No terceiro livro da Série Alimentação e Cultura, a adoção da perspectiva da sustentabilidade como elemento estruturante das análises, reflexões e propostas contidas em seus capítulos busca contribuir com os esforços teórico-metodológicos... more
No terceiro livro da Série Alimentação e Cultura, a adoção da perspectiva da sustentabilidade como elemento estruturante das análises, reflexões e propostas contidas em seus capítulos busca contribuir com os esforços teórico-metodológicos voltados para equilibrar o descompasso entre a dimensão econômica – preponderante – e as dimensões sociais, ambientais e culturais – negligenciadas dentro do padrão de desenvolvimento praticado no Brasil, em consonância com a ordem e os interesses do capitalismo global.
A hospitalidade e a reciprocidade sustentam a experiência da viagem errante, em oposição à mercantilização das relações e da cultura, proporcionada pela experiência turística convencional. Este estudo investiga o potencial das viagens... more
A hospitalidade e a reciprocidade sustentam a experiência da viagem errante, em oposição à mercantilização das relações e da cultura, proporcionada pela experiência turística convencional. Este estudo investiga o potencial das viagens interétnicas enquanto um instru- mento de aprendizado e respeito pela alteridade. Dialogando com indígenas, indigenistas e acadêmicos, re-significa a viagem como uma oportunidade de autoconhecimento e de conhecimento do Outro. Partindo das vozes de autores como Hakim Bay e Moira Millan, ques- tiona o turismo e propõe a sua superação rumo as “viagens solidárias”, uma alternativa capaz de fortalecer a autonomia e a valorização cultural dos povos indígenas.
No capítulo, Sibilas do Tijuco: potencialidade turística e valorização do patrimônio a partir da sustentabilidade cultural, os autores abordam o tema das sibilas como potencialidade turística para Diamantina/MG e região, em sua interface... more
No capítulo, Sibilas do Tijuco: potencialidade turística e valorização do patrimônio a partir da sustentabilidade cultural, os autores abordam o tema das sibilas como potencialidade turística para Diamantina/MG e região, em sua interface com a intelecção do patrimônio e da sustentabilidade cultural. A partir da experiência da região de Marche na Itália e do turismo dos montes sibilinos, são apresentadas as opções de desenvolvimento do turismo a partir das sibilas de Diamantina, levando em conta a importância do ponto de vista patrimonial e de sustentabilidade cultural, de autenticidade e unidade, considerando não só o papel de relevância dos cidadãos, mas também dos visitantes.
Ilha do Mel, com 95% da sua área regulamentada em Unidades de Conservação, atrai muitos turistas, principalmente no verão. O desenvolvimento do turismo adensou a ocupação local, destacando-se a partir da década de 1990 o surgimento de... more
Ilha do Mel, com 95% da sua área regulamentada em Unidades de Conservação, atrai muitos turistas, principalmente no verão. O desenvolvimento do turismo adensou a ocupação local, destacando-se a partir da década de 1990 o surgimento de hotéis e pousadas, que na primeira metade da atual década totalizavam 107. O problema da água na Ilha do Mel diz respeito principalmente à contaminação de mananciais de superfície, subterrâneos e marítimo-costeiros e ao comprometimento do abastecimento público de água. Este quadro tende a se agravar em períodos de grande fluxo de turistas. Desta forma, os objetivos deste artigo visam: verificar os níveis de contaminação das águas da Ilha do Mel e a influência da atividade turística neste quadro, identificar o fornecimento de água para consumo e a gestão de efluentes pelo setor público, identificar os cuidados com a água de consumo e o tratamento de efluentes em pousadas e verificar a opinião dos gestores públicos e empreendedores de pousadas sobre a problemática da água no local. Os dados que dão suporte a este estudo tem origem nas dissertações de mestrado dos autores, que tratam sobre: a influência do turismo na qualidade da água da Ilha do Mel (Geografia/UFPR/2004); a gestão ambiental em trinta meios de hospedagem da ilha, onde a questão da água é identificada como um dos principais fatores de GA (Administração/UFPR/2006) e análise sobre a situação socioambiental a partir da opinião de atores sociais (Geografia/UFPR/2007). Os resultados indicam que o turismo influencia na contaminação da água. No caso dos empreendedores de pousadas verifica-se que, apesar da preocupação com a água, no geral, as práticas deixam a desejar. Com relação à gestão pública, a estrutura de fornecimento de água é deficiente e desenvolve baixa atuação no tratamento de efluentes. Palavras-chave: água; turismo sustentável; gestão ambiental; setor público; meios de hospedagem.