Breno Cypriano

Diante da problematização sobre os avanços no campo da ciência política e das relações internacionais, o presente capítulo apresenta as contribuições das perspectivas críticas feministas diante das discussões teóricas sobre o conhecimento político. Como o capítulo visa ser uma introdução a estudantes e profissionais na área, abordamos rapidamente a noção de campo do conhecimento político, as principais dimensões no campo teórico que o feminismo procura ser crítico, sobretudo a dimensão epistemológica, a distinção conceitual sobre “o” político e “a” política e, também, uma crítica dos tantos feminismos à perspectiva hegemônica liberal dentro deste campo. O estudo foi dividido em duas partes, sendo que os aspectos introdutórios, a discussão sobre o campo do conhecimento político e alguns aspectos das contribuições críticas feministas são tratados na primeira parte. Na última parte são abordadas as correntes e perspectivas relacionadas aos vários feminismos, as dimensões da ciência pol...

A inquietacao pela baixa presenca feminina nos cargos representativos norteia os estudos sobre a politica de acoes afirmativas de genero no Brasil. Utilizando dados eleitorais (1994, 1998, 2002 e 2006) e notas taquigraficas referentes as discussoes do Projeto de Lei 783/95, procura-se desvendar alguns dos fatores que prejudicaram a eficacia da lei de cotas no Brasil.

Este artículo discute la importancia y centralidad de los conocimientos acerca de "la política" y "lo político" desde la perspectiva feminista desde el Sur global. Para eso, es necesario una abordaje de las principales discusiones feministas conceptuales y un intento de diseño de un panorama pos(de)colonial del concepto de "la" política.

The main actors in the field of international relations and in gender justice have been articulated in a wide range of manners latterly as it has been observed, particularly in countries of the global South. Over the last decade, it has been reported that an ...

Discutir sobre um projeto teórico feminista a partir da América Latina requer que se exponha uma série de discussões que envolvem tanto considerações pós-colonialistas como pós-estruturalistas. Destarte, este artigo procura mirar-se sobre a teorização produzida a partir do "Terceiro Mundo", de um país (ou um conjunto de países) do Sul global, o que abriria potencial espaço para a interlocução com a produção no campo mainstream do conhecimento político, como também com as várias perspectivas inclusas no que se pode designar como uma "teoria política feminista" ocidental.

Profundas assimetrias observadas nos resultados eleitorais com relação à presença feminina nas câmaras baixas dos países democráticos (em todo o mundo) nos motivaram à realização da presente investigação. Buscamos identificar algumas diferenças na representatividade política de mulheres em contextos nacionais de três países latino-americanos. A comparação internacional vai considerar os aspectos contingentes e históricos dos países em questão: Brasil, Argentina e Peru nesse caso.
Esse artigo pretende dialogar tanto com abordagens institucionalistas quanto culturalistas no intuito de enfrentar a temática da adoção de cotas legislativas de gênero nos três países. Pretende-se resgatar elementos institucionais/formais importantes das sociedades estudadas, assim como tratar de certos traços e padrões de interação entre atores – sociedade civil, organizações governamentais, internacionais e nãogovernamentais – para, desta forma, alcançar os objetivos previstos. É por se tratar da influência de vários fatores acima mencionados que a análise será focada em, pelo menos, três eixos principais: (i) uma referência breve aos novos movimentos sociais latino-americanos – neste caso, os movimentos feministas e de mulheres; (ii) a menção aos marcos legais que estabeleceram as políticas de cotas nesses países; e (iii) uma breve análise sobre os sistemas e instituições eleitorais. Conjuntamente com essa análise apontamos duas abordagens da temática sobre as ações afirmativas feitas pela corrente do liberalismo igualitário e pela teoria da política da diferença, o que irá nos orientar nessa discussão (Cf. CYPRIANO et alli, 2007).

A partir da posição paradoxal vivenciada pelos homens dentro da militância e pensamento feminista-posição vivenciada por este autor-, propomos uma discussão que procura contemplar possíveis respostas à seguinte questão de Sandra Harding: "os homens podem ser, não somente objetos, mas também sujeitos do pensamento feminista?".

O trabalho aqui proposto tem como objetivo fazer algumas reflexões que envolvem esses novos fenômenos que estão, por sua vez, relacionados ao questionamento das fronteiras que separam movimentos e Estado, evidenciados por essas novas agendas de pesquisa. Particularmente, pretende-se centrar-se aqui na experiência paradigmática do movimento feminista em sua incessante luta pela inclusão política. Interessa-nos analisar a relação entre o movimento feminista e o Estado no Brasil, abordando os diversos caminhos percorridos pelo feminismo, tanto na sociedade civil como nas diversas instituições que conformam o aparato estatal. Para tal análise, nos utilizamos de entrevistas realizadas com lideranças do movimento feminista e grupos presentes no Estado, na busca de uma reflexão sobre as novas configurações do movimento assim como o impacto das estratégias de aproximação dos grupos feministas com o Estado.

O trabalho visa compreender as formas através das quais a participação complementa a representação eleitoral. Nesse sentido, objetiva-se discutir a atuação dos movimentos sociais enquanto atores estratégicos no controle e na prestação de contas dos representantes eleitos na Câmara dos Deputados. Desta forma, lançar-se-á mão de dados empíricos, provenientes de 15 entrevistas com representantes desses movimentos e também das secretarias de Estado e de deputadas e deputados da 53ª Legislatura da Câmara, focando-se na atuação destes atores/atrizes e buscando-se discutir se estas atuações colaboram ou não para a consolidação dos direitos dos grupos estudados – a saber, as mulheres, as minorias raciais e étnicas e a minoria LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) – na sociedade e no parlamento brasileiros

Resumo: A teoria política contemporânea, como uma das ferramentas analíticas da política, depara-se com a temática da justiça social evocada por condições de desigualdade, pobreza e não-reconhecimento das diferenças no cenário político e na nova ordem global. O presente artigo, através de um esforço meta-teórico, desenvolve os seguintes pontos de análise: (i) a formatação do triângulo do “estudo da política”, demonstrando a relação entre ciência, teoria e filosofia política, a fim de demonstrar o atual estado da arte da teoria política contemporânea e os desdobramentos e impactos observados na história deste campo para o estudo de temáticas como a justiça social; (ii) a relação e formatação das teorias dedicadas aos estudos da justiça com a teoria política contemporânea; (iii) a corrente redistributiva da justiça; (iv) o enfoque da filosofia do reconhecimento e da política da diferença; (v) o paradigma redistribuição/reconhecimento; e, por fim, (vi) os novos desafios de escala colocados às teorias da justiça, frente à nova ordem global. Palavras-chave: Teoria política contemporânea; teorias da justiça; redistribuição; reconhecimento; representação.

A assimetria entre os sexos no que se refere à participação política e a quase ausência das mulheres em cargos eletivos na política, revela-nos os limites da engenharia eleitoral na condução efetiva das mulheres a estes espaços. Pretende-se aqui analisar as barreiras e inoperâncias da engenharia eleitoral e o perfil da participação feminina nas eleições de 2006 para cargos legislativos, em Minas Gerais, pela análise dos dados eleitorais e background, através de entrevistas com candidatas a deputada estadual, e, sobretudo da análise detalhada da participação de homens e mulheres no Horário Gratuito Político Eleitoral. Do HGPE/2006 procura-se avaliar as principais variáveis, numa comparação entre os sexos: (i) o tempo distribuído entre os/as candidatos/as; (ii) apelos e temáticas principais apresentadas. Acrescentamos ainda a análise de dados a respeito do (iii) financiamento das campanhas e das (iv) votações nominais e de legenda. Palavras-chave: Horário Gratuito Político Eleitoral; Representação Política; mulheres na política.

This paper will discuss how  politics resizing at national and international levels is reflected in Latin America academy, raising concerns about the new (or fragmented) geographical boundaries that were reflected  in activities of theorizing. It should be emphasized, in the discussion that follows, as the political purposes have excelled in a global political landscape permeated by inequalities, involving a search for theories of social justice that give account to answer the questions that prompt discussion on these same inequalities, be they local, regional or global.

The situation of women in Latin-American politics shows an extreme disparity: on one side Argentina having the highest feminine representation in the world in its chambers, and on the other side, Brazil representing alarmingly low percentages of women's presence in the political sphere. To illustrate such disparities, the article will approach the claims to and the institutionalization of the women/gender legislative quotas' systems in the two countries, considering the national feminists' movements, transnational feminism, legal benchmarks of this system, in addition to discussing the influence of the electoral system and its variables. Given the influence of some factors in a historical and contingent process, the analysis is going to expose various factors, taking into account three main facets: (i) the role of feminists' and women's movements and the incorporation of the quotas; (ii) the legal benchmarks of quota policies; and (iii) the electoral analysis of the systems and institutions. Emphasizing these aspects, we will consider the peculiarities between the countries and show what is the current situation in each country. This article, in the political science field, tends to indicate political normative actions for feminist agendas and for the empowerment of women in Brazil and other countries.

Nas últimas décadas, as teóricas feministas têm sinalizado uma proposta diferenciada de pavimentação de um caminho outro que não seja o tradicional, uma outra démarche para o campo do conhecimento político. Para tanto, as discussões, ôntica, do conceito de política, e ontológica, do conceito do político, seriam centrais para o debate que visa a consolidação e legitimação desta área, a “teoria política feminista”, neste campo do conhecimento. Assim, procurar-se-á retomar a discussão sobre “o pessoal é político” (inter-relacionado aos conceitos de privado, autonomia, corpo), que trouxe uma ampla reflexão sobre a dimensão ontológica, como também discutir e propor novas saídas para as preocupações e desafios que se lançam sobre a necessidade de um marcador da diferença entre o relato feminista e o “tradicional”, que seria fundamentalmente um novo conceito de “política”. Também se discutirá a importância do local e o global para a formatação de framings teóricos, destacando o caso latino-americano.

A presença feminina e de crianças equivale a ¾ do universo populacional dos refugiados. Grande parte das mulheres são vítimas de abusos sexuais, enfrentam dificuldades de acesso ao mercado de trabalho no território em que foram inseridas e são vítimas de violência doméstica, gerada pela instabilidade e insatisfação do homem com a situação atual e anterior ao refúgio. A preocupação com a mulher pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados é um dos fatores que abordo por meio da revisão da literatura existente e da minha avaliação-crítica ao projeto “Resettlement of Women-at-Risk in Brazil”, adotado pela organização no Brasil.

A inquietação pela baixa presença feminina nos cargos representativos norteia os estudos sobre a política de ações afirmativas de gênero no Brasil. Utilizando dados eleitorais (1994, 1998, 2002 e 2006) e notas taquigráficas referentes às discussões do Projeto de Lei 783/95, procura-se desvendar alguns dos fatores que prejudicaram a eficácia da lei de cotas no Brasil.

SUMMARY: Concern with low feminine presence in representative positions guides the study of affirmative actions regarding gender policies in Brazil. Using electoral database (1994, 1998, 2002 and 2006) and transcriptions notes related to discussions about the Project of Law 783/95, our target is to discover some of the factors that have impaired the effective implementation of the quotas' law in Brazil.

As tramas, redes, “nós” e as fronteiras nas mais variadas concepções e discursos feministas, especialmente no campo das Relações Internacionais, serão abordadas a partir da aproximação e apropriação dos diversos saberes feministas através das relações entre o Sul e Norte global. O que aqui se quer chamar a atenção é a abertura de um canal para o surgimento de vozes que (a)o tecer das relações foi se criando a partir da experiência latino-americana, principalmente com a apropriação de um discurso sobre as diferenças dentro da diferença. Diante disto, possibilitou-se a afirmação teórica feminista de uma epistemologia das fronteiras e de novos questionamentos que o trânsito conceitual gerou e ainda gera. Uma possível compreensão para se entender a teoria política feminista diante de sua relação com as contribuições pós/de/coloniais é que ela teria que se abrir ou que estar permanentemente aberta para a possibilidade de novos saberes, posicionamento, práticas e agência nos discursos.
O trabalho tem por objetivo apresentar as principais contribuições teóricas latino-americanas, tendo como ferramenta analítica um mapeamento exploratório da configuração do campo de produção científica sobre feminismo, relações internacionais, gênero e pós/de/colonialidade na América Latina, a partir dos trabalhos hospedados na plataforma Scielo. Recuperar-se-á a produção hospedada na plataforma que trata desta temática, a partir de um conjunto de palavras selecionadas como identificadoras-chave da discussão. A partir desta base, será realizada uma análise considerando as citações das produções como laços entre autores. A análise proposta pretende compreender quem compõe a comunidade acadêmica desta temática.
ISBN: 978-85-66399-08-0

Este artículo discute la importancia y centralidad de los conocimientos acerca de “la política” y “lo político” desde la perspectiva feminista desde el Sur global. Para eso, es necesario una abordaje de las principales discusiones feministas conceptuales y un intento de diseño de un panorama pos(de)colonial del concepto de “la” política.

Discutir sobre um projeto teórico feminista a partir da América Latina requer que se exponha uma série de discussões que envolvem tanto considerações pós-colonialistas como pós-estruturalistas. Destarte, este artigo procura mirar-se sobre a teorização produzida a partir do “Terceiro Mundo”, de um país (ou um conjunto de países) do Sul global, o que abriria potencial espaço para a interlocução com a produção no campo mainstream do conhecimento político, como também com as várias as perspectivas inclusas no que se pode designar como uma “teoria política feminista” ocidental.

O presente paper tem como premissa fundamental a necessidade, nos estudos da ciência política e da justiça social, de uma visão inclusiva que focalize a presença de mulheres na esfera política brasileira, seja ela considerada como formal ou informal, para tratar com a devida importância a constituição e as demandas desse coletivo como um legítimo ator político. Para assim procedermos, vamos aqui abordar o processo de desenvolvimento político (MOORE, 1963; E. REIS, 1982; F. W. REIS, 2000), a etapa ideológica (F. W. REIS, 2000) e a constituição de esferas públicas comunicativas (HABERMAS, 2003), sobretudo sob o viés crítico de gênero, para enfim desenvolver novas propostas metodológicas que possam contribuir para a verificação dos principais pontos de reivindicação das agendas contemporâneas do(s) movimento(s) feminista(s) e de mulheres. Estas agendas terão foco nos referenciais teórico-analíticos que se encontram em constante debate na teoria política feminista
mais recente, além de inferir os principais tipos de medidas requeridas para o favorecimento do grupo. Isto é, através da propositura via políticas públicas (ou outras formas de ação política) de remédios afirmativos e transformativos (FRASER, 2001), investigar-se-á as preferências estratégicas dos movimentos quanto à forma de inclusão de medidas em benesse à questão das mulheres pela ótica da busca por mais justiça social em termos de gênero. Portanto, “mapeando o imaginário feminista”(FRASER, 2005a) indicaremos o “horizonte do desejo”(SANTOS, 2006) deste(s) movimento(s) para a formatação de uma política emancipatória que se destina ao caso das mulheres brasileiras.

Resumo: Partindo-se do exemplo e modelo das discussões sobre gênero da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) ressaltando a Décima Conferência Regional, sediada em Quito no ano de 2007 e a Décima Primeira Conferência Regional, sediada em Brasília em 2010, que repercutem a necessidade de se cada vez mais problematizar as desigualdades na região, a pesquisa abordada neste artigo traduz tanto este momento deliberativo, quanto o movimento das demandas feministas democratizantes por mais justiça social em dezoito Estados latino-americanos (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República
Dominicana, Uruguai e Venezuela). O artigo procura (i) discutir a incompletude de análises sobre as desigualdades sociais que somente visam um único aspecto ou uma única dimensão da justiça social; (ii) mostrar como reiteradamente as críticas feministas deslocam os objetos de análise e demandam outras dimensões para a compreensão sobre a temática; e (iii) apontar como a dimensão política, que traz para o campo do conhecimento político a tematização da justiça social, fornece fundamentos para a mensuração e o entendimento da justiça social através de propostas que enfocam a justiça de gênero e a justiça intragênero. Enfatiza-se a dimensão da política e do político conjugada com a justiça social, além de uma análise crítica da construção de indicadores estatísticos sobre as desigualdades, de maneira geral e aqueles referentes exclusivamente à dimensão de gênero, utilizando-se do Índice de Desenvolvimento Humano, do Gender Gap, do ISOQuito, do Índice de Compromisso Institucional e do Social Institutions and Gender Index. Por fim, discute-se como o “quem” ou os sujeitos do feminismo e a questão conceitual de gênero e feminista repercute na formulação metodológica, além de problematizar a construção dos índices confrontada por dados qualitativos.
Palavras-chave: Justiça Social; Feminismo; Teoria Política Feminista; Gênero;
América Latina

Partindo das discussões internas às teorias políticas contemporâneas e suas interfaces com a disputa conceitual sobre “a” política e “o” político, este trabalho propõe analisar o impacto e a centralidade das contribuições feministas ao campo do conhecimento político, resgatando ao mesmo tempo as críticas endereçadas aos principais temas, autores e conceitos dentro deste campo e ainda o desenvolvimento e discussão acerca de novos modelos e arcabouços teóricos, que destacam os aspectos masculinistas, elitistas, racistas, heteronormativos das teorias que eram (e que, de certa forma, ainda são) centrais para o mainstream (ou male-stream) deste campo do conhecimento. Logo, o artigo procura destacar e (re)conectar cinco eixos norteadores de deslocamentos e transição das discussões centrais nestas teorizações: (i) do mainstream (ou male-stream) do campo do conhecimento político para projetos desafiadores e críticos; (ii) da relação conturbada entre práxis e conhecimento para processos alternativos de conciliação entre estes campos; (iii) da política ao político; (iv) de modelos monistas e/ou binários para modelos complexos; e, (v) do global e universal ao local e contingente.

RESUMO

O que significa afirmar que existem teorias “feministas” da justiça social? Por que seria importante chamar a atenção para o deslocamento teórico das questões da democracia para as questões de justiça social? Quais dimensões estão implicadas neste deslocamento? Por quê? Qual foi ou tem sido o papel das teorias feministas neste contexto recente? O que é uma “teoria política feminista”? Quais são as contribuições da “teoria política feminista” ocidental para a reflexão sobre a América Latina? Por que teorias da justiça e não a teoria democrática? Quais são as contribuições feministas para as teorias da justiça social? Refletir sobre estas perguntas e algumas outras que se articularão, serão alguns dos enfoques tomados neste trabalho.

Enquanto a realidade social e política manifesta explicitamente as demandas de várias minorias por justiça social nas e através das instituições políticas, as teóricas e os teóricos sentem-se constrangidos e empenhados a agir com e a partir da complexidade e multidimensionalidade desta agenda, visto que todo e qualquer confronto político contemporâneo perpassa pela “dívida social” contraída pelo Estado liberal democrático. O trabalho analítico aqui desenvolvido reflete esta realidade e se propõe a expor os deslocamentos e formas alternativas de teorização sobre a justiça social nas teorias políticas e suas interfaces com as questões oriundas da discussão sobre “a” política e “o” político. Somando-se a isto, a perspectiva central abordada é feita por feministas, que ao mesmo tempo em que endereçam críticas aos principais temas, autores e conceitos dentro do campo do conhecimento político, procuram desenvolver novos modelos e arcabouços teóricos destacando aspectos masculinistas, elitistas, racistas, heteronormativistas das teorias que eram (e que, de certa forma, ainda são) centrais para o campo do conhecimento político.

A lógica da dissertação obedece, no decorrer dos capítulos, alguns deslocamentos que não são vias de mão-única, mas discussões teóricas e conceituais que se desarticulam e transitam em vias de mão-dupla: do mainstream (ou male-stream) do campo do conhecimento político para projetos desafiadores e críticos; da relação conturbada entre práxis e conhecimento para processos alternativos de conciliação entre estes campos; da política ao político; de modelos monistas e/ou binários para modelos complexos; e, do global e universal ao local e contingente. Enfim, este é um trabalho que resgata as discussões sobre “a” política, “o” político e os enquadramentos teóricos da justiça social, nas disputas e deslocamentos no campo do conhecimento político, na teoria política feminista ocidental e no projeto teórico político feminista latino-americano.

PALAVRAS-CHAVE: teoria política; teoria política feminista; América Latina; teorias da justiça.

ABSTRACT

What does it means to say that there are “feminist” theories of social justice? Why it is important to call attention to the theoretical shift from issues of democracy to issues of social justice? What dimensions are involved in this shift? Why? What was or has been the role of feminist theory recently in this context?  What is “feminist political theory”? What are the contributions of Western “feminist political theory” for reflections on Latin America? What are the feminist contributions for theories of social justice? Why theories of justice and not democratic theory? Some of the approaches used as guidelines hopefully are going to give us the answers and reflections comcerning these questions among others that are going to be objects of discussion.

While the social and political reality explicitly expresses the various minorities demanded for social justice, through the political institutions, theorists feel compelled and committed to theorize within the complexity and multidimensionality of this agenda since that any contemporary political confrontation is embraced by “social debt” incurred by the liberal democratic state. This dissertation reflects this reality and aims to expose the reframing and alternative ways of theorizing about social justice within political theories and their interfaces with issues on discussion about “politics” and “the political”. The central perspective of the discussion is done by feminists, who while addressing criticism on the main topics, authors and concepts within the field of political knowledge, they also seek to develop new models and theoretical frameworks highlighting the masculinist, elitist, racist, heteronormativist theories that were (and to some extent, still are) central to the field of political knowledge.

The logic of the dissertation continues, through the chapters, with deslocations that are not one-way direction shifts, but theoretical and conceptual discussions that disarticulate and follow two-way shifts: from the mainstream (or male-stream) that characteizes the field of political knowledge to challenging theoretical projects and critics; from troubled relationship between knowledge and praxis to alternative processes of reconciliation between these fields; on “politics” to “the political”; from unitary to binary or complex theoretical models; and about global and universal to local and contingent issues. This work brings up discussions on “politics”, “the political” and theoretical frameworks of social justice through disputes in the field of political knowledge, the Western feminist political theory and the project of a feminist political theory in Latin America.

KEY-WORDS: political theory; feminist political theory; Latin America; theories of justice.

RESUMEN

¿Qué significa decir que hay teorías “feministas” de la justicia social? ¿Debido a que es importante llamar la atención sobre el cambio teórico de las cuestiones sobre la democracia a las cuestiones de justicia social? ¿Qué dimensiones están involucradas en este cambio? ¿Por qué? ¿Cuál fue o ha sido el papel de la teoría feminista en este contexto reciente? ¿Qué es la “teoría política feminista”? ¿Cuáles son las contribuciones de la “teoría política feminista” occidental para una reflexión sobre Latino América? ¿Cuales son las contribuciones feministas para las teorías de la justicia social? ¿Por qué las teorías de la justicia y no la teoría democrática? Algunos de los enfoques adoptados como directrices en este trabajo van a ser las respuestas y reflexiones sobre estas cuestiones y algunas otras que se van a articular ainda en esto tabajo.

Aunque la realidad social y política expresa explícitamente las demandas de las diversas minorías de la justicia social a través de las instituciones políticas, las teóricas y los teóricos se sienten obligados y comprometidos a actuar con la complejidad y multidimensionalidade de este programa, ya que cualquier confrontación política contemporánea es abrazada por la “deuda social” que incurren por causa del Estado democrático liberal. Esta tesis refleja esta realidad y pretende exponer los reencuadramientos y otras formas de teorizar sobre la justicia social dentro de las teorías políticas y sus interfaces con los temas a cerca de la discusión sobre “la” política y “lo” político. La perspectiva central de la discusión se lleva a cabo por las feministas, que al abordar las críticas sobre los principales temas, autores y conceptos en el campo de lo conocimiento político, su objetivo es también desarrollar nuevos modelos y marcos teóricos destacando aspectos masculinitas, elitista, racista, heteronormativistas de las teorías que eran (y en cierta medida, todavía lo son) fundamentales para el campo del conocimiento político.

La lógica de la disertación  sigue, en el transcurso de los capítulos, algunos cambios que no están de acuerdo con un curso de un solo sentido, pero los debates teóricos y conceptuales que desarticulan y transitan en cursos de doble sentido: de lo mainstream (o male-stream) desde el campo de lo conocimiento político para los proyectos desafiadores y críticos; de la problemática relación entre el conocimiento y la praxis a los procesos alternativos de reconciliación entre estos campos, de “la” política a “lo” político; los modelos teóricos unitarios, binarios o complejos; y sobre el acceso global y universal a los problemas locales y contingentes. Este trabajo rescata los debates sobre “la” política, “lo” político y los marcos teóricos de la justicia social a través de litigios en el campo de lo conocimiento político, la teoría política feminista occidental y el proyecto teórico político feminista en Latino América.

PALABRAS CLAVE: teoría política; teoría política feminista; Latino América; teorías de la justicia.

O artigo pretende problematizar distintos formatos de categorização a respeito do tema geral da Justiça Social. Em especial, procura-se debater sobre o sistema heurístico adotado para expressar fórmulas de teoria da justiça social tidas como forças motrizes para um dos eixos de debate travado entre Nancy Fraser e Iris Young (duas das mais conceituadas teóricas políticas feministas do século XX). O trabalho expõe o processo de provocações-respostas ao longo dos textos de cada uma das autoras, deixando transparecer as críticas endereçadas que compuseram tal debate. Além do mais, o artigo se propõe ir além deste debate travado, fundamentando críticas epistemológicas feministas à teoria social e política, bem como apresenta algumas das chaves teóricas centrais de uma perspectiva teórica feminista que contemple a justiça social desta vez numa perspectiva multidimensional (Matos, 2008).

Buscando articular os desafios colocados pela luta feminista latino-americana com a produção de sentidos e conhecimentos norteados pelas experiências locais, este paper se propõe mapear e discutir as principais contribuições epistêmicas dissidentes no continente, Partindo de uma cartografia decolonial, o trabalho contemplará as relações e tensões entre as construções deste pensamento feminista do Sul global, tanto em suas linhas mais próximas de posições mais tradicionais, o Norte do Sul, quanto de suas versões mais próximas à práxis e às militâncias, o sul do Sul.

O capítulo busca compreender como a temática dos usos do tempo e suas pesquisas foram introduzidas no século XX como uma forma de se auferir empiricamente sobre a vida cotidiana das famílias inseridas em uma sociedade industrializada, comparando, dessa forma, as atividades remuneradas/mercantis com as não remuneradas.
Cabe ressaltar que a importância deste capítulo no contexto deste volume, sobre os diversos feminismos no contexto das Conferências Nacionais de Políticas para as Mulheres, é, justamente, enfatizar a importância do feminismo acadêmico e sua complexa relação com a construção do Estado brasileiro e a formulação das políticas públicas.

Inspirou esta conversa a data de 28 de junho, que é o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex). A data celebrada é lembrada mundialmente e marca um episódio ocorrido em Nova Iorque, em 1969.

Feminismist ja sellest, miks nii vähe naisi Brasiilia-suguses suurriigis parlamen-ti jõuab, vestlesime Nädalise toimetuses Brasiilia Minas Geraisi riikliku ülikooli poli-toloogiamagistrandi Breno Cyprianoga.

Conversamos sobre feminismo e por que tão poucas mulheres chegam ao parlamento em um grande país como o Brasil, com Breno Cypriano, mestre em ciências políticas na Universidade Federal de Minas Gerais.

Professor da UnB diz que eles têm ingresso mais facilitado do que as mulheres. Para o professor de Ciência Políticas da Universidade de Brasília (UnB), Breno Cypriano, o cenário político sempre beneficiou a participação masculina, por causa de uma socialização machista que impediu as mulheres estarem na esfera pública. O professor faz uma reflexão sobre a disparidade de o Brasil ter poucas mulheres para diversos cargos e três para a Presidência da República.

Apesar de as mulheres terem roubado a cena na disputa presidencial, o mesmo não acontece no Legislativo: o Congresso Nacional ainda é 90% masculino. Falta de investimento dos partidos, pouco apoio da família e a sobrecarga de trabalhos domésticos são alguns dos motivos dados pelas brasileiras para se manterem bem longe da política Carlota Pereira de Queirós: a primeira mulher eleita deputada federal no Brasil.(Revista Fórum, 10/10/2014)

The purpose of this paper is to discuss the controversies in the theoretical field of politics, gender and feminism, highlighting the epistemic notion of "experiences" observed by the distinction between the Global North and the Global South, especially the Latin American contribution. The use of a "cartography" as a non-traditional method of decolonization aims to answer the question already presented in the title of the paper: "what is 'politics' through the Latin American feminist experiences?". In the face of the well-known lack of approaches to 'politics' in the feminist theory, the article seeks to understand how the praxis of feminism has sought a new understanding of "politics" from the specific point of view of Latin American women and their experiences. For this reason, it is imperative to put across some of the main voices of the Global South.

RESUMO

A proposta da Tese é discutir as possibilidades em se abordar os “nós femininistas”, procurando (re)pensá-los através de ferramentas epistêmicas que possibilitariam a amarração e o ato de se desatar tal “emaranhado nodal incomum” dentro do que conhecemos como “teoria política feminista”. Através da noção genealógica foucaultiana busca-se apresentar e resgatar os projetos de produção de conhecimento feminista por uma análise histórico-conceitual, mas também por meio de um desenho analítico pelo qual se entenderá a construção do próprio campo de conhecimento político e feminista. Ou seja: o esforço da Tese se traduz em uma análise detalhada de como as categorias e os eixos analíticos são/serão importantes na compreensão do campo de conhecimento autoreferenciado como “teoria política feminista”.

A Tese recorre por e através três eixos analíticos – (1) o eixo práxis-conhecimento; (2) o eixo discurso-poder, e; (3) o eixo histórico-narrativo – analisando as dimensões pré-teórica, teórica e metateórica da construção do pensamento político feminista, detendo-se sobre a centralidade de conceitos políticos e politizados através e por meio do movimento para a construção desta nova/outra episteme. Assim, procura-se contemplar as seguintes discussões polêmicas no campo teórico do conhecimento político e do feminismo, ressaltando a noção epistêmica da experiência evidenciada na comparação do Norte global e do Sul global, especialmente a contribuição latino-americana: do mainstream (ou male-stream) do campo do conhecimento político para projetos desafiadores e críticos feministas; da relação conturbada entre práxis e conhecimento para processos alternativos de conciliação entre estes campos; da política ao político; e, do global e universal ao local e contingente. Por fim, a Tese discutirá as noções de fronteiras estabelecidas nos diversos campos do conhecimento e a possibilidade de se pensar o conceito “a” política, na sua lógica relacional com “o” político, sob um viés crítico-emancipatório feminista, resgatando a importância da experiência da nossa América Latina.

PALAVRAS-CHAVE: feminismo; teoria política feminista; América Latina; teoria pós-colonial.

ABSTRACT

The purpose of this Thesis is to discuss possibilities in addressing “feminist knots”, seeking to (re)think them through epistemic tools that would allow the tying and untying of such “uncommon nodal tangle”, within what we know as “feminist political theory”. Through Foucault's notion of genealogy, feminist knowledge production projects are presented and recovered, resorting to historical and conceptual analysis, as well as an analytical design by which the construction of the political and feminist field of knowledge itself will be understood. The Thesis develops a detailed analysis of how the categories and analytical axes are/will be important in understanding the field of knowledge self-referenced as “feminist political theory”.

The Thesis draws on and is developed through three analytical axes – (1) the praxis-knowledge axis; (2) the discourse-power axis, and; (3) the historical-narrative axis – analyzing the pre-theoretical, theoretical and meta-theoretical dimensions of the construction of feminist political thought, focusing on the centrality of political and politicized concepts through the opposing dissident movement aimed at the construction of this new/other episteme. Thus, the thesis will try to address the following controversial discussions in the theoretical field of political knowledge and feminism, highlighting the epistemic notion of experience observed in the comparison and distinction between the global North and the global South, especially the Latin American contribution: from the mainstream (or male-stream) of the field of political knowledge to challenging and critical feminist projects; from the troubled relationship between praxis and knowledge to alternative processes that reconcile these fields; from policy to politics; and from global and universal to local and conditional. Finally, the Thesis will discuss the notions of boundaries established in various fields of knowledge and the possibility of thinking of the concept of “politics” in its relational logic with “the political”, from a feminist critical-emancipatory perspective, recovering the importance of the experience of our Latin America.

KEYWORDS: feminism; feminist political theory; Latin America; postcolonial theory.

RESUMEN

La propuesta de la Tesis es discutir las posibilidades de abordar los «nudos feministas», intentando (re)pensarlos a través de herramientas epistémicas que posibilitarían el entrelazamiento y el acto de desatar dicha «maraña nodal fuera de lo común», dentro de lo que conocemos como «teoría política feminista». A través de la noción genealógica foucaultiana se pretenden presentar y rescatar los proyectos de producción de conocimiento feminista utilizando un análisis histórico-conceptual, aunque también por medio de un diseño analítico mediante el que se entenderá la construcción del propio campo de conocimiento político y feminista. El esfuerzo de la Tesis se traduce en un análisis detallado sobre la manera en la que las categorías y los ejes analíticos son/serán importantes para la comprensión del campo de conocimiento autorreferenciado como «teoría política feminista».

La Tesis discurre por y a través de tres ejes analíticos – (1) el eje praxis-conocimiento; (2) el eje discurso-poder, y; (3) el eje histórico-narrativo –, analizando las dimensiones preteórica, teórica y metateórica de la construcción del pensamiento político feminista y deteniéndose en la centralidad de conceptos políticos y politizados a través y por medio del movimiento disidente y contestatario que persigue la construcción de esta nueva/otra episteme. De este modo, se intentan contemplar las siguientes discusiones polémicas en el campo teórico del conocimiento político y el feminismo, resaltando la noción epistémica de la experiencia que se percibe en la comparación y distinción entre el Norte global y el Sur global, especialmente en lo que respecta a la contribución latinoamericana: del mainstream (o male-stream) del campo del conocimiento político para proyectos feministas desafiadores y críticos; de la relación conturbada entre praxis y conocimiento para procesos alternativos de conciliación entre estos campos; de la política a lo político; y de lo global y universal a lo local y contingente. Por último, la Tesis discutirá las nociones de las fronteras establecidas en los diversos campos de conocimiento y la posibilidad de pensar el concepto de «la» política, en su lógica relacional con «lo» político, con un sesgo crítico-emancipador feminista y rescatando la importancia de la experiencia de nuestra América Latina.

PALABRAS CLAVE: feminismo; teoría política feminista; América Latina; teoría poscolonial.

RÉSUMÉ

Cette Thèse discute les possibilités d’aborder les « nœuds féministes » en cherchant à les (re) penser grâce à des outils épistémiques qui permettraient d’amarrer et de dénouer ce « enchevêtrement nodale inusité » au sein de ce que nous connaissons comme « théorie politique féministe ». En s’appuyant sur la notion de généalogie foucaldienne, elle présente et récupère les projets de production de connaissance féministe au travers d’une analyse historico-conceptuelle et d’un dessin analytique aidant à comprendre la construction de ce champ de connaissance politique et féministe. Pour ce faire, elle déploie une analyse détaillée montrant combien les catégories et axes analytiques sont/seront importants pour comprendre ce champ de connaissance qui se désigne lui-même sous le nom de « théorie politique féministe ».

La Thèse explore trois axes analytiques: (1) l’axe praxis-connaissance ; (2) l’axe discours-pouvoir ; et (3) l’axe historico-narratif, auxquels elle a recours pour analyser les dimensions préthéorique, théorique et métathéorique de la construction de la pensée politique féministe en s’arrêtant tout particulièrement sur la centralité de concepts politiques et politisés au travers et au moyen du mouvement dissident et contestataire visant à construire cette épistémè nouvelle/autre. De ce fait, elle prend en compte les discussions polémiques suivantes dans le champ théorique de la connaissance politique et du féminisme, en mettant en relief la notion épistémique de l’expérience perçue dans la comparaison et distinction entre le Nord global et le Sud global et spécialement la contribution latino-américaine : du mainstream (ou male-stream) du champ de la connaissance politique à des projets féministes critiques et pleins de défis; du rapport tumultueux entre praxis et connaissance aux processus alternatifs de conciliation entre ces champs; de la politique au politique; et, du global et universel au local et contingent. Finalement, le texte discute les notions de frontières établies dans les différents champs de la connaissance et la possibilité de penser le concept de « la » politique, dans sa logique relationnelle avec « le » politique sous un prisme critico-émancipatoire féministe pour récupérer l’importance de l’expérience de notre Amérique Latine.

MOTS-CLÉS: féminisme ; théorie politique féministe ; Amérique Latine ; théorie postcoloniale.

Teoria democrática contemporânea: as fontes da democracia moderna. O desenvolvimento do arcabouço institucional das democracias representativas a partir do século XVIII. A crítica ao modelo de democracia representativa. As principais teorias da democracia desenvolvidas ao longo do século XX. Os dilemas dos arranjos democráticos contemporâneos

OBJETIVO A disciplina tem como objetivo geral apresentar e discutir os conceitos, as características, a trajetória e os modelos de gestão pública, destacando o caso brasileiro. Ao final da disciplina pretende-se que sejam desenvolvidas as capacidades de: a) Explicar o significado, a origem e a evolução da gestão pública; b) Diferenciar gestão pública e gestão privada; c) Descrever os diferentes modelos organizacionais de gestão pública; d) Relacionar gestão pública e políticas públicas; e) Identificar processos, instituições de controle público democrático sobre a gestão pública; e f) Demonstrar as especificidades da gestão pública no Brasil: origens, trajetórias e modelos predominantes.

A publicação está dividida em cinco seções: (i) fontes de informação dos deputados; (ii) veículos preferidos pelos parlamentares; (iii) uso das redes sociais; (iv) cobertura da mídia e (v) Tracking Brasília. Neste ano, em especial, os congressistas foram indagados a respeito dos jornais, revistas, sites, telejornais e rádios preferidos e que mais acompanham; se percebiam algum tipo de viés da mídia no país e qual o uso que fazem das redes sociais para acompanhar notícias e interagir com o eleitor.