Sibilas

El siguiente artículo pretende abordar el contexto histórico del denominado 'Canto de la Sibila', una representación litúrgica documentada desde la Baja Edad Media que repasa los momentos previos al Juicio Final profetizados en la Antigüedad por la figura de la Sibila. De esta manera, el Canto se enlaza con la tradición medieval de los 'signa iudicii' , materia escatológica que recoge los signos que supuestamente precederán al fin de los tiempos

Classica Boliviana IX presenta cuatro secciones en este número. La primera, dedicada a la Lingüística, cuenta con tres contribuciones: la primera de Caterina Anush Stripeikis, se centra en la obra De linga Latina de Varrón. La segunda, de William Alcides Rodríguez García, que aborda la posibilidad de que exista un fenómeno de fonosimbolismo en el grupo consonántico compuesto por nasal velar sonora y oclusiva velar, especialmente sonora. La tercera, de Beatriz Carina Meynet que se refiere a la metáfora etimológica y estructura léxica en el término aprendizaje.

La segunda sección está dedicada a la Filología y la literatura, y cuenta con dos contribuciones: la primera, de Ana María César Pompeu, sobre la poética dionisiaca en la comedia de Aristófanes. La segunda, de Francisca Patricia Pompeu Brasil, sobre la construcción de la imagen de la buena esposa a partir de las figuras de Penélope y Lisístrata.

La tercera sección, dedicada a la filosofía, cuenta con la contribución de Gonzalo Tinajeros sobre el concepto de Guerra Justa; y la cuarta, dedicada a la materia clásica, cuenta con el trabajo de Margarita Vila da Vila sobre las fuentes estilísticas e iconográficas de las sibilas del retablo mayor de Copacabana.

Resumen: La Sibila de Cumas fue una figura con un gran protagonismo dentro del imaginario romano. Sin embargo, esta importancia en las fuentes no tuvo una correspondencia real en el arte, donde su imagen no fue muy prolífica. En la Edad Media hay una relectura de la Égloga IV en la que se hablaba de la venida de un niño para comenzar una nueva edad de oro, y del libro VI de la Eneida, en el que la Sibila de Cumas actúa como guía de Eneas en el inframundo, ambas obras de Virgilio. Gracias a la misma, al tema pagano se le dota de un significado cristiano que adquiere gran popularidad en el arte. De esta manera, su figura aparece de manera individualizada en diferentes soportes: manuscritos, capiteles o pinturas, asimilada normalmente a los profetas del Antiguo Testamento. Así, aparte de los atributos generales de todas las Sibilas como son la túnica y el velo, podemos individualizar otros, como la rama de oro o Cerbero, que nos permiten afirmar que nos encontramos antes su representación. A lo largo de este artículo, analizaremos a partir de las fuentes escritas y visuales, cuál fue la recepción de la figura de la Sibila en la Edad Media, así como las particularidades de su iconografía. Palabras clave: Sibila de Cumas, iconografía, Virgilio, rama de oro, descenso al inframundo, prefiguraciones de Cristo, pervivencia del mundo clásico. Abstract: The Sibyl of Cumas had a great role in the Roman imaginary. However, this importance in the sources did not have a real correspondence in art, where its image was not very prolific. In the Middle Ages there is a rereading of Eclogue IV, in the fragment describing the coming of a child to begin a new golden age, and from Book VI of the Aeneid were is was included a reference about the Sibyl of Cumas acts as a guide to Aeneas in the underworld, both works written by Virgil. The pagan theme is endowed with a Christian meaning that acquires great popularity in art. This way, his figure appears individually in different infraestructures: manuscripts,

Os contactos entre as cidades não têm começo nem fim. De uma forma muito simples poderemos tão-só dizer que são, que acontecem. Umas vezes por vontade própria de alguém, na maior parte das vezes são simplesmente fruto do acaso. Não foi por fruto do acaso que os povos de Entre Douro-e-Minho partiram para o eldorado que pensavam ser o território do além Atlântico, do Brasil, que se viria a chamar Minas Gerais. Esses homens procuravam muito simplesmente melhorar a sua vida, algo que na sua aldeia de origem era impossível. Não tinham outros objectivos, religiosos ou culturais. Não: o intuito era apenas esse: melhorar a vida ou, mais prosaicamente, ganhar dinheiro. Só que a mala do viajante é, como sabemos, infinda. E mais infinda é a sua cabeça, nela cabe um universo de coisas. Quando partiu de Braga para Minas Gerais, José Soares de Araújo teria pensado que iria pegar em pinceis e ter sucesso como pintor? Ele foi também guarda-mor no arraial do Tijuco, hoje cidade de Diamantina. O acaso é que o fez pegar nos pincéis e outro acaso, de que ainda não conseguimos descortinar o porquê, fê-lo levar à colônia um tema tão sofisticado como o das SIBILAS e orientar a sua pintura, seja no tecto de uma igreja: a capela de Nosso Senhor do Bonfim, seja nos véus quaresmais de todas as igrejas. Foi assim que a representação das mulheres sábias da antiguidade e do renascimento chegou à colônia portuguesa da América. Mas seria mesmo acaso? Um dos textos deste pequeno livro mostrar-nos-á que talvez não; é que Braga era uma terra em que as SIBILAS estavam presentes desde a Idade Média. O que é curioso é que elas surgiram também noutros locais deste Portugal, mas em nenhum com a dimensão que existiram em Braga, embora hoje sejam conhecidas apenas por alguns, poucos, amantes da sua História. Curiosamente, no Brasil elas surgem apenas em um único local, em Diamantina, Minas Gerais. É possível que o veículo que as levou tenha sido José Soares de Araújo; mas também é possível que tenha sido outro o portador. O acaso fez-nos descobrir no espólio da Biblioteca Nacional, em Lisboa, um manuscrito ilustrado sobre este tema, da autoria de um enigmático JBVG, que logo identificamos como João Baptista Vieira Gomes. É ele que serve de pretexto a dois investigadores, um de cada lado do Atlântico, para a publicação deste pequeno livro, ele também um pretexto para unir duas regiões, o Minho e Minas Gerais.

Estudo iconográfico e análise do sentido iconológico de um interessante ciclo de frescos com raras representações de Sibilas e Profetas, pintado no início do século XVII, por autor desconhecido, na igreja de Santa Maria de Machede, uma das velhas igrejas de alegada origem paleocristã alvo de ampliação no tempo de D. Teotónio de Bragança, no seio do Arquiepiscopado de Évora, com traças (1604) do arquitecto Pero Vaz Pereira.

La mujer vidente en la literatura hispano-medieval no ha recibido la debida atención de la crítica literaria. Esto se debe a que la mayoría de los autores de la época ven la mujer como un ser con tendencias al mal . Esta opinión empieza a cambiar bajo la influencia del culto mariano. Aún así, el tema no se introduce en la literatura hasta mediados del siglo 15 con el Laberinto de Fortuna (1444) de Juan de Mena. En esta obra, hay una alusión a la Sibila de Cumas, quién el autor considera superada por una Divina Providencia. Sin embargo, la Sibila recibe mayor atención en la versión del Laberinto entitulada Las Trezientas (1499) que edita Hernán Núñez y, unos diecisiete años después, reencarna como agente del diablo en Carajicomedia (1516-1518), un contrafactum paródico de parte de Las Trezientas  . Este ensayo explica por qué Mena rechaza la tradición sibelina, nota el mayor peso de esa tradición en las glosas de Núñez, y traza su influencia en la caracterización de María de Vellasco y las putas valencianas como 'sibilas' en el mundo al revés de Carajicomedia.

Os mitos antigos não estão mortos. A partir desta afirmação fundamentada nas obras de autores como Warburg, Jean Seznec, Erwin Panofsky e Fritz Saxl, este trabalho pretende apontar os caminhos históricos que legitimaram a sobrevivência do mito das sibilas no mundo cristão, em sua estreita relação com a astrologia. O paganismo não renasceu após o medievo, mas esteve sempre presente no cristianismo, não só como símbolos, mas como efetiva influência essencial sobre os homens e as suas vidas. Alguns momentos históricos em particular são privilegiados neste caminho, desde os padres apologistas do cristianismo primitivo até o nascimento da ciência moderna. Sibilas e astrologia, como testemunhos "de fora" são presença constante seja na teologia cristã, seja na literatura e na música, ou nas representações plásticas do mundo cristão, que aqui privilegiamos. A sua sobrevivência ou pós-vida (Naschleben) é ora afirmada também pela legitimação de grandes nomes da patrística e da escolástica, e ainda por meio da influência de Albumasar, teólogo muçulmano nascido no século VIII e que faz o elo entre sibilas, astrologia e a Virgem Maria. O que fazem as sibilas nos tetos das igrejas católicas? É esta a pergunta que o presente trabalho pretende, em grande medida, responder. Palavras-chave: Sibilas. Paganismo. Cristianismo. Astrologia. Sobrevivência.

Abstract: Ancient myths are not dead. Based on this premise, founded on the research of scholars such as Warburg, Jean Seznec, Erwin Panofsky and Fritz Saxl, the intent of this paper is to delineate the historical paths which legitimized the survival of the myth of the Sibyls in the Christian world in its close association with astrology. Paganism was not reborn after the Middle Ages. It has always been an intrinsic element of Christianity, not only symbolically, but also as a direct impact on people and their lives. Some particular moments in history are in this sense noteworthy, from the apologist priests of primitive Christianity to the birth of modern science. The sibyls and astrology, as "outside" witnesses, are a constant presence in Christian theology, literature and music, as well as in artistic representations of the Christian world, which is the focus of this paper. The survival or afterlife (Naschleben) of the sibyls throughout history is further affirmed by the writings of the patristic and scholastic theologians, and also evidenced in the work of Albumasar, the Muslim theologian born in the 8th century, who associates sibyls, astrology and the Virgin Mary. How can we justify the presence of the sibyls on the ceilings of Catholic churches? This is the question that this paper largely intends to address.

Resumo Os mitos antigos não estão mortos. A partir desta afirmação fundamentada nas obras de autores como Warburg, Jean Seznec, Erwin Panofsky e Fritz Saxl, este trabalho pretende apontar os caminhos históricos que legitimaram a sobrevivência do mito das sibilas no mundo cristão, em sua estreita relação com a astrologia. O paganismo não renasceu após o medievo, mas esteve sempre presente no cristianismo, não só como símbolos, mas como efetiva influência essencial sobre os homens e as suas vidas. Alguns momentos históricos em particular são privilegiados neste caminho, desde os padres apologistas do cristianismo primitivo até o nascimento da ciência moderna. Sibilas e astrologia, como testemunhos "de fora" são presença constante seja na teologia cristã, seja na literatura e na música, ou nas representações plásticas do mundo cristão, que aqui privilegiamos. A sua sobrevivência ou pós-vida (Naschleben) é ora afirmada também pela legitimação de grandes nomes da patrística e d...

As pinturas da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim em Diamantina, Minas Gerais, Brasil, trazem um tema intrigante e único na colônia portuguesa da América: quatro sibilas contornando o quadro da deposição da cruz. As profetisas estão representadas em meio corpo, em quadros entre colunas paranínficas figurando cariátides, e sobre cada quadro, há um medalhão seguro por um querubim trazendo os seus nomes: Délfica, Líbica, Frígia e Tiburtina. Setecentistas, as pinturas foram atribuídas a Silvestre de Almeida Lopes, pintor nascido na colônia e que teria aprendido o ofício com o bracarense José Soares de Araújo 1 .

Resumo: Em Diamantina, no nordeste de Minas Gerais, existem véus quaresmais do século XVIII e início do século XIX adornados com sibilas em estruturas de falsa arquitetura. Inexistem docu-mentos que comprovem a autoria de todas as pinturas dos véus quaresmais daquela cidade. Os véus quaresmais, cuja função litúrgica está associada às celebrações da semana santa católica, são tradicionalmente adornados na cultura alemã. Não se sabe como essa tradição chegou à colônia por-tuguesa da América. Naquela cidade existe ainda a figuração de quatro sibilas contornadas por fal-sas colunas com cariátides, no teto de uma igreja. As profetisas pagãs foram incorporadas pelo cristianismo desde os seus primórdios.A sua pintura é atribuída a um discípulo de José Soares de Araújo, pintor português que trouxe para a colônia o ilusionismo e a falsa arquitetura influencia-dos por Andrea Pozzo. O objeto desse trabalho é mostrar a influência do tratado de Andrea Pozzo também nos falsos nichos das pinturas dos véus quaresmais de Diamantina, atribuídas ao pintor Caetano Luiz de Miranda, outro discípulo de Araújo, que possuía um tratado daquele jesuíta, re-gistrado no seu inventário. Palavras-chave: Quadratura, véus quaresmais, sibilas. Abstract: In Diamantina, in the North east of Minas Gerais, there are Lenten veils from the 18th and early 19th centuries adorned with sibylsinsid estructuresof false architecture. There are no documents to prove the author shipof all the paintings of Said veils. In the German culture, Lenten veils, Whose liturgical role is associated with the celebrations of the Catholicholy week, are traditionally adorned. However, how this tradition reached the Portuguese colony in Americais still unknown. In Diamantina, another four representations of sibyls are to be found surrounded by false columns with caryatids, on the ceiling of a church. These pagan prophetesses have be em incorporated by Christianity since its early days. Their depiction in the painting is attributed to a disciple of José Soares de Araújo, a Portuguese painter Who brought to the colony illusionis mand false architecture, influencedby Andrea Pozzo. The objective of this paperis to present the influence of Andrea Pozzo'streatise in the false niches of the Lenten veil paintings of Diamantina, which are attributed to the painter Caetano Luiz de Miranda, another disciple of Araújo, Who owned one of the Jesuit'streatise, as recorded in his inventory.

No capítulo, Sibilas do Tijuco: potencialidade turística e valorização
do patrimônio a partir da sustentabilidade cultural, os autores abordam o tema das sibilas como
potencialidade turística para Diamantina/MG e região, em sua interface com a intelecção do
patrimônio e da sustentabilidade cultural. A partir da experiência da região de Marche na Itália
e do turismo dos montes sibilinos, são apresentadas as opções de desenvolvimento do turismo
a partir das sibilas de Diamantina, levando em conta a importância do ponto de vista patrimonial
e de sustentabilidade cultural, de autenticidade e unidade, considerando não só o papel de
relevância dos cidadãos, mas também dos visitantes.

Resumo Os mitos antigos não estão mortos. A partir desta afirmação fundamentada nas obras de autores como Warburg, Jean Seznec, Erwin Panofsky e Fritz Saxl, este trabalho pretende apontar os caminhos históricos que legitimaram a sobrevivência do mito das sibilas no mundo cristão, em sua estreita relação com a astrologia. O paganismo não renasceu após o medievo, mas esteve sempre presente no cristianismo, não só como símbolos, mas como efetiva influência essencial sobre os homens e as suas vidas. Alguns momentos históricos em particular são privilegiados neste caminho, desde os padres apologistas do cristianismo primitivo até o nascimento da ciência moderna. Sibilas e astrologia, como testemunhos "de fora" são presença constante seja na teologia cristã, seja na literatura e na música, ou nas representações plásticas do mundo cristão, que aqui privilegiamos. A sua sobrevivência ou pós-vida (Naschleben) é ora afirmada também pela legitimação de grandes nomes da patrística e d...

Com uma trilha sonora sensacional está de volta o episódio sobre as Sibilas, em versão Bônus. As músicas são interpretadas pelos grupos Capela Real da Catalunha e Hepèrion XX, que estão na coletânea “O Canto das Sibilas”, da gravadora Alia Vox. Destaque para as participações da soprano Montserrat Figueras e do músico Jordi Savall.  Mas, o que são as Sibilas? Por que esse mito pagão está presente na religiosidade católica, persistindo até nosso século? É surpreendente como tropeçamos, hoje, nesse mito pagão retratado nas obras igrejas e manifestações do catolicismo colonial. Quer entender isto? A professora Maria Cláudia nos explicará.