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Gris
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E-book77 páginas34 minutos

Gris

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Sobre este e-book

O poemas deste Gris, coletânea que reúne 50 poemas de Cida Pedrosa, trazem uma mostra significativa a produção desta autora cuja obra se alimenta da urbe e se confunde com o estar na cidade e vivê-la. Poemas curtos e cortantes levam o leitor a um passeio por paisagens multicores, a despeito do que sugere o título do volume. O cinza do asfalto e dos edifícios se mistura na paleta poética de Cida e se converte em pele, músculo,nervos, sangue, coração. Um livro essencial para aproximar-se de uma das vozes mais singulares da poesia contemporânea escrita por mulheres no Brasil.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de out. de 2018
ISBN9788578586997
Gris

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    Gris - Cida Pedrosa

    Copyright © 2018 Cida Pedrosa

    Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.

    Direitos reservados à

    Companhia Editora de Pernambuco – Cep

    Rua Coelho Leite, 530 – Santo Amaro

    CEP 50100-140 – Recife – PE

    Fone: 81 3183.2700

    P372g

    Pedrosa, Cida

    Gris / Cida Pedrosa ; prefácio Marcelino

    Freire. – Recife : Cepe, 2018. 139p.

    1. Poesia brasileira – Pernambuco.

    I. Freire, Marcelino, 1967-. II. Título.

    CDU 869.0(81)-1

    CDD B869.1

    PeR – BPE 18-561

    ISBN: 978-85-7858-699-7

    Para Madonna e seus cachorros,

    a ternura agasalhada na marquise

    Recife, musa, maldição

    Cadela suja, traiçoeira

    Seta certeira

    Encantada cidade do cão.

    Francisco Espinhara

    cida cidade

    Marcelino Freire

    Cida Cidade. Cida ida e volta. Pelas ruas ácidas do Recife caminha. Por São Paulo. Pelas páginas vaginas. Abre as pernas no sinal. Entre putas e pombos. Vamos com ela. Poeta que nos pega pelo braço. Faz tempo. Não tem quem no Recife não conheça os seus verbos, soltos. Sua luta lúcida. Cida, cidadã da vida. Enfrenta de faca na mão a solidão das espécies. Uma alma que dá guarida a todos os versos. Feitos de pedra. De carne e de fogo. Não importa. Dessas obras escritas e inscritas no corpo inteiro. Feito uma lágrima tatuada. Cida é clássica. E ao mesmo tempo popular. Pelas pontes ousa saltar. Pula para dentro das marés baixas. Viaja pelas águas do Capibaribe. Não é de hoje que, como amigo e leitor, a persigo nesta viagem. O tanto que a sua linguagem se movimenta. Translúcida. Cida, de repente, se dana a rezar. Um salve-me rai­nha. Uma ladainha cheia de

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