História Social

O artigo lança olhares sobre a História Social brasileira de fins do século XX e princípios do século XXI, com base na problematização dos conceitos trabalho, trabalhadores/as e movimentos sociais. Em um primeiro momento, analisa a historiografia que partiu do estudo da história operária para, posteriormente, alargar seu escopo e investigar a história do trabalho, culminando em pesquisas sobre o cotidiano de trabalhadores/as. Em um segundo momento, discute a incorporação dos movimentos sociais ao rol de temas de interesse da área. Para tanto, reflete sobre o próprio conceito de História social sem pretensões de categorizá-la de maneira definitiva-, ao passo que discute ainda as implicações de tal alargamento da área para o trato das fontes de pesquisa. Defende que a História Social permanece atual e oferece contribuições à historiografia, embora também enfrente novos desafios.

50eko hamarkadan Bizkaiko industriaren berpiztearekin bat, migrazio-fluxu handia eratu zen Bilborako norabiderantz eta etxebizitza-eskasiaren auzia erabat larriagotu zen. Autoritateen aurreikuspen faltaren ondorioz, be-rez eta oso bizkor masifikatu egin zen txabolismoaren fenomenoa hiriburua-ren inguruko mendi-magal gehienetan. Autoeraikuntzaren bidez eta legetik at altxatu ziren auzoak, non ekipamenduen gabezia eta bazterketa soziala nagusi ziren. 60ko hamarkadaren hasieran, arazoa konpontzeko lehen ekimenak jarri zituen abian estatu frankistak, Otxarkoagaren eraikuntza, kasu. Urteen joanean, auzo batzuk desagertu ziren. Alabaina, gaur arte biziraun dutenak ere baditugu, eraldaketa sakonak izan dituzten arren (Masustegi, Buia...).

As the vizcain industry started coming up in the 50es, housing for emigrants became a very serious problem. As a result, ilegal self-built shanty towns appeared in most of the foothills around the city very fast and spontaneusly. There wasn´t any basic service and living conditions were really laborious. The state toke the first steps to eradicate it at the beginning of the 60 decade. The most important action was building Otxarkoaga. Nowadays most of this areas have disapeared, althougt some of them are still alive (Masustegi, Buia…).

O objetivo deste artigo converge sobre a questão do 27 de maio de 1977 em Angola. O tema foi
visto a partir de três eixos: o primeiro direciona-se para o 27 de maio em Angola: entre a memória e o silêncio;
o segundo vai elencar os lugares de memória sobre o 27 de maio de 1977 e o terceiro vai se ocupar em falar
sobre o 27 de maio de 1977 em torno de deveres de memória. Com a história do tempo presente, assim como
a leitura das demandas dos tempos atuais na sociedade em Angola, foi possível reconhecer que, por um lado,
o assunto sobre o 27 de Maio de 1977 em Angola caminhou por processos de silenciamento, por outro lado,
o assunto continua avançar para outros lugares de memória, criando desta forma, bases para que hoje no tempo presente, seja possível falar de deveres de memória e reparação.

Ricardo Cicerchia (director). Pilar Morad, Francisco García González y Cecilia Rustoyburu (coordinadores), El estudio de las formas familiares en el nuevo milenio. Trayectos, dilemas y propuestas, Prohistoria Ediciones, Rosario, 2020, 380 pp.
Para obtener el libro completo en formato papel: https://prohistoria.com.ar/#!/producto/2479/
Para solicitar el libro completo en formato electrónico: admin@prohistoria.com.ar

O presente trabalho é um estudo sobre a obra do escritor argentino Jorge Luis Borges a partir da tensão que ela estabelece com um conjunto de práticas de leituras e escritas orientadas por uma perspectiva formalista da literatura. Embora Borges tenha se constituído ao redor e por meio delas, que sempre ressurgem em seu texto enquanto marcas históricas e sociais, sua obra ao mesmo tempo também assinala um limite para tais práticas, desenvolvendo uma escritura diversa. Para isso, o escritor oferece o horizonte de uma literatura que seja capaz de reintroduzir a operação do encanto dentro de seu procedimento.

Artículo publicado en la Revista de Cultura Andaluza Puente Nuevo, con motivo del Centenario, en enero-2018, de la Asamblea Regionalista presidida por Blas Infante en la ciudad de Ronda, en la que se definieron los distintivos de Andalucía, escudo y bandera.
Se inicia con una referencia a los precedentes heráldicos de Andalucía, y entre ellos el de la ciudad de Cádiz (siglo XIII), que alude al mito de las columnas de Hércules. Se estudian el concepto e iconografía de este emblema y se determinan los límites y posibilidades de su interpretación como escudo de Andalucía, evitando la apropiación del escudo de otra demarcación territorial diferente. Se estudian los prototipos creados como emblemas de Andalucía y la identidad visual corporativa del gobierno de la comunidad autónoma. Finalmente se exponen los resultados del estudio y las conclusiones para definir la identidad visual de Andalucía, y las orientaciones para un diseño del escudo o emblema que represente a su territorio.

Sob as bênçãos de N. Sra. do Rosário e São Benedito rainhas e reis conduziram seus irmãos e irmãs negr@s de devoção e afeto pelas ruas de Caxoeira do Sul. Esse comunitarismo afro-católico praticou o assistencialismo com os doentes, garantiu uma boa morte aos irmãos, organizou lindas procissões e missas que, além da prática da fé, combateram preconceitos e exigiram respeito. O livro que agora lançamos trás parte do arquivo dessa irmandade de pretos, documentos que atestam as artes da resistência e da solidariedade étnico-racial.

Hasta fechas muy cercanas, el noveno arte no ha suscitado el elogio de los investigadores españoles y, muy al contrario, esta aportación artística se erigía en un medio de creación vilipendiado. La comicgrafía sufrió el desdén del ámbito universitario, que lo desconsideró como objeto de estudio en sí mismo y lo despreció incluso como fuente secundaria para el análisis de otras disciplinas humanísticas. Sin embargo, el afianzamiento de las investigaciones contribuye a validar ahora el cómic como una propuesta creativa de similar relevancia a cualquier otra obra de arte, valorando siempre en todos los casos la calidad, como criterio indiscutible. A modo tan solo de ejemplo, citemos ahora la producción historietística del área francobelga, situada allí al más alto nivel, con estudios prestigiosos y de gran calado.
Quien suscribe esta reflexión, corrobora precisamente su andadura investigadora en
este tema, en el marco del Proyecto Transnacional Sócrates: Une éducation des adultes
par l’analyse de l’image. Du régional à l’universel à travers de la bande-dessinée. De 1998 a 2000 inclusive, los equipos de tres universidades europeas [Lovaina la Nueva (Bélgica), Burdeos (Francia) y Oviedo (España)] profundizaron en el conocimiento de este recurso creativo en sus respectivas áreas geográficas. 2 En este contexto, se sientan las bases de una historia del cómic en Asturias que no ha cesado de ampliarse desde entonces (fig. 1).

RESUMO
O presente trabalho investiga estratégias sociais de um grupo familiar que se mostrou proeminente no Rio Grande do Sul no final do século XVIII e que foi capaz de se manter no topo da hierarquia social por certo tempo, a julgar pelo papel de destaque de alguns de seus descendentes. Utilizando-se essencialmente de registros paroquiais, observou-se as estratégias matrimoniais, as práticas nominativas e as relações de compadrio engendradas pelos membros dessa família, buscando-se entender de que forma essas estratégias contribuíram com a manutenção e ampliação da posição social dos atores pesquisados, e, através delas, conhecer melhor esses agentes e o mundo em que viviam. Utilizou-se para isso a metodologia do cruzamento nominativo, que permitiu o acesso a informações não necessariamente explícitas na documentação consultada.

Palavras-chave: estratégias sociais, hierarquia social, família, linhagem, casamentos, compadrio processos de nominação.



ABSTRACT
The present work investigates social strategies of a familiar group that was found proeminent in Rio Grande do Sul in the final of the 18th century and that was able to stay on top of social hierarchy for some time, judging by the proeminent role of some of his descendants. Considering essencialy church records, were observed the matrimonial strategies, the naming practices and the compadrazgo relations performed by this family members, aiming to understand how these strategies contributed to the maintenance and expansion of the social position of actors involved, and, through them, to know better about these agents and the world in which they lived. For this purpose, the methodology of nominal record linkage was used, which allowed access to information not necessarily explicit in the documentation consulted.

Keywords:  social strategies, social hierarchy, family, lineage, marriage, compadrazgo, naming practices

História e genealogia das famílias Sartori, Paternoster e Frantz de Caxias do Sul e dados sobre algumas famílias aparentadas, os Dal Piaz, Moretto, Fabbris, Rossi, Dal Canale, Corsetti, Amoretti, Costamilan, Pieruccini, Canozzi, Panceri, Dal Pont, Melo, Nunes, Du Pasquier, Horta Barbosa.

Este arquivo foi preparado para impressão, e por isso há algumas páginas em branco e as ilustrações são dispostas de maneira especial.

Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração.

Neste volume se encontra a descendência dos imigrantes Salvador Sartori e Giacomo Paternoster e o início da descendência de João Paternoster, com suas famílias associadas. O texto faz alusão aos volumes III e IV da versão original, onde se estuda a história e genealogia de todos os troncos ancestrais conhecidos, mas nesta plataforma o material foi resumido em um só volume (III), apresentando apenas as famílias que enviaram representantes para o Brasil. Quem quiser conhecer os troncos mais antigos, que permaneceram na Europa, bem como obter árvores genealógicas completas, acesse o link: http://tetraktys.wikidot.com/cronica-longhi-e-frantz-o-passado-na-europa

Dissertação de mestrado defendida pelo Programa de Pós-Graduação em História da UNICAMP. Este trabalho propõe um estudo a respeito das alforrias de pia batismal registradas, entre 1774 e 1871, nos assentos eclesiásticos de duas paróquias do município de Campinas (Nossa Senhora da Conceição e Santa Cruz), e de seus agentes históricos. Um dos objetivos desta pesquisa é verificar a dinâmica das manumissões no decorrer do tempo, jogando luz sobre seus padrões e movimentos, e investigar o perfil dos alforriados e demais pessoas envolvidas em tal processo. Além disso, por meio do estudo de casos, da reconstrução das experiências e estratégias de vida de mulheres e homens escravizados, busca-se compreender em que medida as interações sociais constituídas e mantidas por eles com outros indivíduos da sociedade escravista brasileira contribuíram para a conquista da liberdade de seus filhos recém-nascidos no ato do batismo. Para realizar tais propósitos, recorre-se a tipos documentais diversos, tais como fontes eclesiásticas, censitárias e cartoriais, e ao método de ligação nominativa de fontes. Espera-se, assim, trazer novos aspectos das relações estabelecidas entre a população escravizada e outros sujeitos, avançar na compreensão dos significados atribuídos por eles ao fenômeno da alforria e contribuir com os principais debates em pauta na historiografia que se ocupa do tema da escravidão e liberdade no Brasil.

This article features a connected history of punitive relocations in the Spanish Empire, from the independence of Spanish America to the " loss " of Cuba, Puerto Rico, and the Philippines in 1898. Three levels of entanglement are highlighted here: the article looks simultaneously at punitive flows stemming from the colonies and from the metropole; it brings together the study of penal transportation, administrative deportation, and military deportation; and it discusses the relationship between punitive relocations and imprisonment. As part of this special issue, fore-grounding " perspectives from the colonies " , I start with an analysis of the punitive flows that stemmed from the overseas provinces. I then address punishment in the metropole through the colonial lens, before highlighting the entanglements of penal transportation and deportation in the nineteenth-century Spanish Empire as a whole.

O livro “Famílias Abandonadas” é uma pesquisa de história social que recorre a conceitos e metodologia da demografia histórica. Parte-se do pressuposto de que os fenômenos demográficos devem ser explicados através de outros fenômenos demográficos. O levantamento dos dados empíricos desta pesquisa foi guiado pela hipótese de que o abandono de crianças (ou a circulação delas em residências e instituições alheias à família original) decorria, principalmente, da morte dos respectivos pais. Em outras palavras, no Brasil dos séculos XVIII e XIX, não havia instituições para órfãos recém-nascidos ou com poucos meses de vida, mas havia para enjeitados, levando a que os órfãos fossem assimilados a essa última condição.

Tendo em vista ser um estudo de história social, esse livro considera o “amor” como fruto de relações sociais e não como um fenômeno inato. As fontes consultadas confirmam tal percepção. Os antigos padres, médicos e legisladores lamentavam o fato de o abandono (ou mesmo a amamentação mercenária, feita através de amas-de-leite) diminuir a interação entre a criança e a mãe, desestimulando o surgimento do amor maternal. Os letrados não encaravam esse sentimento como resultado de um inevitável instinto maternal natural.

Um problema enfrentado pelas análises históricas é a escolha de vocabulário. Ao se debruçar sobre as instituições do passado, este livro recorre a alguns termos que não existiam no período estudado ou que eram empregados em sentido distinto do utilizado em nossos dias. A noção de “assistência”, por exemplo, é um desses casos, devendo esse termo ser entendido em sua dimensão religiosa, de misericórdia cristã, e não como um direito social tal como compreendido a partir do século XX. A mesma necessidade de contextualização deve ser considerada quando se mencionam os termos “orfanato”, “creches”, “funcionários” etc. Recorreu-se a essas palavras com a finalidade de tornar o texto mais compreensível ao leitor atual, em contextos não ambíguos.

Vista panorámica del siglo XX En este libro, el siglo XX aparece estructurado como un tríptico. A una época de catástrofes, que va del 1914 hasta el fin de la segunda guerra mundial, siguió un período de 25 o 30 años de extraordinario crecimiento económico y transformación social. Puede ser considerado como una especie de edad de oro. La última parte del siglo fue una nueva era de descomposición y crisis. El libro comienza con la primera guerra mundial, que marcó el derrumbe de la civilización (occidental) del siglo XIX. Los decenios transcurridos desde el comienzo de la primera guerra mundial hasta la conclusión de la segunda fueron una época de catástrofes para esta sociedad. Los grandes imperios coloniales se derrumbaron y quedaron reducidos. Se desencadenó una crisis económica mundial de una profundidad sin precedentes que pareció que podría poner fin a la economía mundial global. Mientras la economía temblaba, las instituciones de la democracia liberal desaparecieron entre 1917 y 1942. Sólo la alianza del capitalismo liberal y el comunismo para hacer frente a ese desafío permitió salvar la democracia. Este período de alianza entre el capitalismo y el comunismo contra el fascismo es el momento decisivo en la historia del siglo XX. La victoria de la Unión Soviética sobre Hitler fue el gran logro del régimen instalado en aquel país por la revolución de octubre. El sistema económico improvisado en el núcleo euroasiático rural arruinado del antiguo imperio zarista, al que se dio el nombre de socialismo, no se habría considerado como una alternativa viable a la economía capitalista. Fue la Gran Depresión la que hizo parecer que podía ser así. El principal interrogante al que deben dar respuestas los historiadores es cómo y por qué tras la segunda guerra mundial el capitalismo inició la edad de oro. La repercusión más importante y duradera de los regímenes inspirados por la revolución de octubre fue la de haber acelerado la modernización de países agrarios. En el decenio de 1980 y los primeros años del de 1990, el mundo capitalista comenzó de nuevo a tambalearse abrumado por los mismos problemas del período de entreguerras que la edad de oro parecía haber superado: el desempleo masivo, graves depresiones cíclicas y el enfrenamiento cada vez más encarnizado entre los mendigos sin hogar y las clases acomodadas. Cuando los años 80 dejaron paso a los 90 se hizo patente que la crisis mundial no era sólo Gral. en lo económico, sino también en lo político. Las tensiones generadas socavaron los sistemas políticos. Era la crisis de las creencias y principios en los que se había basado la sociedad desde que a comienzos del siglo XVIII las mentes modernas vencieran la célebre batalla que libraron con los antiguos. ¿Qué paralelismo puede establecerse entre el mundo de 1914 y el de los años 90? Éste cuenta con tres veces más que al comienzo de la primera guerra mundial, en cuanto a personas. Son más altos y de mayor peso que sus padres. Están mejor alimentados. El mundo está dominado por la tecnología que avanza sin cesar. La consecuencia de mayor alcance de esos progresos ha sido la revolución de los sistemas de transportes y comunicaciones. Ha sido el siglo más mortífero de la historia. En el siglo XX las guerras han librado contra la economía y la infraestructura de los estados y contra la población civil. El siglo es distinto por tres aspectos: 1) no es eurocéntrico. Las industrias que Europa inició emigran a otros continentes. Las grande potencias de 1914 desaparecieron. En 1914 EEUU eran la principal economía industrial. Es la prolongación de Europa. El conjunto de países que protagonizaron la industrialización del siglo XIX sigue suponiendo la mayor concentración de riqueza y de poder económico y científico del mundo. 2) entre 1914 y el comienzo del decenio de 1990, el mundo ha avanzado notablemente en el camino que ha de convertirlo en una única unidad operativa, lo que era imposible en 1914. En 1990 se construyó la aldea global. La característica más destacada de este período es la incapacidad de las instituciones públicas y del comportamiento colectivo de los seres humanos de estar a la altura de ese acelerado proceso de mundialización. 3) ruptura de los vínculos entre las generaciones entre pasado y presente. Hay una erosión de las sociedades y las religiones tradicionales. Primera parte: LA ERA DE LAS CATÁSTROFES Capítulo I: LA ÉPOCA DE LA GUERRA TOTAL La crónica histórica del siglo debe comenzar con el relato de los 31 años de guerra mundial. En ese momento, los componentes principales del escenario internacional eran las seis grandes potencias europeas (Gran Bretaña, Francia, Rusia, Austria-Hungría, Prusia e Italia), Estados unidos y Japón. Sólo había habido un breve conflicto en Crimea que enfrentó a Rusia con Gran Bretaña y Francia. El más largo de ellos fue la guerra civil en EEUU. Entre

O fenômeno do culto aos chamados “santos de cemitério”, devoção direcionada a indivíduos à revelia do consentimento formal da Igreja Católica, é recorrente em várias cidades no Brasil (e em outros países de maioria católica). A despeito da ausência de uma sistemática de culto ou do reconhecimento da Igreja, constitui-se numa das mais pungentes manifestações de religiosidade popular. Este artigo faz referência à investigação da devoção popular em torno de quatro personagens enterrados no cemitério São João Batista (Manaus, Amazonas), considerados “santos” pela população local: Delmo Pereira, Etelvina, a menina Teresa Cristina e o rabino Shalon Muyal. O olhar sobre as histórias pessoais dos indivíduos objeto de veneração remete-nos a períodos específicos da história local, além de revelarem valores sociais e formas do imaginário e do misticismo popular no âmbito urbano.

Em que pese a importância dos trabalhadores ferroviários na constituição da história e cultura de Três Lagoas, esses sujeitos estão ausentes da narrativa da história oficial da cidade. A Ferrovia parece surgir apenas das decisões políticas e dos esforços de engenheiros. Neste texto pretendemos apresentar possibilidades de construir narrativas a partir das experiências dos trabalhadores, daqueles que construíram a estrada de ferro e trabalharam na operação da ferrovia. Histórias que podem ser desveladas em fontes oficiais, como as fichas de registro dos trabalhadores da Noroeste do Brasil, sob a guarda do Núcleo de Documentação Histórica da UFMS, Campus de Três Lagoas.

This text is an attempt to describe, understand and explain how the Portuguese lived the great dates of their lives between 1820 and 1950. I will try to perceive the semantic reaches of the gestures, decoding what is deeply codified. Although using anthropological reflexions, what is presented is a work of Social History.
Este texto é uma tentativa de descrição, compreensão e explicação das formas como os portugueses viveram as grandes datas das suas vidas entre 1820 e 1950. Procurar-se-ão perceber os alcances semânticos dos gestos, descodificando o que é profundamente codificado. Embora se recorra à Antropologia, o que se apresenta é um trabalho de História.
Não é fácil tratar este tema ao longo de 130 anos. Contudo, os perigos de anacronismo afiguram-se menores do que as dificuldades da identificação regional e social dos hábitos e seus significados, numa época em que coexistem práticas e crenças muito distintas no espaço e na pirâmide social. A diversidade e abundância de fontes cresce quanto mais se avança no tempo, mas são sobretudo urbanas, disso se ressentindo os trabalhos já realizados, muito centrados nos grupos aristocráticos e burgueses das maiores cidades. Procurei, pois, dar maior peso ao mundo popular, nomeadamente camponês, sem esquecer que, também nas vilas e aldeias, viviam famílias burguesas.

Esta monografia apresenta entrevistas feitas com moradores dos bairros Recanto Verde Sol e Jardim Alto Alegre, ambos pertencentes à subprefeitura de São Mateus, Zona Leste da cidade de São Paulo, obtidas a partir do trabalho com História Oral, baseado nas ideias de oralidade e narrativa de Alessandro Portelli e Walter Benjamin, e inspirado nos propósitos de escrita do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto e outras obras de arte cinematográfica a respeito da situação dos migrantes em São Paulo. A partir do relato desses moradores paulistanos, paraibanos, baianos, mineiros e descendentes de potiguares, foram sendo apresentados diversos caminhos para posteriores pesquisas na região, com propósito de tornar reconhecidos esses jovens bairros periféricos, tanto em geografia, história e memória para conhecimento dos próprios moradores e concidadãos, como em documento que seja de interesse acadêmico, econômico, cultural, social. Não menos importante, a escolha da história oral se deve ao fato de: ninguém melhor para contar uma história, senão aquele que a viveu.

Estudo sobre o anticlericalismo na religiosidade popular no Portugal Contemporâneo, tendo por base seis trabalhos de campo, realizados no domínio da Antropologia. Os seis trabalhos e estudos analisados foram realizados em várias regiões de Portugal entre 1960 e 2009.

The Cangaceiros de Paulo Afonso are a group that experiences the life and death of Lampião during the carnival festivities. During this period, accordangly dressed as, cangaceiros and volantes walk through the streets of Paulo Afonso, fighting each other with wooden daggers and shotguns armed with feast bullets, singing and dancing songs of their own composition, ending the festivities with the death of Lampião, on the last day of carnival. This dissertation focuses on the way the Cangaceiros de Paulo Afonso memorizes the cangaço by experimenting a narrative of the historical phenomenon. The narrative is elaborated through how the remains of the cangaço reached the subjects considered here, considering the manifestation of Lampião's memory in the sertão of São Francisco, materially absent, however immaterially present, in the manner of a spectrum. Thus, the Cangaceiros de Paulo Afonso are inserted in the circuit of different manners of agencying memory in the region of the sertão of São Francisco, claiming their space and the space of the municipality in the history of cangaço.

Durante el siglo XV ya no queda ni rastro de la aljama judía que hubo en Alcaraz y que hasta el anterior tuvo cierta importancia. Solo “cristianos nuevos”, más o menos auténticos, algunos de los cuales -por ejemplo los Llerena y Montiel- pasan por ser hidalgos y figuran entre la oligarquía alcaraceña, con la cual emparentan a menudo, ocupando altos cargos en la casa del marqués de Villena y la corte, algunos aun después de la derrota de estos por los Reyes Católicos. Sin embargo, a finales de este siglo, al parecer después de un disturbio ocurrido en 1485 cuando el corregidor pretendía prender al bachiller Ruy Díaz de Montiel, la Inquisición comienza a procesar y llevar a la hoguera a bastantes de ellos, como ocurre en el caso de Mayor González de Montiel, que será conocida como “la Condenada”, y de muchos Llerenas y Montieles, Arenas, y Barreras, Álvarez y Toledos, que verían confiscando sus bienes y, con suerte, serán penitenciados (el día 17 de enero de 1487 saldrán en procesión de penitentes celebrada en Toledo 700 personas de este arcedianato). Sus hijos y sus nietos perecerán también o tendrán de emigrar, como hizo Hernán Sánchez de Llerena, un hijo de Mayor González de Montiel, que se fue a Tenerife, donde hizo fortuna cambiando su apellido paterno por “Llarena”. Otros intentarán adaptarse a la nueva situación manteniendo sus propios apellidos, e incluso plantar cara a segregación y la “muerte legal” que les ha sido impuesta, aunque tampoco faltan los que llevan propios apellidos y se enfrentan a los “cristianos lindos” denunciando sus fraudes y apoyando a las nuevas cofradías religosas como Santa Lucía o la Virgen de Cortes, frente a las de supuestos hijosdalgo mozárabes, como las de La Peña y de San Salvador. Otros los cambiarán, aunque aquí no parece demasiado frecuente, y no pocas mujeres buscarán matrimonio con familias “honradas”, como las de Sabuco y Vandelvira, que darán a sus hijos apellidos sin tacha.
Precisamente el padre del bachiller Sabuco, Miguel Sabuco “el Viejo”, tintorero de oficio, pero cristiano viejo, contraerá matrimonio con dos o tres mujeres de apellidos “infectos”, como Mari Barrera y Catalina Álvarez, cada una de las cuales tenía, por lo menos, dos abuelas quemadas, creando una familia unida en torno a él, compuesta por tres hijos y al menos cuatro hijas de madres diferentes, que se llaman Sabuco y Barrera hasta bien avanzada la segunda mitad del siglo XVI. Sin embargo, el marido de una de ellas, Gabriel de Vandelvira Llerena, que comienza cambiando sus propios apellidos por el de una supuesta tía suya, María de Quesada, y los de su mujer por el de Peñarrubia, e inventándose abuelos nobles y distinguidos, dará paso a un proceso de falsificación de la genealogía familiar, concluida en el siglo XVII, a base de dinero e influencias políticas. De esta forma, un biznieto del viejo tintorero, el abogado don Gabriel de Pareja y Quesada, que tiene antepasados quemados por herejes cuando menos por tres de sus cuatro costados, conseguirá “probar” su limpieza de sangre, iniciando un proceso ante la Inquisición y el Consejo Real, que no solo nos da noticias sobre él y otros miembros de la familia, sino sobre otras muchas vinculadas con ella en Alcaraz, entre las que no faltan algunas tan ilustres como los Noguerol, Bustamante, Claramonte o Alfaro, que presumen de hidalgas.
De esta misma familia, aunque del matrimonio del abuelo Sabuco con Catalina Álvarez, procedían también el bachiller Sabuco, su hija doña Oliva Sabuco -entre otros nueve más- y los que esta tuvo con Acacio de Buedo: Pablo de Buedo, cura, el dominico Félix, la monja, Catalina, y Francisca y Luisa, que casaron con sendos Peñarrubia, hijosdalgo sobrinos de su madre, la última de las cuales lo sería a su vez del jesuita Jacinto de Pareja. Pero lo más curioso es que la misma Oliva dice ser descendiente de una tal Juana de Peñarrubia, que se supone es -y puede que lo sea- la ¿tercera? mujer del tintorero; pero que desde luego no puede ser su abuela, ni es hija, como dice, del hidalgo Gonzalo Sánchez de Peñarrubia. Un montón de mentiras que solamente buscan apoyar la limpieza de sangre de su hijo, su sobrino y sus nietos y que permite ver, con mayor claridad de lo que es habitual, contrastando sus datos con los libros de actas y bautismos locales, entre otros documentos, la estrategia de manipulación e invención genealógica que han estudiado, entre otros, Cuart Monert, Soria Mesa o Rábade Obradó.
De estos y otros asuntos, de esta y otras familias, como son los Pareja de Alcaraz y Munera, que se dicen hidalgos, pero están enlazados también con los Sabuco-Barrera, los Llerena, los Castillo y Toledo e incluso “La Cochina”, otra hereje quemada que parece haber sido tan famosa como Mari Barrera o Mayor González de Montiel, se ocupa este librillo, breve, pero apretado, que en sus 140 páginas ofrece, además, un apéndice de 15 documentos de interés al respecto y reproduce imágenes de los más llamativos. Es de esperar que sea útil no solamente desde el punto de vista de la Historia de Alcaraz y su entorno (muy en particular, el Campo de Montiel), sino para el estudio del problema converso en general y para resolver, al menos parcialmente, los enigmas que pendientes en torno a los Sabuco y algún otro linaje famoso de Alcaraz.

Las corridas de toros en la república de Colombia han estado presentes desde los inicios “independentistas” hasta nuestros días. Es más, estuvieron vigentes aun en los periodos “coloniales”; desde la llegada de las primeras huestes, hasta el arribo de notables funcionarios peninsulares. Sin embargo, las lidias de toros no han estado exentas de acciones restrictivas y prohibitivas a lo largo de la historia del país. Por ende, este escrito datará el listado de las prohibiciones más importantes originadas en Colombia, mientras se contextualizan política e históricamente estas acciones sobre una práctica antigua y de arraigo. Y ya al final del texto, se tocará la última prohibición en la capital y se hará ver lo improcedente de la misma desde el punto de vista histórico, jurídico, político y cultural.

Gentes e Espaços foi escrito com um fim: a habilitação ao grau de Doutoramento em História (História Económica e Social Moderna). Visa o aproveitamento de um texto fundamental para o conhecimento do Portugal Quinhentista, o «numeramento de 1527-1532». Não é contudo um trabalho sobre demografia, nem um trabalho sobre instituições, nem um trabalho sobre administração. Pretende antes conjugar o fator humano com todos os outros fatores. Não quero chegar ao materialismo de dizer que a população foi o único motor na época-moderna. Vivia-se antes uma época de ilusões (título que gostaríamos de ter dado a este trabalho); julgava-se que as condições físicas e económicas da população iriam sempre em franco progresso.

Monografia de uma das mais antigas freguesias da Cidade de Coimbra, com estudo das origens à actualidade. Compreende abrangentes capítulos sobre as principais áreas da freguesia: Baixa, Montes Claros e Montarroio, Coselhas, Conchada, Pedrulha e Choupal.

GALVÃO-TELLES, João Bernardo, O palácio do Fiúza: memória de uma residência nobre em Alcântara, no termo de Lisboa, Lisboa: LMT Consultores, 2014.

"O palácio do Fiúza" narra a história do edifício e da quinta que lhe ficava adjacente, sobranceiros à desaparecida ribeira de Alcântara, desde os primórdios da sua fundação em meados do século XVII pelo desembargador Paulo de Carvalho, tio-bisavô do 1.º marquês de Pombal (cujo nascimento poderá ter ocorrido nesta propriedade), até à actualidade, passando pelo tempo em que foi pertença de José Fiúza Correia, provedor da Alfândega de Lisboa, de quem ficou o nome, e dos Barrunchos, família que ali teve o seu morgado nos séculos XVIII e XIX. No palácio do Fiúza há ainda memória de terem morrido o príncipe D. Teodósio, primogénito do rei D. João IV, e D. Pedro II, o monarca que mais intensamente viveu o vizinho paço real de Alcântara. Caindo, nos finais de oitocentos e princípios de novecentos, nas mãos de Jacinto Gonçalves – o célebre industrial de transportes públicos de Lisboa, dono dos «Carros do Jacintho» –, que fez da velha quinta o centro da sua actividade, o palácio, já transformado e afectado ao arrendamento urbano, seria também lugar de conspirações republicanas.
Segundo José de Monterroso Teixeira, prefaciador da obra, "o trabalho de pesquisa de João Bernardo Galvão-Telles é exemplar na óptica do aprofundamento do desempenho dos Senhores da Casa, ou das elites que, entretanto e sucessivamente, o habitaram, nos diferentes contextos epocais. Pela sua integração em redes familiares apresenta-se de modo assinalavelmente bem estruturado com o recurso a imprescindíveis fontes primárias. Os laços de parentesco surgem-nos num mapeamento genealógico exaustivo e rigoroso, que o seu domínio dos fundo documentais enriquece. (...) Na tradição do aprofundamento monográfico sobre residências com marca arquitectónica significativa na cidade e com implantação urbana, enquanto referente geográfico, a bibliografia temática passa a dispor de um contributo inestimável para a sua renovação metodológica e actualização historiográfica, enquanto processo testemunhal e reflexivo".

Call for papers, invitación a presentar propuestas de comunicaciones para los XX Encuentros de la Ilustración al Romanticismo. Que en la presente edición tratarán el tema de las Relaciones de dependencia: autoridad, protección y conflicto, dentro del marco cronológico habitual de de los Encuentros de 1750 a 1850.
Fecha límite de propuestas 10 de abril de 2022.
Celebración de los XX Encuentros: 9-11 de noviembre 2022.

Fundada dentro de la demanda educativa de escuelas preparatorias de la década de los setentas en el área metropolitana de Monterrey, la obra presenta la trayectoria educativa de la Preparatoria 16 del municipio de San Nicolás de los Garza.  El relato educativo cubre tres aspectos singulares de la preparatoria: su vocación técnica para apoyo de los estudiantes trabajadores y en consecuencia el sector productivo, su labor deportiva y artística, y su carácter académico cultural que incluye la producción editorial de 32 libros. Por último, se incluye acervo fotográfico de gran riqueza.

"El fracaso de un modelo de proyección cultural en la consolidación de un linaje de origen financiero: el I marqués de Robledo de Chavela"  en Giovanni MUTO  y Antonio TERRASA LOZANO (Eds.) Estrategias culturales y circulación de la nueva nobleza en Europa (1570-1707),Aranjuez, Doce Calles, 2016. pp. 19-44.

GALVÃO-TELLES, João Bernardo; MATOS, Lourenço Correia de, «que os do nome de Tavora que de nos descenderem nam haja de ser esquecido»: a sucessão dos condes de São Vicente no morgado dos Távoras, Lisboa: LMT Consultores, 2012.

A sentença de 12 de Janeiro de 1759 condenou os marqueses de Távora e vários elementos da sua família à morte, confiscou o respectivo património e aboliu o uso do apelido Távora. A violência e o alcance desta decisão criaram a percepção generalizada da extinção de toda a família Távora. Sucedeu, porém, que um dos elementos mais importantes para a identidade desta linhagem – o seu antigo morgado – haveria de transitar para o ramo dos condes de São Vicente, os quais, sendo parentes daqueles infelizes justiçados, puderam, por via dessa transmissão, perpetuar a memória e a representação da primitiva estirpe de Távora. Apurar em que circunstâncias se operou a transferência do antigo morgado dos Távoras para os condes de São Vicente foi o objectivo do presente estudo.