Educação Patrimonial Anos Iniciais
Educação Patrimonial Anos Iniciais
Educação Patrimonial Anos Iniciais
RIO GRANDE
2016
1
Janete Rosa Dutra
RIO GRANDE
2016
2
DUTRA, Janete Rosa. Educao Patrimonial Como Instrumento para o
Ensino de Histria nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 4 Ano
Municpio do Rio Grande/RS. / Janete Rosa Dutra. 2016. 118 f. Orientadora
Professora Dra. Carmem G. Burgert Schiavon. Dissertao: Mestrado
Graduao em Histria, Mestrado Profissional em Histria, Mestrado em Rede
PROFHISTRIA, Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
3
FOLHA DE APROVAO
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________
Dra. Carmem G. Burgert Schiavon (FURG) Orientadora
___________________________________________________________
Dra. Adriana Kivanski de Senna (FURG)
___________________________________________________________
Dr. Jlio Ricardo Quevedo dos Santos (UFSM)
4
Eu dedico,
In Memorian
Ao meu Pai, Idemar Dutra, que disse ela estuda para
conquistar a liberdade dela. Na poca eu no
entendi, hoje eu entendo.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeo ao meu filhoto Renata Bigliardi, que sempre me faz mais forte
diante dos desafios.
6
EPGRAFE
7
SUMRIO
Resumo .............................................................................................. 09
Resumen ............................................................................................ 10
Lista de Ilustraes ............................................................................ 11
INTRODUO .................................................................................. 12
1. EDUCAO PATRIMONIAL: UMA POSSIBILIDADE DE
METODOLOGIA PARA O ENSINO DE ESTUDOS SOCIAIS .......... 19
1.1. Pensar em Patrimnio e em Educao Patrimonial.................... 23
1.2. Educao Patrimonial: Uma possvel Metodologia de Ensino
para a Histria ............................................................................ 26
1.3. Aes em Educao Patrimonial ................................................ 30
1.4. Estudantes do Quarto Ano: Patrimnio da Escola Altamir de
Lacerda ....................................................................................... 33
1.5. Histria Oral: uma ferramenta de trabalho ................................. 37
1.5.1. A Metodologia da Histria Oral no Brasil .......................... 39
1.5.2. As Entrevistas: Vozes das Professoras ............................ 41
2. A ESCOLA E SEUS MATERIAIS DIDTICOS ................................. 53
2.1. As Cartilhas ................................................................................ 53
2.2. A Apostila da Professora Denise de vila dos Santos ............... 56
2.3. Apostila das Professoras Margarete Girotti, Maira Fernandes e
Rosngela Pereira ...................................................................... 60
3. UMA PROPOSTA DE CARTILHA COM BASE NA METOLOGIA DA
EDUCAO PATRIMONIAL ............................................................. 70
3.1. As Professoras e suas inquietaes ........................................... 70
3.2. Material Proposto por esta Dissertao ...................................... 92
3.2.1. Sugesto de Plano de Aula 92
3.2.2. Os contedos: Suas fontes e Justificativas ...................... 95
3.2.2.1. Principais Fontes ..................................................... 95
CONSIDERAES FINAIS ............................................................... 109
REFERNCIAS................................................................................... 113
ANEXOS ............................................................................................ 117
8
RESUMO
9
RESUMEN
10
LISTA DE ILUSTRAES
11
LISTA DE QUADROS
12
INTRODUO
1O Projeto foi construdo em vrias etapas, a primeira foi uma conversa informal com os alunos
do 4 ano; nesse momento, foram trabalhados os conceitos bsicos relativos ao campo do
patrimnio cultural. Nos encontros subsequentes, os alunos desenvolveram vrias atividades em
sala de aula, como exerccios, leituras e desenhos. O Projeto teve como fechamento uma sada
de campo e o espao escolhido foi a comunidade da Capilha, onde os alunos tiveram a
oportunidade de visitar os patrimnios tanto culturais, quanto ambientais desta localidade,
bem como a Reserva Ecolgica do Taim. Nesta ocasio, os alunos tiveram contato direto com
pelo menos dois bens patrimoniais do Municpio do Rio Grande primeiramente estudados em
sala de aula e, posteriormente, visitados.
13
Desse modo, utilizando a metodologia da Educao Patrimonial,
trabalhamos durante aproximadamente um semestre, os contedos do quarto
ano, os quais consistem no estudo da histria do Municpio do Rio Grande.
14
estes temas e acreditam que devem possuir armas, pois dessa forma sentem-
se protegidos, tendo em vista que dentro da realidade destes alunos, possuir
armas sinnimo de proteo, segurana e poder. Tal pensamento vai ao
encontro do que apontam Jesus e Silva, pois:
15
tema ou trabalho para casa, eles no fazem nada mesmo, as mes no to nem
a. A no outro dia, eu vou corrigir e a maioria no fez e a eu tenho que ficar
dando as respostas. Isso no adianta nada3.
3 Nome fictcio; esta conversa foi realizada de maneira informal, na sala dos professores da
Escola Municipal de Ensino Fundamental Altamir de Lacerda, Rio Grande/RS.
4 Por uma questo de proximidade da Escola onde a presente Dissertao est sendo realizada,
optou-se pela realizao de entrevistas com as professoras das EMEF Anna Neri; EMEF Altamir
de Lacerda Nascimento; EMEF Marilia Rodrigues Santos e EMEF Manoel Martins Mano.
16
trabalho consegue junto aos estudantes, suas dificuldades e perspectivas quanto
ao ensino de Histria. Desse modo, a anlise das entrevistas busca caracterizar
a metodologia e a forma como as professoras superam os possveis problemas
no que se refere aos contedos formais destinados seriao em questo.
5 Produzida pelas professoras Margarete da Silva Girotti, Maria Elizabeth Franco Fernandes e
Rosngela da Silva Pereira.
6 Produzido pela professora Denise de vila Santos, 43p.
7 Com a pesquisa realizada at o momento, constatou-se que diversas professoras utilizam estes
Escolas; as demais relatam que precisam procurar, ou que a pessoa responsvel no est na
Escola naquele momento ou, ainda, passa aqui um outro dia, que ser disponibilizado.
9 Patrimnio, Ambiente e Ensino em Rio Grande: elementos para interpretao e valorizao dos
17
trabalhar a metodologia da Educao Patrimonial. Bem como sero utilizados
alguns trabalhos do professor Luiz Henrique Torres10, o qual h vrios anos vem
se dedicando pesquisa acerca da histria da cidade do Rio Grande e apresenta
um extenso material com imagens antigas da cidade.
10Rio Grande: cartes postais que contam a Histria do Rio Grande. Rio Grande: Editora da
FURG, 2010; Cmara Municipal do Rio Grande: Bero do Parlamento Gacho. Porto Alegre:
Sales Graf, 2001; Rio Grande: imagens que contam histria: Rio Grande: Editora da FURG, 2008.
11Memrias de um Balnerio: Patrimnio Edificado do Cassino. Rio Grande: Editora da FURG,
2004.
18
CAPTULO I EDUCAO PATRIMONIAL: UMA
POSSIBILIDADE DE METODOLOGIA PARA O ENSINO DE
ESTUDOS SOCIAIS
Este captulo busca refletir sobre alguns trabalhos que vem utilizando a
Educao Patrimonial como seu principal recurso metodolgico. Desse modo,
busca-se a relevncia, ou melhor, a pertinncia dessa metodologia para o ensino
de Histria, assim como a anlise dos seus limites e possibilidades de trabalho.
19
o evento seja testemunhado por aquele que conta, ainda assim seria uma parte
do que de fato ocorreu. A narrativa elaborada a partir do presente define o
passado contado.
12 Cyntia Simioni Frana Cristiano Biazzo Simon (Mestrado em Histria Social - Universidade
Estadual de Londrina). Disponvel em:
http://www.uel.br/eventos/sepech/sepech08/arqtxt/resumos-anais/CyntiaSFranca.pdf. Acesso
em 11/2015
20
linguagens diferenciadas das convencionais (tais como o livro
didtico). (FRANA E BIAZZO, 2012, p. 3).
21
algumas possibilidades ldicas esquecidas, prticas motivadoras que levem
novamente os jovens valorizao de pequenos atos, os parcos materiais, a
reciclagem, a criatividade e, tambm, ao conhecimento e valorizao do prprio
bairro, com as caminhadas nas ruas em torno da Escola, os lanches coletivos
na pracinha, onde eles contam sobre seus vizinhos, sobre as notcias locais e,
principalmente, o espao para a perguntao, pois, essa sempre surge em
ambientes informais fora dos muros da Escola.
22
11. PENSAR EM PATRIMNIO E EM EDUCAO PATRIMONIAL
13 http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/481/vida-e-obra-rodrigo-melo-franco-de-andrade-
1898-%E2%80%93-1969. Acessado em 18/08/2015.
23
Em um primeiro momento, Mrio de Andrade chamou ateno para a
grande diversidade de patrimnios encontrados no Brasil, considerando
diferentes regies e o grande nmero de grupos tnicos. Aqui se pode perceber
que Mrio de Andrade tinha uma viso para alm da pedra e cal, pois ele
percebia que patrimnio era um conceito mais amplo e que abarcava inmeras
expresses culturais. No entanto, o SPHAN (Servio de Proteo ao Patrimnio
Histrico e Artstico Nacional) nasce priorizando aspectos da cultura nacional
relacionados a fatos memorveis da histria do Brasil e ao excepcional valor
arqueolgico ou etnogrfico, bibliogrfico ou artstico. Nesse contexto, so
tombadas edificaes do perodo colonial, como o autntico patrimnio nacional,
erigido em pedra e cal (POSSAMAI, 2012, p. 114).
24
a SPHAN e a FNPM foram extintos para darem lugar ao Instituto Brasileiro do
Patrimnio Cultural (IBPC).
25
sobre o seu entorno, despertando o sentimento de pertena, aguando o olhar
para o meio em que discente vive para ento, cuidar e preservar tudo aquilo que
faa parte de sua construo cultural, seja esta, patrimnio material ou imaterial.
26
o que HORTA, GRUNBERG e MONTEIRO (1999, p.11), chamam de etapas
metodolgicas: a observao, o registro, a explorao e a apropriao, que tem
como objetivo tornar o estudante sensvel a descoberta e valorizao de seu
Patrimnio identificado em seu entorno.
27
da metodologia esteja restrita somente a este campo. A
aplicao da metodologia de Educao Patrimonial pode ser
feita em qualquer espao social e com qualquer faixa etria
(GRUNBERG, s/d, p. 6).
28
arqueolgico, paleontolgico, ecolgico e cientfico (BRASIL,
1988, art. 216).
29
bairro/cidade/municpio e at mesmo do estado (GIL;
BITTENCOURT, 2012, p. 93).
30
semelhana ou diferena com os pais, irmos, tios avs, etc.
(GRUNBERG, 2007, p. 7).
31
Dentro deste contexto, a pesquisadora Claudia Rocha Teixeira, nos traz
uma reflexo acerca da relevncia da Educao Patrimonial em virtude da
rapidez com que as cidades e as sociedades se desenvolvem e se modernizam,
ao ponto de ignorarem a importncia dos bens culturais presentes em toda e
qualquer localidade:
32
respeito ao territrio e a escala local, possibilitando aos alunos
melhor compreender o cenrio da sua vida (MATTOZZI, 2008,
p. 137).
O trabalho, no quarto ano nas escolas pblicas do Rio Grande, traz uma
nova perspectiva profissional a qualquer professor de Histria que sempre s
esteve com alunos de rea15, pois no quarto ano, que os estudantes tm seu
primeiro contato com a disciplina de Histria, mesmo que esta venha
equivocadamente associada a disciplina de Geografia e Cincias.
15Entende-se como rea os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental de 9 anos (do 6
ao 9ano). Lei n 11274, de 6 de Fevereiro de 2006.
33
Nesse momento se impe a pergunta, como tornar a disciplina de Histria
atraente e que traga momentos felizes e significativos aos alunos? A resposta
complexa e vem associada diretamente em saber o que traz satisfao e alegria
aos estudantes do quarto ano. Entendendo essas necessidades, possvel
tornar as aulas de Estudos Sociais (Histria), mais interessantes, sobre isso a
professora Lopes, aponta que:
2005 12 10 9 12 10 9 11 74
2004 4 5 4 5 8 3 6 36
2003 3 1 - 1 5 - 1 11
16 Pela legislao que organiza a oferta de ensino no pas (Lei 9.394/1996), a criana deve
ingressar aos 6 anos no 1 ano do ensino fundamental e concluir a etapa aos 14. Na faixa etria
dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no ensino mdio. O valor da distoro
calculado em anos e representa a defasagem entre a idade do aluno e a idade recomendada
para a srie que ele est cursando. O aluno considerado em situao de distoro ou
defasagem idade-srie quando a diferena entre a idade do aluno e a idade prevista para a srie
de dois anos ou mais. Informao disponvel em:
http://cmoreira2.jusbrasil.com.br/artigos/111821615/distorcao-idade-serie-na-educacao-basica.
Acesso em Set. de 2015.
34
2002 2 1 - 2 2 - 2 9
2001 1 - 2 - 3 1 - 7
TOTAL 23 20 15 22 18 19 19 137
Partindo de uma situao real, uma turma de 4 ano, com 22 alunos, que
aqui ser chamada de turma A, e que tem por caracterstica crianas e jovens,
com idades entre 9 e 15 anos, o que significa dizer uma distoro da relao
idade/srie, esta turma considerada normalmente como diferenciada (um
eufemismo para turma problema), e a que apresenta os maiores problemas de
aprendizagem, e negligncia familiar. A turma A, na verdade um exemplo onde
a metodologia da EP, far a diferena na construo de estudantes mais
interessados e participativos em seu processo de aprendizagem.
35
em razo de todas suas questes pessoais por um lado e, do outro, esto os
professores cansados levando, cada dia como sendo apenas um dia a menos
para chegar ao final de semana/ms/ano, conforme aponta a fala da professora
Tania Zagury:
36
com esse sentimento que as atitudes mudam, quando o jovem
estudante, percebe-se parte daquela histria, daquele bairro, daquela escola, ele
respeita, ama, cuida e preserva.
Como este trabalho contar como uma de suas fontes a fala das
professoras que trabalham no Quarto Ano, se entende que a metodologia da
Histria Oral capaz de trazer uma melhor compreenso dos sentimentos
vividos por essas professoras como salienta Phelippe Joutard, estou
convencido de que a histria oral fornece informaes preciosas que no
teramos podido obter sem ela, haja ou no arquivos escritos (JOUTARD, 2000,
p. 24).
A escolha pelo uso da Histria Oral neste trabalho acontece por acreditar-
se que as professoras precisam colocar a sua voz nesta Dissertao. Nesta
direo, no possvel escrever sobre o fazer dirio das professoras do quarto
ano, sem dar-lhes voz, sem entender suas angstias e desafios, suas
dificuldades e perspectivas. Este pensamento vai ao encontro do que aponta
Joutard, no momento em que destaca que a fora da histria oral, todos
sabemos, dar voz queles que normalmente no a tm: os esquecidos, os
excludos (JOUTARD, 2000, p. 33) ou, ainda, o que defende Santos; Barreto;
Silva17
17SANTOS, Lasa Dias; BARRETO, Raylane Andreza Dias Navarro; SILVA, Rony Rei do
Nascimnento. Por uma Histria da Profisso Docente Vista de Baixo: Modos de Educar,
Prticas Escolares E Cultura Escolar No Territrio Sul Sergipano (1930-1950). s/d. p. 9.
37
Esta pesquisa ao elencar o uso da metodologia da Histria Oral busca,
atravs da anlise das falas (e silncios) das professoras, caracterizar as razes
do seu fazer pedaggico; enfim, tenta-se explicar seus sucessos e limites.
38
ensino de Histria internalizado pelas professoras e a forma como ele
transposto aos alunos,
39
modos de vida ou outros aspectos da histria contempornea
(CPDOC)20.
40
Mas, a professora Marieta Ferreira nos explica que uma espcie de rano,
algo preso a antigos preceitos historiogrficos que ainda insistem em
desqualificar toda metodologia que no esteja calcada na historiografia escrita e
documental.
Dito isto, destaca-se que, para esta pesquisa foi utilizada a metodologia
da entrevista semiestruturada, momento em que as perguntas so elaboradas
com antecedncia e com um roteiro pr-definido. Esta metodologia tem como
uma de suas caractersticas a presena do tema a ser abordado, mas, com a
caracterstica da flexibilidade, e esta oportuniza ao entrevistado certa liberdade
ele para expor suas impresses e opinies alm do que lhe foi perguntado, sem
no entanto, fugir ao tema central como demonstra o professor e filsofo Augusto
Nibalto Silva Trivios:
41
(...) as perguntas de natureza descritiva semi-estruturadas tero
a mxima importncia. Por exemplo, o investigador pode pedir a
uma me de uma vila popular que descreva um dia tpico de
suas atividades como dona do lar, ou a um professor que relate
pormenorizadamente seu trabalho de um dia qualquer desde o
momento que chega escola. Ambas as histrias, ou outras
semelhantes surgidas da ndole indicada, ajudaro o
pesquisador a descobrir os significados dos comportamentos
das pessoas de determinados meios culturais (TRIVIOS, 1987,
p.150).
Dar voz aos professores, nesse contexto histrico atual, oportunizar voz
a um grupo social que no momento sente-se excludo e encontra-se em situao
de abandono pelo poder pblico. As professoras entrevistadas tm em comum
o cansao, assim como certo desnimo diante de seus desafios dirios.
Percebem-se abandonadas (sempre apontando para os governos e os pais que
no colaboram) e sem alternativas para a resoluo de seus problemas.
21 A professora no quis se identificar, pois acredita que suas opinies so muito crticas e
contundentes; da o nome apresentado fictcio.
22 A professora no quis identificar-se pela mesma razo da docente anterior.
23 A professora perguntou se poderia falar exatamente o que pensava e que se fosse desse
modo, ela pediu para que fosse utilizado um outro nome (fictcio).
42
observado, os depoimentos refletem um estado emocional desgastado, com
indicao de poucas alegrias no cotidiano da sala de aula.
A professora Renata Pires, com sua calma que lhe peculiar, fala em um
tom tranquilo e doce: tenho recebido alunos cada vez menos preparados,
chegam muito sem base do terceiro ano, eu preciso rever muita coisa, passo
quase dois meses no incio do ano s fazendo sondagem. Nessa fala possvel
perceber algumas situaes que chegam ao quarto ano e que so trazidas das
43
sries anteriores, ou das estruturas da prpria Escola, aqui se faz necessrio ,
identificar quais eventos colaboram para esse quadro.
44
no cargo que est ocupando, no entanto, em muitos casos a
prtica diverge do funcionalismo em si (MENEZES; MOURO;
SANTOS; XAVIER, 2013, p. 5028)27.
45
Tamandar29, que tambm a apostila da professora Denise vila dos Santos traz
essas informaes, como destaque turstico:
29 http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/atrativos-turisticos/detalhes+180ee,,praca-
tamandare.html. Acesso em 03 de novembro de 2015.
46
Figura 01: Folha com as Praas da cidade do Rio Grande
Fonte: M aterial fotocopiado a partir do emprstimo feito pela Professora Renata Pires.
47
pode trazer ludicidade e ao mesmo tempo participao e reflexo dos
estudantes; para tanto se apresenta a sugesto de Evelina:
48
O balnerio/bairro Cassino no mais somente um local para frias e
veraneio, sim um movimentado bairro, que abriga uma numerosa populao o
ano inteiro e que oferece vrios servios permanentes como: agncias
bancrias, supermercados, bares, restaurantes, e at mesmo uma escola
estadual que oferece Ensino Fundamental, Ensino Mdio, Educao Especial e
Educao de Jovens e Adultos, a Escola Estadual Silva Gama.
Um quebracabea
49
No entanto, tambm preciso observar o que diz a professora Carla
Mena: eu sei que tem muito material bacana por a, mas eu trabalho em duas
Escolas e quando chego em casa tenho filha, marido e casa pra atender, como
vou ter tempo para elaborar outras coisas?. Com esta fala observa-se que nem
sempre a ausncia de vontade que impede um trabalho mais criativo, mas sim
a falta de tempo. A sobrecarga de trabalho um fator importante nos resultados
metodolgicos das professoras.
50
pelas professoras, bem como as questes relacionadas a carga-horria
dispensada disciplina de Estudos Sociais.
14. Semanalmente, quanto tempo pode ser dedicado aos contedos de Histria?
15. Como voc avalia a contribuio de sua Secretaria Municipal no que diz
respeito aos materiais trabalhados em Histria?
17. O que voc considera como atividades diferenciadas para trabalhar com
Histria e quais consegue realizar efetivamente?
51
As demais professoras relatam que o tempo de experincia ajuda a ir
levando as aulas e, tambm, verifica-se o relato em que a professora afirma: a
Histria no muda, fcil a gente saber o que tem que dar para os alunos.
sempre a mesma coisa (Angela, 2015).
Com estas amostragens possvel observar que o tempo atuando na
mesma srie gera certa monotonia e um pouco de acomodao por parte das
professoras, e isto faz com que elas no aprofundem o tema, isto , faz parte
desta perspectiva, as questes ligadas insatisfao dos professores com o
magistrio, conforme demonstra o estudo feito em So Paulo, pelas professoras
Flvia Ins Rebolo e Belmira Oliveira Bueno:
52
CAPTULO II A ESCOLA E SEUS MATERIAIS DIDTICOS
2.1 AS CARTILHAS
30 Material produzido pelas professoras Margarete da Silva Girotti, Maria Elizabeth Franco
Fernandes e Rosngela da Silva Pereira.
31 Professora Coordenadora Pedaggica da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa
Senhora Medianeira.
32 O conceito proposto por Chevallard (1991), expressa a necessidade de, no ambiente escolar,
53
ptria. A famlia apresentada nas cartilhas como um mundo
parte em si e para si, desvinculada da realidade social e
econmica. Os textos moldam uma personalidade de indivduo
subordinado s autoridades pblicas e desprovido de viso do
mundo de tipo participativo (Disponvel em:
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_c
artilhas.htm. Acessado em 01/06/2016).
33 Apostila segundo o dicionrio online Houaiss uma coletnea de aulas ou prelees, para
distribuio, em cpias, entre os alunos; polgrafo. Informao disponvel em:
http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=apostila. Acessado em 10/06/2016.
54
Figura 02: Folha de exerccios sobre as atividades religiosas
34
GIROTTI, Margarete da Silva; FERNANDES, Maria Elizabeth Franco; PEREIRA, Rosngela da Silva.
Municpio do Rio Grande: Aspectos Histricos e Geogrficos, 2005.
55
Em contraposio ao proposto anteriormente, para este assunto,
especificamente, a metodologia da Educao Patrimonial, indica um Roteiro
Religioso, que pode ser feito, na prpria sala de aula utilizando os recursos das
web sites. O professor prope o assunto como sendo uma atividade de curta
durao (uma semana no mximo), em que os alunos estudaro somente o tema
religio e religiosidade. Para este perodo sero organizados slides com
fotografias das igrejas, templos, entidade, centros, tambm so selecionadas
msicas de cada segmento religioso. Outra possibilidade de trabalho pode
consistir no convite a pessoas ligadas s entidades religiosas para conversar na
sala de aula, e durante esta semana, os estudantes podem comparar, analisar,
associar e desenvolver seus prprios saberes.
35No final da Cartilha Municpio do Rio Grande: aspectos histricos e geogrficos, aparece o que
a autora chamou de Fontes de Consulta e, neste, um item indicado como Apontament os
Diversos. No h nenhuma explicao ou referncia ao que seriam estes apontamentos.
56
prpria apostila, a mesma foi elaborada para a antiga 3 srie, o que significa
dizer que o material anterior ao ano de 2006, tendo em vista que foi neste ano
que a diviso serial foi abandonada e substituda pela insero do ensino de 9
anos.
57
J, na apresentao da Cartilha, a professora traz a poetisa rio-grandina,
Teodolinda Batezat de Souza, 36 que ilustra com sua poesia Canto da Minha
Terra, uma clara valorizao da vocao pesqueira e porturia da cidade e,
tambm, menciona a arquitetura, a natureza, entre outros aspectos rio-
grandinos, como se pode observar abaixo:
58
sadas do espao da sala de aula, que valorizam uma aprendizagem
desenvolvida a partir da observao dos espaos pblicos.
59
Em linhas gerais, um dos destaques desta Cartilha consiste na
preocupao da professora em trabalhar com conceitos, tendo em vista que j
nas primeiras pginas so trabalhados os significados de palavras como
colonizao, ncleo e fortificaes. Ao trabalhar com a economia do municpio,
a autora tambm traz conceitos como importao, exportao, comrcio e,
ainda, a sigla MERCOSUL37.
60
Figura 5 Capa da Cartilha de Estudos Sociais (2005)
61
abarcar os contedos referentes ao ensino de Histria e Geografia do Municpio
de Rio Grande, com a finalidade de uso na disciplina de Estudos Sociais.
62
Sobre estas questes, Paulo Freire defende que ensinar no transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produo ou a sua
construo (FREIRE, 2011, p. 24). Os estudantes tm uma capacidade criativa
muito grande, mas tambm uma tendncia a aceitar o pronto, quando o professor
oferece o pronto, ele dificilmente ir contestar. Ento, de responsabilidade do
professor instigar, provocar, oferecer dvidas e questionamentos de modo a
estimular a curiosidade do estudante.
63
Figura 6 Cartilha de Estudos Sociais
64
em uma condio social de subordinao; tais consideraes tambm reforam
a imagem do negro sem condies de trabalhabilidade39.
65
O analista socioeconmico do IBGE, Jefferson Mariano, afirma
que essa mudana de cenrio faz parte de uma mudana
cultural que vem sendo observada desde o Censo de 1991. O
Brasil ainda racista e discriminatrio. No que da noite para
o dia o Pas tenha deixado de ser racista, mas existem polticas.
As demandas (da populao negra), a questo da excluso, tudo
isso comeou a fazer parte da agenda poltica, afirma Mariano.
66
acomodado, com caractersticas gentis, e que por sua incapacidade de
adaptao ao local, no se prestaram ao trabalho nas fazendas gachas e por
esta razo deixaram de existir, conforme indica a citao, abaixo:
Pouco desenvolvidos, viviam da caa, pesca e de pequenas
plantaes, fabricavam utenslios de barro e de pedra, usavam
roupas de couro, boleadeiras e laos. Alimentavam-se de carne
assada e tomavam chimarro. Devido aos seus costumes, os
charruas foram pouco absorvidos pelos colonizadores
(GIROTTI, FERANDES & PEREIRA, 2005, p. 10).
67
Figura 7 Cartilha de Estudos Sociais
68
reflexo, descoberta e atitude favorvel a respeito da importncia e valorizao
do nosso patrimnio.
69
CAPITULO III UMA PROPOSTA DE CARTILHA COM BASE NA
METODOLOGIA DA EDUCAO PATRIMONIAL
70
8. Quais as fontes que voc utiliza para produzir o material trabalhado na
disciplina de Estudos Sociais?
71
dificuldades na elaborao de materiais referentes a esta disciplina,
especialmente, para as professoras que tm poucos anos de trabalho com o 4
ano.
O quarto questionamento, Voc se sente preparada para trabalhar com
os contedos de Histria e planejar atividades referentes a estes?, revelou
que a maioria das professoras que participaram desta pesquisa a responderam
que no se sentem preparadas para o trabalho com a disciplina de Estudos
Sociais, especialmente, a disciplina de Histria, pois os contedos que lembram
foram estudados, ainda, na Educao Bsica e como a graduao no ofereceu
esta formao, as docentes entrevistadas precisam utilizar os materiais prontos
como, as Cartilhas, os sites da internet e/ou cadernos herdados ou obtidos de
colegas. Nas entrevistas realizadas, tambm destacam que pesquisam, na
medida em que os alunos trazem suas dvidas, conforme indica o quadro, a
seguir:
72
usando filmes, vdeos, entrevista com
pessoas da comunidade, etc..
A professora Renata Pires possui Antigamente sim, preparava material.
Magistrio e fez o Curso de Pedagogia, Mas, hoje, procuro trabalhar
Sries Iniciais e Ensino Mdio. Est especificamente os contedos de
formada h 10 anos e, desde ento, Portugus e Matemtica, pois os nossos
sempre trabalhou com o 4 ano. alunos no esto vindo preparados para
o 4 ano.
A professora Stephany Sieczka Ely, tem Acredito no estar preparada, so vrios
Graduao em Pedagogia Licenciatura; detalhes da cidade que eram at
Especialista em Superviso Escolar e esquecidos por mim antes de comear a
Orientao Educacional; e Especialista trabalhar no quarto ano.
em Liderana e Coaching e Gesto de
Pessoas. Trabalha h um ano na Rede
Pblica Municipal e esse mesmo tempo
com o 4 ano.
A professora Camila Velasques No. Penso que eu poderia ter procurado
formada em Magistrio e est mais Cursos de formao na rea.
trabalhando na Rede Pblica Municipal
h sete anos. Atua no 4 ano h cinco
anos.
A professora Mari Solange da Silveira Eu me preparo e busco informaes e
Graduada em Pedagogia Educao atividades.
Infantil Anos Iniciais e as Matrias
Pedaggicas. Trabalha h 6 anos na
Rede Municipal de Ensino e h um ano,
trabalha com o 4 ano.
Fonte: elaborao prpria (2016).
73
instrumentalizao do acadmico para a pesquisa nestas reas para a quais
esto sendo licenciados!
74
Professora Stephany Sieczka Ely Avalio como fraca e sem preparao
para a atuao na sala de aula.
Professora Camila Velasques Lembro que ainda estudei sobre alguns
contedos que trabalho com os alunos,
como pontos tursticos, por exemplo mas,
no lembro de mtodos para trabalhar os
contedos. Foi fraca.
Professora Mari Solange da Silveira Eu avalio como boa a minha formao,
embora esteja desatualizada.
Fonte: elaborao prpria (2016).
75
Quadro 3 Para voc, em que consistem os contedos de Histria
necessrios ao 4 ano?
Professora Giliane La Rosa Almeida de Contedos relacionados localizao
vila dos alunos bairros, municpio, estado e
pas. Contedos pertinentes ao Rio
Grande tambm vejo que so
necessrios.
Professora Carla R. Rodrigues Mena No 4 ano deveriam conhecer sim o
Municpio, a histria do bairro (como
surgiu e outros dados significativos), mas
no com estes detalhes que nada
significam para eles enquanto crianas, e
sem maturidade para tal contedo como:
data da chegada do Silva Paes, elevao
condio de Vila, etc. No possuem
validade.
Professora Cleusa Regina de Moura De acordo com o currculo, e eu
Pereira concordo, os contedos do 4 ano so
sobre a cidade do aluno, sua histria,
pontos tursticos, produo agrcola,
pecuria, indstrias, comrcio, smbolos,
hino, e os Trs Poderes, Histria
integrada com Geografia caracterizando
a disciplina de Estudos Sociais.
Professora Renata Pires Os contedos de Histria do 4 ano
esto relacionados ao nosso Municpio.
Professora Stephany Sieczka Ely Conhecer nossa cidade como tudo
comeou, poder evidenciar seu
crescimento a partir do estudo das
mudanas histricas.
Professora Camila Velasques Contedos relacionados localizao
dos alunos bairros, municpio- estado-
pas). Contedos pertinentes ao Rio
Grande tambm vejo que so
necessrios.
76
Ademais, quando questionadas, as professoras foram unnimes ao
elencar a Histria do Municpio; entretanto, as falas apresentaram alguns
equvocos, ou desencontros de informaes respeito dos contedos a serem
trabalhados, pois algumas mencionam a Histria do Rio Grande do Sul, outras
no. Uma hiptese para essa ocorrncia a liberdade que as Escolas
possibilitam no que se refere escolha dos contedos que sero ministrados.
Outra possibilidade de explicao para isto ocorrer, que as professoras
escolham o que trabalhar em um ano letivo, a partir dos materiais que possuem.
Podem repetir por vrios anos, ou modificam de acordo com novos materiais que
venham a conseguir, e isso se repete em diferentes Escolas.
Por fim, cabe destacar a evidncia de que uma Cartilha, como prope esta
Dissertao, deve seguir uma padronizao sobre os contedos trabalhados.
No obstante, este um assunto que ainda necessita de uma anlise mais
aprofundada muito embora tal aspecto no seja a proposta desta pesquisa ,
os benefcios (ou no) de um material padro para o 4 ano, necessita ser
avaliado no futuro.
77
continentes, isso do 2 ano das sries
iniciais ao 9 ano.
78
questes de patrimonialidade, faz com que os indivduos e as comunidades ,
desenvolvam um olhar para todos os espaos de cultura.
79
Professora Mari Solange da Silveira Eu consegui emprestado um caderno
confeccionado pela Escola EEEM Dr.
Augusto Duprat, que uso como suporte
para trabalhar o plano, e recorro s
colegas e a internet.
80
11. Qual a compreenso de tempo que os seus alunos possuem?
81
no conhecem. Gosto de passar vdeos
que contam a histria, que mostrem as
mudanas e atravs de atividades
artsticas e livros de Histria, pensem
sobre a histria.
A professora Camila Velasques Sempre tm alguns alunos com mais
dificuldades. Eu procuro conversar
bastante.
Isso deixa claro que a proposta da Cartilha, deve ter uma preocupao
com a clareza das informaes oferecidas, ou seja, deve usar uma linguagem
adequada e um glossrio, tanto de conceitos, como de expresses antigas, ou,
at mesmo, em desuso.
82
Quadro 7- Os alunos entendem o que so horas, semanas, meses, anos
e sculos, ou seja, so capazes de quantificar o tempo de acordo com a
sua durao?
Professoras Resposta(s)
Professora Giliane La Rosa Almeida de Creio que at anos, mas sculos sabem
vila apenas matematicamente, mas no tem
uma noo espacial, temporal desse
perodo.
Professora Stephany Sieczka Ely A maioria sim, mas existem alguns com
muitas dificuldades, at nas contas
bsicas.
83
Quadro 8 Qual a compreenso de tempo que os seus alunos
possuem?
Professoras Resposta(s)
Professora Giliane La Rosa Almeida de O tempo relativo para grande parte
vila dos alunos. Possuem dificuldade em
compreender o que sculo, uma
questo matemtica tambm no d (...),
constituio (...) e compreenso do
nmero-tempo-espao.
85
possvel perceber que existe uma viso muito pessimista sobre os saberes dos
estudantes; na maioria das vezes, lhes so atribudos adjetivos como incapazes
e frase como: os menores no so capazes de quantificar o tempo ou,
avaliaes que podem colocar os estudantes em uma posio de desesperana
sobre a sua condio de aprendizagem, com uso de argumentos como, muito
pouco compreendem, possuem dificuldade em assimilar ou, ainda, uma
avaliao de que os estudantes esto acomodados e que no se empenham em
aprenderem, ou seja, de que os alunos de hoje esto acostumados com tudo
pronto.
Outro ponto que trouxe, tambm, uma inquietao muito grande, foi
perceber que as professoras entendem que ministrar contedos sobre
temporalidade no faz parte de seus contedos, como possvel perceber
nestes depoimentos: espera-se que sim, mas acredito que no (...) ou, tambm,
acredito que sim, mas estes conceitos so trabalhados em Matemtica. Em
outras palavras, as professoras acreditam que possvel conduzir os contedos
de Histria sem antes trabalharem com as noes de tempo, ou que estas
noes j deveriam ter sido trabalhadas ou que seriam saberes j vindos de
casa.
86
pessoas entendem que so parte do todo, e esse todo parte sua, elas
aprendem, isso estar vivenciando uma prtica patrimonialista.
13. Semanalmente, quanto tempo pode ser dedicado aos contedos de Histria?
14. Como voc avalia a contribuio de sua Secretaria Municipal no que diz
respeito aos materiais trabalhados em Histria?
16. O que voc considera como atividades diferenciadas para trabalhar com
Histria e quais consegue realizar efetivamente?
87
Professora Renata Pires Uma vez por semana
Professora Stephany Sieczka Ely Infelizmente apenas duas horas
semanais
Professora Camila Velasques Pouco tempo, em torno de 90 minutos
Professora Mari Solange da Silveira Histria especificamente, no
trabalhamos na escola. Trabalhamos
com Estudos Sociais, que abrange
Histria e Geografia e dedico um dia por
semana para desenvolver os contedos
relativos Histria
Fonte: elaborao prpria (2016).
88
Professora Cleuza Regina de Moura Se distribuem materiais para a escola, eu
Pereira no tenho conhecimento, ao trabalhar no
municpio uso o site da Prefeitura e ali
tem algumas coisas.
Professora Renata Pires Tivemos algumas reunies para montar
um apostila, mas no saiu da reunio,
ficou esquecida.
Professora Stephany Sieczka Ely No vejo contribuio
Professora Camila Velasques O material que eu tenho as sugestes
curriculares da SMED e a escola nos
passa algumas formaes na rea. Per
ser disponibilizado mais materiais.
Professora Mari Solange da Silveira No tenho como avaliar, pois nunca
recorri Secretaria.
Fonte: elaborao prpria (2016).
89
Professora Carla R. Rodrigues Mena Organizao de uma coletnea de dados
sobre o municpio para os professores
que apresente significativa validade para
as crianas.
Professora Cleuza Regina de Moura Lanar uma cartilha com a histria da
Pereira cidade e todas as informaes que os
professores de 4 ano precisam e
tambm disponibilizar projetos onde se
tivesse a oportunidade de sair da sala de
aula com os alunos e se aproximar mais
do municpio em todas as suas nuances.
Professora Renata Pires O que realmente fosse discutida nas
reunies pedaggicas fosse colocado em
prtica.
Professora Stephany Sieczka Ely Facilitar visitas na cidade, em pontos
tursticos, por exemplo. Isso ajudaria as
crianas entenderem melhor os
contedos e se sentirem mais prximos
deles
Professora Camila Velasques Fornecer mais materiais e mais cursos.
Professora Mari Solange da Silveira A professora preferiu no responder
Fonte: elaborao prpria (2016).
90
Professora Carla R. Rodrigues Mena No consigo realizar nenhuma Gostaria
de aulas-passeio, entrevistas, visitas a
prdios histricos, etc.
Professora Cleuza Regina de Moura Atividades diferenciadas seriam as
Pereira sadas de campo e s pude realizar
dentro do bairro.
Professora Renata Pires .Fotos, maquete, mapas, internet, filmes
Eu consigo realizar maquetes, mapas,
filmes e o uso da internet na Escola
Professora Stephany Sieczka Ely Penso que a pesquisa de campo
fundamental, mas essa atividade
diferenciada ainda no consegui realizar
Professora Camila Velasques .Considero atividades diferenciadas as
sadas de campo, a construo de
maquetes, os trabalhos com material
concreto. Consigo realizar atividades com
material concreto
Professora Mari Solange da Silveira Eu considero sadas de campo, visitas a
lugares histricos, filmes antigos sobre o
assunto, documentrios. Este ano ainda
no consegui realizar nenhum.
Fonte: elaborao prpria (2016).
91
3.2 MATERIAL PROPOSTO: UMA CARTILHA
I Dados de Identificao:
Srie/Ano: 4 ano.
Durao: 2 aulas
II Objetivos:
92
* Geral: reconhecer as Praas Xavier Ferreira e Almirante Tamandar como
cones patrimoniais da cidade do Rio Grande e marcos da passagem do tempo
histrico e cronolgico local.
* Especficos:
III Metodologia:
1 Momento:
2 Momento:
93
monumentos, distribudas em duas colunas, e os estudantes tero que ligar as
imagens que representam os dois momentos das praas estudadas.
3 momento:
Os estudantes iro expor seus desenhos e uns tentaro identificar os
monumentos desenhados pelos outros. As respostas sero corrigidas a partir
dos cartes de identificao.
REFERENCIAS:
TORRES, Luiz Henrique. Rio Grande: cartes postais que contam a Histria do
Rio Grande. Rio Grande: Editora da FURG, 2010;
_______. Rio Grande: imagens que contam histria: Rio Grande: Editora da
FURG, 2008.
94
3.2.2 OS CONTEDOS: SUAS FONTES E JUSTIFICATIVAS
CAPTULO 1: A FAMLIA
FURG, 2010; Cmara Municipal do Rio Grande: Bero do Parlamento Gacho. Porto Alegre:
Sales Graf, 2001; Rio Grande: imagens que contam histria: Rio Grande: Editora da FURG, 2008.
43 Memrias de um Balnerio: Patrimnio Edificado do Cassino. Rio Grande: Editora da FURG,
2004.
95
possvel a respeito deles: onde nasceram, em que trabalhavam,
como se conheceram, como chegaram a este lugar, onde
moraram, etc. Esta atividade ajuda na compreenso dos
conceitos de gerao e da continuidade cultural, j que a cultura
dinmica e se transmite de gerao para gerao
(GRUNBERG, 2007, p. 8).
Uma das situaes que pode melhor ilustrar esta situao a de Andria 44
de nove anos, sua me partiu de casa, quando os filhos ainda eram bebs,
deixando Andreia e seu irmo (que agora tem 7 anos), sendo criados somente
pelo pai, que aparenta ser um bom pai; presente na Escola, participa de todos
os eventos, sendo que os filhos esto sempre bem arrumados e com os materiais
em dia. Enfim, so crianas felizes e, aparentemente, sem traumas; no entanto,
na ltima festinha do dia das mes, em 2016, aconteceu um episdio delicado:
a me compareceu, reivindicando seu direito de estar na festa.
96
Observa-se que um evento to comum, acabou sendo utilizado pelos
pais de Andria, para uma disputa conjugal, onde o papel de me estava em
jogo. Andria e seu irmo sofreram por verem os pais nessa disputa,
rememoraram o sentimento de abandono e sentiram-se envergonhados diante
dos colegas, pois sua famlia alm de diferente de muitos, ainda disputava papeis
no definidos claramente. A histria de Andreia serve, claramente, para ilustrar
como os esteretipos familiares precisam ser discutidos na Escola, pois nesse
ambiente que muitos conflitos pertinentes s vidas dos estudantes acontecem.
Este modelo exclua filhos ditos ilegtimos, ou seja, aqueles que eram
concebidos fora do casamento. Outra caracterstica dessa sociedade a
97
indissolubilidade do casamento, a separao s seria possvel atravs do
desquite.
98
parte da comunidade escolar e, portanto, so relevantes quando existe uma
proposta de material didtico.
Objetivos especficos:
Localizar o municpio do Rio Grande no mapa do RS.
Identificar e nomear limites e distrito do Rio Grande.
Conhecer a histria da fundao do Rio Grande.
Diferenciar a zona urbana e rural, enfatizando diferentes tipos de
vida.
Identificar e localizar os principais aspectos do relevo e hidrografia
do municpio.
Destacar as principais indstrias do municpio.
Reconhecer os poderes do municpio, os smbolos, os servios
pblicos e a importncia do voto.
Conhecer e identificar os sinais de trnsito.
Identificar as principais datas comemorativas.
99
embora sejam a base dos contedos a serem trabalhados, estes no tm a
obrigatoriedade de serem cumpridos em sua totalidade.
45 Resoluo CNE/CEB 7/2010. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 15 de dezembro de 2010, Seo
1, p. 34. Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. Acessado em 19
de Julho de 2016.
100
De acordo com o currculo, e eu concordo, os contedos do 4
ano so sobre acidade do aluno, sua histria, pontos tursticos,
produo agrcola, pecuria, indstrias, comrcio, smbolos,
hino e os 3 poderes, histria integrada com a geografia
caracterizando a disciplina de Estudos Sociais (Professora
Cleusa, 2015).
Este captulo trata, tambm, da herana cultural deixada pelas trs etnias,
tratando da religiosidade, culinria e tradies. Ainda, neste captulo, apresenta-
se um breve comentrio sobre o Conselho Municipal de Desenvolvimento Social
101
e Cultural da Comunidade Negra (COMDESCCON). Este Conselho municipal
uma grande conquista do movimento negro em Rio Grande, pois destina-se a
assegurar populao negra da cidade o efetivo cumprimento da lei de n
12.288, de 20 de Julho de 2010,46 que institui o Estatuto da Igualdade Racial,
que foi criada para proporcionar o processo de equidade entre as etnias mais
discriminadas: a etnia negra.
Por outro lado, sobre a cultura aoriana, a Cartilha prope uma breve
contextualizao das razes da chegada dos casais localidade da vila do Rio
Grande. Tambm, apresenta um destaque da influncia dos aorianos na cultura
local.
Em linhas gerais, este ponto da Cartilha talvez seja o mais complexo, pois
ele trata de um assunto muito distante da temporalmente da realidade dos
estudantes e isso traz muitas dificuldades de entendimento.
2016.
102
nativas. De outra forma, o contedo fica solto e para estes estudantes, falar
sobre um conquistador portugus, do sculo XVIII, tem tanto sentido em sua
vida, quanto saber sobre a guerra contra o Estado Islmico. Ele no sabe onde
fica Portugal, ele no consegue visualizar nada que pertena a esse tempo e,
em certa medida, ainda pode pensar que isso to velho e antigo, que ele saber
ou no, no vai mudar em nada a sua vida. Logo, contextualizar mais do que
necessrio.
103
durante alguns minutos. Solicite que descrevam, atravs de
desenho ou escrita, o que eles se lembram do observado
(nmeros de portas, janelas e pavimentos: tipo de material;
estado de conservao; cor; decorao; etc.). (...) Promova, a
partir dessa experincia, uma reflexo sobre a diferena entre o
olhar e o ver e sobre a importncia da observao detalhada
para a compreenso e a descoberta de outras informaes
(GRUNBERG, 2007, p. 8).
A ideia de que o patrimnio cultural precisa ser conhecido para que possa
ser valorizado e preservado, reforada pela crena de que na vida, os bens
104
so preservados quando possuem algum tipo de valor. Sendo assim, uma
comunidade, quando reconhece o valor de seus bens culturais, seu patrimnio,
passa a cuid-lo e preserv-lo.
105
pegar espcies menores para obter resultados similares aos de
uma situao anterior (PEREIRA, 2008, p. 74).
106
indicam que, at 2020, sero necessrios 568 barcos de apoio
especiais, 94 plataformas e 65 sondas. A essa demanda direta
da estatal agrega-se a de seus prestadores de servios, que
encomendam barcos de apoio martimo e de outros gneros.
Para atender a essa demanda, os estaleiros vo operar cada vez
mais como montadores e vo demandar produtos mais
acabados, o que torna indispensvel a existncia de
fornecedores eficientes e capacitados (MACADAR, 2011, p. 2).
Por vrias razes polticas, o Polo Naval sofreu uma gigantesca crise.
Hoje, especialistas falam em uma ressaca vivida por todo o empreendimento e
por todas as pessoas envolvidas neste Projeto, como se constata, a seguir:
107
desolador vivido por todos os rio-grandinos, atualmente. Espera-se que seja
passageiro, e que a cidade volte a crescer e que todos tenham melhores
condies de vida.
108
CONSIDERAES FINAIS
109
verdade, foi possvel observar que algumas professoras possuem at mais de
um Curso de Ps-Graduao; entretanto, o maior problema continua sendo a
falta de uma formao mais especfica para se trabalhar com a disciplina de
Estudos Sociais.
Sendo assim, este trabalho, por meio da fala das professoras, tambm
constatou uma grande dificuldade por parte dos estudantes, no que se refere ao
entendimento de algumas questes muito simples sobre o tempo e suas
dinmicas. Segundo as professoras, os estudantes no conseguem dimensionar
grandezas de tempo como, por exemplo, um sculo. Suas noes esto muito
ligadas ao ano letivo, Festa Junina da Escola, s frias de Julho, aos feriados,
ao trimestre e/ou bimestre letivo, s frias de vero, ou seja, trabalhar com os
conceitos de tempo sempre muito difcil.
110
isso to velho e antigo que ele saber ou no, no vai mudar em nada a sua
vida.
111
Cabe aqui destacar a fala de um dos meninos que participou do Projeto
de Educao Patrimonial, coordenado pela professora Carmem Schiavon, citado
na introduo desta Dissertao, Sora, eu no sabia que era to bom estudar
Histria assim, e no sabia que at o meu nome conta uma histria (Walter
Costa, 2013).
Por fim, cabe destacar que esta Dissertao, dentro dos seus limites,
ofereceu uma possibilidade de metodologia que visa um melhor aproveitamento
do tempo to exguo oferecido disciplina de Estudos Sociais, tendo em vista
que possibilita aos estudantes que os mesmos se tornem no somente
protagonistas de sua aprendizagem, como tambm oportunize uma ferramenta
que pode auxiliar as professoras a superarem alguns, dentre tantos desafios,
enfrentados por sua jornada profissional.
112
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que fracassa a educao no Brasil. So Paulo: Record, 2006.
SITES
http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/atrativosturisticos/detalhes+18
10b, praca-xavier-ferreira.html
115
http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/atrativosturisticos/detalhes+18
0ee, praca-tamandare.html
http://cpdoc.fgv.br/.
http://cmoreira2.jusbrasil.com.br/artigos/111821615/distorcao-idade-serie-
naeducacao-basica
http://www.lages.sc.gov.br/suacidadesuacasa/material/artigo1.pdf.
116
ANEXOS
RIO GRANDE, PATRIMNIO DE TODOS OS RIO-GRANDINOS
ESTUDOS SOCIAIS
4 ANO
2016
PROPOSIO DE UMA CARTILHA
Quando pensamos em nossa identidade, a primeira noo que precisamos ter diz respeito pergunta: qual a nossa histria?
Voc sabe a sua? Voc sabe o nome dos seus familiares mais prximos? Bem, ento, vamos descobrir juntos? Seguindo esta linha
de pensamento, a primeira pergunta : quero saber quem eu sou, preciso saber quem a minha famlia, ou melhor, o que uma
famlia?
Famlia so todas as pessoas que se amam, cuidam umas das outras, transmitem valores, preocupam-se com a educao
das mais jovens, e das mais velhas, aconselham, promovem um ambiente de paz, harmonia e amor. As famlias podem ser
constitudas por pais e filhos, mas, tambm por: avs, cuidadoras, tias, madrinhas ou pessoas que sentem vontade de cuidar umas
das outras.
Voc sabe o que uma rvore Genealgica? Uma rvore genealgica uma representao das pessoas que tiveram
participao na existncia de uma pessoa ou famlia, ou seja, o histrico que levanta dados sobre os ancestrais de forma que
fiquem conhecidas as conexes estabelecidas entre estas pessoas.
Como a sua famlia? Escreva o nome das pessoas que moram com voc, para que possamos conhec-las. Ento, agora
vamos completar a sua rvore genealgica!
2
Bem, agora que conhecemos as pessoas que moram com voc, vamos completar uma rvore maior... Converse com seus
familiares e tente encontrar o maior nmero possvel de pessoas que faam parte da sua famlia.
Vamos l!
3
4
2. RIO GRANDE: A SUA CIDADE
A sua cidade chama-se Rio Grande e fica no Estado do Rio Grande do Sul, e seu pas o Brasil. Sua cidade tem uma
populao de aproximadamente 207.800 pessoas, segundo o censo de 2015.
O Censo Demogrfico
A Secretaria Municipal de Educao possui hoje 72 Escolas Municipais de Ensino Fundamental
uma pesquisa realizada
funcionando, sendo que so 15 de Pr-escolas e 39 Escolas Urbanas de Ensino Fundamental, e 18 pelo IBGE a cada dez
anos. Atravs dele,
Escolas do Campo de Ensino Fundamental. reunimos informaes
sobre toda a populao
brasileira.
Atualmente, so 14.926 alunos matriculados no Ensino Fundamental, e
Escola do Campo ou Rural: Voc sabe quem administra as Escolas do municpio? Isso mesmo a SMED. Mas, o que a
Esta escola localiza-se
afastada da cidade, em ilhas, SMED? Para entendermos o que , precisamos saber um pouco sobre a administrao do Municpio.
ou zonas de lavouras e
pecuria. Ento vamos l!
EXERCCIO:
1. Escreva o nome de trs elementos de uma cidade, que encontramos somente na zona urbana e trs que encontramos somente
na zona rural?
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..................................................................................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................................................................................
5
Vamos conhecer um pouco das estruturas que administram o seu Municpio:
2.1. O PREFEITO
O prefeito a autoridade poltica mais importante do Municpio. Ele responsvel pela administrao dos servios pblicos
do Municpio. Uma de suas funes mais importantes a de administrar a aplicao dos recursos (dinheiro, verbas) que seu
municpio recebe. O oramento municipal, montante desses recursos que o municpio recebe, aprovado pela Cmara municipal
(composta pelos vereadores).
O prefeito atua na prefeitura, situada no Largo Joo Fernandes Moreira s/n, local que pode ser visitado por qualquer cidado
do municpio, e obrigao do prefeito receber seus cidados, pois ele eleito pelos votos da populao, para um mandato de
quatro anos, podendo ser reeleito por mais quatro.
6
Outra funo do prefeito cuidar para que os aspectos de responsabilidade pblica da cidade, como a limpeza de ruas,
programas de assistncia social, coleta do risco e outras, sejam executadas de forma eficiente. Para isso, ele nomeia secretrios,
que cuidam de aspectos especficos atravs das secretarias municipais. Dentre as secretarias, temos a da fazenda e a de esportes,
por exemplo.
Tambm funo do prefeito sancionar e revogar leis, vetar projetos inconstitucionais ou que no Sancionar: o ato de
sejam de interesse pblico, nomear ou demitir servidores, acompanhar a execuo dos programas e dar uma sano, no
sentido de confirmar,
fiscalizar a aplicao dos recursos.
validar ou aprovar
O prefeito auxiliado por vrios Secretrios, distribudos em secretarias do municpio, como a SMED, algo.
que a Secretaria Municipal de Educao e Desporto, ou seja, a Secretaria que cuida dos interesses de Revogar: o ato ou
vocs estudantes. Caso tenhas reclamaes ou sugestes, pode procurar esta Secretaria para tentar efeito de tornar nulo
ou sem efeito.
satisfazer as suas dvidas.
7
2.2. OS VEREADORES
O Vereador a pessoa eleita pelos cidados para represent-los junto administrao pblica, ditando as leis necessrias
sem, contudo, ter nenhum poder de execuo administrativa. Portanto, no pode prometer, j que no tem poderes para cumprir
e/ou realizar: obras, resolver problemas da sade, da educao, do esporte, da cultura, do lazer, do asfalto, do meio ambiente, do
trnsito, dos loteamentos e das casas populares, etc. Sua atribuio auxiliar na administrao, atravs de Indicaes e/ou
Requerimentos.
8
Os Vereadores tm quatro funes principais:
1. Funo Legislativa: consiste em elaborar as leis que so de competncia do Municpio, discutir e votar os projetos que
sero transformados em Leis, buscando organizar a vida da comunidade;
2. Funo Fiscalizadora: o Vereador tem o poder e o dever de fiscalizar a administrao, cuidar da aplicao dos recursos,
a observncia do oramento. Tambm fiscaliza atravs do pedido de informaes;
3. Funo de Assessoramento ao Executivo: esta funo aplicada s atividades parlamentares de apoio e de discusso
das polticas pblicas a serem implantadas por programas governamentais, participao da sociedade e a realizao de audincias
pblicas;
4. Funo Julgadora: a Cmara de Vereadores tem a funo de apreciao das contas pblicas dos administradores e da
apurao de infraes poltico-administrativas por parte do Prefeito e dos Vereadores.
Exerccios?
1- Agora que voc j sabe quais os deveres dos vereadores, imagine que voc tenha um problema que deva ser resolvido por
eles, depois invente um nome fictcio para um vereador, e faa um bilhete solicitando aquilo que voc tem direito. No esque a
precisa fazer parte das funes dos vereadores.
Comea assim....
Senhor Vereador ........... ............................, escrevo para Vossa Senhoria, para ........................................................................
.......................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................
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QUEM SO OS VIZINHOS DA NOSSA CIDADE?
LIMITES
Ao Norte: Municpio de Pelotas e Laguna dos Patos conhecidos como Lagoa dos Patos;
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COMO LOCALIZAR-SE UTILIZANDO OS PONTOS CARDEAIS
Os Pontos Cardeais: Os pontos cardeais, tambm conhecidos como pontos de referncia, so pontos bsicos para
determinar a orientao no espao terrestre, relacionados com a posio do sol durante o dia. O sol nasce todas as manhs,
aproximadamente, no mesmo lado do horizonte e, ao entardecer, se pe no lado oposto. Estes dois lados foram tomados como
ponto de referncia e, a partir deles, os pontos cardeais foram estabelecidos.
Os quatro pontos cardeais so: Norte (N), tambm denominado de setentrional ou boreal; Sul (S), tambm chamado de
meridional ou austral; Oeste (O ou W), tambm conhecido como Ocidente; e Leste (E), chamado de Oriente. Os pontos cardeais
do um sentido, uma direo; no entanto, sozinhos no do a localizao exata de um ponto na superfcie terrestre, pois um
instrumento utilizado para trabalhar em pequenas distncias.
11
2.3. COMO EST DIVIDIDO O NOSSO MUNICPIO?
Distrito uma diviso administrativa dentro de um municpio. Sua criao, desmembramento ou fuso, se faz por lei
municipal. O municpio do Rio Grande tem sua rea distrital dividida em cinco distritos.
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DIVISO DISTRITAL
1 Distrito: denomina-se Rio Grande e tem como sede a cidade do Rio Grande. Est subdividido em 1 Sub-distrito: Cidade
do Rio Grande; 2 Subdistrito: Balnerio Cassino.
2 Distrito: denomina-se Ilha dos Marinheiros e tem como sede a Vila do Porto do Rei. Abrange alm da Ilha dos Marinheiros,
as ilhas das Pombas, dos Cavalos, da Plvora, do Leondio, Caldeiro, Cabras e Constncia.
3 Distrito: denomina-se Povo Novo e tem como sede a Vila do Povo Novo. Abrange tambm as ilhas da Torotama, Carneiros,
Mosquitos e Martin Coelho.
4 Distrito: denomina-se Taim e tem como sede a Vila do Taim. Abrange, ainda, as ilhas Grande e Pequena.
5 Distrito: denomina-se Vila da Quinta e tem como sede a prpria Vila da Quinta.
EXERCCIO:
1. Os bairros pertencem aos distritos, portanto voc mora em um dos distritos do Rio Grande. Voc sabe a qual distrito pertence o
seu bairro? Ento, diga em qual bairro voc mora e a qual distrito ele pertence.
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3. RIO GRANDE, QUEM SO TEUS ANTEPASSADOS?
3.1. OS INDGENAS
Todas as cidades tm uma histria prpria e que est ligada a outros eventos, ou s outras cidades, ou at mesmo ligada a
outros pases, como a histria do Brasil. Algum sabe, qual seria este pas? Isso mesmo, o pas Portugal.
A chegada do brigadeiro portugus Jos da Silva Paes em Rio Grande, no ano de 1737, considerada o marco para o incio
da cidade do Rio Grande, pois fundou aqui o forte e presdio Jesus Maria Jos onde, atualmente, a Praa 7 de Setembro; neste
mesmo local, hoje temos o Instituto Estadual de Educao Juvenal Miller.
Mas, ser que a histria do Rio Grande comea, realmente, com a chegada do Brigadeiro Jos da Silva Paes? Se
considerarmos como ocupao portuguesa, sim. Contudo, se pensarmos nos primeiros habitantes no, pois a regio onde est
localizada a cidade, um dia j foi ocupada por grupos indgenas que viveram aqui por milhares de anos.
Antes da colonizao, o nosso Estado era habitado por diversas naes indgenas, com uma vasta cultura material (artefatos
de cermica, pontas de flechas e de lanas, machados de pedra, moedores, etc.), a regio de Pelotas e Rio
Grande era povoada pelas tribos charruas e minuanos, j extintas. Entretanto, restam ainda, no Rio Grande do Sul, Cermica: So
todos os
vasilhames e
alguns remanescentes dos povos Guaranis e Kaigang. artefatos feitos
de argila.
De acordo com as pesquisas do arquelogo Pedro Mentz Ribeiro, antes da chegada dos portugueses no
chamado Perodo pr-colonial, no Rio Grande do Sul, existiam trs grandes naes que ocupavam todo o Estado.
Os povos umbu chegaram h 12 mil anos, passando a se chamar umbu-vieira, quando comearam a produzir cermica em
um estgio mais avanado.
14
H seis mil anos, os povos Humait. Posteriormente, passaram a ser chamados de humait-taquara, quando tambm iniciaram
a produo de cermica.
O terceiro grupo seria o tupi-guarany.
Os povoadores das regies de Pelotas e de Rio Grande eram chamados de Pampeanos porque ocupavam a regio do
chamado Pampa. Estes eram os ndios Minuanos e Charruas, ambos descendentes da tradio umbu.
Observe os mapas abaixo, e compare a localizao dos primeiros grupos indgenas do Rio Grande do Sul:
15
Sabemos que os Charruas e os Minuanos eram povos caadores, coletores, ou seja, caavam animais e colhiam alimentos,
como folhas e frutas. Fabricavam utenslios de barro, madeira, pedras e couro, como a boleadeira, e o lao. Tambm alimentavam-
se de carnes assadas em brasas e faziam uma bebida base de erva Mate. Eles no cultivavam plantas
e utilizavam materiais encontrados na natureza com a finalidade de se defenderem. Conheciam ervas Boleadeira uma espcie de
funda, uma arma muito
medicinais para diversos tratamentos. Viviam prximo aos rios e lagoas, como a Laguna dos Patos. utilizada pelo gacho para
caar nas grandes pradarias
do pampa.
A boleadeira composta de
bolas metlicas ou pedras
arredondadas amarradas
entre si por cordas
Boleadeira
16
MAS, ONDE ESTO ESTES INDGENAS, HOJE?
EXTINO Basicamente dois fatores contriburam para a extino destes grupos. Um deles foi ocupao dos
colonizadores nesta regio, obrigando-os a buscar novos territrios, que no dominavam. Outro fator
que contribuiu para a extino destes povos foi a Guerra do Prata. Os charruas lutaram ao lado dos Em torno do Sculo XVI,
ocorreram vrias batalhas entre
espanhis e os minuanos junto dos portugueses. Eles no eram um povo preparado para a guerra e espanhis e portugueses
interessados em dominar o
acabaram morrendo. territrio do Rio Grande do Sul,
que denominou-se Guerra do
Prata.
OS NDIOS CHARRUAS
Fonte: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br
17
Os grupos indgenas que viveram no Rio Grande do Sul,
antes dos conquistadores, viveram aqui por mais de 12 mil anos e
possuam uma sociedade bem desenvolvida com seus prprios
deuses, rituais, laos familiares e sociais. Os conquistadores em
pouco mais de duzentos anos, acabaram totalmente, no s com
o modo de vida dessas pessoas como acabaram extinguindo
completamente estas populaes. Foi a cobia e a falta de respeito
pela cultura indgena que permitiu que isso acontecesse.
EXERCCIO:
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18
3.2 OS NEGROS
Rio Grande abriga o ltimo porto brasileiro no extremo sul do Brasil antes da fronteira e antes da entrada do Rio da Prata, que
separa Uruguai e Argentina ao leste. Em funo de sua posio geogrfica, o comrcio e a segurana militar esto na origem de
seu povoamento, sendo possvel afirmar que desde a sua fundao, em 1737, a movimentao porturia e comercial fora uma
constante, recebendo inmeras embarcaes e com elas pessoas e tambm mercadorias.
No final do sculo XVIII, a cidade de Pelotas destacou-se pela grande produo de charque,
Charque: carne bovina
tornando toda regio muito movimentada, a vila do Rio Grande, alm de manter as atividades de comrcio,
cortada em mantas,
ainda possua um territrio de grandes propores, contendo muitas propriedades agrcolas. A Vila do Rio salgada e seca ao sol
Grande possua negcios de diferentes atividades, tanto rural como urbana. A atividade charqueadora
exigia muitos trabalhadores, e nessa poca a mo de obra utilizada pelos europeus em suas colnias, era o trabalho escravo.
Relatos de moradores levaram-nos chcara da charqueada, localizada nas imediaes da FURG, no Bairro Carreiros.
Pesquisadores fizeram visita ao local, em novembro de 2010, e uma inspeo visual da superfcie do solo. Este estudo superficial
permitiu registrar alguns indcios de estruturas j quase desaparecidas, bem como estruturas ainda presentes. Dessa forma, foi
possvel confirmar a presena no s de uma casa que teria sido dos donos do local, mas tambm, vestgios de uma senzala ou
algo semelhante.
Os escravos eram pessoas raptadas de sua terra natal, a frica, e trazidas contra a sua vontade para serem escravizadas.
Esse comrcio de seres humanos resultou em uma grande quantidade de africanos e descendentes em nossa regio.
Estas pessoas trazidas de suas terras possuam uma organizao social prpria, viviam em seus reinos e aldeias, onde
possuam famlia, amigos, parentes e lderes. Algumas tribos possuam reis e rainhas, plantavam, tinham cerimnias religiosas,
assim como ns, s que formas diferentes.
19
As pessoas eram vendidas em praas e mercados, eram feitos leiles, onde as pessoas eram chamadas de peas. Essa
era apenas uma parte dos sofrimentos que aconteciam com eles. Depois de comprados, eles eram levados para as casas, fazendas,
stios e charqueadas, onde eram obrigados a trabalhar sem receber nada por esse trabalho e ainda, poderiam ser castigas
fisicamente, com aoites, chibatadas, e outras tantas crueldades que sofriam.
Mas, no pense que os escravos aceitavam facilmente essa situao, eles resistiam de todas as formas que estavam ao seu
alcance e foram muito bravos e corajosos. Os escravos resistiam de vrios modos aos maus tratos da escravido e as fugas eram
uma das formas mais comuns de resistncia escravido imposta. Os escravos fugiam e escondiam-se em comunidades chamadas
de Quilombos, tanto que existiram vrios quilombos na regio.
Na cidade do Rio Grande existiu o Quilombo do Negro Lucas, localizado na Ilha dos Marinheiros. Por dez anos esse local
abrigou escravos fugitivos. Mesmo quando o negro Lucas, fundador desse quilombo foi morto, as fugas continuaram at o decreto
da Lei urea, que aboliu a escravido no Brasil, em 13 de maio de 1888.
Embora tenham sido tratados duramente, e seus hbitos e costumes tenham sido ignorados por Sincretismo a fuso de
diferentes cultos ou
seus senhores, esses bravos, de forma muito inteligente, conseguiram preservar a essncia de sua
doutrinas religiosas, com
religio, principalmente, no Candombl, ou mesmo na Umbanda que uma religio brasileira com reinterpretao de seus
caractersticas catlicas atravs do sincretismo, e forte ligao com deuses africanos. elementos
Tambm, na alimentao, os escravos deixaram alguns dos mais deliciosos pratos da culinria
brasileira: a feijoada. Os escravos tinham como base de sua alimentao, o feijo, eles acrescentavam partes do porco que os seus
senhores no comiam, como as patas, as orelhas, e os rabinhos. Todos esses ingredientes fazem parte do prato mais conhecido do
Brasil. Da mesma maneira, o mocot; tambm feito de partes menos nobres da vaca, como as patas, o mondongo, dentro outras.
Os escravos deixaram um maravilhoso patrimnio cultural; no entanto, mesmo com o fim da escravido, as pessoas negras
no foram acolhidas na sociedade de brancos, saram de sua condio de escravo, mas permaneceram margem da sociedade
20
por falta de oportunidades. Estes ex-escravos foram pais de vrias geraes de pessoas como poucas oportunidades e que
continuaram sofrendo com a discriminao, e racismo.
Ainda hoje, a situao das pessoas negras debatida e discutida por diversos seguimentos da sociedade, buscando uma
maior visibilidade para a realidade do racismo, que no um fenmeno recente na histria da humanidade. Quando o progresso
tcnico permitiu Europa dominar o mundo, a partir do sculo XV, vrias teorias surgiram para explicar e justificar esta dominao
dos brancos sobre os negros, tanto que at defendiam a ideia de existir, na Europa, uma raa superior s outras, o que, segundo
eles, justificava atos brbaros cometidos, tanto nas metrpoles, quanto nas colnias.
Hoje, um dos focos da discusso consiste nas desigualdades sociais entre negros e brancos, pois os negros ainda ocupam
uma situao de desvantagem junto ao restante da sociedade. Podemos citar alguns exemplos aqui, que embora a populao do
Brasil seja de mais de 50% de negros, a Cmara de Deputados Federais no passa de 9% de negros ocupando cargos polticos.
Outro exemplo de luta o sistema de cotas para negros nas Universidades que ainda divide opinies.
No seu municpio Rio Grande, existe o Conselho Municipal de Desenvolvimento Social e Cultural da Comunidade Negra
(COMDESCCON), um rgo de carter consultivo, normativo, participativo, monitorador, fiscalizador e avaliador das polticas que
visam promoo da igualdade racial, assim como em questes referentes s resolues das necessidades sociais e culturais do
povo negro rio-grandino.
Esse Conselho vem promovendo encontros e reunies onde so discutidos vrios assuntos, com prioridade s questes
relacionadas evaso escolar, sade, mercado de trabalho e cotas nas universidades. Trabalham tambm, para obter dados
referentes ao que Rio Grande absorve da mo-de-obra operria negra.
Voc j ouviu falar sobre os homens e mulheres negras, que foram importantes na histria do Brasil? Ento, vamos falar sobre
alguns:
21
Francisco Jos do Nascimento: O Drago do Mar, Francisco recebeu esse apelido
em decorrncia de sua luta contra a embarcao de escravizados.
Dandara foi uma grande guerreira na luta pela liberdade do povo negro. Ainda, no
sculo XVII, participou das lutas palmarinas (lutas no Quilombo dos Palmares).
Joo Candido: tambm conhecido como Almirante Negro, foi militar da Marinha do Brasil e
lder da Revolta da Chibata, de 1910. Lutou contra a opresso e maus tratos sofridos pelos
marinheiros.
22
Jos do Patrocnio, farmacutico e escritor, foi uma das mais importantes figuras do movimento
abolicionista e republicano do Brasil.
Esttua em Braslia que homenageia Zumbi, ltimo lder do Quilombo dos Palmares. Escravo
fugido, ele comandava a comunidade de negros que haviam escapado de fazendas e lutavam contra a
escravido.
O Dia Nacional de Zumbi e da Conscincia Negra, celebrado no dia 20 de novembro, foi institudo oficialmente pela lei n
12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referncia morte de Zumbi, o ento lder do Quilombo dos Palmares.
23
3.3 OS AORIANOS
O Arquiplago dos Aores um conjunto de nove ilhas vulcnicas localizadas no Oceano Atlntico que pertenceu
politicamente a Portugal; hoje, um estado autnomo. Foi deste arquiplago que vieram os primeiros colonizadores para o municpio
do Rio Grande. Depois de chegarem a Rio Grande, partiram para outras regies do Estado, inclusive, fundando a cidade de Porto
Alegre.
O Rio Grande do Sul pertencente a Portugal na primeira metade do sculo XVIII se restringia a poucos ncleos populacionais,
e o centro estava na Comandncia do Presdio do Rio Grande de So Pedro, ou seja, a nossa cidade do Rio Grande, que na poca
era o centro administrativo e militar, marcava definitivamente a presena portuguesa nessa regio e garantia o domnio sobre o atual
Estado do Rio Grande do Sul.
O governo de Portugal precisava ocupar a regio do extremo sul do Rio Grande do Sul, para impedir os espanhis de tomarem
essas terras. Em 31 de agosto de 1746, foi publicado, nas Ilhas dos Aores, um edital que abria inscries para os casais que
almejassem transferirem-se para o Brasil. Desse modo, os primeiros casais de aorianos chegaram ao porto do Rio Grande.
Monumento
alusivo chegada
dos aorianos no
RS
Foram tambm os aorianos que trouxeram o cultivo da uva para a Ilha dos Marinheiros, a maior ilha do Estado; ainda restam
pequenos produtores que mantm a tradio de elaborar a Jurupiga (tambm conhecida como Jeropiga). Trata-se de mosto de
uvas com adio de lcool.
O processo de elaborao lembra vinhos antigos da Ilha da Madeira. Ainda, h vinhedos na ilha,
M osto o Sumo de porm, das amplas reas que j existiram, hoje h apenas dois viticultores. Parte das uvas comprada na
uvas frescas que no
tenham passado serra gacha. A venda deste vinho d-se quase que na
pelo processo de
fermentao. totalidade pelo turismo na ilha ou lojas de artesanato na cidade
do Rio Grande. Corre grave risco de desaparecimento em
decorrncia do xodo rural e pela
consequente perda das
tradies.
Fonte:http://chateaudejane.blogspot.com.br/2012/11/jurupiga-um-calice-de-sabor.html Fonte:http://chateaudejane.blogspot.com.br/2012/11/jurupiga-um-calice-de-sabor.html
25
EXERCCIOS:
I- Analise as figuras, abaixo, e identifique de qual etnia herdamos estes hbitos, danas e alimentos:
(1) INDGENAS (2) PORTUGUESES (3) NEGROS
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
II. Pesquise entre seus vizinhos, amigos e familiares qual a origem dos seus antepassados?
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..................................................................................................................................................................................................................
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4. VOC SABE O QUE PATRIMNIO?
Bem, vamos comear pensando sobre todas as coisas que so seu patrimnio e voc no sabia.
Vamos l!
J estudamos que a sua cidade cheia de ricas histrias e que muitas pessoas construram tudo que existe hoje, e muitas
delas eram pessoas muito parecidas com voc, tambm tinham sonhos, vontades; enfim, eram trabalhadores, donas de casa,
estudantes, pescadores, comerciantes, pessoas simples.
Estudamos que a nossa cidade foi fundada por colonos portugueses e que, depois muitos africanos, escravizados foram
trazidos, fora, para trabalharem aqui e que muitos indgenas j viveram aqui. Bem, todas estas pessoas, todos estes povos
deixaram a sua marca em nossa sociedade, todos viveram, tiveram seus filhos, suas famlias, e as mais diversas atividades foram
desenvolvidas. Ento, tudo que j foi vivido, construdo, faz parte de seu Patrimnio.
Logo, podemos dizer que Patrimnio o termo utilizado para designar o conjunto de bens de uma coletividade. Ento,
Patrimnio o conjunto de bens materiais e/ou imateriais, que contam a histria de um povo atravs de seus costumes, comidas
tpicas, religies, lendas, cantos, danas, linguagem, supersties, rituais, festas, entre outros aspectos.
Uma das principais fontes do patrimnio cultural est nos stios arqueolgicos, que revelam a histria de civilizaes antigas
e fazem parte do PATRIMNIO MATERIAL. Assim como em Rio Grande tem os casares antigos, antigas fbricas, como a
Rheingantz, ou o Prtico na entrada da cidade, todas estas construes fazem parte do Patrimnio Material da nossa cidade.
Do PATRIMNIO IMATERIAL, faz parte tudo aquilo que no pode ser tocado, as histrias infantis que foram contadas
gerao aps gerao, as brincadeiras, as danas, as lendas, as festividades tradicionais e religiosas, tudo isso parte de seu
Patrimnio Imaterial.
27
4.1. PATRIMNIO MATERIAL DO RIO GRANDE
A CATEDRAL DE SO PEDRO
A sua construo teve incio no ano de 1752, e seu prdio em estilo Barroco colonial portugus, sem maiores adornos,
devido s dificuldades financeiras enfrentadas na poca, pela Real Fazenda.
Foi o General Gomes Freire de
Andrada quem mandou construir, a pedido
do vigrio Padre Manoel Francisco da
Silva, a partir do projeto do Ten.
Engenheiro Manuel Vieyra Leo, que
utilizou o material e os operrios que
trouxera para a construo da residncia
do governador.
Eles construram a capela-mor e a
frontaria, e ao povo coube construir o corpo da Igreja. A Catedral de So Pedro est
localizada no Largo Dr. Pio, rua Bacelar (Calado), e hoje um dos pontos centrais da
28
cidade; um local escolhido, no s para manifestaes religiosas mas, tambm, um espao que a populao utiliza para
manifestaes, festividades, e apresentaes populares.
29
festividades dessa comunidade, pois no sincretismo, Nossa Senhora da Conceio representa Oxum, uma entidade feminina da
Umbanda e do Candombl.
Em sua fachada podemos admirar vitrais, abbadas, trs portas ogivais, delicados
rendilhados e nervuras. Na grande arcada aparece uma roscea com elementos florais
geometrizados.
30
IGREJA DO BOM FIM
31
CAPELA DO TAIM
No foi o primeiro prdio religioso construdo no local, pelo menos duas outras j haviam sido erguidas ali. Uma delas de
madeira, a qual teve uma das paredes queimada. Conforme os estudos cogita-se que a primeira Capela tenha sido erguida para
acompanhar um corpo da guarda de fronteira. A estrutura pode ter sido abandonada durante os 13 anos de ocupao espanhola.
32
IGREJA ANGLICANA DO SALVADOR
33
IGREJA BATISTA
A chegada dos Batistas Brasileiros na cidade de Rio Grande aconteceu com um ponto de
pregao da Primeira Igreja Batista de Pelotas. O Missionrio Alberto Laffayett Dunstan,
responsvel pelo campo Pelotas/Rio Grande, juntamente aos demais membros da Igreja
Batista de Pelotas, resolveram abrir um ponto de pregao na cidade martima, num prdio
junto Avenida Rheingantz, nmero 726, hoje Av. Presidente Vargas.
34
FESTA DE YEMANJ
35
Exerccios:
Exerccios:
1- Quais outros eventos acontecem em Rio Grande que podem ser considerados como patrimnio de sua cidade?
............................................................................................................................................................................................................
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2- Voc conhece algum que benze? A Benzedura um patrimnio? um patrimnio material ou imaterial?
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36
4.1.2. Rio Grande: A Cidade conta histrias atravs de seus prdios, monumentos e praas
A cidade do Rio Grande possui inmeros prdios histricos, com uma arquitetura rica, e que preserva a histria de um tempo
que j passou, mas que deixou suas marcas na paisagem rio-grandina.
Vamos, ento, fazer uma viagem pelos prdios, monumentos, casares e casas antigas da cidade. Voc conhece algum
destes lugares? Vamos entrar em sua cidade e visitar primeiro as praas e monumentos!
37
Praa Tamandar
38
Esttua de Erico Gobbi
39
PRAA XAVIER FERREIRA
40
Na esquina entre as Ruas Marechal Floriano Peixoto e a Rua
Andradas, ou no centro da praa, em torno do chafariz, acontece o Bailinho
da Melhor Idade. Durante a tarde de um sbado por ms, casais danam
ao ar livre ao som da tradicional Banda Rossini.
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Fonte:http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/atrativos-turisticos/detalhes+1822d,,monumento-ao-brigadeiro-jose-da-silva-paes.html
Monumento Me: instalado em 1948, na Praa Xavier Ferreira, foi o primeiro monumento do
Brasil em homenagem Me. A obra de autoria do escultor Matteo Tonietti, com a participao do
escultor rio-grandino rico Gobbi.
Fonte:http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/atrativos-turisticos/detalhes+1822d,,monumento-ao-brigadeiro-jose-da-silva-paes.html
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Viso Superior Escultura Monumento Liberdade
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As belezas das praas de sua cidade so muitas. Aqui, voc conheceu as duas maiores praas urbanas de sua cidade;
contudo, existem outras que tambm trazem beleza, frescor e um lugar aprazvel para se passear.
Comente com seus colegas de aula, sobre outras praas que voc conhece ou, outros detalhes das praas que acabamos de
estudar.
EXERCCIOS:
1- Voc j visitou a Praa Xavier Ferreira? Ento, faa um pequeno texto e um desenho contando o que mais chamou a sua ateno?
Se voc nunca esteve nesta praa, faa um desenho reproduzindo um dos monumentos citados acima e pea para seus familiares,
quando forem at o centro de sua cidade, levarem voc at l para conferir se o seu desenho est parecido.
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BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE
Entre os muitos portugueses que cruzaram o Atlntico, tivemos a figura deste apstolo da
cultura Joo Barbosa Coelho, fundador, na data de 15 de agosto de 1846, da Bibliotheca Rio-
Grandense.
Joo Barbosa Coelho nasceu na cidade do Porto, em 1819, e morreu provavelmente com a
idade de 90 anos em Lisboa, no ano de 1909. Chegou ao Brasil em 20 de novembro 1820. Exercendo
a profisso de guarda-livros, permaneceu alguns anos na Bahia e, depois, no Rio de Janeiro.
Aportou no Rio Grande, em 21 de outubro de 1845, e torna-se scio do estabelecimento mercantil de Manuel Marques das
Neves Lobo, com a razo social Lobo & Cia. No ano seguinte, em 1846, rene vinte e um idealistas, apreciadores das letras, e juntos
fundam um Gabinete de Leitura.
Anos mais tarde, essa instituio passa a denominar-se Bibliotheca Rio-
Grandense. uma das mais antigas instituies culturais do Rio Grande do Sul. Seu
acervo riqussimo, conta com mais de 450.000 volumes. Guarda peas
significativas referentes Guerra do Paraguai e histria do nosso Estado.
Mais de 2.000 obras raras podem ser encontradas nesta biblioteca, que
ocupa um prdio em estilo neoclssico.
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4.2. PATRIMNIO AMBIENTAL
Voc percebe que tudo que existe ao seu redor faz parte da vida de todas as pessoas que vivem ou j viveram na sua regio?
Certo.
Rio Grande tem um relevo que se caracteriza tambm, por uma plancie costeira, que
apresenta um solo arenoso, onde em vrias reas podemos encontrar um lenol fretico baixo (se voc cavar cerca de 3 metros
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poder encontrar gua doce no subsolo. Chamamos de Poos Artesianos). O municpio possui muitos banhados e animais tpicos
desse tipo de rea. Temos a Capivara, o rato do banhado, a gara branca.
Gara Branca
Fonte:http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/atrativos-
turisticos/detalhes+8603,,estacao-ecologica-do-taim.html
Existem banhados no s na Reserva Ecolgica do Taim, mas tambm na zona urbana da cidade do Rio Grande, podemos
encontrar banhados nos bairros Bolacha, Cassino, na Quinta e tambm em alguns lugares como bairro Carreiros e Senandes (No
Senandes encontramos a Lagoa Verde, uma APA (rea de Proteo Ambiental).
EXERCCIOS:
1. Voc conhece algum banhado? J viu algum desses animais? Em seu caderno conte essa histria para ns, caso voc nunca
tenha visto um banhado ou nenhum desses animais, desenhe animais de sua cidade que voc j viu.
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O clima da regio Subtropical martimo, com temperatura mnima de 2C e mdia normal de inverno de 13,4C. No vero,
a temperatura mnima de 18C e a mdia normal de 22,6C, com uma umidade relativa do ar variando entre 77% e 90%.
A gua doce da Laguna recebe a gua salgada do Oceano Atlntico, formando um esturio. Nesse local, o ambiente
formado proporciona um canal natural, que se presta navegao de grandes e pequenas embarcaes, que representam uma
importante fonte de renda para o municpio, tanto para o transporte de mercadorias do porto como, tambm, a pesca. Circundando
a cidade, existem vrias enseadas rasas formadas por guas da Laguna, denominadas Sacos:
Saco da Mangueira;
Saco do Justino;
Saco do Silveira;
Saco do Arraial.
Temos, tambm, a presena de ilhas:
Ilha dos Marinheiros (de formao arenosa com grandes dunas centrais, e no seu entorno um solo rico que tem grande
utilizao em produo de hortalias, que j foi considerada o celeiro do Rio Grande do Sul).
A Ilha da Torotama, que caracterizada por imensos banhados e com uma ligao tnue entre a ilha e o continente tendo
como atividade econmica a pesca.
Alm destas ilhas, temos vrias outras, de pequeno porte, como:
Ilha da Plvora;
Ilha do Machadinho;
Ilha dos Cavalos.
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Essa natureza propicia aos rio-grandinos vrias formas de subsistncia, onde toda essa diversidade hidrogrfica oferece
diversas espcies de pescado em toda a laguna e, tambm, no entorno das ilhas. O camaro uma das espcies que muito
movimenta todo esturio, e muitos pescadores artesanais durante o vero, dedicam-se captura desse crustceo.
O CASSINO
Na zona Costeira do municpio do Rio Grande situa-se a praia do Cassino, que vai do Molhe Oeste e se estende at o Chu,
por essa razo chamada de MAIOR PRAIA DO MUNDO EM EXTENSO, sendo um ambiente de areias finas com declive suave,
limitada por dunas de areias que constantemente so carregadas por fortes ventos dos mares gelados do Sul. O vento um fator
de grande importncia nas feies das praias do Rio Grande.
Uma das caractersticas importantes da beira da praia do Cassino o trnsito de carros, proporcionado por sua largura e uma
extenso de mais ou menos 240 km sem barreiras. Atrs das dunas, percebemos um ambiente formado por grandes banhados, que
cortam os campos e formam arroios e pequenos riachos, que desguam no mar.
Esse delicado ecossistema precisa ser cuidado, alguns dos grandes problemas de nossa cidade a poluio desse esturio.
Ainda, temos grandes quantidades de esgoto sem tratamento sendo lanado, tanto no esturio da Laguna dos Patos como, tambm,
na praia do Cassino e no Canal de acesso.
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O TAIM
A Estao Ecolgica do Taim est localizada no extremo sul do Brasil, foi criada em junho de 1979, ocupando uma rea de
34.000 hectares (70% no municpio de Santa Vitria do Palmar e 30% em Rio Grande). Sua finalidade consiste na preservao de
um grande viveiro natural de animais e vegetais distribudos em banhados, campos, lagoas, praias arenosas e dunas litorneas.
Naquela regio so encontradas flora e fauna nativas abundantes.
O Taim um importante berrio das aves migratrias. Algumas viajam milhares de Fauna um conjunto de animais de
quilmetros, provenientes da regio rtica ou Antrtida. Alm das aves, este ambiente convivem em um determinado espao
geogrfico ou temporal.
favorvel abriga a maior variao de mamferos do Brasil.
Flora um conjunto de plantas,
Encontramos, na Estao Ecolgica do Taim, vrias espcies de animais como: vegetais e flores que esto agrupadas
em uma determinada regio ou que
capivaras, rates, jacars, tartarugas, tach, gara vaqueira, entre outras. Conhecer e ajudar
eram caractersticos de algum
a preservar o Taim garante a sobrevivncia desse Patrimnio Ambiental, e das espcies que perodo.
podem ser conhecidas pelas geraes futuras: um ecossistema de imenso valor cientfico,
econmico e social.
O Taim sofre com alguns perigos como as reas com grandes lavouras de soja e os campos ocupados com o gado. A lavoura
canaliza a gua dos banhados, da Lagoa Mirim e da Mangueira, para irrigar suas plantaes e o gado pisoteia
os pastos e os ninhos de diversas espcies de aves. Outros problemas enfrentados pela unidade so: as queimadas, e os
atropelamentos de animais na BR-471, que corta a reserva, a pesca e a caa ilegais, que so praticadas dentro da reserva tambm
representam um problema.
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5. A ECONOMIA DA CIDADE DO RIO GRANDE
A economia de uma cidade, Estado ou pas distribuda em diferentes setores, sendo eles: Setor Primrio, Setor Secundrio
e Setor Tercirio. Voc sabe o que so os Setores Produtivos?
Setor primrio: esse ramo de atividade produtiva est vinculado ao desenvolvimento da agricultura (plantaes), pecuria
(criao de animais) e ao extrativismo (retirar da natureza: vegetais, animais e minerais). Esse setor produz matria-prima (por
exemplo, a l ou a seda para produzir tecidos) para o abastecimento das indstrias.
Setor secundrio: atua no sistema industrial, enquadrando a produo de mquinas e equipamentos, produo de bens de
consumo, construo civil e gerao de energia. Nesse caso, este setor atua no processamento da produo do setor primrio, alm
de promover a distribuio dos produtos na forma de atacado.
Setor tercirio: est diretamente ligado prestao de servios, neste esto: professores, advogados e profissionais liberais,
e o comrcio em geral. O setor tercirio est diretamente ligado ao comrcio varejista.
A economia da cidade do Rio Grande caracterizada por uma predominncia do setor secundrio, numa grande interao
com o sistema virio, liderado pelas instalaes porturias. No entanto, outros setores tiveram
grande influncia no desenrolar das atividades econmicas, contribuindo com etapas para o Sistema virio o conjunto de
rodovias, ferrovias e/ou de outras
desenvolvimento integrado do Municpio. Fonte: FEE/IBGE.
formas de transportes. A partir
desta definio, estabeleceu-se
que: Sistema Virio o
conjunto de vias numa
determinada regio.
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5.1 SETORES DA ECONOMIA RIOGRANDINA
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A cidade do Rio Grande possui o maior polo de produo de fertilizantes do sul do pas. Tem 4 (quatro) indstrias que suprem
o mercado do nosso Estado e regio sul do Brasil, empregando cerca de 1.000 funcionrios diretos.
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5.2 SETOR PESQUEIRO
A pesca, por representar o setor mais tradicional e constituir a atividade tpica do Rio Grande, merece destaque no contexto
econmico do Municpio. O pescado industrializado no municpio comercializado em trs tipos de mercado, intermunicipal (entre
os municpios), interestadual (entre os estados) e exterior (para outros pases). Os principais produtos so constitudos de: pescado
congelado; pescado salgado; farinha de peixe e leo de peixe.
As espcies mais comercializadas so: camaro, miragaia, anchova, merluza, namorado, sardinha, castanha, tainha,
linguado, peixe anjo, cao, savelha e outros.
O nosso municpio viveu um momento social, poltico e econmico de grande euforia, devido implantao de um Polo Naval
e Offshore na rea de seu porto.
A cidade do Rio Grande aspirou e acreditou em todo potencial de crescimento econmico, Offshore: A palavra de origem inglesa
que, em portugus, significa afastado
que um empreendimento desta magnitude significa para a economia local e regional. da costa e utilizada por empresas
que trabalham com perfurao
Diferentemente de outros polos industriais no pas, a distncia do Polo Naval do Rio
e explorao petrolfera em torno de
Grande, do centro econmico que ofereceu suas necessidades de bens industriais e de servios, uma costa litornea
impactou fortemente no s a nossa cidade como, tambm, outras cidades da regio, do Estado
e at mesmo de outros Estados.
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O Polo Naval fruto de uma poltica nacional de renascimento da indstria naval brasileira, que antes localizava-se no centro
do pas. Esse renascimento motivado pelos altos custos com afretados por parte da Petrobras, a renovao da frota da Transpetro,
a descoberta de campos de petrleo em guas profundas (PR-SAL).
A Petrobras Transporte S.A.
Transpetro uma importante
empresa para o transporte e a
logstica de combustvel no Brasil.
Rio Grande preparou-se para ser um Polo Naval onde seriam construdas
vrias plataformas para a explorao de petrleo; e at o ano de 2015, foram
construdas trs gigantescas plataformas.
Agora, o to sonhado Polo Naval, que chegou a empregar cerca de vinte mil (20 mil) pessoas, est praticamente parado, e
tem na melhor das hipteses, em torno de 4 mil empregos diretos prometidos para o trabalho de manuteno para a PETROBRAS.
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6. SMBOLOS DA CIDADE DO RIO GRANDE
Bandeira, braso de armas, e hino, so smbolos cvicos que retratam a histria e as caractersticas de cada municpio. Cada
municpio tem sua prpria histria, como j vimos. Os smbolos municipais so as formas de representao destas histrias. O
braso de armas, assim como a bandeira municipal, so figuras simblicas, insgnias que representam a identidade do municpio, a
sua evoluo poltica, administrativa e econmica, bem como os seus costumes, tradies, arte e religio; enfim, a
representatividade de cada municpio.
Alm de grande parte da populao desconhecer os smbolos cvicos do seu municpio, muitas vezes, estes foram elaborados
por artistas que no possuam nenhuma noo do que estabelece a Herldica e a vexilologia, que so cincias que estudam os
brases e as bandeiras.
A cidade do Rio Grande tem com seus smbolos: a Bandeira, o Braso e o Hino.
BANDEIRA
BRASO DE ARMAS
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HINO DO RIO GRANDE Tens valor, tens rija f Terra de Tamandar
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PALAVRAS FINAIS
Estudantes do Quarto Ano, professoras e professores, esta Cartilha, no pretendeu esgotar os assuntos referentes histria
da nossa cidade muito pelo contrrio mas, visa aguar sua curiosidade com relao ao lindo lugar onde vivemos. Seja voc rio-
grandino ou no, saiba que esta cidade no tem sua importncia somente por ser a cidade mais antiga de colonizao portuguesa
do Estado do Rio Grande do Sul ou, pelo seu famoso Polo Naval; sua importncia reside no fato de que os rio-grandinos, de
nascimento ou por adoo, como eu, tm o privilgio de viver em um cidade hospitaleira e acolhedora. Rio Grande possui um povo
generoso, alegre, religioso e feliz.
Costumo dizer que esta uma cidade de estrangeiros, afinal, Rio Grande acolhe pessoas de inmeros lugares do Brasil,
que vem para c em busca de uma vida melhor, de oportunidades, seja para estudar e/ou trabalhar na FURG, ou os sazonais, como
o caso dos militares da Marinha do Brasil (recrutas, ou no), ou os porturios (Empresas nacionais e multinacionais, com seus
funcionrios), sejam pescadores e companhias pesqueiras e, como se no bastasse, temos ainda, uma praia linda e gigante, que
atrai milhares de turistas no vero. Todos acolhidos, todos com o Rio Grande em seus coraes, mesmo que venham a partir,
posteriormente.
Rio Grande, que embora tenha dois shopping centers, tem ainda um dos calades comerciais mais movimentados do
interior do Estado.
A cidade que tem seus ps fincados em suas tradies como a Festa do Mar e a Festa de Yemanj e, ainda assim, tem um
olhar para o futuro, aceitando e prestigiando o visionrio Polo Naval.
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