica. Fue constatado que el asaí es algo que porta y circula valores en discontinuidades y continuidades de interacciones que lo recalifican a cada salto a lo largo de la cadena de traducción. Su tránsito por múltiples circuitos y sistemas de valoración moviliza ontologías, significados, modos de vida y trabajo.
Palabras clave: asaí; extractivismo; cadena de valor; desarrollo sostenible; Amazonia.
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RESUMO
A sazonalidade ritmada das plantas, para o caso do açaí solteiro (Euterpe precatoria), marca os tempos da vida em sociedade e as combinações de pessoas no Lago do Capanã Grande, sul do estado do Amazonas. A venda pelas famílias e pelos grupos extrativistas aos comerciantes da região faz com que o açaí deixe de ser apenas parentesco e aliança. Quando vendido, o fruto passa para sua ontologia mercadoria, atrelada ao seu valor-preço, à sua tradução econômica, e, ainda, para sua ontologia valor-conservação, na qualidade de vetor do desenvolvimento sustentável. A semântica culturalmente localizada (associada às práticas, rotinas, domínios técnicos, aliança e reciprocidade) interage com os fluxos multiescalares de demanda por alimentos (mercados, estoques, contratos, processamento e consumo), conectando comunidades amazônicas aos circuitos geopolíticos da cooperação internacional dedicados à agenda do desenvolvimento sustentável (conservação do meio ambiente, clima e biodiversidade). Compreender como as sociabilidades florestais culturalmente localizadas interagem com fenômenos de mercado e do desenvolvimento sustentável, emulando modalidades de combinações e prestações entre pessoas, é interpretar as várias possibilidades de tradução que conferem valor ao açaí ao longo de uma cadeia de mútua afetação entre humanos e plantas. A hipótese formulada diz que a coleta sazonal do açaí desvela um repertório local de reciprocidade = {combinações e prestações (parentesco, aliança e trocas comerciais)} que mobiliza rotinas e práticas sazonais para a coleta e venda do açaí, fazendo-o transitar pelos circuitos do mercado e do desenvolvimento sustentável. A pesquisa apoiou-se em registros de campo pré-pandemia do coronavírus; na aplicação de um formulário na modalidade survey sobre produção, trabalho e renda das famílias que participam do projeto de desenvolvimento sustentável; e também em pesquisa documental e bibliográfica. Verificou-se que o açaí é algo que carrega e circula valores em descontinuidades e continuidades de interações que o requalificam a cada salto ao longo da cadeia de tradução. Seu trânsito por múltiplos circuitos e sistemas de valoração mobiliza ontologias, significados, modos de vida e trabalho.
Palavras-chave: açaí; extrativismo; cadeia de valor; desenvolvimento sustentável; Amazônia.
The seasonality of plants, for the açaí (Euterpe precatória), marks the times of life in society and combinations of people in the Capanã Grande Lake, Southern Amazonas, Brazil. Açaí trade to regional merchants, by local families and extractivists, makes it no longer a matter of just kinship and alliance. When sold, the fruit passes to its commodity ontology, tied to its value-price, an economic translation, and also, to its conservation-value ontology, as sustainable development vector. Culturally-grounded semantic – associated with practices, routines, technical domains, alliance and reciprocity – interacts with multiscalar food-demand flows (markets, stocks, contracts, processing and consumption), connecting Amazonian communities to the geopolitical circuits of international cooperation dedicated to the sustainable development agenda (environmental conservation, climate and biodiversity). Understand how local-cultural forest sociabilities interact with market and sustainable development phenomena, emulating modalities of combinations and commitments between people, represents interpreting the various translation possibilities that give açaí value along a chain of mutual affection between humans and plants. The formulated hypothesis points that the seasonal harvest of açaí unveils a local repertory of reciprocity = {combinations and commitments (kinship, alliance and trade)}, which mobilizes seasonal routines and practices for its harvest and sale, making it transit through market and sustainable development circuits. This research was based on field data collection pre-coronavírus pandemic, through a survey on production, labor, and income of the families part of the sustainable development project; and also on documentary and bibliographic materials. It was found that açaí carries and circulates values in discontinuities and continuities of interactions which requalify it at each leap across the translation chain. Its transit through multiple circuits and value systems mobilizes ontologies, meanings, livelihoods and labor.
Keywords: açaí; extractivism; value chain; sustainable development; Amazon.
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RESUMEN
La estacionalidad rítmica de las plantas, para el caso del asaí soltero (Euterpe precatória), marca los tiempos de la vida en sociedad y las combinaciones de personas en el Lago del Capanã Grande, al sur del estado de Amazonas. La venta por parte de las familias y de los grupos extractivistas a los comerciantes de la región hace con que el asaí ya no sea solamente parentesco y alianza. Cuando vendido, el fruto pasa a su ontología de mercancía, ligada a su valor-precio, a su traducción económica y, también, a su ontología de valor-conservación, como vector del desarrollo sostenible. La semántica culturalmente ubicada (asociada a las prácticas, rutinas, dominios técnicos, alianza y reciprocidad) interactúa con los flujos multiescalares de demanda por alimentos (mercados, almacenamiento, contratos, procesamiento y consumo), conectando las comunidades amazónicas a los circuitos geopolíticos de la cooperación internacional dedicados a la agenda del desarrollo sostenible (conservación del medio ambiente, clima y biodiversidad). Comprender cómo las sociabilidades forestales culturalmente ubicadas interactúan con los fenómenos del mercado y del desarrollo sostenible, emulando modalidades de combinaciones y prestaciones entre personas, es interpretar las diversas posibilidades de traducción que confieren valor al açaí a lo largo de una cadena de afectación mutua entre humanos y plantas. La hipótesis formulada dice que la recolección estacional del asaí revela un repertorio local de reciprocidad = {combinaciones y prestaciones (parentesco, alianza e intercambios comerciales)} que moviliza rutinas y prácticas estacionales para la recolección y venta del açaí, haciéndolo transitar por los circuitos del mercado y del desarrollo sostenible. La investigación se basó en los registros de campo previos a la pandemia de coronavirus; en la aplicación de una encuesta del tipo survey sobre la producción, trabajo e ingresos de las familias participantes del proyecto de desarrollo sostenible; y también en investigación documental y bibliográfica. Fue constatado que el asaí es algo que porta y circula valores en discontinuidades y continuidades de interacciones que lo recalifican a cada salto a lo largo de la cadena de traducción. Su tránsito por múltiples circuitos y sistemas de valoración moviliza ontologías, significados, modos de vida y trabajo.
Palabras clave: asaí; extractivismo; cadena de valor; desarrollo sostenible; Amazonia.
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RESUMO
A sazonalidade ritmada das plantas, para o caso do açaí solteiro (Euterpe precatoria), marca os tempos da vida em sociedade e as combinações de pessoas no Lago do Capanã Grande, sul do estado do Amazonas. A venda pelas famílias e pelos grupos extrativistas aos comerciantes da região faz com que o açaí deixe de ser apenas parentesco e aliança. Quando vendido, o fruto passa para sua ontologia mercadoria, atrelada ao seu valor-preço, à sua tradução econômica, e, ainda, para sua ontologia valor-conservação, na qualidade de vetor do desenvolvimento sustentável. A semântica culturalmente localizada (associada às práticas, rotinas, domínios técnicos, aliança e reciprocidade) interage com os fluxos multiescalares de demanda por alimentos (mercados, estoques, contratos, processamento e consumo), conectando comunidades amazônicas aos circuitos geopolíticos da cooperação internacional dedicados à agenda do desenvolvimento sustentável (conservação do meio ambiente, clima e biodiversidade). Compreender como as sociabilidades florestais culturalmente localizadas interagem com fenômenos de mercado e do desenvolvimento sustentável, emulando modalidades de combinações e prestações entre pessoas, é interpretar as várias possibilidades de tradução que conferem valor ao açaí ao longo de uma cadeia de mútua afetação entre humanos e plantas. A hipótese formulada diz que a coleta sazonal do açaí desvela um repertório local de reciprocidade = {combinações e prestações (parentesco, aliança e trocas comerciais)} que mobiliza rotinas e práticas sazonais para a coleta e venda do açaí, fazendo-o transitar pelos circuitos do mercado e do desenvolvimento sustentável. A pesquisa apoiou-se em registros de campo pré-pandemia do coronavírus; na aplicação de um formulário na modalidade survey sobre produção, trabalho e renda das famílias que participam do projeto de desenvolvimento sustentável; e também em pesquisa documental e bibliográfica. Verificou-se que o açaí é algo que carrega e circula valores em descontinuidades e continuidades de interações que o requalificam a cada salto ao longo da cadeia de tradução. Seu trânsito por múltiplos circuitos e sistemas de valoração mobiliza ontologias, significados, modos de vida e trabalho.
Palavras-chave: açaí; extrativismo; cadeia de valor; desenvolvimento sustentável; Amazônia.
Para superar o desmatamento, as queimadas e a violência, é preciso perguntar: precisamos da pecuária bovina extensiva na Amazônia? Esta pergunta tem que envolver o consumidor brasileiro, pois a maior parte da carne produzida na Amazônia é... more
Para superar o desmatamento, as queimadas e a violência, é preciso perguntar: precisamos da pecuária bovina extensiva na Amazônia? Esta pergunta tem que envolver o consumidor brasileiro, pois a maior parte da carne produzida na Amazônia é para consumo interno
A bioeconomia é um conceito gelatinoso, pegajoso, todo mundo sai melado quando fala essa palavra mágica – uma armadilha! Quem mesmo sabe o que ela representa? Ou, o que se quer da bioeconomia? Sabe-se o que ela não é, o que não se quer que ela perpetue – a destruição sistemática dos meios naturais, dos serviços ambientais e da violação dos direitos humanos e os modos tradicionais de vida. A boieconomia (boi mesmo!) não é bioeconomia, não dá pintar de verde os pobres boizinhos que pascentam e destroem a Amazônia (e de roldão, o nosso planetinha). Povoar metade das terras aráveis do planeta com a pecuária extensiva (de diversos animais, especialmente a bovino-figura) constitui uma das decisões de mais graves consequências da humanidade.
Quando a boieconomia (e seus condutores, os boiadeiros) penetra as terras firmes da Amazônia a valer, a partir da década de 1960 com a ditadura militar e os seus generosos subsídios e facilidades (que se perpetuam), e a violação dos direitos de povos e comunidades tradicionais, a história da Amazônia passa a pegar fogo.
A bioeconomia é um conceito gelatinoso, pegajoso, todo mundo sai melado quando fala essa palavra mágica – uma armadilha! Quem mesmo sabe o que ela representa? Ou, o que se quer da bioeconomia? Sabe-se o que ela não é, o que não se quer que ela perpetue – a destruição sistemática dos meios naturais, dos serviços ambientais e da violação dos direitos humanos e os modos tradicionais de vida. A boieconomia (boi mesmo!) não é bioeconomia, não dá pintar de verde os pobres boizinhos que pascentam e destroem a Amazônia (e de roldão, o nosso planetinha). Povoar metade das terras aráveis do planeta com a pecuária extensiva (de diversos animais, especialmente a bovino-figura) constitui uma das decisões de mais graves consequências da humanidade.
Quando a boieconomia (e seus condutores, os boiadeiros) penetra as terras firmes da Amazônia a valer, a partir da década de 1960 com a ditadura militar e os seus generosos subsídios e facilidades (que se perpetuam), e a violação dos direitos de povos e comunidades tradicionais, a história da Amazônia passa a pegar fogo.
Este texto é uma discussão sobre o surgimento e desenvolvimento da economia do açaí em Belém do Pará. Discutimos a singularidade dessa economia, como realidade amazônica mediada pela vida urbana. Destacamos os vínculos históricos entre... more
Este texto é uma discussão sobre o surgimento e desenvolvimento da economia do açaí em Belém do Pará. Discutimos a singularidade dessa economia, como realidade amazônica mediada pela vida urbana. Destacamos os vínculos históricos entre biodiversidade e o cotidiano urbano, dos quais o açaí é um caso exemplar. O texto argumenta que a endogeneidade da criação técnica, formação de mercados locais e a sofisticação do gosto popular sobre o produto, resultam da longa incorporação urbana de uma herança material e cultural ancestral. Essa é a base sobre a qual surge a economia de mercado do açaí no final do séc. XX.
Açaí fruit (Euterpe oleracea Martius) is highly perishable, so it sought to apply conservation techniques that make its commercialization more bearable such as dehydration by the tray. This thermal technique that significantly inactivates... more
Açaí fruit (Euterpe oleracea Martius) is highly perishable, so it sought to apply conservation techniques that make its commercialization more bearable such as dehydration by the tray. This thermal technique that significantly inactivates harmful enzymes and microorganisms prolongs their shelf life but has the disadvantage that it decreases the proportion of bioactive components and its antioxidant power. The present work aims to estimate the content and antioxidant activity of the bioactive compounds of açaí powder supplied in hydroxypropyl methylcellulose (HPMC) vegetable capsules. For this purpose, total polyphenols were determined by the Folin-Ciocalteau test, total anthocyanin's by the differential pH test, and the antioxidant capacity in vitro DPPH method (using Trolox and Vitamin C equivalent). Also, the effect of consumption of four daily capsules on a healthy population (10 people) between the ages of 33-65 years old evaluated through a 10-day intervention study in which the following biomarkers in blood assessed: glycemia, triglycerides, total cholesterol, HDL, LDL, and 8-isoprostane. The açaí powder showed a total polyphenol content of 962.7±22.2 mg EAG/100g, total anthocyanin's up to 938.5±19.1 mg C3GE/100g, the antioxidant capacity of 643±24.32 µmol TE/100g and 14.07±0.45 g VCE/100g. In the intervention study, no significant differences were observed between before and after the different biochemical markers except for 8-isoprostane, suggesting that the consumption of dehydrated açaí caused effects benefices in the population tested.
Riverside communities in the Tapajós Basin have vast traditional knowledge about uses of local flora. Such traditional knowledge transmitted from generation to generation is threatened by anthropic pressure on such ecosystems in the... more
Riverside communities in the Tapajós Basin have vast traditional knowledge about uses of local flora. Such traditional knowledge transmitted from generation to generation is threatened by anthropic pressure on such ecosystems in the Amazon. The Juá Environmental Preservation Area (APA Juá) is one such area. The objective of this work was to characterize the traditional knowledge of a women and last group living on APA Juá, Santarém city, Pará state, through an Ethnobotanical study. From interviews with a semi - structured questionnaire, guided visit and herborization of the mentioned plant species, the method was configured, for later treatment of ethnobotanical variables by non - parametric analysis. Thirty - six ethnospecies useful for families were identified, distributed in 23 families and 34 genera. The species with the highest relative frequency of citations were Jurú (C. icaco), Piranga (M. apiranga) and Muruci (B. crassifolia.). Açaí (E. oleracea) was the specie with the highest Value of Use, suggesting the importance of conservation of it for sub existence and reproduction of these families over time. Among the medicinal plants, the boldo (P. barbatus), the lemon grass (L. alba), the guava (P. guajava) and the mint (M. villosa) stand out. Ethnobotanical research demonstrates that it is a good tool for popularizing and valuing traditional knowledge of riverside communities, but it is mainly used as a tool for socioenvironmental denunciation of savannas degradation in the Tapajós Basin.