Juscelino Kubitschek

Lança o olhar para a possibilidade da escrita de uma história que resgate o cotidiano dos soldados da Força Pública Mineira envolvidos nos embates da Serra da Mantiqueira, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Privilegia uma abordagem historiográfica que coloque em questão a relação entre o meio ambiente, a técnica e o homem.

Este trabalho busca argumentar sobre a caracterização de uma modernidade desconfiada para Belo Horizonte a partir dos indícios das relações entre as modernidades dos clubes de futebol, dos agentes políticos e dos sujeitos jornalísticos que compunham a cidade nos anos 1940. Para tanto, parte da metáfora “O dinheiro do Otacílio” para relatar sobre essas pistas com base em fragmentos de textualidades jornalísticas de periódicos impressos historicamente situados disponibilizados digitalmente. Nesse período do cinquentenário de Belo Horizonte estavam perceptíveis as tensões entre as vozes de Minas em prol das modernidades da cidade. Ainda mais com a retomada democrática, após o fim do Estado Novo, quando foram eleitos deputados, governador, vereadores, vice-prefeito e o prefeito Otacílio Negrão de Lima - muitos desses com relações próximas aos clubes de futebol e ao meio jornalístico. É por esse entrelaçamento constante entre as modernidades presentes, entre as quais no futebol, na imprensa e na municipalidade, que o trabalho dispõe uma narrativa que mais do que enumerar sujeitos, propõe argumentar sobre uma característica de Belo Horizonte: sua modernidade desconfiada.

O artigo aborda a Operação Pan-Americana (OPA) no contexto da política externa brasileira (PEB) do governo de Juscelino Kubitschek ( JK). Inicialmente, faz-se um resumo dos antecedentes da OPA, de seu desenvolvimento e de seus resultados. Posteriormente, analisa-se a operação para apontar suas limitações e contribuições, mostrando como nesse período se deu o aprofundamento de um dos princípios norteadores da PEB contemporânea: o multilateralismo.

Busca-se reconstituir a trajetória da Frente Parlamentar Nacionalista (FPN), primeira experiência suprapartidária da história brasileira, com atuação entre 1956 e 1964. O objetivo é identificar o papel da FPN no período, com a hipótese de que o grupo teve uma atuação destacada tanto dentro quanto fora do Congresso Nacional. Reunindo mais de
cem deputados federais oriundos de diversos partidos políticos, o bloco foi ativo na defesa de pautas como a da reforma agrária, do monopólio estatal do petróleo, do controle da remessa de lucros para o exterior e da chamada “Política Externa Independente”. As principais fontes para a pesquisa se encontram nos Diários do Congresso Nacional e no
Jornal O Semanário, órgão da imprensa nacionalista bastante ligado à FPN. Em sua relação com o sistema partidário, defende-se que o grupo não enfraqueceu os partidos, mas os reforçou, ao permitir espaços de discussões específicas que não teriam lugar nas legendas tradicionais. Conclui-se que a Frente Parlamentar Nacionalista influenciou a
agenda legislativa e também serviu como importante mecanismo de pressão, no âmbito extraparlamentar, na luta pelas bandeiras defendidas pelo grupo.

A cidade de Diamantina tem papel central nos discursos de dois personagens do Brasil: Juscelino Kubitschek e Lucio Costa. Político e arquiteto veem em Diamantina elementos que justificam diversas interpretações sobre as tradições, necessários para a modernização em meio a um cenário de intensa busca por uma identidade nacional tanto política quanto arquitetônica. Tal fato se mantém porque há uma base genuína que persiste nas memórias e atitudes das figuras que a ela se  referem. O ex‐presidente tem o antigo Arraial do Tijuco como berço familiar e de formação pessoal. O arquiteto, na conhecida viagem de estudos que realiza em 1924 para a cidade mineira, redescobre ali o passado colonial. Através da análise de textos escritos pelos autores, depoimentos, jornais, registros fotográficos do período e documentos o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, busca‐se perfazer os modos pelos quais a ideologia de Diamantina foi construída por Costa e Kubitschek, mostrando como, malgrado as diferenças de atuação e pensamento desses dois protagonistas da modernidade brasileira, elaborava‐se uma visão comum sobre temas que terão como reflexo a construção de Brasília.

MOREIRA, Marcos de Lima, A ECONOMIA E O MOVIMENTO OPERÁRIO NO
PERÍODO DO PRESIDENTE BOSSA NOVA: ENTRE O “DESENVOLVIMENTO” E A
SUPEREXPLORAÇÃO, São Paulo, 2013, 43 f. Monografia (Especialização)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Trazer a tona o desenvolvimento econômico do país junto com a questão de
desenvolvimento talvez possa parecer um tanto quanto ousado. Certas questões as
quais jamais pensaríamos que houvesse ocorrido foram descobertas ao longo deste
trabalho cujo objetivo é esclarecer alguns pontos.
O recorte escolhido para este trabalho foi a década de 1950, mais precisamente o
governo do presidente Juscelino Kubitschek e suas consequências para o Estado de
São Paulo. Governo este que aos olhos dos poucos instruídos, foi um governo de
grande êxitos, marcado pelo então Plano de Metas tinha como slogan o
desenvolvimento do país em “50 anos em 5”.
É importante deixarmos claro que durante o decorrer deste trabalho utilizaremos a
palavra desenvolvimento e desenvolvimentista sempre entre aspas, pois, estaremos
analisando a que ponto se deu este “desenvolvimento” e a que custa.

Palavras-chave: Juscelino Kubitschek, São Paulo, Brasil, Presidente,
Econômico,Desenvolvimento,Plano de Metas.

Seminário da Licenciatura. Análise da representação da sociedade, do regime e dos políticos portugueses e da questão colonial e pós-colonial na cobertura d'O Globo e da Folha de São Paulo nas visitas dos Presidentes do Brasil a Portugal entre 1956 e 1995 (Juscelino Kubitschek, Emílio Garrastazu Médici e Fernando Henrique Cardoso). É verificado uma proximidade de Kubitschek ao projeto colonial português, um afastamento diplomático por parte do Brasil durante a visita de Médici, onde é também vista uma discrepância no assunto colonial entre os dois jornais, e uma reconstrução das relações diplomáticas luso-brasileiras num contexto pós-colonial por FHC.

Através da análise de anúncios publicitários veiculados nas revistas Manchete e O Cruzeiro durante o período de governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), busca-se neste trabalho compreender as representações políticas, sociais, econômicas e as implicações ideológicas que eles produzem e em meio às quais são produzidos, na época do boom da industrialização do Brasil e –não por coincidência –da profissionalização da nossa publicidade. Para uma compreensão mais aprofundada deste processo, empreendo aqui um estudo de caso, observando como o tratamento da temática do trabalho nestes anúncios faz parte do desenvolvimento de uma determinada mentalidade a este respeito que se fixa e se expande para diversas áreas da nossa vida, tanto na esfera pública como na privada.

A economia brasileira no governo JK A economia brasileira começou a dar passos rumo a uma mudança de modelo a partir da década de 1950, quando começou a se desenvolver no Brasil a atuação de empresas multinacionais. Esse contexto histórico está ligado ao fim da Segunda Guerra Mundial, momento em que, em virtude de uma crise na produção europeia, alguns países periféricos passaram a ocupar o mercado internacional.

A revista O Cruzeiro e o desenvolvimentismo: natureza e imagens do Brasil moderno no governo JK RESUMO O objetivo neste texto é discutir a forma como a natureza integrou o elenco de temas da revista O Cruzeiro no período de 1954 a 1961. A definição deste corte temporal específico deu-se em função de diversos fatores. Naquele contexto, a economia e a cultura passam por modificações rápidas e importantes, provocando impactos variados em várias esferas da sociedade brasileira, um estudo mais aprofundado da década permite perceber profundas alterações no debate em torno do desenvolvimento econômico e da própria escolha do modelo de capitalismo a ser adotado no Brasil, ao mesmo tempo em que ocorriam importantes mudanças nos sistemas de comunicação de massas, com a inauguração da televisão e o amadurecimento do fotojornalismo nas revistas ilustradas, entre outras. PALAVRAS-CHAVE: natureza; desenvolvimento econômico; sistemas de comunicação de massas. ABSTRACT The aim of this text is to discuss the way nature was present in the cast of themes of O Cruzeiro magazine from 1954 to 1961. The definition of this temporal clipping is due to many factors. In that context, economy and culture were going through rapidly and important modifications, causing diverse impacts in some spheres of Brazil 's society. Making a profound study of the decade, allows us to realize the deep alterations in the debate about the economic development and the choice of a model of capitalism to be followed in Brazil, at the same time, there were happing important transformations in mass communication system, with the inauguration of television and the maturation of photojournalism in illustrated magazines, among others.