Polir Chinelo
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Polir Chinelo - Airton Paschoa
Lé com cré
E vão ficando pra trás, feito peças que em lugar algum se encaixam, mas como que mais belas sobrando em plena solidão selvagem. Ó lés, ó crés, que será de vós? Ó lé com cré, que será de minha voz? Traquitana, bricabraque, abracadabra... Junto tudo e — bufarinho.
Alegria de rei
Ao Matisse
Também sigo fazendo colagens, com tesoura e corta e cola e fervorando o vitral nosso de cada dia, o lume me lambendo os pés da laje frios, as pernas frias debaixo da manta, o tronco frio debaixo dos braços, a cabeça sobre as tripas fria, quente, dormente, derramada a vista do vazio (com ou sem cruz ou crase).
Fuga
A gente podia se aquecer, sei quanto custa o canto, se esquecer um pouco, nem que levasse uma vida, aveludar a voz, desenrolá-la mágica feito tapete, sim, sim, os órgãos repicando, e nem sei se órgão repica, devia, quentes que são, até catedrais estufando, antes tão encorujadinhas, e se entendendo e estendendo e entretecendo o que chamam fuga.
Garoa
É bom recordar você, recordá-la até mesmo se desfazendo, se diluindo em cordas, em que tento me agarrar, exigindo descer cada vez mais fundo, mal se deixando apanhar no gesto, no riso, no olhar baixo de arcadas negras, subindo sabe deus pra que céu esquecido de onde de vez em quando você cai milagrosa que nem a extinta garoa da cidade e me topo então empatado, tapado, tapume, e caio de cama congestionado, quando faço à força de febre declarações mil que você não entende, nem eu, e rimos, quer dizer, você ri, eu morro de tossir em seus braços, expectoro, estertoro, todo torto, tão colado de seu colo, o coração na boca batendo, eu também tenho medo, mas abro a porta e bato as botas, com o vento encanado e a visão.
abate
a carne fresca
a pele arrepiada
os poros em flor
de franga
estremunho
nervos em frangalho
no ralo do mundo
sumindo vai
pisado
repisado
corrente e recorrente
arrastado
arrostado
um quase grito agudo
um quase cardíaco ataque
um quase a-você
Mochila
Triste, triste, a adultice, te vejo