Paranaguá

O presente Estudo do Componente Indígena (ECI) é referente à Complementação das Obras de Ampliação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e visa atender as exigências apresentadas pela Portaria Interministerial nº 60 do Licenciamento Ambiental – Portaria nº60/2015 – DOU de 25/03/2015 (nº 57, Seção 1, pág. 71), que versa sobre os procedimentos a serem adotados na realização do Componente Indígena do Licenciamento Ambiental de empreendimentos, envolvendo a realização de estudos etnoambientais nas áreas indígenas afetadas.

A prostituição enquanto pratica e abordagem, sempre foi tratada com descaso e preconceito na tendência de longa duração na história. Dessa forma, como em grandes centros urbanos brasileiros, no início do século passado, o município de Paranaguá, no litoral do Paraná, teve seu cotidiano povoado por representações do feminino que de modo sistemático, desafiaram as autoridades policiais, através de práticas e condutas desviantes. Embora se trate de uma cidade histórica, os caminhos trilhados no embate historiográfico sobre narrativas que levam a repensar a história social de grupos marginalizados são poucas, ou quase inexploradas. Dessa forma, este artigo busca examinar a relação entre criminalidade, prostituição e de práticas médicas no combate à sífilis em Paranaguá, por estar situada em uma região portuária, com ênfase entre os anos de 1926-1936. Através do quadro teórico-metodológico, busca-se compreender o fenômeno da criminalidade e da prostituição, através do uso de periódicos como fonte historiográfica e de relatórios oficiais, referentes à vida daquelas que exerceram a prostituição na cidade. Palavras-chave: Criminalidade; Paranaguá; Prostituição; Profilaxia Venérea. Financiamento: CAPES-DS Introdução: No Brasil, durante o começo do século XX, à medida que as grandes cidades cresciam, o espaço urbano se tornou cada vez mais restrito e disputado por diferentes grupos "alternativos". Esses grupos "absorviam" os efeitos contrários de uma noção de progresso e modernidade. Em cidades litorâneas que concentravam atividades portuárias, como é o caso, a circulação de mercadoria abria espaço para a circulação de homens e mulheres de outros Estados, impulsionando a renda e o comércio local dessas cidades.

Compiladas durante as décadas de 1820 e 1830, as Cifras de Música para Saltério, de Antonio Vieira dos Santos (1784-1854), constituem-se numa extensa e variada coleção de música brasileira não religiosa anterior ao Segundo Reinado. Além de minuetes e outras danças de corte, o manuscrito traz a música de danças populares de várias regiões do Brasil em fins do século XVIII e início do XIX, incluindo marcas de fandango, chulas, e lunduns, todas registradas em forma de tablatura. Esta edição apresenta o fac-símile completo da obra, precedido de um estudo histórico e analítico do instrumento e seu repertório, focalizando em especial a música em Paranaguá e Morretes do início do século XIX. Um número expressivo de obras é transcrito em notação musical moderna.

A partir das preocupações sanitárias iniciadas no século XIX, uma nova geografia da morte começou a ser discutida. Tal iniciativa devia-se à doutrina dos miasmas, pensamento desenvolvido a partir da filosofia natural do século XVIII, e que possuía preocupações relacionadas à salubridade. Na obra de Antonio Vieira dos Santos (1850) encontramos o informe de que a Assembleia Geral do Império do Brasil incumbia as Câmaras Municipais de criarem e organizarem cemitérios fora do adro da Igreja a partir de 1828, segundo o próprio Vieira dos Santos: “Tendo-se conhecido ser este costume nocivo a saúde pública, motivado das pútridas exalações que dos corpos são emanadas”. Pretende-se, a partir de uma abordagem em História das Ciências, analisar as decisões que puseram fim aos sepultamentos no interior e adro das Igrejas da cidade de Paranaguá, o que levou a uma nova geografia da morte nesta cidade portuária do Paraná.

As a result of health concerns which began in the nineteenth century, a new geography of death began to be discussed. This initiative was due to the doctrine of miasma, thought developed from the natural philosophy of the eighteenth century, and which had concerns related to health. In the work of Antonio Vieira dos Santos (1850) it is found that the report of the General Assembly of the Empire of Brazil requires the city council to be in charge of creating and to organize cemeteries outside the churchyard beginning in 1828. According Vieira dos Santos: “Knowing that this custom is harmful to the public health, motivated for the putrid exhalations that are emanated by the body”. It is intended from an approach in the History of Science to analyze the decisions that put an end to burials within the churchyard of the city of Paranaguá. This approach led to a new geography of death in this port city of Paraná.

O artigo analisa o macroplanejamento estadual e o
processo de reordenamento territorial no litoral, com implicações
socioeconômicas culturais e ambientais, destacando o Complexo
Portuário, principal indutor de transformações na região em um contexto de médio e longo prazo.

O presente artigo tem como objetivo analisar o surto de coqueluche que atingiu Paranaguá, cidade portuária brasileira localizada no litoral da Província do Paraná, e o impacto que esse surto teve sobre a mortalidade infantil da localidade no período. O surto atingiu crianças entre zero e oito anos de idade, com uma única exceção. A análise se baseou nos dados dos assentos de óbitos da paróquia de Nossa senhora do Rosário de Paranaguá. Como método de comparação, procedeu-se à análise da mortalidade infantil durante o surto, separando-se os óbitos provocados pela coqueluche e os óbitos provocados por outras causas e também comparando a mortalidade durante o surto com a mortalidade dos períodos anteriores e posteriores a ele. Este estudo permite conhecer melhor as causas da mortalidade infantil na cidade de Paranaguá em meados do século XIX.

O presente estudo busca expor a análise da circularidade da cultura letrada nas localidades coloniais do Império Ultramarino Português através de um organismo específico: a Ouvidoria de Comarca. O espaço analisado nessa relação de trocas é o Conselho Camarário Municipal, que constitui o objeto de fiscalização e local de atuação dos ouvidores gerais de Comarca nos termos da estruturação institucional da sociedade portuguesa de Antigo Regime. O foco é compreender, mesmo que de modo breve, a dinâmica da recepção da cultura letrada nas vilas americanas sob domínio português a partir da atuação de um oficial letrado (formado, portanto, na metrópole) enviado ao ultramar com objetivos de manutenção da padronização político-jurídico-administrativa ao longo do Império. A pesquisa pretendeu observar principalmente quais são as formas de transmissão da cultura metropolitana deste oficial ao mesmo tempo em que recepciona e auxilia na conformação de elementos próprios da cultura local. Para tal visualização, foram selecionadas fontes locais de Curitiba, concentrando-se nos ouvidores que fizeram parte da Ouvidoria da Comarca de Paranaguá e na Câmara da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, passando pelo período de 1721 a 1750.