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Neste artigo são analisados os sentidos atribuídos por pais adotivos à construção de vínculos parento-filiais, ou seja, vinculações que pressupõem o sentimento de pertencimento a uma família. Apresentam-se as análises de uma pesquisa... more
Neste artigo são analisados os sentidos atribuídos por pais adotivos à construção de
vínculos parento-filiais, ou seja, vinculações que
pressupõem o sentimento de pertencimento a
uma família. Apresentam-se as análises de uma
pesquisa qualitativa, da qual participaram quatro
pessoas (um pai e três mães) de diferentes famílias que realizaram adoção tardia e que residem
na região da Grande Florianópolis (SC). Foram
realizadas entrevistas semiestruturadas. As narrativas escutadas foram observadas tendo como
referência teórico-metodológica a “análise de práticas discursivas e de produção de sentidos” de
Spink e Medrado (2013). As análises indicaram
alguns sentidos sobre a construção de vínculos
parento-filiais em casos de adoção tardia, tais
como: necessidade de construir uma adaptação
para a criança que está sendo incluída na relação
familiar; integração do passado da criança na dinâmica e na história da família atual; compreensão
dos mecanismos de defesa da criança; promoção
de sentimentos de pertencimento. Considera-se
que a construção de vínculos parento-filiais é um
indicativo do potencial sucesso da adoção; e que
essa construção perpassa todo o processo, desde o período de decisão em adotar crianças até a
consolidação dos vínculos parento-filiais na nova
dinâmica familiar.
vínculos parento-filiais, ou seja, vinculações que
pressupõem o sentimento de pertencimento a
uma família. Apresentam-se as análises de uma
pesquisa qualitativa, da qual participaram quatro
pessoas (um pai e três mães) de diferentes famílias que realizaram adoção tardia e que residem
na região da Grande Florianópolis (SC). Foram
realizadas entrevistas semiestruturadas. As narrativas escutadas foram observadas tendo como
referência teórico-metodológica a “análise de práticas discursivas e de produção de sentidos” de
Spink e Medrado (2013). As análises indicaram
alguns sentidos sobre a construção de vínculos
parento-filiais em casos de adoção tardia, tais
como: necessidade de construir uma adaptação
para a criança que está sendo incluída na relação
familiar; integração do passado da criança na dinâmica e na história da família atual; compreensão
dos mecanismos de defesa da criança; promoção
de sentimentos de pertencimento. Considera-se
que a construção de vínculos parento-filiais é um
indicativo do potencial sucesso da adoção; e que
essa construção perpassa todo o processo, desde o período de decisão em adotar crianças até a
consolidação dos vínculos parento-filiais na nova
dinâmica familiar.