Bio - Eja
Bio - Eja
Bio - Eja
CADERNO DO ESTUDANTE
E N S I N O M d io
VOLUME 1
Nos Cadernos do Programa Educao de Jovens e Adultos (EJA) Mundo do Trabalho/CEEJA so
indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos contedos
apresentados e como referncias bibliogrficas. Todos esses endereos eletrnicos foram
verificados. No entanto, como a internet um meio dinmico e sujeito a mudanas, a Secretaria
de Desenvolvimento Econmico, Cincia, Tecnologia e Inovao no garante que os sites indicados
permaneam acessveis ou inalterados aps a data de consulta impressa neste material.
* Constituem direitos autorais protegidos todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas neste material que
no estejam em domnio pblico nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.
1. Biologia Estudo e ensino. 2. Educao de Jovens e Adultos (EJA) Ensino Mdio. 3. Modalidade
Semipresencial. I. Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia, Tecnologia e Inovao. II.
Secretaria da Educao. III. Ttulo.
CDD: 372.5
FICHA CATALOGRFICA
Tatiane Silva Massucato Arias CRB-8 / 7262
Geraldo Alckmin
Governador
Cludio Valverde
Secretrio-Adjunto
Maurcio Juvenal
Chefe de Gabinete
Secretaria da Educao
Herman Voorwald
Secretrio
Wanderley Messias da Costa Heder, Herbert Rodrigues, Jonathan Nascimento, Las Schalch,
Diretor Executivo Liliane Bordignon de Souza, Marcos Luis Gomes, Maria Etelvina
R. Balan, Maria Helena de Castro Lima, Paula Marcia Ciacco da
Mrgara Raquel Cunha
Silva Dias, Rodnei Pereira, Selma Borghi Venco e Walkiria Rigolon
Diretora Tcnica de Formao Profissional
Autores
Coordenao Executiva do Projeto
Arte: Roseli Ventrella e Terezinha Guerra; Biologia: Jos Manoel
Jos Lucas Cordeiro
Martins, Marcos Egelstein, Maria Graciete Carramate Lopes e
Coordenao Tcnica Vinicius Signorelli; Filosofia: Juliana Litvin de Almeida e Tiago
Impressos: Dilma Fabri Maro Pichoneri Abreu Nogueira; Fsica: Gustavo Isaac Killner; Geografia: Roberto
Vdeos: Cristiane Ballerini Giansanti e Silas Martins Junqueira; Histria: Denise Mendes
e Mrcia Juliana Santos; Ingls: Eduardo Portela e Jucimeire
Equipe Tcnica e Pedaggica de Souza Bispo; Lngua Portuguesa: Claudio Bazzoni e Giulia
Ana Paula Alves de Lavos, Carlos Ricardo Bifi, Cludia Beatriz de Murakami Mendona; Matemtica: Antonio Jos Lopes; Qumica:
Castro N. Ometto, Elen Cristina S. K. Vaz Dppenschmitt, Emily Olmpio Salgado; Sociologia: Dilma Fabri Maro Pichoneri e
Hozokawa Dias, Fabiana de Cssia Rodrigues, Fernando Manzieri Selma Borghi Venco
Mauro de Mesquita Spnola Leito, Cludia Letcia Vendrame Santos, David dos Santos
Presidente da Diretoria Executiva Silva, Eloiza Mendes Lopes, rika Domingues do Nascimento,
Fernanda Brito Bincoletto, Flvia Beraldo Ferrare, Jean Kleber
Jos Joaquim do Amaral Ferreira
Silva, Leonardo Gonalves, Lorena Vita Ferreira, Lucas Puntel
Vice-Presidente da Diretoria Executiva
Carrasco, Luiza Thebas, Main Greeb Vicente, Marcus Ecclissi,
Gesto de Tecnologias em Educao Maria Inez de Souza, Mariana Padoan, Natlia Kessuani Bego
Maurcio, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Pedro
Direo da rea
Carvalho, Polyanna Costa, Priscila Risso, Raquel Benchimol
Guilherme Ary Plonski
Rosenthal, Tatiana F. Souza, Tatiana Pavanelli Valsi, Thas Nori
Coordenao Executiva do Projeto Cornetta, Thamires Carolline Balog de Mattos e Vanessa Bianco
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Felix de Oliveira
Gesto Editorial Luiz Roberto Vital Pinto, Maria Regina Xavier de Brito, Natlia
Nos Cadernos e vdeos que fazem parte do seu material de estudo, voc perce-
ber a nossa preocupao em estabelecer um dilogo com o mundo do trabalho
e respeitar as especificidades da modalidade de ensino semipresencial praticada
nos CEEJAs.
Bons estudos!
Secretaria da Educao
Secretaria de Desenvolvimento
Econmico, Cincia, Tecnologia e Inovao
apresentao
Afinal, como grifar um texto, organizar uma anotao, produzir resumos, ficha-
mentos, resenhas, esquemas, ler um grfico ou um mapa, apreciar uma imagem
etc.? Na maioria das vezes, esses procedimentos de estudo so solicitados, mas
no so ensinados. Por esse motivo, nem sempre os utilizamos adequadamente ou
entendemos sua importncia para nossa aprendizagem.
Aprender a estudar nos faz tomar gosto pelo estudo. Quando adquirimos este
hbito, a atitude de sentar-se para ler e estudar os textos das mais diferentes disci-
plinas, a fim de aprimorar os conhecimentos que j temos ou buscar informaes,
torna-se algo prazeroso e uma forma de realizar novas descobertas. E isso acontece
mesmo com os textos mais difceis, porque sempre tempo de aprender.
Por fim, importante lembrar que todo hbito se desenvolve com a frequncia.
Assim, essencial que voc leia e escreva diariamente, utilizando os procedimen-
tos de estudo que aprender e registrando suas concluses, observaes e dvidas.
Conhecendo o Caderno do Estudante
O SUMRIO
Ao observar o Sumrio, voc perceber que todos os
Cadernos se organizam em Unidades (que equivalem
a captulos de livros) e que estas esto divididas em
Temas, cuja quantidade varia conforme a Unidade.
AS UNIDADES
Para orientar seu estudo, o incio
de cada Unidade apresenta uma breve
introduo, destacando os objetivos e
os contedos gerais trabalhados, alm
de uma lista com os Temas propostos.
OS TEMAS
A abertura de cada Tema visualmente
identificada no Caderno. Voc pode perceber
que, alm do ttulo e da cor da Unidade, o
nmero de caixas pintadas no alto da pgina
indica em qual Tema voc est. Esse recurso
permite localizar cada Tema de cada Unidade
at mesmo com o Caderno fechado, facili-
tando o manuseio do material.
As sees e os boxes
Os Temas esto organizados em diversas sees que visam facilitar sua aprendi-
zagem. Cada uma delas tem um objetivo, e importante que voc o conhea antes
de dar incio aos estudos. Assim, saber de antemo a inteno presente em cada
seo e o que se espera que voc realize.
Essa seo sempre aparece no incio de cada Tema. Ela tem o objetivo
de ajud-lo a reconhecer o que voc j sabe sobre o contedo a ser estu-
dado, seja por estudos anteriores, seja por sua vivncia pessoal.
Atividade
ORIENTAO DE ESTUDO
Essa seo enfoca diferentes proce-
dimentos de estudo, importantes para
a leitura e a compreenso dos textos
e a realizao das atividades, como gri-
far, anotar, listar, fichar, esquematizar
e resumir, entre outros. Voc tambm
poder conhecer e aprender mais sobre
esses procedimentos assistindo aos dois
vdeos de Orientao de estudo.
DESAFIO
Essa seo apresenta questes
que caram em concursos pblicos
ou em provas oficiais (como Saresp,
Enem, entre outras) e que enfocam o
contedo abordado no Tema. Assim, PENSE SOBRE...
voc ter a oportunidade de conhe-
cer como so construdas as provas Essa seo proposta sempre que houver
em diferentes locais e a importn- a oportunidade de problematizar algum con-
cia do que vem sendo aprendido tedo desenvolvido, por meio de questes
no material. As respostas tam- que fomentem sua reflexo a respeito dos
bm esto disponveis na Hora da aspectos abordados no Tema.
checagem.
MOMENTO CIDADANIA
GLOSSRIO
A palavra glossrio significa dicionrio.
Assim, nesse boxe voc encontrar verbe-
tes com explicaes sobre o significado de
palavras e/ou expresses que aparecem
nos textos que estar estudando. Eles tm
o objetivo de facilitar sua compreenso.
BIOGRAFIA
Esse boxe aborda aspectos
da vida e da obra de autores ou
artistas trabalhados no material,
para ampliar sua compreenso a
respeito do texto ou da imagem
que est estudando.
ASSISTA!
Esse boxe indica os vdeos do Programa,
que voc pode assistir para complementar
os contedos apresentados no Caderno. So
indicados tanto os vdeos que compem os
DVDs que voc recebeu com os Cadernos
quanto outros, disponveis no site do Programa.
Para facilitar sua identificao, h dois cones
usados nessa seo.
FICA A DICA!
Nesse boxe voc encontrar sugestes
diversas para saber mais sobre o contedo
trabalhado no Tema: assistir a um filme ou
documentrio, ouvir uma msica, ler um
livro, apreciar uma obra de arte etc. Esses
outros materiais o ajudaro a ampliar seus
conhecimentos. Por isso, siga as dicas
sempre que possvel.
VOC SABIA?
Esse boxe apresenta curiosidades relacio-
nadas ao assunto que voc est estudando.
Ele traz informaes que complementam
seus conhecimentos.
BIOLOGIA
SUMRIO
Bons estudos!
INTERDEPENDNCIA DOS SERES VIVOS
BIOLOGIA
Unidade 1
TEMAS
1. Para existir, os seres vivos precisam de matria e energia
2. A trama da vida nos ambientes
Introduo
Nesta Unidade, voc vai iniciar seus estudos sobre Ecologia, que sero aprofun-
dados na prxima Unidade, de maneira que voc compreenda como os seres vivos
se relacionam entre si e com o ambiente onde vivem.
Neste tema, voc conhecer as relaes que os seres vivos estabelecem entre
si e, tambm, com os mais variados ambientes, na busca constante de matria e
energia. Com esses conhecimentos, que sero aprofundados no prximo tema,
voc avanar em sua compreenso sobre alguns dos problemas que afetam atual
mente o ser humano e os demais seres vivos, e que podem ser entendidos segundo
os conceitos de cadeia e de teia alimentar e as relaes entre produtores e consu-
midores, que sero estudadas aqui.
yanlev/123RF
alimento
Imagine que voc est caminhando por um campo com rvores no muito pr-
ximas umas das outras e com o capim tomando conta do cho entre uma rvore e
outra. Nesse ambiente, convivem pssaros, gafanhotos, formigas, serpentes, roe-
dores e uma srie de outros animais, alm das prprias rvores e do capim. Alguns
desses seres alimentam-se de outros, por exemplo: um gavio alimenta-se de uma
serpente; uma serpente, de um roedor.
UNIDADE 1 19
Agora, imagine compor uma sequncia de seres vivos na qual se indica quem
o alimento de quem: o capim o alimento do gafanhoto; o gafanhoto o alimento
do roedor; o roedor o alimento da serpente; a serpente o alimento do gavio.
Essa sequncia pode ser representada de forma grfica e recebe o nome de cadeia
alimentar. Veja como essa cadeia alimentar descrita:
Observe que o gafanhoto come o capim, assim como a serpente come o roedor,
porm a seta aponta do capim para o gafanhoto e do roedor para a serpente. Isso
ocorre porque a seta indica o caminho da matria e da energia que cada ser vivo
da cadeia obtm quando se alimenta. Assim, quando um gafanhoto se alimenta das
folhas do capim, parte da matria e da energia presentes no capim passa para o corpo
do gafanhoto. Da mesma forma, quando a serpente se alimenta do roedor, parte da
matria e da energia presentes no corpo do roedor passa para o corpo da serpente.
Fotossntese
O processo por meio do qual as plantas, algas e algumas espcies de bactrias produzem o
prprio alimento a fotossntese, uma sequncia de reaes qumicas na qual esses seres
vivos produzem substncias orgnicas (glicdios) a partir de substncias inorgnicas (gs
carbnico e gua) e da energia luminosa (geralmente a luz solar, mas pode ser tambm
iluminao artificial). Esses glicdios, ou acares (principalmente sacarose e amido), so o
alimento para a planta e tambm a matria-prima com a qual ela constri seu corpo. Nesse
alimento fica armazenada, na forma de energia qumica, parte da energia luminosa usada na
reao. Veja uma representao da fotossntese:
Fabio Colombini
2 O que ocorrer com as plantas desse ambiente algum tempo depois de a popula-
o de pssaros diminuir?
22 UNIDADE 1
Leia a afirmao a seguir. Voc concorda com ela? Justifique sua resposta em
seu caderno.
Cadeia alimentar uma sequncia linear de organismos pela qual flui a ener-
gia captada pelos seres autotrficos de um ambiente.
Teias alimentares
Ona-pintada
Anta Jacar
Capivara
Dourado Ema
Ratinho-do-cerrado
Sucuri
Hudson Calasans
Piranha
Besouro
Sapo Coruja-buraqueira
Macaco
Colhereiro
Tuiui
Pica-pau, Gafanhoto
periquito
Gavio
Veado-campeiro Arara, tucano
Plantas
UNIDADE 1 23
Toda cadeia alimentar tem incio em um ser vivo autotrfico: uma planta,
uma alga ou mesmo uma bactria. Esse ser vivo responsvel pela fabricao do
alimento que flui por toda a cadeia alimentar, razo pela qual ele chamado de
produtor, e os outros seres vivos da cadeia, de consumidores.
No segundo nvel trfico est o ser vivo que se alimenta diretamente do produtor e
por isso chamado de consumidor primrio; no terceiro nvel trfico, o ser vivo que se
alimenta do consumidor primrio, ou seja, o consumidor secundrio; e assim por diante.
24 UNIDADE 1
Os decompositores
Fabio Colombini
regio de mata ou de uma grande
floresta, provavelmente percebeu
que o solo fica coberto de folhas,
galhos, frutos e sementes que
caem das rvores. Por que esse
material todo no se acumula no
cho, formando montanhas de
folhas, pedaos de galhos, frutos
e sementes ao longo do tempo?
E mesmo os troncos de grandes
rvores que morrem e caem, o Em uma floresta, o solo fica coberto de folhas, galhos e sementes, mas eles
no se acumulam.
que acontece com eles?
c) decompositores e produtores.
2 Existe uma expresso popular que afirma: Este corpo, que um dia a terra h de
comer. Nela, o termo terra est substituindo um grupo de seres vivos que vivem
na terra e so classificados como:
a) consumidores primrios.
b) decompositores.
c) produtores.
d) consumidores secundrios.
3 O que ocorreria com os corpos de todos os seres vivos aps a morte se no exis-
tissem na natureza os seres decompositores?
O inseticida DDT, de uso proibido no Brasil, acumulado ao longo das cadeias alimentares,
sendo absorvido pelos produtores, passando para os consumidores primrios, desses para os con-
sumidores secundrios e assim por diante. Aps a utilizao ilegal de DDT, em uma plantao, foi
avaliada a porcentagem da substncia acumulada na cadeia alimentar a seguir:
alfaces insetos sapos
Espera-se obter a menor e a maior concentrao de DDT, respectivamente, em:
a) alfaces e insetos. d) insetos e alfaces.
b) sapos e insetos. e) alfaces e sapos.
c) insetos e sapos.
Pasusp, 2009. Disponvel em: <http://www.fuvest.br/vest2010/provas/pasusp2009v.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014.
26 UNIDADE 1
Desde a infncia, aprendemos que precisamos nos alimentar para que nosso
organismo tenha a energia necessria para seu funcionamento. Isso significa que
o corpo humano obtm a energia de que precisa dos alimentos que ingere. E como
essa energia foi parar nos alimentos? Que processo natural est relacionado com a
presena de energia nos alimentos?
HORA DA CHECAGEM
Na fotografia, o organismo maior uma ameba de nome Amoeba proteus, que est capturando um pro-
tozorio ciliado muito menor do que ela. A ameba um ser unicelular que tem a capacidade de mudar
de forma, moldando o contorno de seu corpo de maneira a englobar a presa para dela se alimentar.
2 Os gafanhotos vo se alimentar das plantas, prejudicando ainda mais a lavoura que os pssa-
ros, pois a populao de gafanhotos vai crescer aceleradamente j que os pssaros, que se alimen-
tam deles, no existem mais.
2 Alternativa correta: b. O termo terra nessa expresso popular est se referindo aos seres vivos
decompositores.
HORA DA CHECAGEM
Desafio
Alternativa correta: e. O texto da questo informa que o inseticida DDT acumulado ao longo das
cadeias alimentares, sendo absorvido pelos produtores, passando para os consumidores primrios,
destes para os consumidores secundrios e assim por diante. Essa a caracterizao do conceito
de bioacumulao, no qual a concentrao de produtos persistentes vai aumentando a cada nvel
trfico. Portanto, o acmulo menor nas alfaces (produtores, primeiro nvel trfico) e maior nos
sapos (consumidores secundrios, terceiro nvel trfico da cadeia sugerida).
28
Neste tema, voc avanar em seus estudos sobre as relaes que os seres
vivos estabelecem entre si e com o ambiente que habitam, compreendendo os
conceitos de populao, comunidade e ecossistema. Essa compreenso e os conhe-
cimentos sobre alguns ecossistemas terrestres e aquticos vo lev-lo a refletir
quanto importncia da preservao desses ambientes como uma condio para
a sobrevivncia da vida na Terra.
Voc j deve ter visto vrias notcias sobre desmatamento na Amaznia. Leia
uma delas a seguir.
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/09/desmatamento-na-amazonia-cai-17-entre-2011-e-2012-segundo-inpe.html
G1 | Natureza
03/09/2012 08:00 / ATUALIZADO 03/09/2012 08:00
[...]
Amaznia Legal
Regio do Brasil formada pelos Estados do Acre, Amap, Amazonas, Mato Grosso, Par, Rondnia,
Roraima, Tocantins (98% da rea do Estado), Maranho (79%) e Gois (0,8%). De acordo com o
Censo 2010, nessa regio existem 775 municpios e vivem cerca de 24 milhes de pessoas.
Fonte: IBGE. Sala de Imprensa. Geoestatsticas revelam patrimnio ambiental da Amaznia Legal. Disponvel em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noti
cia&id=1&busca=1&idnoticia=1887>. Acesso em: 21 ago. 2014.
UNIDADE 1 29
O desmatamento o principal impacto ambiental causado pela explo- As imagens de satlite so importantes para garantir a preser-
rao no sustentvel da floresta. vao dos inmeros ecossistemas no Brasil e no mundo.
Fabio Colombini
Um lago de mdio ou pequeno porte ou uma grande floresta so exemplos de ecossistemas. Aqui possvel ver um lago no Pantanal
e a Floresta Amaznica.
toda cadeia alimentar tem incio em um ser vivo autotrfico, ou seja, que produz
o prprio alimento, por meio da fotossntese.
UNIDADE 1 31
Hudson Calasans
10 nvel trfico 20 nvel trfico 30 nvel trf ico 40
Parte da energia da luz solar, captada pelas plantas por meio da fotossntese, transferida entre os nveis trficos da
cadeia alimentar.
orgnicas de seu corpo agora pode ser utilizada pelo pssaro. O mesmo acontece se
esse pssaro servir de alimento para um pssaro maior, como o gavio; ou seja, todos
os componentes dessa cadeia alimentar vivem da energia da luz solar captada pelos
seres produtores, que so autotrficos, como as plantas. Os seres humanos tambm
fazem parte de cadeias e de teias alimentares e utilizam a energia da luz solar contida
nos alimentos, sejam plantas, animais ou seus produtos, como ovos e leite.
Fabio Colombini
outros 15% ela gasta para se man-
ter viva. Desse modo, em um ecos-
sistema de mata, como o cerrado,
apesar de haver muitas plantas, ou
seja, muita matria orgnica dispo-
nvel, a quantidade de consumido-
res primrios bem menor, e a de
animais carnvoros, como o gato-do-
-mato, a ona-parda, a ona-pintada
e o gavio, menor ainda. Esse tipo de mata conhecido como cerrado.
Analise a teia alimentar a seguir e indique no quadro dois herbvoros, dois car-
nvoros e dois onvoros e seus respectivos alimentos.
UNIDADE 1 33
Ona-pintada
Anta Jacar
Capivara
Dourado Ema
Ratinho-do-cerrado
Sucuri
Hudson Calasans
Piranha
Besouro
Sapo Coruja-buraqueira
Macaco
Colhereiro
Tuiui
Pica-pau, Gafanhoto
periquito
Gavio
Veado-campeiro Arara, tucano
Plantas
Herbvoros Alimentos
Veado-campeiro Folhas
Carnvoros Alimentos
Ona-pintada Veado-campeiro, macaco, dourado, capivara, anta e jacar
Onvoros Alimentos
Tuiui Frutos, dourado e sapo
Levando em conta que toda cadeia alimentar tem incio em um ser vivo auto-
trfico ou fotossintetizante, explique por que se pode dizer que a frase a seguir
verdadeira.
34 UNIDADE 1
I. Em uma fazenda, 5 mil plantas de capim alimentam 700 gafanhotos, que so ali-
mento suficiente para 30 sapos.
II. Em uma fazenda, 30 plantas de capim alimentam 500 gafanhotos, que so ali-
mento para 1.500 sapos.
Nas trs frases a seguir, indique se so verdadeiras ou falsas e explique por qu.
II. Toda cadeia alimentar tem incio em um ser vivo produtor, ou seja, um ser
autotrfico.
III. O segundo nvel trfico de uma cadeia alimentar contm mais energia do que
o primeiro nvel trfico.
UNIDADE 1 35
Ecossistemas aquticos
Nos ecossistemas de terra firme (aqueles que se desenvolvem sobre o solo dos
continentes e ilhas), toda teia alimentar comea com os seres vivos produtores,
ou seja, as plantas, que realizam fotossntese e produzem o prprio alimento,
fornecendo energia para os seres vivos de todos os demais nveis trficos da teia.
Os recifes de corais apresentam grande diversidade de seres vivos, formando enormes comunidades biolgicas.
Na fotografia, parte da Grande Barreira de Corais, localizada no litoral da Austrlia.
36 UNIDADE 1
O ciclo da gua
A importncia do ciclo da gua est diretamente ligada ao fato de que essa
substncia necessria sobrevivncia de todos os seres vivos da Terra, pois par-
ticipa da maioria dos processos que neles ocorrem.
Aqui, a descrio desse ciclo se inicia pela gua que absorvida pelas razes
das plantas. Essa gua participa do funcionamento do organismo vegetal de duas
formas: na fotossntese e na respirao.
UNIDADE 1 37
Hudson Calasans
Neve
Formao de nuvens
Evapotranspirao
Evaporao
Respirao
Evaporao
Infiltrao
Rios e lagos
Oceano
gua subterrnea
+ + Gs oxignio +
Hudson Calasans
Gs carbnico gua Energia luminosa (luz) Glicdio gua
+ + +
Hudson Calasans
As plantas, que absorvem gua pelas razes, a perdem por transpirao. Os ani-
mais, que obtm gua bebendo-a e comendo alimentos que a contm, tambm a
perdem pela transpirao, alm de elimin-la na urina e nas fezes.
Essa gua no estado de vapor mistura-se com o ar e se move com ele at passar por:
Muitos autores consideram que h dois ciclos da gua: o grande ciclo da gua,
que inclui os seres vivos; e o pequeno ciclo da gua, que envolve apenas as trans-
formaes da gua entre a atmosfera e a superfcie do planeta (rios, lagos e mares).
O ciclo do carbono
Hudson Calasans
Combustveis fsseis
Hudson Calasans
Restos de organismos Gradualmente, eles Os hidrocarbonetos Assim se formam as
vivos se deslocam so decompostos e que so formados reservas de petrleo
para o fundo dos ficam depositados ficam retidos e se e gs natural.
oceanos. entre as camadas do acumulam.
solo marinho.
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/ecologia-e-meio-ambiente/aumento-do-co2-na-atmosfera-ameaca-ecossistemas
Ingo Arndt/Mindenpicture/Latinstock
levar extino de moluscos e gerar dese-
quilbrio ambiental
Quando o CO2 se dissolve nos oceanos, torna suas guas mais cidas e diminui a disponi-
bilidade dos ons carbonato, sobretudo nas regies polares da Terra. Esses ons so usados por
alguns organismos marinhos para formar conchas e exoesqueletos que os revestem.
Essa ameaa poder ser enfrentada no apenas por moluscos, mas tambm por corais
com estruturas calcrias. Como um intervalo de cerca de 50 anos no seria suficiente para
que essas espcies se adaptassem s novas condies ambientais, o impacto sobre esses
organismos poderia se estender a todo o ecossistema, j que os moluscos esto localiza-
dos na base da cadeia alimentar e os corais representam abrigo para variadas espcies de
peixe. As mudanas na composio qumica da gua dos mares que ocorrero no final do
sculo podem alterar muito a estrutura e a biodiversidade dos ecossistemas polares, com
impactos em mltiplos nveis trficos, alerta a equipe na concluso do artigo.
Quando um ser vivo morre, seu corpo no permanece inteiro; ele comea a ser
decomposto logo aps a morte, at que esteja todo desmanchado. Por que isso
ocorre? Esse processo de decomposio feito por seres vivos ou ocorre esponta-
neamente, conforme o tempo passa?
[...] os chineses, ento, saram s ruas e comearam a caa aos pardais. Seus ninhos eram
destrudos, os ovos quebrados e os filhotes mortos.
[...] A campanha foi um retumbante fracasso. No se levou em conta que os pardais, alm
de comer gros, se alimentam tambm de insetos, e que uma de suas iguarias prediletas so
os gafanhotos. A populao de gafanhotos se multiplicou pelos campos chineses, arruinando
plantaes e causando desequilbrio ao ecossistema.
Relacionando esse episdio com uma cadeia alimentar, correto afirmar que
a) os pardais podem ser considerados como consumidores de 1a e de 2a ordens.
b) os ratos podem ser considerados somente como consumidores de 2a ordem.
c) os gafanhotos podem ser considerados como consumidores de 1a e de 2a ordens.
d) o homem pode ser considerado somente como consumidor de 2a ordem.
e) todos os consumidores envolvidos podem ser considerados de 2a ordem.
Mackenzie, 2012. Disponvel em: <http://download.uol.com.br/vestibular2/prova/mackenzie2012_Prova_14_dez.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014.
HORA DA CHECAGEM
Herbvoros Alimentos
Veado-campeiro Folhas
Tucano Frutos
Ratinho-do-cerrado Sementes
Carnvoros Alimentos
Ona-pintada Veado-campeiro, macaco, dourado, capivara, anta e jacar
Jacar Capivara, anta, dourado, tuiui, sucuri, sapo e ema
Onvoros Alimentos
Tuiui Frutos, dourado e sapo
Pica-pau Sementes e insetos
A afirmao II verdadeira.
A afirmao III falsa, pois, de um nvel trfico para outro superior, a energia disponvel sempre
diminui. Portanto, o segundo nvel trfico de uma cadeia alimentar contm menos energia do que
o primeiro nvel trfico.
a) Ciclo do oxignio.
b) Ciclo do carbono.
c) Ciclo do nitrognio.
d) Ciclo da gua.
e) Ciclos do oxignio, do carbono e da gua. Na inspirao, obtm-se gs oxignio (O2) para o processo
HORA DA CHECAGEM
respiratrio. No ar expirado, so eliminados gs carbnico (CO2) e vapor de gua (H2O).
Desafio
1 Alternativa correta: a. Os pardais so consumidores de 1a e de 2a ordens porque se alimentam
das sementes das plantas (seres autotrficos) e dos gafanhotos (consumidores primrios, que se
alimentam de plantas).
BIOLOGIA
Unidade 2
Temas
1. Ecologia e relaes ecolgicas
2. P
roblemas ambientais contemporneos
Introduo
Nesta Unidade, o objetivo estudar a Ecologia como cincia e compreender
as relaes ecolgicas e os impactos que as atividades humanas tm causado em
vrios ambientes terrestres. Esses impactos tm se tornado cada vez maiores e
necessrio que todos estejam preparados para tomar iniciativas que visem pre-
servao dos ambientes que formam a biosfera, uma das maneiras de garantir um
futuro promissor para todas as espcies.
Neste tema, voc vai conhecer como a Ecologia estuda as relaes que os seres
vivos de uma comunidade biolgica estabelecem entre si.
Voc ver tambm que os seres humanos participam de muitas relaes ecol-
gicas com outros seres vivos, interferindo nos processos naturais e, muitas vezes,
causando desequilbrio e destruio de ecossistemas. A compreenso de como
os ecossistemas se formam e de como eles se recuperam dos impactos sofridos
(naturais ou causados pelos seres humanos) um conhecimento necessrio para
o futuro da vida e do planeta, que pode ajudar a compreender a ideia de desenvol-
vimento sustentvel.
Leia o trecho a seguir, que trata dos movimentos em defesa do meio ambiente.
Como voc acha que os conhecimentos proporcionados pela Ecologia esto rela-
cionados com alguns dos problemas que voc enfrenta em sua vida?
Agora, compare o que voc compreende por Ecologia com as descries presen-
tes no texto a seguir.
Ecologia
A palavra ecologia tem origem em dois termos gregos: oikos, que significa casa,
e logia, estudo. Ela foi utilizada pela primeira vez em 1866, pelo bilogo alemo
Ernst Haeckel (1834-1919), referindo-se rea da Biologia que estuda as relaes
entre os seres vivos e o ambiente onde habitam.
Uma pessoa sempre l com alguma inteno: para se divertir, para se informar,
para se lembrar de algo, para seguir uma instruo, para se emocionar ou para
estudar, como o caso aqui. Por meio da leitura, aprimoram-se conhecimentos j
adquiridos na experincia de vida.
Ao grifar um texto, voc precisa ter claro qual seu objetivo de leitura. Por
isso, observe o ttulo do texto, pois ele em geral indica o assunto que ser tratado.
Agora, releia o texto Ecologia. Localize no primeiro pargrafo e grife o significado
da palavra ecologia e a data em que ela foi utilizada pela primeira vez. No segundo
pargrafo, grife por que importante compreender o funcionamento da natureza
em todos os seus aspectos. Grife, ento, no terceiro pargrafo, os trechos mais
importantes que o ajudem a compreender melhor o que Ecologia.
Bom estudo!
50 UNIDADE 2
Relaes ecolgicas
Relaes ecolgicas
Nome Definio da relao Exemplos
Indivduos de uma populao com- Jacars disputando os peixes de
intraespecficas
Daniel Beneventi
Relaes ecolgicas
Intraespecficas Interespecficas
Inquilinismo Competio
Comensalismo Predao ou
Colnia
Competio Cooperao ou predatismo
Sociedade
protocooperao Parasitismo
Mutualismo Herbivoria
Observe que a natureza sempre mais complexa do que alguns textos costu-
mam ilustrar.
Tony Camacho/SPL/Latinstock
radub85/123RF
pulges, presos a um galho, esto
sugando a seiva elaborada de uma
planta para se alimentar.
Sucesso ecolgica
Observe as duas fotografias a seguir, que mostram reas de florestas que foram
desmatadas. Em relao rea desmatada, qual a principal diferena entre elas?
Ricardo Azoury/Pulsar Imagens
Fabio Colombini
54 UNIDADE 2
Hudson Calasans
so ecolgica se completa
quando a comunidade chega
a um equilbrio e as diversas
populaes que a compem
ficam relativamente estveis
ao longo do tempo. Os bilo-
gos chamam essa condio de
comunidade clmax.
Valery Shanin/123RF
primria sobre lava solidifi-
cada, os liquens so importan-
tes organismos pioneiros, por
suportarem condies adver-
sas, modificando o ambiente
e criando condies para que
plantas pioneiras, como algu-
mas gramneas, possam ocupar
uma pequena rea; a presena
dessas plantas permite o ac-
mulo de materiais para a vinda Sucesso ecolgica primria ocorrendo sobre lava solidificada.
de arbustos maiores, criando condies para a chegada de alguns insetos; estes
atraem pssaros; e assim uma nova comunidade vai se estabelecendo no local.
O controle biolgico, tcnica empregada no combate a espcies que causam danos e prejuzos aos
seres humanos, utilizado no combate lagarta que se alimenta de folhas de algodoeiro. Algumas
espcies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa Trichogramma sp. introduz
seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em questo. Os embries da vespa
se alimentam do contedo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta se desenvolvam. Assim,
possvel reduzir a densidade populacional das borboletas at nveis que no prejudiquem a cultura.
A tcnica de controle biolgico realizado pela microvespa Trichogramma sp. consiste na:
a) introduo de um parasita no ambiente da espcie que se deseja combater.
b) introduo de um gene letal nas borboletas, a fim de diminuir o nmero de indivduos.
c) competio entre a borboleta e a microvespa para a obteno de recursos.
d) modificao do ambiente para selecionar indivduos melhor adaptados.
e) aplicao de inseticidas a fim de diminuir o nmero de indivduos que se deseja combater.
Enem 2011. Prova azul. Disponvel em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2011/01_AZUL_GAB.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
HORA DA CHECAGEM
Orientao de estudo
Exemplos de trechos que poderiam ser grifados:
A palavra ecologia tem origem em dois termos gregos: oikos, que significa casa, e logia, estudo.
Ela foi utilizada pela primeira vez em 1866, pelo bilogo alemo Ernst Haeckel (1834-1919), refe-
rindo-se rea da Biologia que estuda as relaes entre os seres vivos e o ambiente onde habitam.
Compreender o funcionamento da natureza em todos os seus aspectos torna-se cada vez mais
importante. A Ecologia oferece conhecimentos que podem ajudar a humanidade a enfrentar os desa-
fios de produzir alimentos e energia para todos e, ao mesmo tempo, minimizar os impactos ambien-
tais que as atividades humanas tm causado nos ecossistemas de todo o planeta.
Por isso, a Ecologia tornou-se uma rea de conhecimentos multidisciplinares, na qual a Biologia, a
Fsica, a Geografia e a Qumica contribuem para a compreenso dos processos naturais e daqueles
provocados pelas atividades humanas. Alm disso, Economia, Agronomia e Cincias Sociais tam-
bm colaboram na tentativa de entender as complexas relaes que a humanidade estabelece com
os outros seres vivos em toda a biosfera terrestre.
que ficam em seu dorso. Esse exemplo uma perfeita relao de protocooperao, porque em troca
de alimento, a gara-vaqueira retira os parasitas existentes na orelha do bfalo.
2 A relao ecolgica que est ocorrendo entre os pulges e a planta o parasitismo, pois os pul-
ges esto se alimentando da seiva elaborada da planta e, portanto, usando parte da seiva para si,
o que prejudica a planta.
HORA DA CHECAGEM
2 Comunidade clmax o conjunto de populaes que convivem em um ecossistema que se
encontra em equilbrio, mantendo suas caractersticas ao longo do tempo.
Desafio
Alternativa correta: a. A microvespa Trichogramma sp. um parasita da borboleta, pois se alimenta
de seus ovos.
58
Neste tema, voc vai compreender melhor como e por que algumas atividades
humanas causam danos ambientais, principalmente por que elas interferem nos
ciclos biogeoqumicos, modificando-os. Esses estudos so essenciais para a com-
preenso do que tem ocorrido em nosso planeta nas ltimas dcadas, afetando a
vida de cada ser vivo, como o aquecimento global decorrente do aumento do efeito
estufa e da destruio de partes da camada de oznio que envolve a Terra. Enten-
der esses fenmenos a melhor forma de diminuir cada um deles e, mais impor-
tante, deixar um planeta melhor para as prximas geraes de todos os seres vivos
que o habitam.
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ipcc-alerta-concentracao-de-co2-na-atmosfera-e-recorde,1079550
[...]
Os diferentes tipos de despejo de esgoto no tratado so os principais agentes de poluio que transformam os crregos e rios
de So Paulo em ambientes sem vida.
NASA/SPL/Latinstock
As fotografias de satlite mostram a reduo da superfcie coberta pelo Mar de Aral, entre 1960 e 2002.
Kazuyoshi Nomachi/Corbis/Latinstock
afluentes, os rios Amu Darya e Syr Darya,
cujas guas eram responsveis pela manu-
teno do nvel do Mar de Aral at os anos
1960. Depois, porm, a poluio e o uso sem
controle dessas guas para irrigao e abas-
tecimento fizeram a vazo dos rios dimi-
nuir muito. Isso trouxe como consequncia
a reduo do nvel da gua do lago, pois a Navios abandonados em rea antes ocupada pelo Mar de Aral.
evaporao da gua ficou mais intensa do
que a reposio feita pelos dois rios. A prtica da pesca, antes comum na regio,
tornou-se impossvel, provocando prejuzo para a populao local.
Segundo a Organizao das Naes Unidas (ONU), [...] 10 milhes de mortes por
ano so diretamente atribudas a doenas intestinais transmitidas pela gua. Um
tero da humanidade vive em contnua debilidade resultante das impurezas da
gua e outro tero est ameaado pelo lanamento de substncias qumicas nas
guas, cujos efeitos a longo prazo so desconhecidos.
VIANNA, Regina Cecere et al. Os recursos de gua doce no mundo situao, normatizao e perspectiva. mbito Jurdico, Ambiental, Rio Grande, out. 2005.
Disponvel em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=215&n_link=revista_artigos_leitura>. Acesso em: 20 ago. 2014.
UNIDADE 2 61
revitalizao da rea verde ao seu redor com a utilizao de espcies da flora nativa,
a elaborao de uma horta comunitria, a implantao de caminhos e equipamentos
para uso pblico.
Atividade 1 gua
Desde a dcada de 1980, uma srie de iniciativas tomadas por rgos interna-
cionais levou as indstrias de todo o mundo a diminuir intensamente o uso de
gases que destroem a camada de oznio, principalmente os CFCs utilizados no
sistema de refrigerao de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado.
http://www.mma.gov.br/clima/protecao-da-camada-de-ozonio/convencao-de-viena-e-protocolo-de-montreal
[...]
c) O oznio bom para a sade do ser humano, mesmo quando ele o respira.
Se voc j entrou em um carro que ficou fechado sob Sol intenso por mais de uma
hora, ento j viveu a experincia de ter entrado em uma estufa. Essa palavra tem
origem no italiano stufa, que significa local quente ou aparelho para aquecimento.
O vidro que cobre a estufa permite a passagem quase total da luz visvel emitida
pelo Sol. Essa luz, quando incide sobre as plantas, o cho e outros objetos que esto
no interior da estufa, provoca um aquecimento. Tudo o que aquecido pela luz do
Sol passa a emitir energia na forma de luz infravermelha. Porm, enquanto o vidro
da estufa muito transparente luz visvel, ele bem opaco luz infravermelha.
Por isso, h um acmulo de energia trmica no recinto, e a temperatura aumenta.
Ed Viggiani/Pulsar Imagens
provoca um aumento da temperatura
junto superfcie, exercendo uma fun-
o semelhante quela que o vidro faz
nas estufas de plantas. Alguns gases
presentes no ar provocam o efeito
estufa e, por isso, so chamados de
gases de efeito estufa. O mais impor-
tante deles o dixido de carbono, ou
gs carbnico (CO 2). Um aumento da
Na estufa, o telhado de vidro permite a entrada de luz visvel e difi-
quantidade desse gs na atmosfera culta a sada de luz infravermelha.
como engrossar o vidro da estufa ou o
cobertor em uma noite muito fria. Os gases de efeito estufa tm a propriedade de
absorver energia infravermelha e permanecer com ela por algum tempo, elevando a
temperatura da atmosfera.
Biologia Volume 1
Efeito estufa
O vdeo explica o papel dos diferentes gases no aumento da temperatura do planeta, permi-
tindo que voc reflita sobre as mudanas de temperatura e avalie em que medida o efeito
estufa um fenmeno de regulao que contribui para a existncia de vida em nosso pla-
neta. Ao mesmo tempo, ajuda voc a pensar sobre os fatores que o tornam um efeito nocivo
que contribui para o aquecimento global, trazendo problemas e graves consequncias. Alm
disso, ele possibilita a voc avaliar os depoimentos de especialistas que propem algumas
solues para evitar essas consequncias ruins.
2 Como voc pode modificar essa frase para que ela fique correta?
1 Das alternativas a seguir, assinale a que contm apenas gases de efeito estufa.
2 Se algum lhe perguntasse se verdade que a flatulncia dos bois e das vacas
contribui para o aquecimento global, como voc explicaria que essa afirmao
realmente verdadeira?
A gua potvel pode conter pequenas quantidades de nitrato sem que isso
cause problemas para quem a consome. No entanto, se as concentraes forem
altas, a presena dessa substncia no organismo pode prejudicar o funciona-
mento das hemoglobinas do sangue, molculas responsveis pelo transporte do
gs oxignio, impedindo-as de realizar esse transporte. Com isso, a oxigenao
do organismo fica comprometida, podendo causar fraqueza e cianose (pontas dos
dedos escuras), principalmente em crianas.
UNIDADE 2 69
Em 1992, foi realizada no Rio de Janeiro a Conferncia das Naes Unidas sobre
o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que ficou conhecida mundialmente como
Rio-92, Eco-92 ou Cpula da Terra. Nela, foi divulgado o conceito de desenvolvi-
mento sustentvel como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do pre-
sente, sem comprometer a capacidade das geraes futuras de suprir suas prprias
necessidades.
1 Considerando o que voc aprendeu nesta Unidade, voc acha que a humani-
dade est caminhando em direo a um desenvolvimento sustentvel? Por qu?
2 Em sua opinio, o que deveria ser feito para que haja algum tipo de desenvolvimento
sustentvel que assegure maior preservao ambiental para as prximas geraes?
HORA DA CHECAGEM
Atividade 1 gua
A produo de gua potvel se torna cada vez mais custosa para a sociedade, da a importncia de
economizar gua, evitando sempre o desperdcio.
1 A pessoa se equivocou por achar que o problema do aquecimento global o efeito estufa,
quando na verdade ele muito importante para a manuteno da vida no planeta. O problema,
que precisa ser combatido, a intensificao do efeito estufa.
2 A frase correta seria: Temos de tomar providncias imediatas para acabar com o aumento do
efeito estufa, que est prejudicando o planeta.
2 Bois e vacas contribuem para o aquecimento global porque produzem em seus tubos digestrios
grandes quantidades de gs metano, um gs de efeito estufa.
1 A resposta pessoal. Para responder questo, voc teve de refletir sobre o conceito de
desenvolvimento sustentvel e avaliar alguns exemplos de aes em diversos setores/reas, ava-
liando se so ou no ambientalmente corretas. Por exemplo: o agronegcio e a monocultura; a
produo de transgnicos; a coleta seletiva e reciclagem do lixo; a produo de energia renovvel,
entre outros.
2 A resposta pessoal. Entretanto, para formar a sua opinio e responder a esta questo, voc
pode consultar artigos de instituies e profissionais que estudam e debatem esse assunto. H, por
exemplo, vrios comentrios nos seguintes sites:
UNIDADE 2 71
HORA DA CHECAGEM
PGINA 22. Disponvel em: <http://www.pagina22.com.br>. Acesso em: 21 ago. 2014.
Desafio
Alternativa correta: c. O perigo da adubao qumica com compostos de nitrognio est no fato de
que alguns desses compostos so solveis em gua, podendo contamin-la.
QUALIDADE DE VIDA DAS POPULAES
BIOLOGIA
Unidade 3 HUMANAS: SADE INDIVIDUAL E COLETIVA
TEMAS
1. Uma doena para entender a sade
2. Afinal, o que sade?
Introduo
Nesta Unidade, voc estudar os conceitos relacionados com a sade individual e
coletiva, principalmente os aspectos da preveno de doenas e da promoo da sade.
Ver, ainda, como novas descobertas da cincia sobre certas doenas e suas
formas de contgio, novos medicamentos e campanhas de preveno tm con-
tribudo para a melhoria da qualidade de vida da populao. Associado a isso, vai
refletir sobre os fatores que definem a sade e que interferem na qualidade de
vida, alm de conhecer algumas das principais doenas da atualidade e as formas
de se prevenir contra elas.
Neste tema, voc conhecer a histria da peste negra, doena que assolou o
mundo durante muito tempo, especialmente na Europa, em meados do sculo XIV.
Hoje, ela tem cura, que foi obtida por meio da combinao de resultados dos traba-
lhos de vrios cientistas. Com base nesses conhecimentos, voc poder fazer uma
comparao dessa situao com a de uma doena atual que preocupa a populao
brasileira: a dengue.
Pelo estudo de uma doena, voc vai conhecer as respostas a essas perguntas e
construir a ideia do que sade.
Para iniciar o estudo sobre sade, voc vai refletir sobre um de seus aspectos,
uma situao de doena, analisando como os conhecimentos cientficos alteraram
o rumo de uma calamidade.
Bridgeman Images/Keystone
Pieter Bruegel. O triunfo da morte, 1562. leo sobre madeira, 117 cm 162 cm. Museu do Prado, Madri, Espanha.
Mas qual seria a causa da doena? poca, muitos acreditavam que era cas-
tigo divino, aproximao do fim do mundo, estrangeiros, envenenamento de gua
pelos judeus ou mendigos, explicaes
Album/akg-images/Latinstock
surgidas da imaginao e do preconceito,
que sempre justificavam massacres.
Hudson Calasans
Adenoide
Linfonodos cubitais
Tonsilas
Linfonodos axilares
Timo
Bao
Linfonodos inguinais
Linfonodos renais
Capilares linfticos
Linfonodos poplteos
Linfonodos tibiais
No Brasil, foram notificados 490 casos de peste entre 1983 e 2009 menos de 20
casos por ano, em mdia. Se essa doena tem um potencial to catastrfico, tendo
matado cerca de 25 milhes de europeus no sculo XIV, como voc explica um
nmero to baixo de casos no Brasil, nesse intervalo de tempo? Em sua opinio, o
que mudou entre o sculo XIV e os dias de hoje que parece ter permitido o controle
dessa calamidade?
250
200
150 126
100
54
50
1 6
0
CE RN PB BA MG
Unidade federada
Fonte: SVS/MS
BRASIL. Ministrio da Sade. Guia de vigilncia epidemiolgica: caderno 10, 7. ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2009, p. 59.
Disponvel em: <http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2013/10/Guia-de-Vigil%C3%A2ncia-Epidemiol%C3%B3gica-%E2
%80%93-7%C2%AAedi%C3%A7%C3%A3o-2010.pdf>. Acesso em: 15 out. 2014.
A peste desvendada
Contudo, ainda faltava descobrir como se dava o contgio, o que ocorreu em 1911,
graas a outro mdico francs, Paul-Louis Simond (1858-1947). Ele descobriu que diver-
sos tipos de roedores eram portadores da bactria, mas no a transmitiam, ficando o
UNIDADE 3 77
contgio a cargo das pulgas, consideradas ento os vetores da doena, uma vez que
picavam tanto os roedores como os seres humanos.
Hoje, essa doena facilmente tratada com alguns tipos de antibiticos (medi-
camentos utilizados para o tratamento de infeces provocadas por bactrias),
desde que o paciente seja prontamente atendido.
Nos ltimos anos, o Brasil tem enfrentado outra epidemia: a dengue. Existem dife-
renas entre o caso da peste negra e o da dengue, mas, muitas semelhanas tam-
bm. Uma das diferenas o microrganismo causador da doena, tambm chamado
78 UNIDADE 3
Profilaxia
Tabela 2
Diarreia 2,7%
HORA DA CHECAGEM
Desafio
Alternativa correta: c. As fmeas do mosquito Aedes aegypti depositam seus ovos na gua, onde as
larvas se desenvolvem. Para evitar a reproduo do vetor, removem-se os locais com acmulo de
gua, o que, consequentemente, diminui a quantidade de casos de dengue.
UNIDADE 3 81
82
Neste tema, voc vai estudar o conceito de sade, bem como uma possvel
forma de classificar as doenas. Esses conhecimentos so fundamentais para
entender a dinmica das doenas e avaliar a situao da sade de uma populao,
a fim de saber se existe algum risco de epidemia e quais medidas devem ser toma-
das para evitar que ela ocorra.
Voc j ouviu alguma vez a cano O pulso, dos Tits? Nela, h um verso que
diz que o pulso est relacionado vida. Voc sabe o que isso significa?
O pulso uma manifestao dos batimentos cardacos que pode ser percebida
em regies do corpo onde alguns grandes vasos sanguneos esto prximos pele,
como na regio do brao junto mo (tambm chamada de pulso) e no pescoo.
A percepo do pulso pelo mdico pode lhe dar informaes sobre a sade de um
paciente e, mais do que tudo, significa que o indivduo est vivo.
Na cano, so citadas vrias doenas, tais como peste bubnica, cncer, tuber-
culose, raiva, pneumonia, rubola, anemia. Voc conhece alguma(s) delas?
carbouvalr/123RF
Danilo Verpa/Folhapress
No dia a dia, situaes como essas alteram o bem-estar fsico e mental das pessoas.
84 UNIDADE 3
Com uma definio to ampla, dizer que se est com sade torna-se difcil, pois
a condio do ser humano dinmica; o corpo se adapta continuamente a situa-
es externas e internas. Assim, possvel perder esse equilbrio dinmico de vez
em quando, principalmente se alguns cuidados forem negligenciados.
Publicado pela primeira vez em 1990, o IDH foi criado por dois economistas:
Mahbub ul Haq, paquistans, e Amartya Sen, indiano, ganhador do Prmio Nobel
de Economia de 1998. Seu clculo feito anualmente e divulgado no Relatrio de
Desenvolvimento Humano, produzido pela Organizao das Naes Unidas (ONU).
O ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) uma medida que adequa o IDH para
a realidade dos municpios brasileiros. Com base nesse ndice, estudos recentes mostram que,
na ltima dcada, houve uma reduo das desigualdades entre as cidades do Pas, capitaneada,
sobretudo, pela melhoria dos indicadores relacionados educao. Procure a classificao do
IDHM do municpio em que voc mora, consultando o site do Programa das Naes Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD), disponvel em: <http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/Ranking-
IDHM-Municipios-2010.aspx> (acesso em: 28 nov. 2014). Assim, voc conhecer como as polticas
pblicas de educao, sade e renda impactam na qualidade do desenvolvimento humano em
sua cidade.
86 UNIDADE 3
Vale destacar, porm, que nem sempre os cientistas concordam com a forma
de diagnosticar um tipo de doena, sem falar no fato de que, diante de novas des-
cobertas da cincia, a classificao das doenas fica sujeita a mudanas.
Enfim, muito difcil encontrar uma boa classificao para os tipos de doen-
as existentes, porque, muitas vezes, uma doena tem mais de uma causa. Ainda
assim, para fins didticos, e de maneira simplificada, as doenas podem ser clas-
sificadas em dois grupos:
doenas causadas pela falta de algum nutriente (carenciais): incluem, por exem-
plo, a anemia (falta de ferro na alimentao, afetando a quantidade de hemoglo-
bina presente nos glbulos vermelhos do sangue, o que leva a uma deficincia
no transporte de oxignio para todas as clulas do corpo, provocando fraqueza,
emagrecimento em alguns casos etc.) e o escorbuto (falta de vitamina C, causando
inflamao das gengivas e perda de dentes);
Para muitas pessoas, a ideia de epidemia pode estar associada aos eventos
que se contam sobre a peste negra ou queles filmes nos quais h um grande
nmero de mortos, muito sofrimento e a procura desesperada por um remdio ou
vacina contra uma doena transmissvel. No entanto, preciso tratar o assunto de
maneira mais cuidadosa.
IAMAT
MAPA DA MALRIA, 2014
Anopheles gambiae
IAMAT. World Malaria Risk Chart, 2014. Disponvel em: <https://www.iamat.org/elibrary/view/id/1376>. Acesso em: 14 jan. 2015. Mapa original.
Assim, uma boa forma de ler para estudar fazer anotaes, ou seja, escre-
ver algumas notas enquanto se l um texto. Uma dica que voc anote palavras-
-chave ou frases curtas que expressem as ideias principais ao longo do texto.
Dessa maneira, voc desenvolver o hbito de fazer anotaes enquanto estuda,
um procedimento que lhe ser de grande ajuda.
Voc vai fazer agora anotaes sobre o texto Epidemias, pandemias, surtos e ende-
mias (p. 87-88). Primeiro, releia o texto na ntegra e depois comece a anotar os tre-
chos que considerar importantes. Lembre-se de que o ttulo do texto indica sempre
de forma clara o assunto que ser tratado. Por isso, nesse texto, importante que
suas anotaes estejam relacionadas com os quatro aspectos indicados no ttulo.
Agora, siga organizando suas anotaes. Lembre-se de que elas podem ser em
forma de palavras-chave ou frases curtas, como nos exemplos. Se surgir alguma
dvida durante a leitura, anote-a e leve-a para o planto de dvidas do CEEJA.
Bom estudo!
90 UNIDADE 3
Pode parecer estranho pensar em obesidade como uma epidemia, porque pes-
soas acima do peso no tm uma doena nem so transmissoras de doenas.
O mesmo se pode dizer das pessoas que fumam (principal responsvel pelo
aumento do nmero de casos de cncer de pulmo e de bexiga nos ltimos anos),
que bebem (uma das maiores causas de acidentes de trnsito) ou que usam outras
drogas. Em todas essas situaes, preciso tomar decises que tero impactos
sobre a sade pblica.
Qual seria, ento, a importncia de ter informaes e conhecer esses assuntos? Como
o conhecimento pode ajudar na preveno de problemas como os aqui colocados?
A plio causada por trs tipos de vrus, e h uma vacina muito eficiente con-
tra os trs, na forma de gotas pingadas na boca das crianas. A manifestao da
doena muito variada, desde passar quase despercebida at provocar a morte. Ela
pode causar a paralisia de msculos de braos e pernas, deixando-os sem fora,
porm, de cada cem casos da doena, em apenas um ocorre algum tipo de parali-
sia. Se a paralisia atingir msculos da respirao, causar a morte.
a doena mais comum e a transmisso mais fcil nos locais onde faltam gua
encanada e rede de tratamento e coleta de esgoto.
Daniel Beneventi
1.260
1.200
1.000
N de casos
800
612
600
400 329
196
200 122 142 106
69 45 35 0 0 0 0
0
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993
Anos
Fonte: BRASIL. Ministrio da Sade. Guia de vigilncia epidemiolgica: caderno 4, 7. ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2009, p. 6.
Disponvel em: <http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2013/10/Guia-de-Vigil%C3%A2ncia-Epidemiol%C3%B3gica-%E2%80%93-
7%C2%AAedi%C3%A7%C3%A3o-2010.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,oms-declara-emergencia-mundial-de-poliomielite,1162456
a segunda vez na histria que a entidade declara uma emergncia global por conta de uma
doena; a primeira vez foi em 2009, com a gripe A
Genebra Depois de detectar casos em mais de uma dezena de pases, a Organizao Mun-
dial da Sade (OMS) decretou emergncia sanitria mundial diante do risco de contgio de
poliomielite.
[...]
Apesar de os casos de polio terem sido identificados principalmente na frica, Oriente Mdio
e sia, a entidade optou por decretar o estado de emergncia como forma de combater sua
proliferao e diante do risco de que a doena chegue a pases que, com esforos de anos e
milhes de dlares gastos, conseguiram erradicar o problema.
[...]
A Sria era considerada um exemplo no Oriente Mdio de como um governo conseguiu erra-
dicar a doena. Nenhum caso foi identificado em 14 anos. Mas a guerra transformou essa
realidade. A OMS alerta que milhares de srios esto hoje vivendo de forma precria nas peri-
ferias das grandes cidades europeias, alm de j representarem 25% da populao do Lbano
e terem criado a quarta maior cidade da Jordnia, em apenas trs anos.
[...]
1 Como a emigrao dos srios que fugiram da guerra pode afetar a sade mundial?
3 Com base nessa notcia, como voc responderia pergunta feita no comeo
da atividade?
Houve uma grande elevao do nmero de casos de malria na Amaznia que, de 30 mil casos
na dcada de 1970, chegou a cerca de 600 mil na dcada de 1990. Esse aumento pode ser relacio-
nado a mudanas na regio, como
a) as transformaes no clima da regio decorrentes do efeito estufa e da diminuio da camada
de oznio.
b) o empobrecimento da classe mdia e a consequente falta de recursos para custear o caro trata-
mento da doena.
c) o aumento na migrao humana para fazendas, grandes obras, assentamentos e garimpos, ins-
talados nas reas de floresta.
d) as modificaes radicais nos costumes dos povos indgenas, que perderam a imunidade natural
ao mosquito transmissor.
e) a destruio completa do ambiente natural de reproduo do agente causador, que o levou a
migrar para os grandes centros urbanos.
Enem 2003. Prova amarela. Disponvel em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2003/2003_amarela.pdf>. Acesso em: 8 set. 2014.
HORA DA CHECAGEM
2 A poliomielite espalha-se em locais com grande nmero de pessoas, sem preveno e com con-
dies inadequadas de saneamento bsico e higiene.
94 UNIDADE 3
3 No existem mais casos de poliomielite no Brasil, mas pessoas vindas de outros pases
podem trazer o vrus. Se todas as pessoas estiverem vacinadas, no haver risco de uma epide-
HORA DA CHECAGEM
mia no Pas.
Desafio
Alternativa correta: c. A questo permite entender que a administrao da sade pblica no pode
se preocupar apenas com o combate direto doena. Nesse caso, percebe-se que a migrao pro-
cura de emprego e melhores condies de vida, em uma rea onde existe uma doena endmica,
pode elevar o nmero de casos.
QUALIDADE DE VIDA DAS POPULAES HUMANAS:
BIOLOGIA
Unidade 4 PROMOO Da SADE E A SADE
TEMAS
1. Alimentao e sade
2. Sade e saneamento bsico
Introduo
Nesta Unidade, voc aplicar alguns conceitos estudados na Unidade anterior,
entre eles o de sade e o de preveno a doenas, bem como a classificao delas,
e refletir sobre o que promoo da sade.
Alm de saber sobre mais algumas doenas, voc vai relacionar a alimentao
com a manuteno da sade, conhecendo os principais tipos de nutrientes e algu-
mas de suas funes no organismo. Ver, tambm, como a sade do indivduo est
associada degradao ambiental e ao saneamento bsico.
Alimentao e sade T E M A 1
Hoje pouca gente tem dvida de que a boa sade passa tambm por uma ali-
mentao correta e por bons hbitos de higiene. Mas o que ser que caracteriza
uma alimentao correta?
Cardpio 1 Cardpio 2
Arroz Hambrguer
Feijo Batatinha frita
Bife Refrigerante
Ovo
Refrigerante
96 UNIDADE 4
Hudson Calasans
Glndulas salivares: produo
da saliva, constituda basicamente
de gua, mas que contm uma
enzima importante, a amilase
Boca: mastigao; salivar, responsvel pela digesto
digesto do amido por do amido. Assim como o pncreas
ao da amilase salivar. e o fgado, so chamadas
glndulas anexas.
Fgado: produo da bile,
substncia armazenada
na vescula biliar que Esfago: no tem
lanada pelo fgado no funo digestiva, onde
incio do intestino ocorre a passagem do
delgado para auxiliar na alimento por contrao
digesto dos lipdios. muscular, o movimento
peristltico (que se
repete por todo
Estmago: digesto de o tubo digestivo).
molculas de protenas
em pedaos menores
(oligopeptdeos) por ao Pncreas:
da enzima pepsina, produo do suco
presente no suco gstrico. pancretico, que
Intestino grosso: contm vrias
absoro de gua enzimas digestivas.
e sais minerais.
Intestino delgado:
digesto de carboidratos,
protenas e lipdios por Reto e nus: o que no
ao das enzimas aproveitado pelo
presentes nos sucos sistema digestrio
pancretico e entrico eliminado pelo nus.
(lanado pelas clulas do
duodeno); absoro da
maioria dos nutrientes.
As principais biomolculas
Glicdios
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Fibras
A celulose o que se chama de fibras, importantes para aumentar o bolo alimentar e estimular
as contraes musculares que empurram o alimento e os nutrientes ao longo de todo o sistema
digestrio. Alimentos integrais, como as verduras, contm mais fibras que os refinados (aqueles
que so processados industrialmente e perdem principalmente as cascas, ricas em fibras).
Assim, quando voc come alimentos de origem vegetal, principalmente folhas (alface, couve
etc.), voc est ingerindo a celulose, biomolcula constituda por um polissacardeo. Essa
molcula, porm, no transformada em monossacardeo no nosso sistema digestrio, pois
nele no existem enzimas para isso.
J os animais, como vacas e cupins, que se alimentam de vegetais, contm bactrias e pro-
tozorios em seu sistema digestrio, responsveis pela digesto da celulose. Tais microrga-
nismos vivem em uma relao de mutualismo (que voc estudou na Unidade 2) com esses
animais herbvoros.
Protenas
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Lipdios
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Daniel Beneventi
cidos graxos
Glicerol
Esquema de um triglicerdeo. Ao glicerol esto ligadas trs longas cadeias de carbono e hidrognio, que representam
os cidos graxos. O destaque em cor diferente uma ligao dupla entre carbonos, o que caracteriza um cido graxo
insaturado.
Mariusz Blach/123RF
Oksana Tkachuk/123RF
Oksana Tkachuk/123RF
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Alimentos ricos em vitaminas e sais minerais.
A gua a substncia mais abundante nos seres vivos. Embora muitos cientistas no a classifi-
quem como um nutriente, sua importncia muito grande, por sua propriedade de dissolver mui-
tas substncias, que podem ser transportadas atravs de todo o organismo e dentro das clulas.
Ela cria, tambm, um ambiente ideal para que ocorram as principais reaes qumicas das
clulas, alm de ser uma das fontes de sais minerais para o organismo.
Biologia Volume 1
A bioqumica dos alimentos
O vdeo explica a estrutura qumica e a funo biolgica de cada alimento e sua contribuio para
a formao do indivduo e a manuteno da atividade de seu organismo. Mediante o depoimento
de uma srie de pessoas, avalie os hbitos alimentares do brasileiro e conhea o seu prprio,
percebendo se est consumindo os alimentos de forma balanceada. Alm disso, aprenda com
os especialistas sobre a maneira como nosso organismo aproveita a energia dos alimentos para
transform-la em sua prpria energia, possibilitando, dessa forma, que o corpo exera as mais
diferentes atividades, tais como andar, pensar, utilizar a fora, entre outras.
Atividade 2 Os cardpios
Cardpio 1 Cardpio 2
Arroz Hambrguer
Feijo Batatinha frita
Bife Refrigerante
Ovo
Refrigerante
104 UNIDADE 4
Agora, com base no que voc estudou, analise os alimentos que compem cada
um deles, identificando os principais nutrientes.
Boca
Estmago
Intestino delgado
Intestino grosso
UNIDADE 4 105
2 O estmago costuma ser citado como o principal rgo da digesto. Aps o preen-
chimento do quadro, voc concorda com essa afirmao? Justifique sua resposta.
O prato ideal
Daniel Beneventi
OS DOIS LEG
MEN UM
PELO ES
DI
S E Tomate Azeite
FE
RA
RE
DU
NT
Brcolis Agrio
VER
Alface
ES
Pepino
Frango
Arroz Feijo
Batata
CA
Macarro Soja
AR
OZ Lentilha
R
O
F EIJ
Fruta
(sobremesa)
O prato ideal. importante consumir frutas, uma poro por refeio, e, se for utilizar o azeite para temperar a salada, usar uma
colher de sobremesa. A quantidade de alimentos deve corresponder rea da palma das mos, colocadas lado a lado.
Calorias
As clulas do corpo precisam de energia para realizar suas funes, seja para permitir o
movimento (clulas musculares, por exemplo), seja para produzir algo (suco pancretico, por
exemplo) ou simplesmente gerar novas clulas. Essa energia obtida dos alimentos inge-
ridos. A necessidade diria de energia varia de acordo com a idade, sexo e atividade que a
pessoa exerce. A quantidade de energia medida pela unidade quilocalorias (kcal), embora se
costume usar o termo calorias. Se quiser calcular quantas calorias voc precisa por dia, utilize
a calculadora oferecida no seguinte endereo:
SADE em Movimento. Calculador de calorias. Disponvel em: <http://www.saudeemmovi
mento.com.br/saude/calorias/gasto_kcal.htm>. Acesso em: 20 ago. 2014.
O endereo a seguir contm as calorias dos alimentos mais ingeridos pela populao brasi-
leira, em medidas simples, como fatias e colheres:
Tabela de calorias dos alimentos mais servidos em nossa mesa. Disponvel em:
<http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/nos/bom_apetite/tabelas/cal_ali.htm>. Acesso em:
20 ago. 2014.
2 Defende-se que a incluso da carne bovina na dieta importante, por ser uma excelente fonte
de protenas. Por outro lado, pesquisas apontam efeitos prejudiciais que a carne bovina traz
sade, como o risco de doenas cardiovasculares. Devido aos teores de colesterol e de gordura, h
quem decida substitu-la por outros tipos de carne, como a de frango e a suna. O quadro abaixo
apresenta a quantidade de colesterol em diversos tipos de carne crua e cozida.
108 UNIDADE 4
colesterol (mg/100 g)
alimento
cru cozido
carne de frango (branca) sem pele 58 75
carne de frango (escura) sem pele 80 124
pele de frango 104 139
carne suna (bisteca) 49 97
carne suna (toucinho) 54 56
carne bovina (contrafil) 51 66
carne bovina (msculo) 52 67
Revista Pro teste, no 54, dez/2006 (com adaptaes).
3 Atletas devem ter uma alimentao rica em protenas e carboidratos. Assim devem consumir
preferencialmente os seguintes tipos de alimentos, respectivamente:
a) verduras e legumes pobres em amido.
b) leos vegetais e verduras.
c) massas e derivados de leite.
d) farinceos e carnes magras.
e) carnes magras e massas.
Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) 2010. Disponvel em: <http://www.puc-rio.br/vestibular/repositorio/provas/2010/download/provas/VEST2010PUCRio_
GRUPO2_18102009.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
HORA DA CHECAGEM
Atividade 2 Os cardpios
1 No cardpio 1, h glicdios (arroz e refrigerante), muita protena e lipdios (feijo, ovo e bife).
Faltam fontes de vitaminas e fibras (legumes e verduras).
UNIDADE 4 109
No cardpio 2, h muito carboidrato (po, batata e refrigerante), alguma protena (a carne do ham-
brguer) e bastante lipdio (na prpria carne e na fritura do hambrguer e da batata). Faltam fontes
de vitaminas e fibras.
2 Feijo, bife e ovo so alimentos ricos em protenas. O feijo, alm das protenas, tambm rico
em fibras. Por essa razo, se tiver de optar, pode-se retirar o ovo ou a carne. possvel adicionar
a essa refeio fontes de vitaminas, como legumes ou frutas, em uma sobremesa, e tambm mais
fibras, que podem ser obtidas ingerindo verduras.
2 Depois de preencher o quadro, percebe-se que o intestino delgado o rgo responsvel por
digerir todos os tipos de nutrientes. Portanto, o principal rgo da digesto o intestino delgado.
A
MINAS, S IS E FIBRA
A S
VIT OS DOIS LEG
MEN UM
ELO ES
E P Tomate DI Azeite
S
FE
RA
RE
DU
NT
Brcolis Agrio
VER
Alface
ES
Pepino
Frango
HORA DA CHECAGEM
Arroz Feijo
Batata
CA
Macarro Soja
AR
AS
OZ Lentilha
R
GL
DI
TE
IC
O O
OS F EIJ
PR
Fruta
(sobremesa)
110 UNIDADE 4
2 Em termos de quantidade de nutrientes, possvel observar que metade do prato contm legu-
mes e verduras, ou seja, deve ser maior o consumo de fontes de vitaminas, sais minerais, glicdios
(existentes apenas em alguns legumes) e fibras. No esquema aparece, tambm, a adio de azeite,
importante fonte de lipdios insaturados.
3 Os alimentos mais calricos so aqueles que contm grande quantidade do glicdio amido. So
os alimentos que esto no setor do po, arroz, batata e macarro.
4 Existe pouca quantidade de alimentos ricos em lipdios, que ficam restritos s carnes e ao
azeite, se os legumes forem temperados. A qualidade desses lipdios, no entanto, varia, pois so
gorduras saturadas nas carnes e leos insaturados no azeite.
Desafio
1 Alternativa correta: e. O quadro mostra aumento no consumo de glicdios (biscoitos e refri-
gerantes) e diminuio no consumo de protenas (ovos e peixes), o que pode levar obesidade e,
consequentemente, queda na expectativa de vida.
2 Alternativa correta: e. O item I incorreto porque a carne de frango branca possui mais coles-
terol, lipdio relacionado a doenas cardiovasculares, do que o toucinho.
O item II tambm est incorreto, pois, fazendo a proporo, o contrafil cru possui 0,051% de coles-
terol por poro de 100 g.
Observao: os dados da tabela que consta da atividade so de 2006 e esto desatualizados. Traba-
lhos mais recentes da Associao de Consumidores Proteste mostram valores um pouco diferentes
(tabela a seguir), mas que no alteram o resultado do teste e suas concluses.
Colesterol (mg/100 g)
Alimento
Cru Cozido
Pele de frango
3 Alternativa correta: e. Dos alimentos citados, os nicos que contm protenas so as carnes, o
leite e seus derivados. Os carboidratos so todos os que contm farinha de trigo, como as massas
e os alimentos farinceos. leos so ricos em lipdios e os alimentos vegetais, como verduras e
legumes, so pobres em amido, mas so fontes de vitaminas e sais minerais.
UNIDADE 4 111
112
Neste tema, voc vai entender melhor o impacto das medidas de saneamento
bsico na sade da populao, o que reforar a ideia de que medidas coletivas so
fundamentais para a sade individual. Novamente, voc mobilizar os conceitos
das Unidades anteriores e ampliar seu conhecimento sobre doenas e as formas
de preveni-las.
Quais desses hbitos esto relacionados tanto com a alimentao como com a
manuteno da sade?
Por que voc deve lavar as mos antes das refeies: S porque elas podem estar
sujas?
Registre suas reflexes. Aps concluir este tema, voc poder retom-las e
acrescentar novas informaes ao que registrou.
Higiene e sade
Quando algum fala sobre hbitos de higiene, o que vem a sua mente? Tomar
banho? Lavar as mos? Sem dvida, esses so hbitos da maior importncia. Mas
o que eles tm a ver com doenas?
Para iniciar a discusso sobre isso, pense na lavagem das mos antes das refei-
es e na escovao dos dentes.
UNIDADE 4 113
Ali Kocakaya/123RF
Na boca existem inmeras bactrias, mas
Esmalte
apenas algumas causam cries. Elas so capa-
Coroa Dentina
zes de produzir cidos a partir dos restos de
Polpa
alimentos, especialmente dos carboidratos
(acares), e de aderir superfcie dos dentes, Gengiva
Kacso Sandor/123RF
e evita o desenvolvimento das cries. Uma
dieta com restrio de acar, especial-
mente de doces, contribui para a preveno
dessa doena.
A lavagem das mos antes das refeies, por sua vez, parece uma medida de
higiene mais inocente, apenas para tirar a sujeira. No entanto, diversas doenas
podem chegar pelas mos. Muitas bactrias e protozorios formam estruturas de
resistncia, chamadas cistos, que podem contaminar as pessoas pelas mos. o caso
das bactrias causadoras da clera e de outras disenterias, assim como de alguns
vrus. Quando voc aproxima suas mos da boca, pode ingerir os organismos pato-
gnicos. Da a importncia de lavar as mos antes das refeies. Tambm essencial
114 UNIDADE 4
lavar as mos em outros casos: antes e depois de entrar em contato com uma pessoa
doente, depois de usar o banheiro, depois de tocar em reas com as quais muitas
pessoas tm contato, como maanetas e corrimes de escadas e apoios e bancos de
transporte pblico. Mesmo que voc no tenha contato direto com esses microrga-
nismos, outra pessoa que tenha tido e no lavou as mos pode cumpriment-lo ou
deixar as formas de resistncia desses seres vivos em um objeto, por exemplo.
Matthew Benoi/123RF
Medidas simples podem evitar a propagao de algumas doenas: deixar frutas e verduras, depois de lavadas, mergu-
lhadas em um litro de gua com duas colheres de sopa de vinagre ajuda a eliminar os microrganismos patognicos. Lavar
sempre as mos com gua corrente e sabonete tambm.
Mas o que h de comum entre todas essas doenas? Como elas so transmi-
tidas de pessoa para pessoa? Uma das respostas possveis diz respeito ao sanea-
mento bsico.
O saneamento bsico
Se o saneamento bsico um direito constitucional do cidado, como fica a populao desses lugares?
116 UNIDADE 4
O abastecimento de gua
Esgoto
Coliformes fecais so bactrias que vivem no intestino sem fazer mal s pes-
soas. Apesar de eles no causarem doenas, sua presena pesquisada para veri-
ficar se a gua est contaminada.
Ateno
Para realizar o primeiro desafio, talvez seja necessrio pesquisar sobre as doenas. Para isso,
consulte a Orientao de estudo da pgina 89.
Regies
Doenas
I II III IV V
Hepatite A 5 7 10 1.840 5
Clera 0 8 11 253 4
Doena de Chagas 15 1.156 25 22 14
b) Qual das cinco regies possui o sistema de tratamento de guas e esgotos mais precrio? Justi-
fique sua resposta.
c) Considerando o mecanismo de transmisso pelo vetor, qual das cinco regies possui maior
extenso de rea rural prxima a regies silvestres? Justifique sua resposta.
HOUAISS, Antnio. Dicionrio eletrnico. Verso 1.0. Editora Objetiva, 2001 (adaptado).
A partir da leitura do texto, que discute as causas do aparecimento de cries, e da sua relao
com as informaes do dicionrio, conclui-se que a crie dental resulta, principalmente, de
a) falta de flor e de clcio na alimentao diria da populao brasileira.
b) consumo exagerado do xilitol, um acar, na dieta alimentar diria do indivduo.
c) reduo na proliferao bacteriana quando a saliva desbalanceada pela m alimentao.
d) uso exagerado do flor, um agente que em alta quantidade torna-se txico formao dos dentes.
e) consumo excessivo de acares na alimentao e m higienizao bucal, que contribuem para
a proliferao de bactrias.
Enem 2010. Prova azul.
Disponvel em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2010/AZUL_Sabado_GAB.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
HORA DA CHECAGEM
Desafio
1
a) A hepatite A causada por um vrus (VHA, sigla de vrus da hepatite A); a clera, por uma bact-
ria (Vibrio cholerae); e a doena de Chagas, por um protozorio (Trypanosoma cruzi).
120 UNIDADE 4
c) Para ser transmitida, a doena de Chagas necessita de um vetor, o inseto barbeiro, contaminado
por Trypanosoma cruzi. O barbeiro contrai o protozorio de animais que vivem em regies silvestres.
Portanto, as regies onde existem muitos casos da doena de Chagas so aquelas que tm maior
extenso de rea rural. o caso da regio II.