Análise Comparativa Da Secagem Do Bagaço de Cana Utilizando Secador Elétrico e Secador Solar
Análise Comparativa Da Secagem Do Bagaço de Cana Utilizando Secador Elétrico e Secador Solar
Análise Comparativa Da Secagem Do Bagaço de Cana Utilizando Secador Elétrico e Secador Solar
Belo Horizonte
2014
de Educao Tecnolgica
de
Belo Horizonte
2014
de Educao Tecnolgica
de
Aprovado em,
Banca Examinadora
Prof. Dr.
Andr Guimares Ferreira
Prof. Dr.
Cristiana Brasil Maia
Prof. Dr.
Frederico Romagnoli Silveira Lima
DEDICATRIA
Aos meus pais, Sebastio (in memoriam) e Maria que sempre estiveram presentes e
que me deram o bem mais valioso para um homem, educao.
Aos meus irmos (Ronie e Roger) e aos meus filhos por serem juntamente com
meus pais as pessoas mais importantes na minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus por no desistir dos meus sonhos e ideais, mesmo diante das
dificuldades da vida.
Agradeo aos meus pais por todo apoio durante a minha vida acadmica.
Agradeo aos meus irmos pela amizade e companheirismo.
Agradeo aos meus filhos por fazerem a minha vida ter mais sentido a cada dia que
passa.
Agradeo a todos os meus colegas e amigos do mestrado Lindomar, Alexandre,
Mrcio, Joyce, Leandro, Luciana, Eliezer, Marcos e Itamar pelos momentos de
convvio no CEFET, pelo apoio e ajuda dada em diversas situaes.
Agradeo ao Prof. Dr. Jos Henrique Martins Neto por disponibilizar alguns
equipamentos que possibilitaram a realizao dos ensaios de secagem.
Agradeo especialmente ao Prof. Dr. Andr Guimares Ferreira, por me aceitar
como seu orientando e por me tratar sempre com muita ateno, respeito e
educao.
Por fim, a todos que colaboraram direta ou indiretamente para a realizao deste
trabalho.
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 - Representao esquemtica adsoro - dessoro ................................22
Figura 2 - Isoterma de equilbrio ............................................................................... 22
Figura 3 - Curva padro de equilbrio de um produto ............................................... 24
Figura 4 Curva taxa de secagem........................................................................... 25
Figura 5 - Principais componentes de um secador solar .......................................... 28
Figura 6 - Representao escoamento de ar de secagem ....................................... 29
Figura 7 - Esquema secador tipo cabine com bandeja............................................. 30
Figura 8 - Exemplo de secador tipo tnel ................................................................. 30
Figura 9 - Esquemas secadores tipo tnel ...............................................................31
Figura 10 - Esquema secador de esteira .................................................................. 32
Figura 11 - Esquema secador rotativo...................................................................... 32
Figura 12 - Fotos do secador rotativo ....................................................................... 33
Figura 13 - Concorrente x contracorrente ................................................................. 33
Figura 14 - Esquema de tambor simples e duplo .....................................................34
Figura 15 - Secador de tambor duplo ....................................................................... 34
Figura 16 - Secador pneumtico .............................................................................. 35
Figura 17 Secador pneumtico .............................................................................. 36
Figura 18 Esquema secador de atomizao .........................................................37
Figura 19 Esquema secador de leito fluidizado .....................................................38
Figura 20 Esquema classificao das tecnologias de secagem hbrida ............... 39
Figura 21 Principais produtos e subprodutos da cana-de-aucar..........................41
Figura 22 Processo de extrao da sacarose por moagem .................................. 41
Figura 23 Ciclos termodinmicos mais utilizados em cogerao ...........................43
Figura 24 Crescimento mundial gerao de eletricidade e consumo total de
energia ......................................................................................................................44
Figura 25 Matriz mundial de energia eltrica .........................................................45
Figura 26 Subsdios fornecidos por tipo de fonte em U$ bilhes...........................46
Figura 27 Crescimento percentual consumo final versus oferta total ....................46
Figura 28 Matriz nacional de energia eltrica em 2012 ......................................... 48
Figura 29 Tesoura para corte de chapa de chapas ............................................... 57
Figura 30 Amostras de bagao .............................................................................. 58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Parmetros de especificao de secadores ........................................... 27
Tabela 2- Indicadores do setor sucroalcooleiro 2010/2011....................................... 42
Tabela 3 - Dados comparativos de eficincia: termeltrica x cogerao .................. 43
Tabela 4 - Projeo do consumo de eletricidade na rede ......................................... 47
Tabela 5 - Incertezas de medio da instrumentao .............................................. 67
Tabela 6 Testes para obteno do contedo de umidade inicial ...........................71
Tabela 7 Condies ambientais para secador eltrico........................................... 74
Tabela 8 Parmetros de secagem no secador eltrico .......................................... 76
Tabela 9 Condies ambientais para o secador solar ........................................... 78
Tabela 10 Parmetros de secagem do secador solar............................................ 80
Tabela 11 Dados experimentais do secador eltrico ............................................. 81
Tabela 12 Dados experimentais do secador solar ................................................. 82
Tabela 13 Comparao das condies ambientais ............................................... 83
Tabela 14 Estatstica homogeneidade de secagem .............................................. 84
Tabela 15 Variao da taxa de secagem no secador eltrico................................89
Tabela 16 Variao da taxa de secagem no secador solar ................................... 92
Tabela 17 Indicadores de desempenho ................................................................. 94
AND
ANEEL
BEN
CONAB
EIA
EMBRAPA
EPE
FAO
Gcal
Giga caloria
GEE
IEA
IEO
MAPA
MDL
MME
PCI
RCE
SBRT
UFRGS
NICA
LISTA DE SMBOLOS
Smbolo
A
Descrio
Unidade
Cc
CEE
Correo combinada
Cp
dU/ dt
ES
ET
EV
[m2]
[C]
[Jkg-1]
[Jkg-1K-1]
[m2s-1]
secagem
Energia til para aquecimento do ar de
[Wh]
[Wh]
secador
Calor latente para vaporizao da gua
[J]
do produto
[Wm-2]
Hlv
[Jkg-1]
k95%
Coeficiente de Student
ma
Massa de ar seco
[kg]
mf
[kg]
mH20
[kg]
mi
[kg]
MI
mv
[C]
[kg]
mx
Massa
instantnea
no
decorrer
da
[kg]
secagem
[kgs-1]
Ps
[Pa]
PV
Presso de vapor
[Pa]
PV ambiente
[Pa]
[Pa]
PV produto
do produto
RM
Tamb
Resultado de medio
[C]
Temperatura ambiente
[C]
TBS
[C]
TBU
[C]
TO
Temperatura de orvalho
[C]
Tsada
[C]
Contedo de umidade
U(x)bu
base mida
U95%
Ubs
Ubu
uc
v
[m kg-1]
WA
Atividade de gua
Letras
gregas
Descrio
Umidade relativa
Unidade
[kg(vapordagua)/kg(arseco-
Eficincia de secagem
Eficincia trmica
ef
)]
RESUMO
No Brasil, o setor sucroalcooleiro vem se destacando nos ltimos anos pelo seu
grande potencial de cogerao de energia. O bagao da cana-de-acar, principal
subproduto das usinas sucrooalcoleiras utilizado como combustvel nas caldeiras
para a produo do vapor que aciona o conjunto turbina gerador e produz energia
eltrica. Aps a moagem da cana-de-acar, o bagao ainda apresenta umidade de
aproximadamente 50% em base mida (b.u.). Este bagao com alto teor de umidade
possui baixa eficincia de combusto e exige um maior consumo para a produo
de vapor. Assim, para um melhor aproveitamento do bagao como combustvel este
deve passar por um processo de desidratao ou secagem. Para a realizao da
secagem do bagao, tinha-se a disposio um secador eltrico e um secador solar.
Com o propsito de comparar a eficincia energtica destes equipamentos no
processo de secagem do bagao, foram realizados sete ensaios experimentais de
secagem, sendo quatro no secador eltrico e trs no secador solar. Nesse contexto,
os ensaios para determinao do contedo de umidade inicial do bagao
apresentaram um contedo de umidade mdia de aproximadamente 60,58%.
Considerando a secagem do bagao no secador eltrico, o ajuste da temperatura
em 70C e a velocidade em 7,1 m/s resultou em uma maior remoo de umidade do
bagao. Contudo, levando em conta a eficincia energtica do secador eltrico, o
ajuste da temperatura em 60C e a velocidade em 4,3 m/s mostrou-se mais
eficiente. Para o secador solar, verificou-se que a melhor condio de operao
tanto para remoo de umidade quanto em termos de eficincia energtica, ocorreu
para o ensaio realizado com os maiores valores de radiao solar incidente. A partir
dos resultados encontrados nos sete ensaios, identificou-se que a temperatura foi o
parmetro de maior influncia na secagem convectiva do bagao e que a velocidade
de escoamento do ar secante teve grande impacto sobre o consumo de energia
eltrica dos secadores. Para a avaliao energtica dos secadores foram calculados
os indicadores de desempenho do secador eltrico e do secador solar,
respectivamente: eficincia de secagem 16,4% e 1,22%, eficincia trmica 60,8% e
15,1% e consumo especfico de energia 14,4 MJ/kg e 200,9 MJ/kg. Por fim,
concluiu-se que o secador eltrico foi o equipamento que apresentou o melhor
rendimento energtico no processo de secagem do bagao de cana-de-acar.
Palavraschave: Eficincia energtica, energia fontes alternativas, secadores
ABSTRACT
In Brazil, the sugarcane sector has drawn much attention in the last years due to its
great potential of energy cogeneration. The bagasse from sugar cane is used as fuel
in boilers to produce steam that drives generator turbine and produces electricity.
However, bagasse still has approximately 50% moisture on a wet basis (wb). This
bagasse with high moisture content has low combustion efficiency and requires a
higher consumption for steam production. Thus, the bagasse must undergo a
process of dehydration. The used dryers were: an electric dryer and a solar dryer. In
order to compare the energy efficiency of dryers in the bagasse drying, were
performed seven experimental drying tests, four in the electric dryer and three in the
solar dryer. The test for determining the initial moisture content of bagasse showed
moisture content of approximately 60,58%. In the case electric dryer, the temperature
setting at 70C and a speed of 7,1m/s resulted in increased removal of moisture
bagasse. In the case of energy efficiency of electric dryer, the temperature setting at
60C and a speed of 4,3m/s showed more efficient. With the solar dryer, the best
condition moisture removal and energy efficiency occurred in the test with the highest
values of incident solar radiation. From the results in the seven experimental tests, it
was found that the temperature had most influential parameter in convective drying of
bagasse and the flow velocity of the drying air had was the great impact on the power
consumption of the dryers. In the energy evaluation of the dryers were calculated the
energy consumption indicators of the electric dryer and of the solar dryer,
respectively: drying efficiency 16,4% and 1,22%, thermal efficiency 60,8% and 15,1%
and specific consumption of energy 14,4 MJ/kg and 200,9 MJ/kg. The results showed
that the electric dryer was the equipment bigger energy efficiency in the drying of
bagasse cane sugar.
Keywords: Energy efficiency, energy alternative sources, dryers
SUMRIO
1. INTRODUO ................................................................................................... 17
1.1
Justificativa ................................................................................................... 17
1.2
1.3
Objetivos ...................................................................................................... 18
Secagem ...................................................................................................... 20
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
2.8
2.9
Cana-de-acar e o Brasil............................................................................ 40
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
3.8
3.9
4.2
4.3
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
4.9
5.2
5.3
5.4
5.5
secagem ................................................................................................................ 83
5.6
Homogeneidade de secagem....................................................................... 84
5.7
5.8
5.9
17
1.
INTRODUO
No Brasil, o setor sucroalcooleiro vem se destacando nos ltimos anos pelo
de
gases
do
efeito
estufa
(GEE)
atravs
do
Mecanismo
de
18
Segundo dados da FAO1 (2012), o Brasil o maior produtor mundial de canade-acar, fato que o torna um pas com grande potencial para investimentos em
projetos de reduo da emisso de GEE.
E por fim, o bagao da cana-de-acar ainda destaca-se por uma maior
participao entre as fontes renovveis na oferta interna de energia (BEN 2012) e
por ser o maior resduo da agricultura do Brasil (CONAB, 2012).
1.2 Formulao do problema
Segundo dados da CONAB (2012), estima-se um processamento da cana-deacar na safra de 2012/2013 de aproximadamente 596,63 milhes de toneladas.
Desse montante de cana processada, cerca de 30% representa o bagao, o que
equivale a aproximadamente 180 milhes de toneladas de resduo.
Antigamente, a grande quantidade de resduos gerados representava um
problema para as usinas sucroalcooleiras. Contudo, h 25 anos o bagao passou a
ser utilizado como combustvel na cogerao de energia, gerando receita adicional
para as usinas (NICA, 2013). Porm, o bagao em seu estado bruto considerado
um combustvel no eficiente, devido ao seu alto contedo de umidade, baixo poder
calorfico inferior (PCI), problemas de decomposio e necessidade de muito espao
para estoque.
Assim, para um melhor aproveitamento do bagao como combustvel este
deve passar por um processo de desidratao ou secagem. Para a realizao dos
ensaios experimentais de secagem, tinha-se a disposio um secador eltrico e um
secador solar. Contudo, a eficincia destes equipamentos no processo de secagem
do bagao era desconhecida. Desta forma, a presente dissertao teve como
propsito o estudo comparativo da secagem em ambos os secadores e em seguida
a determinao do equipamento de maior eficincia na secagem do bagao da
cana-de-acar.
1.3 Objetivos
O objetivo geral deste trabalho foi realizar a anlise comparativa da secagem
do bagao de cana, utilizando um secador eltrico e um secador solar.
FAOSTAT levantamento estatstico elaborado pela Food and Agriculture Organization of the United
Nations (FAO), que apresenta sries temporais e dados relativos alimentao e agricultura.
19
20
2.
FUNDAMENTAO TERICA
Neste captulo so abordados os principais conceitos sobre secagem, alm
Secagem
A secagem ou desidratao um processo de remoo de umidade, no qual
21
(1)
P
v ou v (%)
m
P
s
s
(2)
i) gua livre: gua presente nos poros do produto, mantida por interao fraca
de natureza fsica ou qumica, isto , gua que est simplesmente adsorvida no
produto a ser seco.
j) gua ligada: a gua que faz parte da estrutura do produto, combinada por
intermdio de ligaes qumicas com o produto, ou seja, parte integrante deste.
k) Atividade de gua (WA): expressa a disponibilidade de gua livre no
produto. obtida pela relao entre a presso de vapor dgua na superfcie do
produto (PV produto) e presso de saturao do vapor dgua (Ps) na temperatura do
mesmo (COSTA, 2007):
P
v produto
W
A
P
s
(3)
22
23
Contedo de umidade
O contedo de umidade (U) ou umidade livre indica a quantidade de gua que
pode ser removida do produto durante a secagem, sem que haja alterao de sua
estrutura molecular. Esta informao pode ser obtida em base mida (b.u.) ou base
seca (b.s.), conforme as relaes que seguem (adaptado de Belessiotis e Delyannis,
2011):
m
Ubs
gua
decimal
m
seca
m
Ubu
gua
m
m
gua
seca
100 %
(4)
(5)
24
2.3
produto
= PV
ambiente,
ambiente.
Como a umidade relativa funo da presso de vapor, a primeira condio
em que ocorre a secagem pode ser redefinida como umidade relativa do produto
(produto) maior do que a umidade relativa do ar ambiente ().
Nesse sentido, o aumento da temperatura de bulbo seco do ar reduz
simultaneamente a umidade relativa do ar ambiente e a umidade de equilbrio, o que
implica em um aumento da umidade livre e da taxa de secagem. Esta reduo da
umidade de equilbrio em funo do aumento de temperatura pode ser observada
atravs da Figura 3.
Figura 3 - Curva padro de equilbrio de um produto
25
2.4
Comportamento da secagem
Segundo Belessiotis
e Delyannis
2.
26
Mtodos de secagem
Basicamente, os mtodos de secagem podem ser divididos em trs grupos:
1. Secagem natural
A secagem classificada como natural quando no h interveno do
27
Equipamentos de secagem
H no mercado diversos modelos de equipamentos concebidos para a
secagem dos mais variados produtos. Estes equipamentos existentes podem ser
especificados segundo alguns parmetros que esto relacionados na Tabela 1.
Tabela 1 Parmetros de especificao de secadores
Parmetro
Especificao
Regime de secagem
Contnuo ou batelada
Mtodo de secagem
eletromagntica.
Presso de secagem
Atmosfrica ou vcuo.
Fluxo do ar de secagem
Natural ou forado
Caractersticas construtivas do
equipamento
28
Secador solar
O equipamento constitudo basicamente pelo coletor solar e pela cmara de
Secador solar direto, o produto fica exposto radiao solar e esta aquece o
produto;
29
Secador solar ativo, o ar aquecido pela radiao solar escoa por conveco
forada atravs de ventiladores.
2.8
Secador artificial
Os secadores artificiais podem ser especificados segundo caractersticas
b)
30
31
b)
32
a)
33
b)
Por fim, o secador rotativo pode ser empregado na secagem por conveco
ou por conduo, considerando um regime de operao contnua em ambos os
casos.
34
b)
35
36
b) Recirculao de produto
37
38
movimentao
das
partculas
do produto.
Esta
39
2.9
Secador hbrido
Estes secadores empregam mais de um mtodo para aquecimento do
40
3.
REVISO BIBLIOGRFICA
Este captulo apresenta uma breve reviso sobre os temas: cana-de acar,
Cana-de-acar e o Brasil
A cultura da cana-de-acar proveniente do Sul e Sudeste da sia, sendo
apontada como origem principal Nova Guin. A cana foi introduzida no Brasil, no
incio do sculo XVI por Martim Afonso de Sousa, que a trouxe para a Capitania de
So Vicente, hoje So Paulo, onde ele prprio construiu o primeiro engenho de
acar (UNICA, 2013).
No Brasil, a cana encontrou solos frteis e um clima quente mido o que favoreceu
muito o seu cultivo. Em pouco tempo as plantaes de cana-de-acar se
espalharam pelo litoral e em 1550 o pas j era o maior produtor mundial de acar,
sendo que a Capitania de Pernambuco destacou-se como o primeiro centro
aucareiro do Brasil. O acar acabou se tornando o produto mais importante da
economia colonial - ciclo do acar e a sua exportao rendeu ao pas cinco vezes
mais que todos os outros produtos agrcolas cultivados no perodo (TONEIS, 2013).
Atualmente, a produo de cana-de-acar apresenta-se em expanso
contnua, embora nas regies Centro-Oeste e Sudeste este crescimento se d em
menor ritmo. A rea cultivada destinada atividade sucroalcooleira na safra 2012/13
est estimada em 8,52 milhes hectares e o estado de So Paulo o maior produtor
com 51,87% da rea cultivada (CONAB, 2012).
3.2
O bagao de cana-de-acar
O processamento da cana-de-acar gera produtos e subprodutos que ao
41
42
3.3
Desempenho
Exportaes
US $13,8 bilhes
Empregos diretos
15,3 milhes
Produo de acar
Produo etanol
Cogerao eletricidade
1000 MW em mdia
Fonte: Adaptado de NICA (2013)
43
3.4
operao
de
sistemas
de
cogerao,
trs
ciclos
Rankine
Brayton
Combinado
Termeltrica
30 a 45%
35 a 45%
57%
Cogerao
50%
70 a 75%
70 a 75%
44
3.5
O International Energy Outlook (IEO) trata-se de um estudo realizado pela U.S. Energy Information
Administration (EIA), onde so apresentadas projees sobre o mercado internacional de energia,
sendo estas utilizadas pelo setor pblico e privado no gerenciamento de recursos energticos.
45
3.6
na
gerao
de
eletricidade.
Para
as
fontes
renovveis
como
46
Para um horizonte de mdio prazo, conclui-se que existe ainda uma tendncia
de manuteno do cenrio atual que vai de encontro s questes ambientais e a
possibilidade de transio para uma matriz mais sustentvel est distante de ser
alcanada.
3.7
final de eletricidade (Figura 27) foi superior aos crescimentos percentuais da oferta
total de energia eltrica e do consumo de energia total (EPE, 2012).
Figura 27 Crescimento percentual consumo final versus oferta total
47
GWh
430.842
449.668
472.119
493.603
513.799
534.541
557.006
580.596
605.537
630.854
656.090
Crescimento anual
Taxa
Taxa mdia
4,4%
5,0%
4,6%
4,3%
4,1%
4,0%
4,2%
4,2%
4,3%
4,2%
4,0%
3.8
48
Ao comparar a matriz brasileira (Figura 28) com a matriz mundial (Figura 25),
observam-se situaes opostas, com a participao das fontes renovveis na matriz
brasileira trs vezes maior que a mdia mundial. Este fato traz vantagens ao Brasil
em relao o resto do mundo: custos de produo mais competitivos, alm da
reduo dos impactos ambientais inerentes produo de energia.
3.9
Mercado de carbono
O efeito estufa um fenmeno que ocorre naturalmente h bilhes de anos
49
de
Desenvolvimento
Limpo
(MDL)
em
pases
em
pessoa ou empresa que reduziu a sua emisso de GEE. Por conveno, uma
tonelada de dixido de carbono (CO2) equivale a um crdito de carbono. Este
crdito pode ser negociado no mercado internacional.
Quanto ao MDL importante destacar que o Brasil ocupa o 3 lugar com 207
projetos (INSTITUTO CARBONO BRASIL, 2012). Dos projetos de MDL no Brasil, a
energia renovvel corresponde a 50% e os projetos novos em bioeletricidade
(Greenfields) apresentam um potencial de gerao de crditos de carbono de
aproximadamente 1.680 toneladas de CO2 por ano, para cada MW de potncia
instalada (COGEN, 2013).
Em suma, pode-se afirmar que o mercado de carbono representa uma
alternativa vivel para mitigar o problema das mudanas climticas ocasionadas
pelo aquecimento global e as emisses de GEE (Pelegrini, 2010).
3.10
50
Neste
cenrio,
as
inovaes
tecnolgicas
so
indispensveis,
pois
51
52
Com isso, o produto passou a receber a radiao refletida que deixava a parede
norte, alm de receber a radiao solar total direta, disponvel sobre a superfcie
horizontal em diferentes horrios durante a secagem. Como consequncia, o
incremento da radiao total na entrada elevou a velocidade de secagem do produto
e a temperatura do ar dentro do secador.
Egea (2010) estudou a desidratao por osmo-conveco5 da ma. Neste
estudo, analisaram-se as variveis: temperatura da soluo osmtica (30 a 60C),
concentrao do agente osmtico (40% a 60 % m/v de FOS) e pr-tratamento para
evitar o escurecimento enzimtico (branqueamento ou acidificao). A secagem
convectiva ocorreu nas temperaturas de 50, 60 e 70C. Aps, as fatias de ma
foram submetidas anlise de cor, atividade de gua, fora mxima de ruptura, teor
de vitamina C e anlise sensorial. Observou-se que os teores de vitamina C durante
o processamento, principalmente o osmtico, diminuem quando comparados com a
fruta in natura. As fatias de ma desidratadas obtiveram notas sensoriais acima de
6 para a maioria dos atributos, exceto crocncia, indicando uma boa aceitao. A
quantidade de FOS incorporada nos tratamentos osmticos variou entre 48 e 71 g /
100g, caracterizando o produto como sendo funcional. O autor constatou que o
tempo da secagem convectiva foi reduzido para as fatias de ma pr-tratadas
osmoticamente.
Kose e Erenturk (2010) compararam a secagem de uma planta conhecida
como visco, utilizando secagem convectiva e secagem convectiva assistida por
radiao UV. Os experimentos de secagem foram realizados considerando a
variao da temperatura de secagem (60, 70 e 80C) e da velocidade do ar de
secagem (0,5, 1,0 e 1,5 m/s). Os autores observaram que a combinao da
secagem convectiva com radiao UV reduziu o tempo de secagem para todos os
ensaios realizados.
Kassem et al. (2010) secaram uvas e compararam os resultados obtidos na
secagem convectiva com secador de ar quente, com os obtidos na secagem
combinada: secador de ar quente e forno de micro-ondas. O tempo de secagem das
uvas foi maior na secagem convectiva apenas, entretanto as uvas apresentaram um
maior Brix6 quando comparado secagem combinada.
5
6
53
54
55
Fernandes
(2012)
estudou
secagem
convectiva
combinada
com
56
solar) tenham apontado o secador solar como alternativa mais eficiente para
secagem de casulos de seda, isto no significa que para a secagem do bagao de
cana seja obtido o mesmo resultado. A velocidade de secagem, conforme j
mencionado anteriormente, depende diretamente das caractersticas do produto
como forma, tamanho, higroscopicidade.
2.
57
4.
MATERIAIS E MTODOS
Neste captulo so descritos os materiais, os equipamentos, a instrumentao
umidade
aparente.
Em
seguida,
as
amostras
eram
cortadas
58
seguintes equipamentos:
Estufa
de
secagem
esterilizao
com
controle
de
temperatura
59
(6)
4.3
60
4.4
Secador eltrico
O secador eltrico foi construdo no laboratrio do Departamento de
para
acomodao
compartimentos de secagem.
das
bandejas
tipo
gaiola,
com
seis
61
4.5
Secador solar
O secador solar foi desenvolvido no laboratrio do Departamento de
62
4.6
63
Por fim, importante que as amostras possam ocupar a maior parte possvel
da rea til de secagem, de maneira que o carregamento em ambos os secadores
se aproxime das suas respectivas capacidades nominais. Desta forma, espera-se
obter maiores eficincias no processo de secagem.
4.7
ensaios tiveram incio por volta das nove horas. Nesse cenrio, os ensaios
ocorreram conforme os procedimentos descritos a seguir:
1.
64
4.
Verificar
funcionamento
de
toda
instrumentao
iniciar
:
(7)
65
Piranmetro com sensor tipo termopilha, modelo CMP21 Kipp & Zonen,
sensibilidade: 8,04V/Wm-2, para medio da radiao solar incidente sobre o
secador solar;
4.9
66
b)
67
4.10
Instrumento
Grandeza
Unidade
Anemmetro /
psicrmetro
NA-4870 ICEL
Indicador universal
N1500LC Novus
Clula de carga o
S40 HBM
Velocidade
Temperatura
Umidade relativa
m/s
o
C
%
Massa
kg
Massa
mV
0,03%
Termo-higrmetro
HT 4000 ICEL
Alicate wattmetro
AW 4700 ICEL
Piranmetro
CMP21 Kipp &
Zonen
Termmetro digital
TD-880 ICEL
Sistema de
aquisio 34972A
Agilent
Balana digital
9094 Toledo
Umidade relativa
Temperatura
%
C
3,0%
1,0C
Energia ativa
KWh
3,0%
Radiao
Wm-2
<2,0%
Temperatura
(0,1%+0,7 C)
Temperatura e
massa
C e mV
(0,0020% valor
lido +0,0005% da
faixa de medio)
Massa
kg
1g
68
uc u2 u 2 u2 u 2 u2
4
5
1
2
3
(8)
u4
u 4 u 4 u4 u 4 u 4
C 1 2 3 4 5
4
5
1
2
3
ef
(9)
95%
uc k
95%
(10)
95%
(11)
69
4.11
Ev m
h
lv
H O
2
(12)
Ev
E
(13)
(%)
(R I2 )dt P
dt
T(eltrico)
vent
(14)
T(solar)
GAdt P
dt
vent
(15)
70
m C (T
T
)
S
P
sada
amb.
(16)
Segundo Leon et al. (2002), a eficincia trmica do secador pode ser obtida a
partir da equao 17:
Es
E
(%)
(17)
EE
H2O
(18)
71
5.
RESULTADOS E DISCUSSES
A seguir so apresentados os dados experimentais coletados durante os
Secador
1 - 05/07/13
Eltrico
61,27
2 - 16/08/13
Eltrico
60,46
72
(concluso)
Ensaio - Data
Secador
3 - 27/09/13
Eltrico
59,67
4 - 28/09/13
Eltrico
59,52
5 - 22/02/14
Solar
60,36
6 - 28/02/14
Solar
60,20
7 - 15/03/14
Solar
62,58
Mdia= 60,58%
*S= 1,05
* Desvio padro
**CV(%)= 1,74
** Coeficiente de variao
removida)
e radiao solar
Para
representar estas condies foram plotadas quatro curvas, uma para cada condio
de operao do secador eltrico. Estas condies de operao foram identificadas
considerando o ajuste da velocidade do escoamento do ar secante e temperatura
ajustada no sistema controle da resistncia de aquecimento.
73
27,0
26,0
25,0
24,0
23,0
9:00
9:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00
2Ens.:V=4,3m/s T=60C
4Ens.:V=4,3m/s T70C
60,0
amb (%)
Tamb (C)
28,0
55,0
50,0
45,0
40,0
9:00 9:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00
2Ens.:V=4,3m/s T=60C
3Ens.:V=7,1m/s T=70C
4Ens.:V=4,3m/s T=70C
74
Tsada (C)
55,0
50,0
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
09:00 9:30 10:0010:3011:0011:3012:0012:3013:0013:3014:0014:3015:0015:3016:0016:3017:00
75
sada (%)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
09:00 9:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00
76
60,40,8
28,90,8
31,10,9
17,40,5
62,10,8
25,10,8
43,11,3
27,10,8
70,20,8
26,80,8
51,11,5
10,50,3
70,90,8
25,70,8
43,91,3
12,50,4
G (w/m)
1050,0
950,0
850,0
750,0
650,0
550,0
450,0
350,0
250,0
150,0
50,0
9:00 9:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00
77
Tamb (C)
39,0
37,0
35,0
33,0
31,0
29,0
27,0
25,0
9:00 9:30 10:0010:3011:0011:3012:00 12:3013:0013:3014:0014:30 15:0015:3016:0016:3017:00
amb (%)
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
9:00 9:30 10:0010:3011:0011:3012:0012:30 13:00 13:3014:0014:3015:0015:3016:00 16:3017:00
78
Tamb (C)
Mxima
Tamb (C)
mnima
amb (%)
mxima
amb (%)
mnima
G (W/m2)
mxima
G (W/m2)
mnima
34,61,0
27,31,0
52,41,6
32,50,9
127726
109,72,2
43,81,0
30,61,0
45,41,4
19,50,6
109222
122,92,5
40,31,0
29,31,0
52,61,6
30,70,9
128226
101,12,0
apresentou o maior fluxo de radiao solar incidente 128226 W/m2. Porm, a maior
temperatura ambiente 43,801,0C foi registrada no 6 ensaio, que tambm
apresentou o menor valor de umidade relativa ambiente 19,500,56%.
5
ensaios (43,8 e 40,3C respectivamente) podem ser explicados pelo fato do secador
do solar estar prximo dos espelhos de captao da usina solar trmica do CEFET.
79
Tsada (C)
60,0
55,0
50,0
45,0
40,0
35,0
30,0
9:00
9:40 10:20 11:00 11:40 12:20 13:00 13:40 14:20 15:00 15:40 16:20 17:00
Horrio da secagem (h)
80
sada (%)
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
9:00
9:40 10:20 11:00 11:40 12:20 13:00 13:40 14:20 15:00 15:40 16:20 17:00
Horrio da secagem (h)
5Ens.:V=1,6m/s Tsada=55,02C G=660,6W/m2
6Ens.:V=0,9m/s Tsada=57,46C G=666,32W/m2
7Ens.:V=0,9m/s Tsada=62,6C G=802,62W/m2
Fonte: Acervo do autor
Alm dos grficos das figuras 46 e 47, as informaes dos valores mximos e
mnimos para Tsada e sada seguem discriminados na tabela 10.
Tabela 10 Parmetros de secagem do secador solar
Ensaio
66,01,0
33,21,0
41,01,2
13,70,4
74,11,0
32,81,0
38,41,2
15,00,5
72,41,0
43,71,0
44,41,3
13,70,4
81
Vesc.
(m/s)
mi(kg)
mf (kg)
***m H2O
(kg)
3,16
3,11
3,33
2,98
S=0,14
CV(%) = 2,33
**Diferena Minicial - Mfinal
82
Vesc.
(m/s)
mi (kg)
mf (kg)
**mH2O
(kg)
0,82
0,8
1,04
S=0,02
CV(%) = 1,52
83
5.5
*G (W/m2)
*amb (%)
Solar
Eltrico
Solar
Solar
33,800,31
54,080,29
26,930,10
57,680,34
40,770,61 802,6249,28
-
Percentual obtido atravs da razo massa de gua removida (mH2O) pela massa inicial (mi)
84
Por fim, importante ressaltar mais uma vez que o secador solar um
equipamento que depende da radiao solar incidente e consequentemente das
condies ambientais. Assim, para maiores valores de radiao solar incidente (G),
foi obtida uma maior remoo de gua do bagao, o que pode ser comprovado pelos
dados apresentados nas Tabelas 12 e 13.
5.6
Homogeneidade de secagem
Em ambos os secadores foram utilizadas bandejas para acomodao das
Secador
*U(x)bu (dec.)
** Erro
***S
****CV(%)
Eltrico
0,1780
0,0151
0,0740
41,56
Eltrico
0,2046
0,0229
0,1121
54,79
Eltrico
0,0945
0,0112
0,0550
58,24
Eltrico
0,1894
0,0167
0,0820
43,29
Solar
0,2478
0,0151
0,0642
29,92
Solar
0,2667
0,0103
0,0436
16,35
Solar
0,0977
0,0132
0,0562
57,50
* Mdia simples dos valores calculados para cada bandeja atravs da equao 3.2
** Erro padro da mdia *** Desvio padro **** Coeficiente de variao
Fonte: Acervo do autor
85
as massas das amostras de bagao foram pesadas atravs de uma balana digital.
No secador eltrico, a variao da massa ao longo do processo de secagem, foi
mensurada atravs de um sistema constitudo por uma clula de carga. Esta clula
de carga um transdutor que converte fora ou deformao em tenso eltrica em
mV8. Para esta aplicao de monitoramento da massa, a tenso fornecida pela
clula de carga diretamente proporcional massa dentro do secador. Entretanto,
devido alta sensibilidade deste transdutor, alm de problemas com rudo e erro
dinmico9, alguns dos valores de tenso em mV sofreram distoro em relao ao
valor real: para menores valores de massa foram mensurados maiores valores de
tenso em mV.
8
-3
86
U(x)
bu
U(x)
bs 1 U(x)
bu
(19)
87
1,80
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0
0,5
1,5
2,5
88
Taxa
dt
t
t
t
n1 n
(20)
89
0,29
0,09
0,20
0,29
0,07
0,22
0,33
0,07
0,26
0,52
0,02
0,50
final
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
5,5
6,5
7,5
90
dUbs (Kg_gua/Kg_baseseca x h)
dt
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
Ubs (kg_gua/Kg_baseseca)
1Ens.:V=7,1 m/s T=60C
3Ens.:V=7,1 m/s T=70C
91
secante (Vesc) sobre a cintica de secagem, identifica-se que o seu valor no deve
ser fixo e sim ajustado em funo da quantidade de umidade removida das
amostras.
5.9
92
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
5,5
6,5
7,5
0,42
0,03
0,39
0,25
0,09
0,16
0,44
0,07
0,37
final
93
Da mesma forma que no secador eltrico, a partir dos valores calculados para
a taxa de secagem foram construdos dois grficos: taxa de secagem em funo do
contedo de umidade e taxa de secagem em funo do tempo (figuras 52 e 53).
0,50
1,00
Ubs (kg_gua/kg_baseseca)
1,50
2,00
0,5
1,5
2,5
7,5
94
Secador
MH2O (kg)
*s(%)
**T(%)
***CEE (MJ/kg)
Eltrico
3,16
13,7
49,7
17,2
Eltrico
3,11
16,4
60,8
14,4
Eltrico
3,33
12,5
50,2
18,8
Eltrico
2,99
12,6
56,5
18,5
Solar
0,82
1,2
14,9
212,1
Solar
0,8
1,2
12,9
201,9
Solar
1,04
1,2
15,1
200,9
*Eficincia de secagem
**Eficincia trmica
95
96
97
6.
CONCLUSES
Os testes realizados para determinao do contedo de umidade inicial
98
99
7.
TRABALHOS FUTUROS
Realizao
de
um
planejamento
experimental
fatorial
para
Realizao
de
um
planejamento
experimental
fatorial
para
100
REFERNCIAS
AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRICA. matriz de energia eltrica.
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