Apostila Cálculo
Apostila Cálculo
Apostila Cálculo
DE IPATINGA
1
Luiz Gonzaga Alves da Cunha
1ª edição
Ipatinga – MG
2020
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
Inclui referências.
ISBN: 978-65-990786-0-6
CDD: 100
CDU: 101
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
3
Menu de Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma
função específica, mostradas a seguir:
1
SUMÁRIO
01
1.1 MOTIVAÇÃO ..............................................................................................................5
1.2 NOÇÃO INTUITIVA DE FUNÇÃO ................................................................................6
1.3 EXPLORAÇÃO DE FUNÇÃO POR MEIO DE CONJUNTOS .........................................7
1.4 NOTAÇÃO MATEMÁTICA DE CONJUNTO .................................................................7
1.5 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO ..................................8
1.6 FÓRMULAS MATEMÁTICAS PARA DEFINIR FUNÇÕES ...............................................9
1.7 DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO DE VARIÁVEIS REAIS ...................................................9
1.8 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO .......................................................10
1.9 OBTENÇÃO DO DOMÍNIO E DA IMAGEM POR MEIO DO GRÁFICO .....................10
1.10 FUNÇÕES SOBREJETIVAS, INJETIVAS E BIJETIVAS ...................................................11
1.11 CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES ...................................................12
1.12 FUNÇÃO COMPOSTA ...............................................................................................14
1.13 FUNÇÃO INVERSA ....................................................................................................15
FIXANDO CONTEÚDO ..............................................................................................17
02
2.1 NOÇÕES INTUITIVA DE LIMITE ..................................................................................20
2.2 DEFINIÇÃO FORMAL DE LIMITE ................................................................................23
2.3 CONTINUIDADE DE FUNÇÕES ..................................................................................25
FIXANDO O CONTEÚDO ..........................................................................................28
03
3.1 LIMITE DE UMA FUNÇÃO CONSTANTE .....................................................................33
3.2 LIMITE DA SOMA DE DUAS FUNÇÕES ......................................................................33
3.3 LIMITE DA DIFERENÇA DE DUAS FUNÇÕES ..............................................................34
3.4 LIMITE DO PRODUTO DE DUAS FUNÇÕES ................................................................34
3.5 LIMITE DO QUOCIENTE DE DUAS FUNÇÕES ............................................................34
3.6 LIMITE DA POTÊNCIA DE UMA FUNÇÃO .................................................................34
3.7 LIMITE DA RAIZ DE UMA FUNÇÃO ...........................................................................35
3.8 LIMITE DO LOGARITMO DE UMA FUNÇÃO ..............................................................35
3.9 LIMITE DA FUNÇÃO POLINOMIAL ............................................................................35
3.10 LIMITES INFINITOS E LIMITES NO INFINITO ...............................................................35
3.11 LIMITES DE FUNÇÕES POLINOMIAIS QUANDO 𝐱 → ±∞. .........................................37
FIXANDO O CONTEÚDO ..........................................................................................39
04
4.1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................42
4.2 TAXA DE VARIAÇÃO ................................................................................................42
4.3 VISÃO GRÁFICA DA DERIVADA ..............................................................................43
FIXANDO O CONTEÚDO ..........................................................................................47
05
5.1 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO CONSTANTE .............................................................50
5.2 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO POTÊNCIA ................................................................50
5.3 DERIVADA DO PRODUTO ENTRE UMA CONSTANTE E FUNÇÃO .............................51
5.4 DERIVADA DA SOMA E DA DIFERENÇA DE DUAS FUNÇÕES .................................52
5.5 DERIVADA DO PRODUTO ENTRE DUAS FUNÇÕES ...................................................52
5.6 DERIVADA DO QUOCIENTE ENTRE DUAS FUNÇÕES ...............................................53
5.7 DERIVADA DA FUNÇÃO EXPONENCIAL .................................................................54
5.8 DERIVADA DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA .................................................................55
2
5.9 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS E SUAS DERIVADAS ...............................................56
5.9.1 Principais razões trigonométricas .................................................................. 56
5.9.2 Derivada das funções trigonométricas ....................................................... 58
5.10 DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA) ..................................61
FIXANDO O CONTÉUDO ..........................................................................................65
06
6.1 CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES ...................................................67
6.2 PONTOS CRÍTICOS ....................................................................................................69
6.3 PASSO A PASSO PARA OBTER PONTOS CRÍTICOS..................................................71
6.4 CONCAVIDADE DA CURVA ....................................................................................74
FIXANDO O CONTEÚDO ..........................................................................................77
REFERÊNCIAS......................................................................................... 81
3
Apresentação
“A questão primordial não é o que sabemos, mas como sabemos”
Aristóteles
4
GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES UNIDADE
1.1 MOTIVAÇÃO
01
No Egito antigo era comum registrar fenômenos naturais que aconteciam no
cotidiano. Tais registros não tinham a finalidade de explicar os fenômenos, mas ape-
nas de registrá-los. Posteriormente, estimulando o raciocínio lógico e analisando seus
resultados, iniciou-se estudos acerca dos modelos presentes nos registros encontra-
dos, levando estudiosos a avançar na compreensão dos mesmos.
Atualmente, podemos observar vários fenômenos em nosso meio que são pas-
síveis de explicações graças a utilização de ferramentas matemáticas tal como, a
trajetória da bola de basquete. Nessa situação específica, ou em outras similares, as
funções matemáticas são ferramentas amplamente utilizadas para desvendar as ca-
racterísticas desses eventos.
Outras ciências tais como a Física, Economia, Ecologia e Engenharia dentre
outras, utilizam as funções como suporte para explicar diversas situações corriqueiras
presentes em cada uma delas.
Para citar um exemplo prático, temos a ponte Hercílio Luz, situada na cidade
de Florianópolis, construída entre 1922 e 1926. As curvas presentes em sua estrutura,
formadas pelos seus cabos, sustentam a ponte de forma que a forças exercidas sobre
eles podem ser explicadas por equações algébricas que apresentam dependências
entre as grandezas envolvidas gerando, dessa forma, gráficos que diversificam a re-
presentação dos fenômenos favorecendo sua compreensão.
5
Enfim, o estudo de funções é fundamental para a construção de conceitos e
definições que levam à aprendizagem efetiva da Matemática e ciências Afins.
Observe que as grandezas envolvidas nos exemplos acima, exerce um grau de depen-
dência.
6
1.3 EXPLORAÇÃO DE FUNÇÃO POR MEIO DE CONJUNTOS
7
𝐟 ∶ 𝐀 → 𝐁 (Onde se lê: f é uma função de A em B)
Se temos uma relação 𝐀 → 𝐁 e existe algum elemento do conjunto A que não se relaciona
com elemento do B, podemos considerar essa relação uma função?
8
1.6 FÓRMULAS MATEMÁTICAS PARA DEFINIR FUNÇÕES
Como vimos na seção 1.5, em uma função está presente três componentes :
domínio, contradomínio e imagem. Ao representarmos uma função f de A em B
devemos ter em mente que A é o domínio da função e B é o contradomínio da
função. Logo:
DOMÍNIO
f: A → B (1)
CONTRADOMÍNIO
9
1.8 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO
Nos dias de hoje é muito comum encontrarmos gráficos como meio de comu-
nicar algumas informações. Podemos ver está linguagem gráfica em livros, revistas e
até mesmo na internet. No contexto das funções também iremos conviver com
os gráficos. Toda função matemática pode ser representada por um gráfico que
será construído em um plano denominado cartesiano.
Para que o gráfico seja construído podemos seguir alguns procedimentos que
nos auxiliam nesta tarefa.
Montar uma tabela com duas colunas onde na 1ª coluna serão colocados
valores de “x” (a sua escolha) pertencentes ao domínio da função e na 2ª coluna
preencher com as imagens de cada valor escolhido na 1ª coluna.
Uma vez formado o par ordenado (x,f(x)) devemos associá-lo a um ponto do
plano cartesiano.
Neste último passo, devemos marcar no plano cartesiano uma quantidade su-
ficiente de pontos até que seja possível esboçar o gráfico da função em questão.
10
Alguns gráficos não representam funções. O gráfico abaixo é um desses gráficos. Você
seria capaz de apontar uma característica desse gráfico para que ele não represente
uma função?
11
Figura 7: Função injetora
12
a) Função crescente: quando aumentamos os valores da variável indepen-
dente e por consequência, os valores da variável dependente também au-
mentam.
13
c) Função constante: quando aumentamos os valores da variável indepen-
dente e por consequência, os valores da variável dependente permane-
cem constantes.
L = 2V
} → L = 2(100 + P) → L = 200 + 2P
V = 100 + P
14
Figura 12: Função composta
15
Veja mais sobre o assunto no livro “Matématica” de Bonafini de (2012)
em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 26 jan. 2020.
16
FIXANDO CONTEÚDO
1. Observe na tabela a medida do lado (em cm) de uma região quadrada e sua
área (em cm2)
LADO 1 3 4 5,5 10 ... L
ÁREA 1 9 16 30,25 100 ... L2
De acordo com a tabela, podemos afirmar que a medida do lado da região qua-
drada cuja área é de 144 cm2 é:
a) 11 cm
b) 12 cm
c) 13 cm
d) 14 cm
e) 15 cm
1
𝑓(𝑥) =
𝑥 − 6
17
a) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 = 6ሽ
b) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 < 6ሽ
c) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 ≠ 6ሽ
d) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 > 6ሽ
e) o domínio de f(x) é ሼ𝑥 ∈ ℝΤ𝑥 ≥ 6ሽ
1
𝑓(𝑥) =
√8 − 𝑥
a) 3
b) 4
18
c) 5
d) 6
e) 7
a) 𝑓 −1 (𝑥) = −𝒙 − 𝟑
b) 𝑓 −1 (𝑥) = −𝒙 + 𝟑
c) 𝑓 −1 (𝑥) = 𝒙 − 𝟑
d) 𝑓 −1 (𝑥) = 𝒙 + 𝟑
e) 𝑓(𝑥) não tem inversa
19
LIMITES UNIDADE
Vamos começar a entender o conceito de limite por meio dos seguintes pas-
sos:
20
Agora preencher metade da região restante e recalcular a área.
Dessa forma, dizemos que o limite dessa soma será 1 (um) ou que a área desse
quadrado tente a 1 (um).
Então, limite no contexto matemático indica que o resultado se aproxima de
21
determinado valor sem, no entanto, atingir esse valor. Vamos agora abordar tal defi-
nição utilizando funções matemáticas com o intuito de obter sua formalização. Con-
sidere a função polinomial do 1º grau (f: ℝ → ℝ) definida por f(x) = x + 3 cujo gráfico
está representado abaixo.
Observe no gráfico que conforme os valores de x (no eixo das abscissas) vai se
aproximando do valor 4 (pelo seu lado esquerdo ou pelo seu lado direito), os valores
de sua imagem f(x) vai se aproximando do valor 7. Observe tal comportamento na
tabela abaixo.
22
Após a análise dos limites laterais acima podemos concluir que o limite da função f(x)
quando x tente a 4 é 7 e representamos por:
Exemplo:
x 2 − 4 para x ≠ 2
Considere uma função f: ℝ → ℝ definida por: f(x) = {
1 para x = 2
Vamos analisar o comportamento dessa função, ou seja, verificar o limite
dessa função à medida que os valores de x se aproxima de 2. Observe o gráfico
abaixo:
23
Figura 15: Gráfico da função
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝟎
𝐱→𝟐−
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝟎
𝐱→𝟐+
24
A afirmação acima reforça o nosso interesse pelo comportamento da função
para valores próximos de 2 e não quando x = 2.
Para a função 𝐟(𝐱) = 𝐱 𝟐 temos a parábola como gráfico e, para todo valor
de x do seu domínio encontramos uma imagem para ele.
Ou seja, o limite sempre existe quando x tende para “a” e o seu valor é igual
ao valor da função em “a”.
25
𝟏
Para a função 𝐟(𝐱) = 𝐱 se for calculado o seu limite quando x tende a 0 (zero)
pela esquerda encontraremos −∞, e se for calculado o seu limite quando x tende a
0 (zero) pela direita encontraremos +∞. Ocorre daí uma descontinuidade no gráfico.
Uma função f(x) é considerada contínua em um dado ponto “a” se as condições abaixo
forem satisfatórias:
i) existe f(a)
ii) existe lim f(x)
x→a
x para x ≤ 2
Exemplo: Seja a função: f(x) = {
1 para x > 2
Observe, por meio do gráfico, que f(2) = 2 e desta forma a primeira condição
foi contemplada. Mas,
O seja, temos limites laterais diferentes o que nos permite constatar que não
existe limite em x = 2 o que faz com que a segunda condição não seja comtemplada.
Logo a função é descontínua.
26
Figura 17: Gráfico da função
27
FIXANDO O CONTEÚDO
28
As afirmativas corretas são:
29
4. Analise as afirmativas apresentadas acerca do gráfico abaixo.
𝟏−𝒙
5. Analise as afirmativas acerca da função 𝒇(𝒙) = 𝒙+𝟏 .
30
c) Somente a afirmativa I e II estão corretas.
d) Somente a afirmativa II e III estão corretas.
e) Somente a afirmativa I e III estão corretas.
𝒙+𝟐
𝒇(𝒙) =
𝒙𝟐 − 𝟑𝒙 + 𝟏𝟎
x + 2, se x ≠ 1
f(x) = {
5, se x = 1
31
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas são falsas.
2x − 4, se x ≠ 1
8. Dada a função f(x) = { , o valor de k para que essa função seja con-
−k, se x = 1
tínua em x = 1 é:
a) K = 5
b) K = 4
c) K = 3
d) K = 2
e) K = 1
32
PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DOS UNIDADE
LIMITES
03
Para iniciarmos os estudos das propriedades dos limites, vamos considerar duas
f(x) e g(x) tais que:
Exemplo: lim 10 = 10
𝑥→1
33
3.3 LIMITE DA DIFERENÇA DE DUAS FUNÇÕES
Exemplo:
x + 2 lim(x + 2) 0+2 2
lim = x→0 = = −
x→0 2x − 3 lim (2x − 3) 2.0 − 3 3
x→0
𝐧
𝐥𝐢𝐦[𝐟(𝐱)]𝐧 = [𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱)] = (𝐋𝟏 )𝐧 𝐬𝐞 𝐋𝟏 > 𝟎 (8)
𝐱→𝐚 𝐱→𝐚
Exemplo:
3
lim(2x)3 = (lim 2x) = (2.1)3 = 23 = 8
x→1 x→1
34
3.7 LIMITE DA RAIZ DE UMA FUNÇÃO
𝟏
Vamos tentar entender este caso por meio da função 𝐟(𝐱) = 𝐱 cujo gráfico
35
Figura 18: Gráfico do limite de f(x) quando x→±∞
𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = 𝟎
𝐱→+∞ 𝐱→+∞ 𝐱
Por outro lado, analisando o gráfico, podemos observar que, quando x tende
a −∞, o valor de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero). Dessa forma temos:
𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = 𝟎
𝐱→−∞ 𝐱→−∞ 𝐱
36
pela direita), o valor de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero). Dessa forma te-
mos:
𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = +∞
𝐱→𝟎+ 𝐱→𝟎+ 𝐱
Por outro lado, analisando o gráfico, podemos observar que, quando x tende
a 0 (tende a 0 pela esquerda), o valor de f(x) se aproxima cada vez mais de 0 (zero).
Dessa forma temos:
𝟏
𝐥𝐢𝐦 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦 = −∞
𝐱→𝟎− 𝐱→𝟎− 𝐱
k k k
i) lim =0 ii) lim = +∞ iii) lim = −∞
x→±∞ f(x) x→0+ f(x) x→0− f(x)
Ou seja:
𝐥𝐢𝐦 𝐚𝐧 𝐱 𝐧 + 𝐚𝐧−𝟏 𝐱 𝐧−𝟏 + ⋯ + 𝐚𝟐 𝐱 𝟐 + 𝐚𝟏 𝐱 + 𝐚𝟎 = 𝐥𝐢𝐦 (𝐚𝐧 𝐱 𝐧 )
𝐱→±∞ 𝐱→±∞
Exemplos:
a) lim 𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 + 1 = lim 𝑥 3 = + ∞
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
37
b) lim 𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 + 1 = lim 𝑥 3 = − ∞
𝑥→−∞ 𝑥→−∞
38
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 7⁄3
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) 7⁄4
6𝑥 4
lim
𝑥→+∞ 4 − 𝑥 4
a) 6⁄4
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) −6
1 + 4𝑥 2
lim
𝑥→+∞ 1 − 2𝑥 3
a) 2
39
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) 4
−𝑥 5 + 𝑥 3
lim
𝑥→+∞ 𝑥 2 + 1
a) 1
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) −1
lim [𝑓(𝑥) − 𝑥] = 8
𝑥→3
a) 5
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) 11
lim [𝑓(𝑥). 𝑥] = 9
𝑥→3
40
Então o resultado lim 𝑓(𝑥) é:
𝑥→3
a) 0
b) 2
c) +∞
d) -∞
e) 3
𝑥2 − 1
lim
𝑥→1 𝑥 − 1
a) 0
b) 2
c) +∞
d) -∞
e) 1
𝑥 2 − 5𝑥
lim
𝑥→5 𝑥 − 5
41
DERIVADAS UNIDADE
4.1 INTRODUÇÃO
04
Por volta dos séculos XVII e XVIII apareceu, por meio de problemas de Física
acerca dos estudos dos movimentos, o conceito do que conhecemos hoje por deri-
vada de uma função. Dentre os estudiosos que mais se destacaram neste assunto
foram Newton (1642 – 1727), Leibniz (1646 – 1716) e Lagrange (1736 – 1813). A primeiras
conjecturas trabalhadas dentro da Física foram, de maneira lenta, introduzidas pos-
teriormente em outras ciências.
A ideia de taxa de variação que o estudo das derivadas nos traz, auxilia na
observação do comportamento de funções matemáticas assim como, a determina-
ção de seus valores críticos (máximo, mínimos e inflexão).
42
A TAXA DE VARIAÇÂO MÉDIA mede a velocidade ou o ritmo em que os valores
da imagem variam em relação aos valores do domínio.
Exemplo:
∆S S(t1 ) − S(t 0 )
Vm = =
∆t t1 − t 0
43
Dado dois pontos P1 (x1 , y1 ) e P2 (x2 , y2 ) de uma reta teremos a relação (9), mos-
trada no gráfico a seguir:
∆𝐲 𝐲𝟐 − 𝐲𝟏
𝐦= = = 𝐭𝐠 𝛂 = 𝐜𝐨𝐞𝐟𝐢𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐧𝐠𝐮𝐥𝐚𝐫 (13)
∆𝐱 𝐱𝟐 − 𝐱𝟏
Tal derivada f ′ (x0 ) pode ser obtida por meio da relação (14):
𝐟(𝐱) − 𝐟(𝐱𝟎 )
𝐟 ′ (𝐱𝟎 ) = 𝐥𝐢𝐦 (14)
𝐱→𝐱𝐨 𝐱 − 𝐱𝟎
44
Esse limite foi aplicado para podermos transformar uma reta secante à curva
da função em uma reta tangente à mesma. Obtemos então:
∆𝐱 𝐲𝟏 − 𝐲𝟎 𝐟(𝐱𝟏 ) − 𝐟(𝐱𝟎 )
𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦 = 𝐥𝐢𝐦
∆𝐱→𝟎 ∆𝐲 ∆𝐱→𝟎 𝐱 𝟏 − 𝐱 𝟎 𝐱→𝐱𝐨 𝐱𝟏 − 𝐱𝟎
𝐟(𝐱) − 𝐟(𝐱𝟎 )
𝐅𝐮𝐧çã𝐨 𝐃𝐞𝐫𝐢𝐯𝐚𝐝𝐚 → 𝐟´(𝐱) = 𝐥𝐢𝐦
𝐱→𝐱𝟎 𝐱 − 𝐱𝟎
Exemplos:
1) Determinar a derivada da função 𝐟(𝐱) = 𝟑𝐱 𝟐 no ponto de abscissa 𝐱𝟎 = 𝟐.
Sendo x0 = 2 então f(x0 ) = f(2) = 3.22 = 3.4 = 12
45
3(x + 2)(x − 2)
f´(2) = lim
x→2 x−2
f´(2) = lim 3(x + 2) = 12
x→2
46
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) 12
a) –5
b) 5
c) 0
d) – 1
e) 1
x4
3. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = x3 (pela definição) para x = 1, encon-
a) 2
b) 0
c) 1
d) 3
e) -1
a) 1
b) 5
47
c) 4
d) – 5
e) -4
f(x+h)−f(x)
5. O resultado de lim h
para f(x) = 3x é:
h→0
a) 3
b) 0
c) +∞
d) -∞
e) −3
f(x+h)−f(x)
6. O resultado de lim h
para f(x) = −x 2 − x é:
h→0
a) – 2x – 1
b) 2
c) 2x +1
d) 1
e) 0
a) 1/x2
b) 1/x
c) – 1/x2
d) – 1/x
e) 0
6 x−1 .x2
8. A derivada da função (pela definição) f(x) = é:
3
a) x2
b) x-1
c) x/3
48
d) 2
e) 0
49
TÉCNICAS DE DERIVAÇÃO UNIDADE
05
Acabamos de ver na seção anterior, como se calcula a derivada de uma fun-
ção em um determinado ponto por meio da definição gráfica.
Nesta seção iremos aprender como calcular as derivadas por meio de técni-
cas que tornam esses cálculos mais simples.
Tais técnicas serão, neste material, denominadas de “Técnicas de Derivação”.
Dada uma constante k (número real) de tal forma que uma função é definida
por f(x) = k diremos que f´(x) = 0. Temos então (14):
Exemplo:
f(x)=6 então f´(x)=0
f(x)=-10 então f´(x)=0
f(x)=√8 então f´(x)=0
Dada uma função definida por f(x) = x n diremos que f´(x) = nx n−1 . Temos então
a relação (15):
Exemplos:
f(x) = x 9
então
f´(x) = 9x 9−1 = 9x 8
50
f(x) = x −3
então
3
f´(x) = −3x −3−1 = 3x −4 =
x4
3
f(x) = x 4
então
3 3 3 1 3
f´(x) = x 4−1 = x −4 = 4
4 4 4 √x
1 2
f(x) = 3 = x −3
√x 2
então
2 2 2 5 2 2
f´(x) = − x −3−1 = − x −3 = − 3 =− 3
3 3 3√x 5 3x √x 2
Dada uma constante k (número real) de tal forma que uma função é definida
por f(x) = kg(x) diremos que f´(x) = k. g´(x). Logo, temos a relação (17)
Exemplos:
f(x) = 6x 2
então
f´(x) = 6.2x 2−1 = 6.2x = 12x
4
f(x) = x 9
3
então
4 4
f´(x) = . 9x 9−1 = . 9x 8 = 3.3x 8 = 9x 8
3 3
51
2
f(x) = = 2x −4
x4
então
−8
f´(x) = 2. (−4)x −4−1 = −8x −5 =
x5
Dadas duas funções g(x) e f(x) de tal forma que uma função é definida por
f(x) = g(x) ± h(x) diremos que f´(x) = g´(x) ± h´(x). Logo, temos que:
Exemplos:
f(x) = x 3 + x 2 + x + 1
então
f´(x) = 3x 3−1 + 2x 2−1 + 1x1−1 + 0 = 3x 2 + 2x + 1
f(x) = 4x 3 − 3x 2
então
f´(x) = 4.3x 3−1 − 3.2x 2−1 = 12x 2 − 6x
Dadas duas funções g(x) e f(x) de tal forma que uma função é definida por
f(x) = g(x). h(x) diremos que f´(x) = g´(x)h(x) + g(x)h´(x). Logo, tem-se a relação (19)
Exemplos:
52
= 15x 2 + 6x 2 − 15 − 6x + 2x 3 − 6x
= 2x 3 + 21x 2 − 12x − 15
f(x) = 4x(3x − 1)(2x + 3) = (12x 2 − 4x)(4x + 3)
então
f´(x) = (12.2x 2−1 − 4)(2x + 3) + (12x 2 − 4x)(4 + 0)
= (24x − 4)(2x + 3) + (12x 2 − 4x)4
= 28x 2 + 72x − 8x + 12 + 24x 2 − 16x
= 52x 2 + 48x + 12
Dadas duas funções g(x) e f(x) de tal forma que uma função é definida por
g(x) g´(x)h(x) − g(x)h´(x)
f(x) = diremos que f´(x) = [h(x)]2
. Temos então a relação (20):
h(x)
Exemplos:
(x 2 + 1)
f(x) =
x−3
então
(2x)(x − 3) − (x 2 + 1)(1)
f´(x) =
(x − 3)2
2x 2 − 6x − (x 2 + 1)
=
(x − 3)2
2x 2 − 6x − x 2 − 1
=
(x − 3)2
x 2 − 6x + 1
=
(x − 3)2
53
(3x − 7)
f(x) =
x2 − 3
então
(2x)(x − 3) + (x 2 + 1)(−3)
f´(x) =
(x − 3)2
2x 2 − 6x + (−3x 2 − 3)
=
(x − 3)2
2x 2 − 6x − 3x 2 − 3
=
(x − 3)2
−x 2 − 6x − 3
=
(x − 3)2
(6x − 1)
f(x) =
x2 + x
então
Dadas a f(x) por f(x) = ax com a ≠ 1 e x ∈ ℝ então diremos que sua derivada
será f´(x) =ax lna. Temos a relação (21)
Exemplos:
f(x) = 5x
então
f´(x) = 5x . ln5
54
5 x
f(x) = ( )
4
então
5 x 5
f´(x) = ( ) . ln ( )
4 4
x
f(x) = (√10)
então
x
f´(x) = √10 . ln√10
Logo,
Dadas a f(x) por f(x) = log a x com a > 0 e x ∈ ℝ∗+ então diremos sua derivada
1
será que f´(x) = . Temos então que (22)
xlna
𝟏
𝐒𝐞 𝐟(𝐱) = 𝐥𝐨𝐠 𝐚 𝐱 𝐞𝐧𝐭ã𝐨 𝐟´(𝐱) = (22)
𝐱𝐥𝐧𝐚
Exemplo:
f(x) = log 2 x
então
1
f´(x) =
xln2
f(x) = log 4 x
então
1
f´(x) =
xln4
55
f(x) = log a x
então
1
f´(x) =
xln10
a = hipotenusa
b = cateto adjacente ao ângulo 𝛼
c = cateto oposto ao ângulo 𝛼
Definimos:
Seno do ângulo α
cateto oposto a "α" c
sen α = =
hipotenusa a
56
𝐜
𝐬𝐞𝐧 𝛂 =
𝐚
Cosseno do ângulo α
cateto adjacente a "α" b
cos α = =
hipotenusa a
𝐛
𝐬𝐞𝐧 𝛂 =
𝐚
Tangente do ângulo α
cateto oposto a "α" c
tg α = =
cateto adjacente a "α" b
𝐜 𝐬𝐞𝐧 𝛂
𝐭𝐠 𝛂 = (𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫: 𝐭𝐠 𝛂 = )
𝐛 𝐜𝐨𝐬 𝛂
1 1 a
sec α = = =
cos α b b
a
𝐚
𝐬𝐞𝐜 𝛂 =
𝐛
1 1 a
cossec α = = c =
sen α c
a
𝐚
𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝛂 =
𝐜
1 1 b
cotg α = = c =
tg α c
b
𝐛 𝐜𝐨𝐬 𝛂
𝐬𝐞𝐜 𝛂 = (𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫: 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝛂 = )
𝐜 𝐬𝐞𝐧 𝛂
57
5.9.2 Derivada das funções trigonométricas
Demonstração:
sen x
Sabemos que tg x= então, utilizando a regra do quociente teremos:
cos x
sen x
f(x)= (que é a função a ser derivada)
cos x
Logo:
58
1
f´(x) =
cos2 x
1 2
f´(x) = ( )
cos x
f´(x) = (sec x)2
𝐟´(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝐱
Demonstração:
1
Sabemos que sec x= então, utilizando a regra do quociente teremos:
cos x
1
f(x)= (que é a função a ser derivada)
cos x
Logo:
(1)´(cos x) − (1)(cos x)´
f´(x) =
cos 2 x
0. cos x − (1)(−sen x)
f´(x) =
cos2 x
0 + senx
f´(x) =
cos2 x
0 + senx
f´(x) =
cos2 x
senx
f´(x) =
cos2 x
sen x
f´(x) =
cos x . cos x
1 sen x
f´(x) = ×
cos x cos x
f´(x) = sec x × tgx
𝐟´(𝐱) = 𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐭𝐠 𝐱
59
Demonstração:
1
Sabemos que cossec x= então, utilizando a regra do quociente teremos:
sen x
1
f(x)= (que é a função a ser derivada)
sen x
Logo:
Demonstração:
cos x
Sabemos que cotgx = então, utilizando a regra do quociente teremos:
sen x
cos x
f(x)= (que é a função a ser derivada)
sen x
Logo:
60
− senx . sen x − cos x cos x
f´(x) =
sen2 x
−sen2 x − cos 2 x
f´(x) =
sen2 x
− (sen2 x + cos2 x)
f´(x) =
sen2 x
−1
f´(x) =
sen2 x
1 2
f´(x) = − ( )
sen x
f´(x) = − (cossec x)2
𝐟´(𝐱) = − 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝟐 𝐱
𝐟´(𝐱) = − 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝐱 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝐱
Se temos uma função f(x) derivável em um dado ponto x e uma outra função
g(x) derivável em f(x), então podemos dizer que a função composta g ∘ f ou g[f(x)] é
derivável no ponto x dado, como mostra a Figura 23:
Exemplo:
61
Resolução:
f´(x) = 2x
g´(x) = 2y
g´[f(x)] = g´(x 2 − 1) = 2x 2 − 2
g´[f(x)]. f´(x) = (2x 2 − 2)2x = 𝟒𝐱 𝟑 − 𝟒𝐱
Portanto,
(g ∘ f)´(x) = g´[f(x)]. f´(x)
62
Quadro 1: Regras de Derivação – Resumo
63
Veja mais sobre o assunto no livro “`Cálculo” de Thomas (2009). Disponível
em em: https://bit.ly/3qCFln1. Acesso em: 19 fev. 2020;
64
FIXANDO O CONTÉUDO
a) −2xcos(x 2 )
b) −2xsen(x 2 )
c) −2xcotg(x 2 )
d) −2xcosec(x 2 )
e) −2xtg(x 2 )
3
2. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = 4x encontramos como resultado:
3
a) 4x . 3x 2 . ln4
3
b) 42x . 2x 2 . ln4
3
c) 4x . ln4
d) 4x. ln4
e) x. ln4
a) 2sec(x 2 )tg(x 2 )
b) 2xsec(x 2 )sec(x 2 )
c) 2sec(x 2 )cotg(x 2 )
d) 2xsec(x 2 )tg(x 2 )
e) 2xcosec(x 2 )tg(x 2 )
a) −cosec(x 3 ) . cotg(x 3 ). x
b) cosec(x 3 ) . cotg(x 3 )
c) −cosec(x 3 ) . cotg(x 3 ). 3x 2
d) cosec(3x 2 ) . cotg(3x 2 ). 2x
e) −co sec(x 2 ) . cotg(x 2 ). 2
65
5. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = −senx. cosx encontramos como resul-
tado:
a) − cos2 x + sen2 x
b) − cos2 x − sen2 x
c) cos 2 x − sen2 x
d) cos 2 x + sen2 x
e) 0
6. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = sen2 (x) + cos 2(x) + senx encontramos
como resultado:
a) 1
b) 0
c) Senx
d) Cosx
e) 2
cos2 (x)
7. Ao calcularmos a derivada da função f(x) = encontramos como resultado:
sen2(x)
a) −2cotg 2 x. cosecx
b) cotg 2 x. cosec 2 x
c) −xcotgx. cosec 2 x
d) 2cotgx. cosec 2 (x 2 )
e) -2cotgx. cosec2 x
a) tgx
b) secx
c) cossecx
d) cotgx
e) 0
66
ESTUDO DO COMPORTAMENTO UNIDADE
DAS FUNÇÕES
1º TEOREMA: Suponha que f(x) seja uma função contínua no intervalo fe-
chado [a, b] e derivável no intervalo aberto ]a, b[. Então, existe um ponto
“c” do intervalo [a, b] tal que existe a relação (30):
f(b) − f(a)
f ′ (c) = (30)
b−a
gráfico de f(x) nesse ponto de abscissa c. Dessa forma, como as retas r e s (que são
paralelas), apresentarão os mesmos coeficientes angulares e como o coeficiente an-
f(b)−f(a)
gular da reta s é dado por f´(c), temos que f´(c) = b−a
.
67
Exemplo: Dada a função f(x) = x 2 + 5x definida no intervalo [1, 3]. Determine o
f(3)−f(1)
ponto c tal que f´(c) = 3−1
.
24-6 24-6
Queremos encontrar "c " tal que: f´(c) = ,ou seja, 2c+5 = →c = 2
3-1 3-1
2º TEOREMA: Se para todo 𝐱 ∈ ]𝐚, 𝐛[ tivermos 𝐟´(𝐱) > 𝟎, então 𝐟(𝐱) é crescente
em todo intervalo ]𝐚, 𝐛[
3º TEOREMA: Se para todo 𝐱 ∈ ]𝐚, 𝐛[ tivermos 𝐟´(𝐱) < 𝟎, então 𝐟(𝐱) é decres-
cente em todo intervalo ]𝐚, 𝐛[
Exemplos:
Sinal de f´(x):
Figura 27: Sinal de 𝐟´(𝐱)
Comportamento de f(x)
Figura 28: Gráfico do comportamento de 𝐟(𝐱)
Logo,
𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱) 𝐬𝐞𝐫á 𝐝𝐞𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 < 𝟐
𝐀 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐫á 𝐝𝐞𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 > 𝟐
68
2x3 4x2
2) Dada a função f(x) = 6
− 2
+ 3x + 10 temos f´(x) = x 2 − 4x + 3.
Sinal de f´(x):
Figura 29: Sinal de 𝐟´(𝐱)
Comportamento de f(x)
Logo,
Em resumo:
Se f´(x) > 0 em ]a, b[ então f(x) será crescente em ]a, b[.
Se f´(x) = 0 em ]a, b[ então f(x) será constante em ]a, b[.
Se f´(x) < 0 em ]a, b[ então f(x) será decrescente em ]a, b[.
69
em ponto de máximo, ponto de mínimo ou ponto de inflexão.
Consideremos uma função f(x), definida e derivável em [a, b], e "c" pertencente
a este intervalo tal que f´(c) = 0.
Para sabermos se o ponto de abscissa “c” é um ponto de máximo ou um ponto
de mínimo, devemos analisar o sinal de f´(x), nas proximidades de “c”, da seguinte
forma:
O valor c será a abscissa de um ponto máximo se, para todo x próximo de c tivermos:
70
O valor c será a abscissa de um ponto mínimo se, para todo x próximo de c tivermos:
1º passo:
Dada a função f(x), calcula-se sua derivada, ou seja, f´(x).
71
2º passo:
Resolva a equação f´(x) = 0 e obtenha sua solução c.
3º passo:
Uma vez calculada a solução de f´(x) = 0, estudo o sinal de f´(x) em c.
Se o final de f´(x)
Passar de positiva para negativa, temos ponto de máximo.
Passar de negativa para positiva, temos ponto de mínimo.
Nos demais casos, temos um ponto de inflexão.
x C x
f´(x) + 0 - f´(x) - 0 +
Consideremos uma função f(x), definida e derivável em [a, b], e cuja deri-
vada f´(x) também é derivável em [a, b], e ambas contínuas neste intervalo.
Exemplos:
1) Dada a função f(x) = x 2 − 6x + 8 estude o seu comportamento apontando e
classificando seus pontos críticos.
72
Resolução pelo critério da 1ª derivada:
f´(x) = 2x − 6
f´(x) = 0 ⇒ 2x − 6 = 0 ⟹ x = 3
y = f(3) = (3)2 − 6 . 3 + 8 ⟹ y = −1
f´(x) = 2x − 6
f´(x) = 0 ⇒ 2x − 6 = 0 ⟹ x = 3
f´´(x) = 2 > 0
f´(x) = 3x 2 − 3
73
f´(x) = 0 ⇒ 3x 2 − 3 = 0 ⟹ x´ = −1 e x´´ = 1
y = f(−1) = (−1)3 − 3. (−1) = 2
y = f(1) = (1)3 − 3. (1) = −2
Temos como:
74
Se f´´(x)>0 para todo x em ]a, b[, o gráfico de f(x), em ]a, b[,
é
côncavo para cima.
Exemplo:
Dada a função f(x) = x 3 − 6x 2 + 4x − 10 estude o seu comportamento apontando
a direção de sua concavidade.
f´(x) = 3x 2 − 12x + 4
f´´(x) = 0 ⇒ 6x − 12 = 0 ⟹ x = 2
75
Figura 38: Comportamento de f
76
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 0
b) – 1
c) 1
d) 3
e) 1/3
a) – 1
b) – 1/2
c) 1/2
d) 1
e)- 2
x3
3. Na função f(x) = − 3
+ x 2 − x o ponto (1, –1/3) é:
a) Ponto de máximo
b) Ponto de mínimo
c) Ponto de inflexão
d) Não é ponto crítico
e) Ponto de reflexão
a) – 4 < x < 1
b) x < - 4 ou x > 1
c) x > 0
d) x > 1
e) -1 < x < 4
77
5. Seja a função f(x) = x 3 − 9x 2 + 24x + 5. O intervalo em que f´(x) > 0 é:
a) ] − ∞; 2[ U ]4; +∞[
b) ] − ∞; 4[
c) ]2; 4[
d) ]2; +∞[
e) ]4; +∞[
x2 +1
6. A função f(x) = x2 −4 tem um ponto crítico para x igual a:
a) 1
b) 2
c) – 1
d) – 2
e) 0
7. Entre todos os retângulos de área igual a 64 cm2, o lado daquele que tem o menor
perímetro é:
a) o quadrado de lado 4 cm
b) o quadrado de lado 5 cm
c) o quadrado de lado 6 cm
d) o quadrado de lado 7 cm
e) o quadrado de lado 8 cm
s(t) = 2 − 6t + 0,5t 6
78
d) A velocidade é definida por v(t) = 3t5
e) A velocidade é definida por v(t) = -6 – 3t5
79
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 D
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 D
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 D QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 B
80
REFERÊNCIAS
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. Tradução de Claus Ivo Doering. 8. ed. Porto
Alegre: Bookman, v. I, 2007.
BOULOS, P. Cálculo Diferencial e Integral. São Paulo: Pearson Makron Books, v. 1, 1999.
LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, v. I, 1994.
ROGAWSKI, J.; ADAMS, C. Cálculo. Tradução de Claus Ivo Doering. 3. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2018.
SALAS, S. L.; ETGEN, G. J.; HILLE, E. Cálculo. Tradução de Alessandra Bosquilha. 9. ed.
Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2005.
THOMAS, G. B.; WEIR, M. D.; HASS, J. Cálculo. Tradução de Carlos Scalic. 2. ed. São
Paulo: Addison Wesley, v. |, 2009.
WOLFFENBUTTEL, R. Florianópolis reabre Ponte Hercílio Luz após 28 anos. Portal G1,
2020. Disponível em: https://glo.bo/3jVAkTB. Acesso em: 25 abr. 2020.
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