Anjos das Trevas
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Sobre este e-book
Para quem gosta de leitura com reinos, guerras, disputas, maldição e aventuras. Anjos das trevas é o primeiro livro do autor João Baptista Cassinda, de Angola e que ganha dimensão internacional.
Anjos das trevas é o primeiro livro do autor João Baptista Cassinda, de Angola e que ganha dimensão internacional.
O Livro é uma história em série e cada capítulo corresponde uma série em uma história juvenil, uma ficção e fantasia.
Um reino e as disputas de poder após a morte do Rei Arquimedes e uma maldição fazem a história desenrolar e tudo pode acontecer. Mas, depois de muitas batalhas, um recomeço pode acontecer com o Resgate da Coroa Perdida.
Aventuras e mistérios te esperam na leitura deste livro.
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Anjos das Trevas - João Baptista Cassinda
Tudo tem um começo
A verdade é que não havia vida, oxigênio, plantas, nem oração, e nem havia sacerdotes. Nenhuma família na terra havia sobrado.
- Então de onde viemos nós?
Nós somos o fruto de uma tarefa sobrenatural.
- Tarefa sobrenatural?
É isso mesmo! Por isso passamos longos anos a matarmos uns aos outros.
- Por favor senhor, conta-me bem esta lenda, pois suscitou-me diversas inquietações.
Preste bem atenção na retrospectiva! Durante o reinado de Baril, Cristóvão era o alfa dos Arqueiros. Era um homem bastante mente forte; derrotava exércitos, causava naufrágios. Baril e Cristóvão eram como irmãos. O herói da Pérsia era Cristóvão. A Pérsia não conhecia o cheiro da derrota nem marcava os passos acorrentados da escravidão. Era o único império Invencível diante de todos os seus inimigos
- Estou ansiosa em desvendar o segredo da verdadeira história de um povo da Era Medieval. Os Anões de Anabá.
Quem foram os anões da Anabá? Eu nunca ouvi falar deles!
- A idade conta as histórias que só os velhos conhecem.
Segundo a Lenda de Golgo, o forjador de espadas da Ilha de Anabá, a Guerra era um confronto de poderes misteriosos e sobrenaturais, O Confronto era místico e as bruxas apareciam ao pôr do sol, após o nascimento do menino ruivo. Baril e o seu exército, uniram forças para aniquilar a criança, mas os sacerdotes esconderam-na em uma enorme gruta. A criança chorava muito pelo pavor da perseguição.
- De quem estamos a falar?
Estamos a falar do presente, do passado e do futuro. Quando nasce um rei numa família, todos se alegram, mas poucos se orgulham.
Então, após a destruição dos grandes Deuses de Anabá, os pérsios haviam sido alertados de uma suposta guerra de ocupação territorial; o exército de Baril vinha a caminho das águas para cobrar algumas dívidas que Balavin havia deixado pendente.
- Balavin o rei fantasma? Mas não se tratava de uma lenda fictícia?
- Exatamente! Lembrando que a ficção pode se tornar realidade nas profundezas da nossa memória. O mundo é pequeno demais para escondermos muitos tesouros.
É exatamente neste momento que os piratas se juntam para contra-atacar um império superpoderoso como a Pérsia.
- Balavin não era sacerdote?
Não. Era majestade no Século III. Haviam apenas quatro sacerdotes, o quinto era uma farsa que vivia matando o povo e forjando criaturas horrendas para uma suposta revolução mundial.
Com todo o poder em suas mãos, Balavin fez um pacto com as bruxas, o que o levou à morte, pois seu poder era tridimensional.
Ninguém queria acreditar nas palavras dos sacerdotes que haviam acampado naquele dia. Na noite de clarão, o relâmpago descendo do céu montado num cavalo sem asas. Empunhava uma espada brilhante de cristal na mão direita, a qual apontava para a terra.
Nossa! Admirou-se a rainha!
- Até parece sonho! Eu adoraria estar lá para ver. Assim, minha velhice seria repleta de estórias e contos de fadas, para os meus pequenos doces e amargos.
Alteza, estamos numa viagem de aproximadamente mil e quinhentos a mil e setecentos anos atrás...
- Nossa que robustez!
- São seres imortais.
- Aonde está o informante? tratem de chamá-lo!
- Meu amor devia se acalmar.
- Claro!
- Eis-me aqui Majestade!
- Devo perguntá-lo ou vai se pronunciar?
- Não Majestade! Perdoa-me, meu senhor.
- Fique à vontade meu nobre cavalheiro!
- Majestade não temos muito tempo para nos prepararmos. Os piratas estão a caminho e trazem consigo seis navios e cem mil homens. A embarcação é enorme!
- Quanto tempo ainda nos resta?
- 75 horas.
- Diga a Arquileu para preparar os arqueiros e os envie a beira mar para montarem lá a grande muralha. Quero todos os homens em prontidão. Mande também os cavalheiros saírem dos esconderijos secretos.
- Sim Majestade!
A última boa nova desta manhã para o senhor, Majestade! Cinquenta Anões estão a caminho para defender a nossa causa.
- Magnífico Elisa! São os anões de Anabá.
Mande preparar a mais excelente e adorável comida preferida de Higor, o Rei do Império dos Guerreiros.
- Mais alguma coisa Francisco?
- Mais nada vossa Majestade.
- Então, sendo assim, pode se retirar.
- Ordem Majestade!
Os pérsios conhecem a lenda deste povo que vem cavalgando através da caverna luminosa, que atravessa os vales escuros de Mebazin, o cemitério das recordações, onde não se pode apagar as lembranças. Lá, no cume das lágrimas, o ponto mais alto da tristeza.
Depois de trezentos e cinquenta anos de sossego, a Pérsia era conhecida como a Mãe de todos os Tesouros. Por isso, a Guerra vem, e traz consigo um orgulhoso aroma do passado, por causa do testamento de Balavin.
- Meu comandante, que estratégia usará para manter a Pérsia e suas paredes erguidas? Afinal, nunca se deve subestimar o adversário.
- Gonda, nada neste mundo é indestrutível.
A guerra é como um jogo. Vence o melhor!
- Que esconderijo usaremos para as nossas crianças, cegos, velhos e paraplégicos?
- Melhor seria escondê-los no interior da Colina dos Tesouros.
- O Rei Azel não concordará com esta ideia.
- Por que você acha isso?
- Ele nunca abriu aquele lugar. Sua ideia seria inútil.
- Não seja pessimista Gonda. Isto não agrada a ninguém.
Faltando poucas horas