Sujeito Político
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A pesquisa procurou demonstrar, inicialmente, os limites do uso do lugar de fala e, posteriormente, como esse uso e esses limites afetam a atuação política da esquerda, dos movimentos sociais de esquerda. O caráter do trabalho é teórico,... more
A pesquisa procurou demonstrar, inicialmente, os limites do uso do lugar de fala e, posteriormente, como esse uso e esses limites afetam a atuação política da esquerda, dos movimentos sociais de esquerda. O caráter do trabalho é teórico, fazendo uma extensa revisão bibliográfica e tendo como base a Teoria Crítica. No primeiro capitulo faz-se
um apontamento histórico, político e teórico referente ao sujeito que fala, a ação política de um sujeito entendida pelas variadas visões dentro do pensamento de esquerda. O capitulo dois trata da aporia do atual sentido empregado ao lugar de fala, qual seja: uma ênfase liberal da política nos indivíduos, estes tidos como uma categoria ideológica, o lugar de fala como um individualismo por via obliqua. Por fim, conclui-se que a política identitária contemporânea, representada pelo uso do lugar de fala, deslocou o eixo de atuação da esquerda da coletividade para o indivíduo.
um apontamento histórico, político e teórico referente ao sujeito que fala, a ação política de um sujeito entendida pelas variadas visões dentro do pensamento de esquerda. O capitulo dois trata da aporia do atual sentido empregado ao lugar de fala, qual seja: uma ênfase liberal da política nos indivíduos, estes tidos como uma categoria ideológica, o lugar de fala como um individualismo por via obliqua. Por fim, conclui-se que a política identitária contemporânea, representada pelo uso do lugar de fala, deslocou o eixo de atuação da esquerda da coletividade para o indivíduo.
Dispositivos de poder, entendidos como formas simbolicas que servem para estabelecer e sustentar relações de dominação (Thompson, 1995), por diferentes maneiras, acarretam na subordinação das minorias sociais, servindo ao silenciamento... more
Dispositivos de poder, entendidos como formas simbolicas que servem para estabelecer e sustentar relações de dominação (Thompson, 1995), por diferentes maneiras, acarretam na subordinação das minorias sociais, servindo ao silenciamento destas e à negação da esfera civil como espaço de antagonismos sociais. Estes dispositivos de silenciamento fazem com que se complexifique uma relação de dominação na qual se reafirme a subordinação e se reproduza a opressão com a participação tanto de dominantes como de subordinados.
Buscamos discutir, desta maneira, múltiplas formas de hierarquização social, produzidas a partir da opressão de diferentes categorias sociais e interrogamos sobre os modos que estas categorias podem se interrelacionar na construção de alternativas políticas nas sociedades democráticas contemporâneas, de modo a problematizar os fundamentos politicos da modernidade ocidental. Assim, compreendemos que a modernidade ocidental, mesmo rompendo com justificativas teológicas da subordinação ao proclamar os ideários modernos, acabou por construir novas dinâmicas de desigualdade e exclusão.
As reflexões deste texto decorrem de pesquisas e debates realizados junto ao Núcleo de Psicologia Política da Universidade Federal de Minas Gerais, sobretudo ao que tange as análises de dinâmicas do preconceito, movimentos sociais e relações de gênero, raça e orientação sexual. Deste modo, sistematizamos algumas reflexões que consideramos complementares e relevantes para as discussões destes campos de pesquisa.
Inicialmente, interpelamos a universalidade dos ideais modernos de igualdade, liberdade e fraternidade, através do reconhecimento de que se instituíram a partir da construção de outros, ou seja, da produção de dinâmicas que limitam a possibilidade de algumas categorias sociais se nomearem e serem nomeadas como como sujeitos políticos no debate público. Negros, mulheres, pessoas que se definem como LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), indígenas, pobres, entre muitos outros grupos sociais, cotidianamente denunciam a falência da pretensão universal destes ideais, que servem de alicerce para a construção do Estado Moderno.
Como forma de exemplificar as diferentes dinâmicas pelas quais se opera o silenciamento de minorias sociais, apresentamos alguns processos deste silenciamento, a partir de discussões realizadas por Thompson (1995), Santos (2002, 2006) e Wallerstein (2003). Por fim, consideramos, a partir de alguns autores, elementos importantes para refletirmos sobre as potencialidades de construção de lutas democráticas, retomando noções como a de sociologia das ausências e das emergências e teoria da tradução de Boaventura Souza Santos e a democracia radical e plural de Chantal Mouffe e Ernesto Laclau. Reconhecendo que tais autores possuem noções ontológicas e epistemológicas diferentes, ao longo do texto, apontaremos aspectos complementares que buscam uma síntese entre uma concepção mais materialista e outra mais discursiva. Entretanto, reconhecemos que desta associação emanam questões que deverão ser respondidas por reflexões posteriores. Neste texto nos concentraremos sobre a relação entre a lógica democrática e as possibilidades de se pensar a emancipação social a partir de lutas políticas e sociais.
Buscamos discutir, desta maneira, múltiplas formas de hierarquização social, produzidas a partir da opressão de diferentes categorias sociais e interrogamos sobre os modos que estas categorias podem se interrelacionar na construção de alternativas políticas nas sociedades democráticas contemporâneas, de modo a problematizar os fundamentos politicos da modernidade ocidental. Assim, compreendemos que a modernidade ocidental, mesmo rompendo com justificativas teológicas da subordinação ao proclamar os ideários modernos, acabou por construir novas dinâmicas de desigualdade e exclusão.
As reflexões deste texto decorrem de pesquisas e debates realizados junto ao Núcleo de Psicologia Política da Universidade Federal de Minas Gerais, sobretudo ao que tange as análises de dinâmicas do preconceito, movimentos sociais e relações de gênero, raça e orientação sexual. Deste modo, sistematizamos algumas reflexões que consideramos complementares e relevantes para as discussões destes campos de pesquisa.
Inicialmente, interpelamos a universalidade dos ideais modernos de igualdade, liberdade e fraternidade, através do reconhecimento de que se instituíram a partir da construção de outros, ou seja, da produção de dinâmicas que limitam a possibilidade de algumas categorias sociais se nomearem e serem nomeadas como como sujeitos políticos no debate público. Negros, mulheres, pessoas que se definem como LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), indígenas, pobres, entre muitos outros grupos sociais, cotidianamente denunciam a falência da pretensão universal destes ideais, que servem de alicerce para a construção do Estado Moderno.
Como forma de exemplificar as diferentes dinâmicas pelas quais se opera o silenciamento de minorias sociais, apresentamos alguns processos deste silenciamento, a partir de discussões realizadas por Thompson (1995), Santos (2002, 2006) e Wallerstein (2003). Por fim, consideramos, a partir de alguns autores, elementos importantes para refletirmos sobre as potencialidades de construção de lutas democráticas, retomando noções como a de sociologia das ausências e das emergências e teoria da tradução de Boaventura Souza Santos e a democracia radical e plural de Chantal Mouffe e Ernesto Laclau. Reconhecendo que tais autores possuem noções ontológicas e epistemológicas diferentes, ao longo do texto, apontaremos aspectos complementares que buscam uma síntese entre uma concepção mais materialista e outra mais discursiva. Entretanto, reconhecemos que desta associação emanam questões que deverão ser respondidas por reflexões posteriores. Neste texto nos concentraremos sobre a relação entre a lógica democrática e as possibilidades de se pensar a emancipação social a partir de lutas políticas e sociais.
Este artigo discute o traço contestador expresso em práticas de pastiche que tem como alvo a moda, considerando o discurso político que as acompanha. Para isso adotamos a acepção de pastiche como intertextualidade, um recurso discursivo... more
Este artigo discute o traço contestador expresso em práticas de pastiche que tem como alvo a moda, considerando o discurso político que as acompanha. Para isso adotamos a acepção de pastiche como intertextualidade, um recurso discursivo utilizado para, neste caso, criticar padrões estéticos hegemônicos e promover a redefinição de territórios de criação. Essa reconfiguração dá origem a outras formas de apropriação do próprio corpo em experimentações que evidenciam o sujeito político e os dispositivos de resistência. Com o intuito de ilustrar este processo, adotaremos as noções de poder em Michel Foucault para analisarmos pela ótica da Semiótica Discursiva, os enunciados em circulação nas mídias do coletivo brasileiro de moda experimental estileras.
Este artículo analiza el objeto político como producto de la interacción social y su relación con el accionar de sujetos políticos en la esfera pública. Es el resultado de la fundamentación teórica de la investigación denominada... more
Este artículo analiza el objeto político como producto de la interacción social y su relación con el accionar de sujetos políticos en la esfera pública. Es el resultado de la fundamentación teórica de la investigación denominada “Concepción política y participación juvenil en el municipio de Girardota Antioquia”, cuyo enfoque metodológico es de carácter cualitativo. En una primera parte, se exponen los principios del interaccionismo simbólico desde la perspectiva de Blumer y Mead, para determinar la concepción del objeto y su significatividad. En una segunda parte se hace una disertación de la mano de Schütz sobre el asunto del significado, su construcción en la interacción y su interpretación en la misma. Finalmente, de la mano de Arendt, se busca establecer una relación entre lo político como objeto con significado construido socialmente y la manera como los sujetos se apropian de estos significados para la participación política en la esfera pública. Con ello se determina que el accionar político de los sujetos, es la praxis de significados que han sido interiorizados mediante un proceso natural de interacción que, convertidos en motor de acción, configuran en el individuo una postura como sujeto político.
Al tratar lo político desde las perspectivas planteadas en el artículo, aparte de considerar una transdisciplinariedad en la aprehensión del objeto investigado que podría marcar un posible derrotero, se pone de relieve el carácter intersubjetivo de las relaciones políticas y, al hacerlo, la cotidianidad y el mundo de la vida del individuo, en términos de lo político, cobra sentido.
Al tratar lo político desde las perspectivas planteadas en el artículo, aparte de considerar una transdisciplinariedad en la aprehensión del objeto investigado que podría marcar un posible derrotero, se pone de relieve el carácter intersubjetivo de las relaciones políticas y, al hacerlo, la cotidianidad y el mundo de la vida del individuo, en términos de lo político, cobra sentido.
Este artigo analisa o problema de determinar o sujeito político do feminismo, uma vez que a categoria “mulher” passa a ser questionada e interpretada de diferentes formas, na teoria feminista contemporânea. Após apresentar brevemente... more
Este artigo analisa o problema de determinar o sujeito político do feminismo, uma vez que a categoria “mulher” passa a ser questionada e interpretada de diferentes formas, na teoria feminista contemporânea. Após apresentar brevemente as críticas ao essencialismo, por parte de autoras bastante influentes do Norte global, investigam-se os argumentos de pensadoras que defendem um viés descolonial. Sustenta-se que a perspectiva descolonial precisa ser levada em consideração, no momento de buscar categorias de análise adequadas ao movimento feminista, no contexto do Sul global, respeitando-se suas particularidades históricas e sociopolíticas