Mirandese

ABSTRACT (in Asturleonese): Esti textu reproduz la comunicación presentada no VII Ancontro Blogueiros de l Praino, celebráu en Cicuiru (Miranda del Douru) el día 16 d’agostu del 2014. Por essa razón ha d’entendé-se que las referencias locativas están feitas dende Miranda y que l’auditoriu al que se dirige la conferencia estaba formáu mui mayoritariamente por personas de Miranda. Precisamente por estoutra razón ye polo que’l textu se presenta con una apariencia gráfica algo insólita: trata-se de fazer ver que ye possible reproduzir el llionés meridional –no que básicamente está compuesta la dissertación– con una grafía integradora y común qu’apela en graos diversos a la historicidá y a la diassistematicidá asturllionesas, y presentar assí, de la maneira más accessible pa los mirandeses, lo que se fala del outru llau de la fronteira política estatal. Sin pretensión nenguna de que la forma d’escribir l’asturllionés qu’eiquí se presenta chegue a constituí-se en modelu de nada, y deixando-la rodrar simpremente a títulu experimental, sí quijiera apuntar qu’una grafía integradora, de raíz histórica y d’aspiración diassistemática, ye la única vía possible pa que mirandeses, çamoranos, llioneses y asturianos puedan caminar contra una necessaria confluencia gráfica, cumoquiera qu’esta pueda chegar a ser: de mayor ou menor alcance integrador, d’usu exclusivu ou alternante con outros sistemas gráficos, dirigida a los de dientro y a los de fuera ou limitada a la comunicación col outru llau de la raya. En qualquier casu, cumo esta presentación fala de recuperar l’espaciu común de la llengua, nun podía deixar de pedricar col exempru tamién no sou aspectu gráficu.

In the last decades, there has been a growing interest on language use and language attitudes in regional/minority languages settings. On the one hand, studies show decrease of domains for the regional/minority languages, as well as endangered intergenerational transmission. On the other hand, many of these regional/minority languages are on appraisal due to standardization, schooling and official recognition. This is the case of two members of the Astur-Leones family: Mirandese and Asturian. Given this paradoxical situation, it is of particular interest to focus on secondary school students. They belong to the first generation that is ceasing to have the regional/minority languages as a first language, but at the same time they are the first to be educated with the regional/minority language as a school subject during the twelve years of compulsory education in both Portugal and Spain.
Two groups of 24 secondary school students each, in Miranda de l Douro (Portugal) and Xixón (Spain), filled in a questionnaire with a total of 63 questions about language use, language proficiency, and language attitudes towards the regional/minority language and both state languages (Portuguese and Spanish). Results show a significant difference between both groups. In terms of linguistic competence, Mirandese students are unbalanced trilingual (Mirandese, Portuguese and Spanish) while the Asturians are unbalanced bilingual (Asturian and Spanish). Regarding language attitudes, students in Xixón rated their regional/minority languages as well as the state language of the bordering country (Portuguese) significantly lower. The differences between both contexts help explaining these findings.

Neste poster pretende-se expor os principais objectivos do projecto de investigação desenvolvido no Curso de Doutoramento em Sociologia - Desigualdades, Cultura e Território (2007-2012), da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ainda em fase inicial e exploratória, mas já determinado por motivações específicas e opções de ordem teórica e metodológica que permitem desenhar um quadro inicial de questões, hipóteses de trabalho e trajectos de pesquisa. Pretende-se abordar a área das línguas minoritárias (caso mirandês)face aos seus condicionalismos sociais e políticos, bem como oferecer um conjunto de dados sociológicos que permitam aceder a uma leitura diferente sobre os modos de produção, difusão e utilização de uma língua outrora popular, rural e transmitida oralmente e, actualmente, língua oficial portuguesa com expressão escrita. O caso mirandês exige um trajecto de investigação a dois tempos distintos que, por sua vez, implica estudar uma dualidade importante: tradição/oralidade versus modernidade/escrita, integrando concomitantemente uma análise de classes (estruturas sociais), dos universos simbólicos e identitárias (práticas simbólico-ideológicas) e uma abordagem sócio-histórica (fenómenos desestruturadores do espaço periférico onde se fala o mirandês) que implicam abordar processos como a escolarização, a emigração, a abertura dos espaços rurais, migrações, entre outros. Pensando na realidade portuguesa, o objectivo de estudar um território periférico, de fronteira, desfavorecido, profundamente rural e com a existência de um fenómeno identitário quanto uma língua própria comporta, coloca-nos perante uma importante tarefa de reler a história de um país (falsa e orgulhosamente monolingue)e da sua recente evolução e apurar como se reconfiguraram os cenários de transmissão e reprodução da língua mirandesa. Ao procurarmos desocultar esta realidade complexa estaremos a contribuir com conhecimento aprofundado para que o mirandês se continue a falar e agora a escrever e viva como língua legítima.

This paper aims at presenting the ongoing doctorate research which focuses on the Mirandese language and culture, as well as the deconstruction of Portuguese history as far as the lands of Miranda are concerned. By offering a set of relevant sociological data, we intend to allow access to a different and critical reading, though complementary, about the production modes, diffusion and use of a language that was mainly popular, rural and transmitted orally, but that is now the second Portuguese official language, with solid writing. This re-reading of the last 60 years will enable the understanding of how the past was the way it did and how the transmission and reproduction of the Mirandese language will be restructured in its present and future.
Keywords: Mirandese language and culture; minority languages; identity; sociology of culture.

Rey Siñu, traduction du "Petit Prince" en créole casamançais

Ce vendredi 29 mai 2015 a eu lieu la présentation officielle de "Rey Siñu" (éditeur Tintenfass), traduction du livre "Le petit prince" d’Antoine de Saint-Exupéry en créole casamançais.

Cette présentation, s'est déroulée en présence de Nicolas Quint, chercheur au CNRS en linguistique au laboratoire du LLACAN ( Langage, Langues et Cultures d'Afriques noire), et Joseph Jean François Nunez, doctorant au LLACAN, co-traducteurs de cette édition en créole de casamance

Ce lancement officiel du Petit Prince en casamançais à Paris a été l'occasion d'une lecture d'extraits en casamançais ainsi qu'en capverdien et en plusieurs variantes du portugais, et aussi d'écouter le musicien capverdien Téofilo Chantre.

Le lancement de ce livre à eu l'honneur de la présence de :
- Philippe Barbry, ambassadeur de France au Cap-Vert
- José Filipe de Moraes Cabral, ambassadeur du Portugal en France
- Paul Badji, ambassadeur du Sénégal en France
- Edison Luiz da Rosa Junior, attaché culturel de l'ambassade du Brésil en France.

Un projet mené à bien grâce aux soutiens de :
- La librairie Portugaise & Brésilienne de Paris (Michel Chandeigne)
- Projet de recherche LABEX EFL du CNRS,
- L’Organisation Internationale de la Francophonie (OIF)

Librairie Portugaise - 19/21 rue des Fossés Saint-Jacques, Place de l’Estrapade, 75005 Paris.