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Diogo Roiz

Analisaremos neste artigo uma batalha pela “periodizacao” da historia do Brasil, cujo seculo XIX pareceu ser um paradigma, tanto na obra de Alfredo Ellis Jr., quanto na de Sergio Buarque de Holanda. Assim como pareceu tambem estar nas... more
Analisaremos neste artigo uma batalha pela “periodizacao” da historia do Brasil, cujo seculo XIX pareceu ser um paradigma, tanto na obra de Alfredo Ellis Jr., quanto na de Sergio Buarque de Holanda. Assim como pareceu tambem estar nas indagacoes das obras da maioria dos letrados que escreveram entre os anos 1920 e 1930, pois, procuravam mostrar que foi no Oitocentos que verdadeiramente se formou as raizes do Estado e da Nacao no pais. E esse fator igualmente teve reflexos nos anos 1930, em funcao da maneira com que o governo de Getulio Vargas procurou justificar suas acoes, ao promover a estruturacao de um tipo de Estado e de Nacao para o Brasil. Tal como veremos, muitos destes “homens de letras”, como SBH e AEJ, foram contrarios a tais iniciativas.
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resenha do livro: Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} LAGREE, Michel. Religiao e tecnologia: a bencao de prometeu . Traducao de Viviane Ribeiro – 1a reimpressao. Bauru/SP: EDUSC, 2008 (1a Ed. 2002), 506 p.
CAMPOS, N. Intelectuais paranaenses e as concepcoes de universidade (1892-1950). Curitiba/PR: Editora da UFPR, 2008, 258p.
O bandeirantismo e a historia das bandeiras paulistas ja foi um tema nobre na pesquisa historica brasileira, do seculo XVIII, quando surgiriam as primeiras descricoes circunstanciadas sobre o assunto, ate as primeiras decadas do seculo XX... more
O bandeirantismo e a historia das bandeiras paulistas ja foi um tema nobre na pesquisa historica brasileira, do seculo XVIII, quando surgiriam as primeiras descricoes circunstanciadas sobre o assunto, ate as primeiras decadas do seculo XX (ABUD, 1985). Mas, com a afirmacao e consolidacao dos estudos historicos nas universidades, tais estudos foram, aos poucos, sendo deixados em segundo plano, em funcao da diversificacao das abordagens, das variacoes dos temas pesquisados e do maior volume de estudos sobre outras regioes do pais. Entretanto, nos ultimos vinte anos, novamente o tema tem despertado a atencao dos pesquisadores, mas com o fim, nao de vislumbrar a importância da capitania, depois, provincia, e atualmente estado de Sao Paulo, junto a Federacao, e sim com o proposito de inquirir quais as marcas que aquele empreendimento deixou em outras regioes, como os letrados do passado fizeram uso de certas estrategias para abordar o passado e o visualizar como opcao a ser reproduzida n...
Preocupa-se, neste artigo, com o estudo da construcao de uma tradicao inventada, a "Escola dos Annales", na Franca, por meio das estrategias de manutencao de uma hegemonia historiografica, com aqueles que ficaram conhecidos como... more
Preocupa-se, neste artigo, com o estudo da construcao de uma tradicao inventada, a "Escola dos Annales", na Franca, por meio das estrategias de manutencao de uma hegemonia historiografica, com aqueles que ficaram conhecidos como a terceira geracao do grupo nos anos 1970 e 80.
Resenha do Livro: ANHEZINI, K. Um metodico a brasileira: a historia da historiografia de Afonso de Taunay (1911-1939). Sao Paulo: Editora UNESP, 2011.
Resumo: este texto procura apresentar sinteticamente a producao de Helenice Rodrigues da Silva, com vistas a destacar sua importância para o fomento e a pratica da historia intelectual no Brasil. A autora passou quase tres decadas vivendo... more
Resumo: este texto procura apresentar sinteticamente a producao de Helenice Rodrigues da Silva, com vistas a destacar sua importância para o fomento e a pratica da historia intelectual no Brasil. A autora passou quase tres decadas vivendo e estudando na Franca e quando retornou ao Brasil, em meados dos anos 1990, inseriu-se na Universidade Federal do Parana, onde formou alunos, publicou textos e liderou um grupo de pesquisa. Palavras-chave: trajetoria profissional; Historia Intelectual; Helenice Rodrigues da Silva. Abstract : this article summarizes the production of Helenice Rodrigues da Silva, in order to highlight its importance to the promotion and practice of intellectual history in Brasil. Helenice lived and studied for almost thirty years in France, and when returned to Brazil in the 1990s, became affiliated to the Universidade Federal do Parana, institution in which participated in activities such as training students, production of texts and coordination of research groups....
Resenha. KOSELLECK, R. Aceleracion, prognosis y secularizacion. Traduccion, introduccion y notas de Faustino Oncina Coves. Valencia: Pre-textos, 2003, 97p.
O que foi ser historiador no periodo Greco-romano? Como se definiam os procedimentos, identificavam-se as fontes e se examinava o objeto? Perguntas como essas ja nao surpreendem demasiadamente o historiador moderno, ainda mais depois das... more
O que foi ser historiador no periodo Greco-romano? Como se definiam os procedimentos, identificavam-se as fontes e se examinava o objeto? Perguntas como essas ja nao surpreendem demasiadamente o historiador moderno, ainda mais depois das obras hoje classicas de Arnaldo Momigliano, Moses Finley, Jean-Pierre Vernant, Pierre Vidal-Naquet, Paul Veyne e Francois Hartog. Contudo, quando a questao focaliza a trajetoria de individuos e nao de coletividades (de uma epoca ou local), as ambiguidades per...
Pretende-se analisar as leituras que foram propostas sobre a obra de Sérgio Buarque de Holanda produzida ao longo dos anos 1940 e 1950, por meio do estudo detalhado das resenhas e dos comentários elaborados a respeito de seus livros. Como... more
Pretende-se analisar as leituras que foram propostas sobre a obra de Sérgio Buarque de Holanda produzida ao longo dos anos 1940 e 1950, por meio do estudo detalhado das resenhas e dos comentários elaborados a respeito de seus livros. Como veremos abaixo, apesar de não haver certamente a totalidade das notícias que foram publicadas, as edições seguintes de Raízes do Brasil (em 1948, a segunda, e em 1956, a terceira), ou as primeiras de: Cobra de vidro (1944), Monções (1945), Caminhos e fronteiras (1957) e Visão do Paraíso (1958, 1959), não chegaram a gerar um número tão representativo e diversificado de comentários e críticas, como no caso de seu livro de estreia. Ainda mais se considerarmos que nos anos 1950, SBH estava no auge de sua carreira profissional, como diretor do Museu Paulista, e, depois, como catedrático da cadeira de História da Civilização Brasileira do curso de Geografia e História da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFFCL/USP), ...
RESENHA BOAS, Franz. A formação da antropologia americana, 1883-1911. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. 423p. ______. Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2010. 109p.
resenha do livro: FERREIRA, R. A. Antropologia cultural: um itinerário para futuros professores de História. Guarapuava/PR: Ed. Unicentro, 2009, 107p.
O objetivo principal deste artigo é estudar a trajetória intelectual de Alfredo Ellis Júnior, entre 1938 e 1956, inquirindo como apreendeu as discussões sobre a transição do ‘autodidatismo’ para a profissionalização do trabalho... more
O objetivo principal deste artigo é estudar a trajetória intelectual de Alfredo Ellis Júnior, entre 1938 e 1956, inquirindo como apreendeu as discussões sobre a transição do ‘autodidatismo’ para a profissionalização do trabalho intelectual de história. Durante esse período esteve lecionando no curso de Geografia e História da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, a qual ingressou em 1938, e a partir de 1939 se tornou o catedrático da cadeira de História da Civilização Brasileira. Pretende-se analisar ainda como procurou escrever uma História do Brasil, quando foi o catedrático da cadeira. As fontes principais desta pesquisa foram os programas da disciplina de História do Brasil, as correspondências pessoais e as obras escritas e publicadas nesse período.   
O objetivo deste texto é analisar de que maneira o medievalista francês Georges Duby (1919-1996) procurou analisar a literatura e o milenarismo, principalmente, entre seus livros: O ano mil, de 1967, e Ano 1000, ano 2000, de 1995.
Tornou-se corriqueira a afi rmacao de que houve uma reviravolta nos estudos historicos, a partir dos anos de 1960, culminando numa completa reformulacao das abordagens, ou seja, dos enfoques economicos e sociais em direcao a ‘Nova... more
Tornou-se corriqueira a afi rmacao de que houve uma reviravolta nos estudos historicos, a partir dos anos de 1960, culminando numa completa reformulacao das abordagens, ou seja, dos enfoques economicos e sociais em direcao a ‘Nova Historia Cultural’. O novo livro de Francisco Jose Calazans Falcon demonstra o alcance e os limites da afi rmacao acima. O texto Historia Cultural foi dividido em cinco capitulos, nos quais o autor analisa a historiografi a contemporânea e a problematica de seus campos de pesquisa, logo em seguida verifi ca o campo problematico da historia da cultura, com vistas a pontuar as diferencas entre a Historia da Cultura e a Historia Cultural. Observa em seguida suas interacoes e defi ciencias e, por fi m, avalia as inovacoes e os limites da Historia Cultural. Para ele o prestigio atingido pela Historia Cultural e um fato bastante recente, mas enquanto campo de investigacao ela e proveniente do seculo XIX: “novo, neste caso (...) e o processo, ainda em curso, de redefi nicao dessa Historia e das suas relacoes com a Historia Social”. Para este, data dos anos de 1970, com o crescimento do numero de pesquisas, e pelo prestigio entao alcancado pela Historia das Mentalidades o aparecimento de ‘novos’ temas culturais, e que “passavam a ser objeto de investigacao historica, simultaneamente a divulgacao de abordagens e concepcoes teoricas distintas da tradicional Historia da Cultura” (2002, p. 12). Analisa a proximidade de desenvolvimento entre a Historia Cultural e a Historia Social, ainda que suas trajetorias sejam distintas. Houve oscilacoes conceituais para ambos os campos. Segundo o autor, tratase “portanto de tentar perceber as implicacoes historiografi cas dessa especie de jogo terminologico/conceitual onde os historiadores se habituaram a referir-se a ‘o social’, ‘o economico’, ‘o politico’ e ‘o cultural’ como se cada um destes constituisse de fato uma regiao ou dimensao do real cujas expressoes disciplinares deveriam ser, na historia, a Historia Social, a Historia Economica (...) sem que se saiba ao certo se tal compartimentacao disciplinar pode/deve pressupor ou nao uma defi nicao de metodos, objetos e abordagens especifi cos” (2002, p. 14). Essas sao questoes que demonstrariam, segundo o autor, certas conexoes entre o social e o cultural, reveladas mais diretamente quando se verifi ca conceitos e processos como o de representacao, a linguagem, ou mesmo no discurso, ou no texto. Para ele, muito embora existam proximidades entre o social e o cultural, a “historia da Historia tem demonstrado (...) a especifi cidade da Historia Cultural, ou seja, a difi culdade ou mesmo a inviabilidade de pensala ainda em termos dos esquemas tradicionais que legitimaram, e ainda legitimam, a maior parte das disciplinas historicas” (2002, p. 79). Indica que esta nao e umas das muitas outras “disciplinas historicas especializadas e defi nidas em funcao das respectivas tematicas” nem e um “certo tipo de enfoque ou de abordagem” ou ainda um espaco distinto em termos hierarquicos, defi nido em termos de relacoes com outros espacos do ‘real’. Por fi m, o autor observa que e um setor ainda pouco desenvolvido teorica e metodologicamente, muito embora esteja no centro das atencoes “prejudicado pela divisao mais antiga e inabalavel entre as disciplinas academicamente institucionalizadas” (2002, p. 103). Por outro lado, segundo ele, a nocao de cultura ainda e pouco operacional, e as relacoes da historia cultural com a antropologia caracterizariam, antes que suas defi ciencias, o seu carater pluridisciplinar. Ao fi nal da leitura, fi ca-se instigado a se conhecer com maiores detalhes a historia da historia cultural, seus principais interlocutores e suas pesquisas. Todavia, convem ressaltar que este nao e um livro para principiantes. Embora possua uma abordagem didatica do tema, seja muito bem escrito e detalhado, o autor o escreveu para um publico de iniciados no assunto. Quase sempre, indica um autor, mas nao a obra que esta comentando, e as vezes faz a indicacao, mas sem referencias as paginas, obrigando ao leitor antecipadamente conhecer os autores discutidos e as referencias. A propria colecao so inclui as notas ao fi nal do texto, sem o complemento das referencias bibliografi cas, onde provavelmente constariam os titulos comentados, mas nao indicados no texto ou nas notas.
O objetivo deste artigo foi discorrer algumas formas de recepcao de um relato sobre a historia do surgimento da revista Annales, elaborado entre os anos de 1960 e 70, a partir da subdivisao do grupo em ‘geracoes’, em torno de uma mesma... more
O objetivo deste artigo foi discorrer algumas formas de recepcao de um relato sobre a historia do surgimento da revista Annales, elaborado entre os anos de 1960 e 70, a partir da subdivisao do grupo em ‘geracoes’, em torno de uma mesma ‘escola historiografica’, cujas bases estariam no projeto pioneiro de Lucien Febvre e Marc Bloch.
Infere-se, neste artigo, que houve tentativas de construcao de uma 'memoria coletiva' sobre a fundacao da Universidade de Sao Paulo. Notou-se que a organizacao dos cursos da FFCL/USP esteve articulada sobre um projeto politico e... more
Infere-se, neste artigo, que houve tentativas de construcao de uma 'memoria coletiva' sobre a fundacao da Universidade de Sao Paulo. Notou-se que a organizacao dos cursos da FFCL/USP esteve articulada sobre um projeto politico e intelectual de formacao de profissionais tanto para os niveis 'primario' e 'secundario', quanto para o nivel superior.
A obra de Carl Schmitt foi, durante muito tempo, lida em funcao das ligacoes de seu autor com o Terceiro Reich na Alemanha nazista. Entre essa e outras razoes permaneceu silenciada na Franca, como nos indica o estudo de Jean-Francois... more
A obra de Carl Schmitt foi, durante muito tempo, lida em funcao das ligacoes de seu autor com o Terceiro Reich na Alemanha nazista. Entre essa e outras razoes permaneceu silenciada na Franca, como nos indica o estudo de Jean-Francois Kervegan (2006), ao analisar as dimensoes da ideia de politico e da acao politica nas obras de Hegel e Schmitt. Alem disso, prossegue o autor, "o fato de Schmitt ter se alinhado ao nacional-socialismo, cuja vitoria foi descrita por ele mesmo como 'a morte de Hegel', parece ser a confissao de um xeque especulativo: o decisionismo professado durante os anos 1920". (2006, p. XIV). Isso, por acaso, nao redundou somente na Franca, mas tambem na Italia, na Alemanha e nos Estados Unidos, na elaboracao de estudos polemicos, cujo norte era justamente o de alinhar a obra de Schmitt ao antissemitismo e ao nazismo. Ainda que nao parta de avaliacao semelhante, a obra de Castelo Branco procura justamente destacar em que medida as tentativas de secularizacao da politica e do direito permaneceram inacabadas na obra de Schmitt. Versao revista de sua Tese de Doutorado, seu texto nos apresenta de que maneira Schmitt construiu seu projeto politico e intelectual. Para Gabriel Cohn, que faz o prefacio da obra, secularizacao "e mais do que trânsito de ideias no eter dos significados", pois e "literalmente traze-las para o seculo, torna-las efetivas aqui e agora, mancha-las com a marca da empiria e da existencia concreta". (2011, p. 15). Para efetuar tal analise, Castelo Branco efetua um estudo minucioso da obra de Carl Schmitt, detalhando como
Infere-se, neste artigo, que houve tentativas de construcao de uma ‘memoria coletiva’ sobre a fundacao da Universidade de Sao Paulo. Notou-se que a organizacao dos cursos da FFCL/USP esteve articulada sobre um projeto politico e... more
Infere-se, neste artigo, que houve tentativas de construcao de uma ‘memoria coletiva’ sobre a fundacao da Universidade de Sao Paulo. Notou-se que a organizacao dos cursos da FFCL/USP esteve articulada sobre um projeto politico e intelectual de formacao de profissionais tanto para os niveis ‘primario’ e ‘secundario’, quanto para o nivel superior.

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