Resumo: Partindo-se do exemplo e modelo das discussões sobre gênero da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) ressaltando a Décima Conferência Regional, sediada em Quito no ano de 2007 e a Décima Primeira Conferência...
moreResumo: Partindo-se do exemplo e modelo das discussões sobre gênero da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) ressaltando a Décima Conferência Regional, sediada em Quito no ano de 2007 e a Décima Primeira Conferência Regional, sediada em Brasília em 2010, que repercutem a necessidade de se cada vez mais problematizar as desigualdades na região, a pesquisa abordada neste artigo traduz tanto este momento deliberativo, quanto o movimento das demandas feministas democratizantes por mais justiça social em dezoito Estados latino-americanos (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República
Dominicana, Uruguai e Venezuela). O artigo procura (i) discutir a incompletude de análises sobre as desigualdades sociais que somente visam um único aspecto ou uma única dimensão da justiça social; (ii) mostrar como reiteradamente as críticas feministas deslocam os objetos de análise e demandam outras dimensões para a compreensão sobre a temática; e (iii) apontar como a dimensão política, que traz para o campo do conhecimento político a tematização da justiça social, fornece fundamentos para a mensuração e o entendimento da justiça social através de propostas que enfocam a justiça de gênero e a justiça intragênero. Enfatiza-se a dimensão da política e do político conjugada com a justiça social, além de uma análise crítica da construção de indicadores estatísticos sobre as desigualdades, de maneira geral e aqueles referentes exclusivamente à dimensão de gênero, utilizando-se do Índice de Desenvolvimento Humano, do Gender Gap, do ISOQuito, do Índice de Compromisso Institucional e do Social Institutions and Gender Index. Por fim, discute-se como o “quem” ou os sujeitos do feminismo e a questão conceitual de gênero e feminista repercute na formulação metodológica, além de problematizar a construção dos índices confrontada por dados qualitativos.
Palavras-chave: Justiça Social; Feminismo; Teoria Política Feminista; Gênero;
América Latina