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Conferência realizada no "XXXVI Encontro da APHES: Quantidade e Quantificação em História" no Porto, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
Conferência realizada no "XXXIV Encontro da APHES: Saber, Produzir, Abastecer. Da Idade Média ao Século XXI" em Libsoa, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Resumo/ Abstract: Entre a diversidade institucional presente na sociedade do Antigo Regime, as casas senhoriais assumiam vital importância para a manutenção de uma ordem social e política. É neste plano de diversidade de senhorios que se... more
Resumo/ Abstract: Entre a diversidade institucional presente na sociedade do Antigo Regime, as casas senhoriais assumiam vital importância para a manutenção de uma ordem social e política. É neste plano de diversidade de senhorios que se insere a nossa comunicação, mais propriamente na casa Marialva, uma das mais proeminentes do Portugal Moderno. Entendamos a Casa como um " … conjunto coerente de bens simbólicos e materiais a cuja reprodução alargada estavam obrigados todos os que nela nasciam ou dela dependiam. " 1 e um " …systems of stablished and prevalent social rules that structure social interactions. " 2 A sua dimensão prevalecia sobretudo no centro e norte de Portugal onde detinha diversas jurisdições nas mais variadas terras. Destaque para Cantanhede, uma das principais vilas do domínio senhorial e sede de uma ouvidoria que funcionava em colaboração com a câmara municipal da localidade o que permitia ao donatário o pleno exercício dos seus direitos. Todavia, cabia aos rendeiros e agentes da casa mediar e conectar as diversas partes do que entendemos como estrutura da casa senhorial. Do centro, em Lisboa no seu paço e junto da corte real, a chancelaria senhorial emitia as suas diretrizes e orientava os seus agentes para a que a coordenação e o funcionamento das vias de poder fosse efetivo. Era nesta (des)contínua rede de informação, poder e bens simbólicos que a casa Marialva necessitava dos rendeiros para que o seu suporte financeiro sustentasse a sua proeminência.
Revista Portuguesa de História 50, 2019 Elizabeth Chalmers Macknight é professora associada da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, onde presentemente leciona História Europeia. A sua atividade científica denota uma grande amplitude... more
Revista Portuguesa de História 50, 2019

Elizabeth Chalmers Macknight é professora associada da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, onde presentemente leciona História Europeia. A sua atividade científica denota uma grande amplitude temática, abordando temas de História Social, da Nobreza, Económica, Agrícola e Religiosa num período cronológico balizado entre o século XVIII e XX, nas áreas geográficas da Irlanda, Escócia e França. Contudo, é na análise da nobreza francesa que a autora detém as suas obras mais recentes, onde destacamos Aristocratic Families in Republican France, 1870-1940 (2012) e a obra aqui em apreço.
A presente dissertação aborda o domínio senhorial em Cantanhede nos finais do Antigo Regime, protagonizado pela Casa Cantanhede-Marialva. Procuramos numa primeira fase analisar o domínio senhorial numa vertente jurisdicional e territorial... more
A presente dissertação aborda o domínio senhorial em Cantanhede nos finais do Antigo Regime, protagonizado pela Casa Cantanhede-Marialva.
Procuramos numa primeira fase analisar o domínio senhorial numa vertente jurisdicional e territorial e encetamos, em seguida, uma abordagem à formação da Casa senhorial de Cantanhede-Marialva apresentando os privilégios e direitos jurisdicionais que deteve ao longo da sua existência. Prosseguimos com a análise dos territórios do
Concelho de Cantanhede onde o donatário detinha domínio. Destacamos a Coutada como território de reserva de recursos naturais que suscitou problemas com a população gerando alguns processos. Por fim, encetamos uma viagem pela contestação anti-senhorial
que se verificou no Antigo Regime português, terminando com a análise da situação cantanhedense. Com o estudo deste tema, procuramos contribuir para um maior conhecimento sobre o domínio senhorial da Época Moderna e, de forma particular, sobre contestação anti-senhorial
em vigor nos finais do Antigo Regime. A Carta enviada pela Câmara
Municipal de Cantanhede às Cortes Constituintes em 1821 constitui-se como um documento singular neste contexto.