Paralisia Facial
Paralisia Facial
Paralisia Facial
Lesão no motoneurônio inferior (nervo facial - VII NC) paralisia flácida dos
musculos faciais ipsilaterais caracteriza-se pelo acometimento superior e inferior da face
Paralisia Facial Periférica (Fig. A)
Periférica Central
• Idiopáticas.
• Traumáticas.
• Infecciosas.
• Tumorais.
• Metabólicas.
• Congênitas
• Vasculares.
• Tóxicas.
• síndrome de Moebius
• afecções virais (herpes zoster)
• paralisia de Bell
• Gravidez
• Traumas
• intervenções cirúrgicas
Categorias de lesões:
CHEVALIER (1990) considera que todo nervo facial comprimido durante mais de
25 dias, sem sinais de recuperação na avaliação muscular, apresentará anomalias de
regeneração, hipertonias e sincinesias, qualquer que seja a etiologia
Regeneração nervosa
A origem da regeneração neural é aquela porção do axônio próximo ao local da lesão e que
se encontra situada em um tubo endoneural não lesado. Existem dois processos:
1. É quando o axônio que está crescendo é confinado ao tubo que originalmente o continha
durante sua regeneração. Os axônios atingem o órgão terminal originalmente por ele
inervado de maneira que o padrão de reinervação seja exatamente o mesmo do padrão
original e, a função é completamente recuperada
Se os tubos endoneurais não são reinervados em 1-1,5 ano após a desnervação, tornam-se
menos susceptíveis a receber um axônio em função de as células de Schwann serem
substituídas por tecido conjuntivo
Se os tubos endoneurais não são reinervados em 1-1,5 ano após a desnervação, tornam-
se menos susceptíveis a receber um axônio em função de as células de Schwann serem
substituídas por tecido conjuntivo
As principais sequelas que podem ocorrer em pacientes com Paralisia Facial Periférica
foram relacionados por Targan et al (2000) e estão listados abaixo:
Grau de recuperação clínica do nervo facial (House-Brakmann facial nerve grading system)
Grau I - Normal
Função facial normal em todas as áreas
AVALIAÇÃO CLÍNICA
AVALIAÇÃO
1. Músculo Frontal levante suas sobrancelhas, enrugue a testa
2. Músculo Corrugador franza a testa, sobrancelhas para baixo
3. Músculo Orbicular dos Olhos feche os olhos
4. Músculo Elevador da Pálpebra Superior abra os olhos
5. Músculo Piramidal enrugue o nariz
6. Músculo Risório e Músculo Zigomático Maior sorria
7. Músculo Orbicular dos Lábios assovie
8. Músculo Elevador do Lábio Superior mostre os dentes de cima
9. Músculo Depressor do Lábio Inferior mostre seus dentes de baixo
10. Músculo do Mento enrugue seu queixo
11. Músculo Elevador do Ângulo da Boca eleve os cantos da boca
12. Músculo Depressor do Ângulo da Boca leve os cantos da boca para baixo,
pareça triste
13. Músculo Bucinador aperte suas bochechas para dentro
14. Músculo Masséter e Temporal feche a boca, morda
15. Músculo Infra e Supra-hióideos abra a boca
16. Músculo Platisma empurre o queixo para baixo
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Avaliação
Tratamento
- cinesioterapia
- crioterapia ( crioestimulação)
- massoterapia de relaxamento na hemiface não comprometida e de estimulação na
hemiface paralisada
- eletroterapia
Cinesioterapia
exercícios de mímica facial e reeducação da musculatura facial através de
“biofeedback” eletromiográfico com eletrodos de superfície.
quando ocorre a retomada do fluxo nervoso aos músculos, a reabilitação não pode
ser global ou forçada, para evitar o trabalho predominante dos músculos mais fortes.
o trabalho, a princípio, deve ser realizado em forma de esboço para que, mais tarde,
todos os elementos musculares se reintegrem em uma mímica global e harmoniosa.
Durante os exercícios deve se procurar o equilíbrio entre os músculos agonistas e
antagonistas e, para isto, pode ser utilizada a pressão digital, a qual favorece a dissociação
dos movimentos de boca/olhos, ou seja, da parte inferior e superior da face.
Os movimentos de contração sinérgica devem ser inibidos e, se aparecem
movimentos anárquicos, os músculos responsáveis devem ser mantidos em posição de
estiramento para inibi-los.
Crioterapia
Massoterapia
A reabilitação facial pode ser longa e, ainda assim, ficará um déficit de 20%, devido
a motricidade reflexa sobre a qual o paciente não pode intervir (bocejar, piscar, gargalhada).
Além disso, para os hemispasmos faciais, não existe tratamento cinesioterápico, a não ser o
relaxamento geral, pois o mesmo está relacionado a fatores psíquicos.
Paralisia de Bell
A paralisia de Bell é uma anomalia do nervo facial caracterizada pela fraqueza súbita ou
pela paralisia dos músculos de um lado da face. O nervo facial é o nervo craniano que
estimula os músculos faciais. Embora a causa da paralisia de Bell não seja conhecida, ela
pode incluir o edema do nervo facial como reação a uma infecção viral, a uma compressão
ou a uma falta de fluxo sangüíneo.
Sintomas
aparece de forma repentina.
O indivíduo pode apresentar dor atrás da orelha algumas horas antes de ocorrer a
fraqueza muscular.
O grau de fraqueza pode variar de modo imprevisível, de discreto a grave, mas
sempre afeta apenas um lado da face.
A maioria dos indivíduos apresenta dormência ou uma sensação de peso no rosto,
mas a sensibilidade na realidade permanece normal.
Quando a parte afetada é a região superior da face, o indivíduo pode apresentar
dificuldade para fechar o olho do lado afetado.
Raramente, a paralisia de Bell interfere na produção de saliva, no paladar ou na
produção de lágrimas.
Diagnóstico
Prognóstico
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS