Estamos acostumados a enxergar as religiões como entidades distintas entre si. Somos ensinados a ver mais diferenças do que semelhanças entre elas. E, em especial, aprendemos a considerar a nossa religião (ou a que pertence à nossa...
moreEstamos acostumados a enxergar as religiões como entidades distintas entre si. Somos ensinados a ver mais diferenças do que semelhanças entre elas. E, em especial, aprendemos a considerar a nossa religião (ou a que pertence à nossa cultura) como a certa, a verdadeira, e todas as demais como simples fantasias, se não falsidades. Entretanto, quando nos dispomos a estudar as diversas religiões mundiais sem preconceito e com uma abordagem ao mesmo tempo científica e compassiva, fica evidente que elas têm muito mais em comum do que se suspeita. Na verdade, elas aparecem como variações de um mesmo tema universal. Todas as religiões reveladas se apoiam em cinco pilares bem evidentes: 1) o Criador, 2) Sua Criação, 3) o Amor do Criador por Suas Criaturas, 4) a Revelação do Criador às Criaturas e 5) Seus ensinamentos para que elas tenham a salvação. A Revelação de Deus é sempre atribuída a um Intermediário, um Messias, um Profeta, um Avatar, um Manifestante de Deus. Os nomes de alguns d'Eles foram preservados pela História: Krishna (Hinduísmo), Moisés (Judaísmo), Zoroastro 1 (Zoroastrismo), Buda (Budismo), Jesus Cristo (Cristianismo), Muhammad 2 (Islamismo), o Báb (Fé Bábí) e Bahá'u'lláh (Fé Bahá'í), mas muitos foram esquecidos na milenar revolução das eras. Em geral, os seguidores dos Fundadores de cada uma das religiões colocam o seu Profeta acima de todos os demais. Isto é um triste engano, que conduz ao preconceito e ao fanatismo. Todos os Profetas afirmaram ser enviados do mesmo e único Deus, para iluminar a humanidade com Suas palavras em cada era. São como professores distintos na mesma escola divina. No cristianismo, encontramos algumas pessoas que se recusam a aceitar que Jesus tenha sido um Profeta. Elas O colocam acima dos demais Manifestantes de Deus e afirmam que a qualificação de "Profeta" não faz jus a Cristo. Entretanto, quem se recusa a aceitar Jesus como um Profeta está negando a própria Bíblia. Senão, vejamos: no Antigo Testamento, quando Moisés profetiza a vinda de Cristo, está escrito: O Senhor teu Deus te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu (Moisés); a ele ouvireis. Deuteronômio, 18:15. 3 No Novo Testamento, São Lucas, no Livro de Atos, confirma que esta profecia se refere a Cristo: [...] Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. [...] Porque Moisés disse: O Senhor vosso Deus levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo 1 Ou Zaratustra. Zoroastro é a transliteração do nome através do nome persa para o latim, já Zaratustra provém da forma do nome em grego. 2 Grafamos o nome como Muhammad, e não Maomé, por respeito aos muçulmanos, que desgostam da forma aportuguesada. 3 Todas as ênfases nas citações são minhas.