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Marco Antonio Rocha Martins

O simpósio Descrição linguística: gestão de dados linguísticos teve como proposta retomar questões específicas ao gerenciamento de dados linguísticos, quer de fala quer de textos escritos, da atualidade ou históricos, em função das... more
O simpósio Descrição linguística: gestão de dados linguísticos teve como proposta retomar questões específicas ao gerenciamento de dados linguísticos, quer de fala quer de textos escritos, da atualidade ou históricos, em função das demandas latentes, especialmente face a exigências como as da Ciência Aberta: i) Como atender aos princípios de ciência aberta quanto ao armazenamento, reuso e autoria de conjuntos de dados linguísticos? ii) Como lidar com a tensão entre a transparência e o sigilo de dados de fala? iii) Quais os formatos e as ferramentas mais adequados para a vitalidade dos conjuntos de dados linguísticos? iv) Quais ferramentas permitem o melhor armazenamento e sistemas de interface para consulta e pesquisa? Neste artigo, respondemos a estas a questões com o objetivo de motivar a discussão e o compartilhamento de boas práticas com a comunidade científica e sinalizamos as ações propositivas de natureza coletiva: i) a criação de políticas específicas da área para a replicab...
Este artigo traz um panorama dos estudos em sintaxe diacrônica no Brasil, que aliam a Teoria da Variação e Mudança com a Teoria Gerativa no estudo da mudança linguística. Apresentamos as linhas principais dos modelos de mudança sintática,... more
Este artigo traz um panorama dos estudos em sintaxe diacrônica no Brasil, que aliam a Teoria da Variação e Mudança com a Teoria Gerativa no estudo da mudança linguística. Apresentamos as linhas principais dos modelos de mudança sintática, o modelo da Sociolinguística Paramétrica e o modelo da Mudança pela Competição de Gramáticas. Além disso, abordamos alguns dos resultados de pesquisa para fenômenos sintáticos amplamente estudados no Brasil, como a ordem dos constituintes, a posição do sujeito e a colocação pronominal. Mostramos como cada um dos modelos interpretativos trata os fenômenos elencados. Por fim, apresentaremos os artigos que compõem o volume 22, número 2, da Revista Working Papers em Linguística, que trata de estudos de sintaxe diacrônica.
Descrevemos e analisamos, o padrão de marcação dos objetos   diretos em Kimwani. Especificamente   descrevemos a(s) tipologia(s) de Marcação Diferencial do Objeto direito na sentença nessa língua e apresentamos evidências de que a DOM não... more
Descrevemos e analisamos, o padrão de marcação dos objetos   diretos em Kimwani. Especificamente   descrevemos a(s) tipologia(s) de Marcação Diferencial do Objeto direito na sentença nessa língua e apresentamos evidências de que a DOM não está relacionada com a escala ou o grau de afetação, mas, sim, pela hierarquia de relevância do objeto: os traços [+humano] e [+animalidade] estão no ponto mais alto da hierarquia, e requerem marcação diferencial na posição de objeto direto. Esse resultado aponta para uma direção contrária da proposta teórica de Dowty (1991), Hopper e Thompson (1980) e Nᴂss (2004).
Assumindo os pressupostos da teoria da variação e mudança linguística e estudos sobre o ensino de gramática, apresentamos neste artigo resultados de uma pesquisa realizada no âmbito do Mestrado Profissional em Letras no Brasil/ProfLetras.... more
Assumindo os pressupostos da teoria da variação e mudança linguística e estudos sobre o ensino de gramática, apresentamos neste artigo resultados de uma pesquisa realizada no âmbito do Mestrado Profissional em Letras no Brasil/ProfLetras. A pesquisa diz respeito aos diferentes usos do acusativo anafórico de terceira pessoa em textos narrativos escritos por alunos do 9º ano do ensino fundamental. Elabora-se uma proposta de ensino que considere o papel da escola na recuperação de formas não mais presentes na gramática do português brasileiro – tais como os clíticos acusativos de terceira pessoa (o/a). Sistematiza-se aqui uma proposta de tratamento didático-pedagógica para um ensino de gramática que considere a língua em uso.
RESUMO No campo disciplinar da sintaxe diacrônica, apresento neste artigo um mapeamento diatópico-diacrônico de resultados de diferentes estudos de três fenômenos morfossintáticos do português escrito no Brasil dos séculos XIX e XX: a... more
RESUMO No campo disciplinar da sintaxe diacrônica, apresento neste artigo um mapeamento diatópico-diacrônico de resultados de diferentes estudos de três fenômenos morfossintáticos do português escrito no Brasil dos séculos XIX e XX: a implementação do pronome você na função de sujeito; a expressão do complemento dativo com referência à segunda pessoa do singular; e a sintaxe de colocação e posição dos pronomes pessoais clíticos em sentenças finitas simples e em predicados complexos. Esse mapeamento diatópico-diacrônico me permite trazer à tona argumentos a favor da hipótese de que, no vasto território brasileiro oitocentista e novecentista, as formas inovadoras da gramática do Português Brasileiro são implementadas com mais expressividade, já na escrita do final do século XIX, primeiro na região Nordeste quando comparada às regiões Sudeste e Sul. Na escrita do século XIX, no Nordeste brasileiro, há reflexos de um sistema já implementado (1) com o pronome você na função de sujeito, (...
Resumo: Seguindo os pressupostos da Teoria da Variação e Mudança linguística, apresentamos neste artigo uma análise de regra variável da expressão do sujeito pronominal em sentenças matrizes na fala de Natal/Rio Grande do Norte/Brasil,... more
Resumo: Seguindo os pressupostos da Teoria da Variação e Mudança linguística, apresentamos neste artigo uma análise de regra variável da expressão do sujeito pronominal em sentenças matrizes na fala de Natal/Rio Grande do Norte/Brasil, com o objetivo de mapear a evolução do preenchimento do sujeito nessa comunidade. Nossa hipótese é de que a fala de Natal evidencia um quadro de mudança gramatical que pode ser observada sob as lentes da mudança em tempo aparente, conforme postulados de Labov (1994). A amostra analisada compõe-se de oito entrevistas realizadas na década de 2010, extraídas do corpus FALA-Natal, com informantes socialmente estratificados. Considerando quatro faixas etárias diferentes dos informantes (Faixa 1 de 8 a 12 anos; Faixa 2 de 15 a 21 anos; Faixa 3 de 25 a 45 anos; e Faixa 4 mais de 50 anos), os resultados mostram que a representação do sujeito pronominal reflete um caso de mudança em tempo aparente, uma vez que construções com sujeitos preenchidos são condicion...
Apresento neste artigo a Plataforma PB-Corpus Histórico cujo objetivo é disponibilizar textos em português escritos no Brasil entre os séculos XVIII e XXI. E, usando dados extraídos da Plataforma, no quadro teórico da sintaxe diacrônica,... more
Apresento neste artigo a Plataforma PB-Corpus Histórico cujo objetivo é disponibilizar textos em português escritos no Brasil entre os séculos XVIII e XXI. E, usando dados extraídos da Plataforma, no quadro teórico da sintaxe diacrônica, analiso a evolução da próclise em ambiente neutro e da ordem do sujeito em textos brasileiros oitocentistas. A hipótese é de que a próclise gerada pela gramática do Português Brasileiro aparece nos textos escritos a partir da segunda metade do século XIX e que nos textos da primeira metade desse século as próclises são geradas por uma gramatica do tipo-V2 como o Português Clássico.
No campo disciplinar da sintaxe diacrônica, analisamos, neste artigo, a mudança na ordem do sujeito e na colocação de clíticos em sentenças matrizes em ambientes neutros ([XP])[XP]V em textos de jornais brasileiros de diferentes estados e... more
No campo disciplinar da sintaxe diacrônica, analisamos, neste artigo, a mudança na ordem do sujeito e na colocação de clíticos em sentenças matrizes em ambientes neutros ([XP])[XP]V em textos de jornais brasileiros de diferentes estados e em cartas pessoais escritas por brasileiros, no curso dos séculos XIX e XX. O objetivo principal é apresentar evidências empíricas que justifiquem uma mesma mudança microparamétrica na gramática do Português Brasileiro (PB) correlacionada à evolução de dois fenômenos sobejamente descritos: (1) o enrijecimento da ordem Sujeito-Verbo em estruturas transitivas e (2) o aumento da próclise em ambientes neutros [(XP)XP-cl-Verbo]. Defendemos a hipótese de que a próclise gerada pela gramática do PB no contexto [XP]V aparece com mais robustez apenas em textos brasileiros oitocentistas da segunda metade do século XIX, momento em que reflexos de uma gramática do tipo-SV também se revela expressivamente nesses mesmos textos. Nessa direção, buscamos evidências ...
No campo disciplinar da sintaxe diacrônica, apresentamos neste artigo um mapeamento diatópico-diacrônico dos pronomes complementos de verbos com referência à segunda pessoa, com foco nas formas dativas, em cartas pessoais escritas no... more
No campo disciplinar da sintaxe diacrônica, apresentamos neste artigo um mapeamento diatópico-diacrônico dos pronomes complementos de verbos com referência à segunda pessoa, com foco nas formas dativas, em cartas pessoais escritas no Brasil dos séculos XIX e XX. Esse mapeamento nos permite sistematizar argumentos a favor da hipótese de que formas inovadoras da gramática do PB se implementam primeiro na região Nordeste quando comparada com as regiões Sudeste e Sul no vasto território brasileiro. Os resultados mostram para a região Nordeste um quadro em que formas associadas ao pronome você são mais recorrentes para os complementos verbais nas funções acusativa, dativa e oblíqua, de um modo geral, e que as formas dativas, de modo mais particular, (1) o pronome te é significativamente pouco frequente e o pronome lhe se mostra implementado no sistema pronominal desde o início do século XX e (2) a frequência de nulos e de formas preposicionadas (preposição + você/tu) aumenta significativ...
O estatuto teórico dos clíticos, de um modo geral, é um assunto que já rendeu longas discussões nos estudos lingüísticos; no entanto, a peculiaridade destas famigeradas partículas nos coloca, ainda, em busca de algumas reflexões, as quais... more
O estatuto teórico dos clíticos, de um modo geral, é um assunto que já rendeu longas discussões nos estudos lingüísticos; no entanto, a peculiaridade destas famigeradas partículas nos coloca, ainda, em busca de algumas reflexões, as quais nos propomos a fazer sem, ...
Apresentamos neste artigo (i) um panorama das abordagens e dos estudos no GT de Sociolinguística da ANPOLL em interfaces entre a Teoria da Variação e Mudança e o Gerativismo e entre a Teoria da Variação e Mudança e o Funcionalismo... more
Apresentamos neste artigo (i) um panorama das abordagens e dos estudos no GT de Sociolinguística da ANPOLL em interfaces entre a Teoria da Variação e Mudança e o Gerativismo e entre a Teoria da Variação e Mudança e o Funcionalismo (especialmente o de vertente norte-americana), bem como (ii) algumas dessas articulações para o ensino de português. No que diz respeito a questões teórico-metodológicas da interface com o gerativismo, mostramos que os estudos apresentam duas fases que não se sobrepõem, mas definem questões de pesquisa e abordagem da variação e mudança sob diferentes perspectivas analíticas: a Sociolinguística Paramétrica e a Competição de Gramáticas. Sobre a interface com o funcionalismo, mostramos que o tratamento teórico-metodológico teve sua fase inicial centrada em condicionadores funcionais de fenômenos variáveis, expandindo-se para uma fase de articulação entre Gramaticalização e Variação em diferentes níveis da gramática. Buscamos mostrar que os estudos em interfac...