O documento discute a atuação fonoaudiológica em cirurgia ortognática, descrevendo intervenções pré e pós-cirúrgicas. Na pré-cirurgia, avalia funções e realiza terapias preparatórias ou adaptativas. No pós-cirurgia, atenta-se a edemas, parestesias e amplitude de movimento, realizando terapia de reeducação funcional quando necessário. O acompanhamento fonoaudiológico dura de 6 a 12 meses após a cirurgia.
O documento discute a atuação fonoaudiológica em cirurgia ortognática, descrevendo intervenções pré e pós-cirúrgicas. Na pré-cirurgia, avalia funções e realiza terapias preparatórias ou adaptativas. No pós-cirurgia, atenta-se a edemas, parestesias e amplitude de movimento, realizando terapia de reeducação funcional quando necessário. O acompanhamento fonoaudiológico dura de 6 a 12 meses após a cirurgia.
O documento discute a atuação fonoaudiológica em cirurgia ortognática, descrevendo intervenções pré e pós-cirúrgicas. Na pré-cirurgia, avalia funções e realiza terapias preparatórias ou adaptativas. No pós-cirurgia, atenta-se a edemas, parestesias e amplitude de movimento, realizando terapia de reeducação funcional quando necessário. O acompanhamento fonoaudiológico dura de 6 a 12 meses após a cirurgia.
O documento discute a atuação fonoaudiológica em cirurgia ortognática, descrevendo intervenções pré e pós-cirúrgicas. Na pré-cirurgia, avalia funções e realiza terapias preparatórias ou adaptativas. No pós-cirurgia, atenta-se a edemas, parestesias e amplitude de movimento, realizando terapia de reeducação funcional quando necessário. O acompanhamento fonoaudiológico dura de 6 a 12 meses após a cirurgia.
A cirurgia ortognática é um procedimento realizado para tratamento
de deformidades dento-esqueléticas, com o objetivo de corrigir defciincias funcionais e miofuncionais e, por consequincia, correção de padrões estéticos. O diagnóstico correto para indicação da cirurgia deve ser realizado por um cirurgião buco-maxilo-facial, com o auxílio de uma equipe multidisciplinar. Deve ser realizado um estudo das oclusões, achados cefalométricos e análise facial, observando a simetria, a harmonia entre as estruturas faciais, análise das vias aéreas, relação labio-dental, projeção do mento, e distancia mento-cervical. É necessário que haja uma correta análise das alterações faciais para chegar no melhor diagnóstico, como também o traçado de um prognóstico efciente e efcaz no pós- operatório. É comum pacientes permanecerem durante vários anos tentando corrigir posições dento-esqueléticas com tratamentos ortodônticos por conta de um diagnóstico incorreto. Nesses casos, a Cirurgia Ortognática é necessária como tratamento defnitivo para estes tipos de deformidades, muitas vezes aliada ao próprio tratamento ortodôntico. Indicações cirúrgicas
Prognatismo
O Prognatismo também é uma deformidade que envolve ossos, dentes e
músculos da face. Caracterizado pelo excesso de crescimento mandibular em relação a maxila, causa mordida cruzada anterior e perfl facial côncavo. Essa condição altera de forma considerável a harmonização do rosto, causando grandes deformidades faciais. Indivíduos que possuem esse tipo de alteração tim o lábio inferior mais avantajado e avançado do que o superior, e um queixo bem proeminente e volumoso. Causa diversas má-oclusões, e, por consequincia, alterações na respiração, mastigação e fonação.
Retrognatismo
O retrognatismo é uma deformidade que envolve ossos e dentes da
mandíbula e maxila. Geralmente é caracterizado pela insufciincia de crescimento mandibular em relação à maxila, que confere ao indivíduo uma aparincia de “queixo curto”, ou “queixo pequeno”, e um perfl mais convexo. Com a projeção insatisfatória da região inferior da face, tem-se a impressão que a região nasal é mais proeminente, dando uma falsa impressão de nariz avantajado, além do acumulo excessivo de tecido na região do pescoço (papada). Além da instalação de problemas estéticos e, consequentemente, psicológicos ocasionados pela baixa autoestima em função de não se encaixar nos padrões estéticos, podem se instalar problemas na articulação temporomandibular, que pode se traduzir em dores de cabeça, na coluna, na mastigação, difculdade de deglutição, estalos e crepitação, difculdade respiratória, ronco e apneia, entre outros, além de uma função fonatória inadequada. Mordida Aberta
A Mordida Aberta é um tipo de má-oclusão em que os dentes superiores e
inferiores não se tocam. Ela pode ocorrer na região anterior ou posterior, tanto no lado direito, como no lado esquerdo. A Mordida Aberta dentária se estabelece quando o problema está apenas nos dentes, e é causado por maus hábitos, por exemplo: uso prolongado de chupetas, succção de dedos, respiração bucal, interposição lingual, etc. Já a Mordida Aberta esquelética é caracterizada por uma desproporção nos ossos da face. Os ossos crescem verticalmente de forma exagerada deixando o rosto muito mais comprido. A Cirurgia Ortognática é indicada para pacientes que apresentam uma Mordida Aberta esquelética. O objetivo da cirurgia será para reposicionar os ossos da maxila e da mandíbula. Inicialmente pode ser realizado um tratamento ortodôntico e, em seguida, a fase cirúrgica, reestabelecendo o toque dos lábios, funções estomatognáticas e fonação adequada.
Assimetria Facial
Assimetria facial, trata-se de uma desarmonia facial causada pelo crescimento
exagerado ou inadequado dos ossos da face, mandíbula, maxila, mento, nariz ou maçã do rosto. A Assimetria pode desenvolver distúrbios na ATM, comprometer a harmonia da face e a estética do paciente, trazer consequincias psicológicas, tendo em vista a difculdade em manter autoestima elevada, entre outros problemas.
Sorriso Gengival
O Sorriso Gengival é caracterizado pela exposição exagerada da gengiva.
Essa deformidade pode ser ocasionada por alguns motivos, como hiperplasia gengival, hiperatividade do lábio superior, como também pelo crescimento excessivo do osso maxilar superior. Neste último caso, pode ocasionar problemas respiratórios e pode estar associados a problemas estéticos e, consequentemente, psicológicos. é indicado a cirurgia ortognática, como tratamento. Em deformidades ocasionadas por crescimento excessivo do maxilar, é indicado o tratamento cirúrgico combinado ao tratamento ortodôntico.
Intervenção Fonoaudiológica Pré-Cirurgica
O senso comum diz que a atuação fonoaudiológica na cirurgia ortognática só
deve ser inserida no pós-cirúrgico. No entanto, avaliações, orientações e, se necessário, terapias pré-cirúrgicas contribuem para uma série de benefícios no pós-cirúrgico, para o estabelecimento de uma relação de confança e cumplicidade com o paciente, garantindo continuidade da intervenção no pós-operatório. A princípio é necessário realizar uma avaliação das funções estomatognáticas, fonatórias e miofuncionais e, se necessário, realização de terapia preparatória ou adaptativa. Por exemplo, a partir do diagnóstico miofuncional o fonoaudiólogo é capaz de estabelecer um prognóstico no sentido de delimitar o quanto de adaptação espontânea provavelmente será alcançada pelo paciente no pós-cirúrgico e, a partir de então, estabelecer ou não terapia miofuncional sistemática. A terapia fonoaudiológica pré- cirúrgica consistirá ou propondo atividades que auxiliem no desenvolvimento da propriocepção de estruturas e funções estomatognáticas, quando tal propriocepção encontrar-se muito rebaixada (terapia preparatória), ou preparando a musculatura a fm de favorecer sua adaptação aos movimentos ósseos que serão realizados (terapia adaptativa). Caso não seja necessário realização de terapia pré-cirúrgica, o fonoaudiólogo irá esclarecer as dúvidas e fornecer orientações ao paciente quanto às adaptações das funções. Intervenção Fonoaudiológica Pós-Cirúrgica
Neste momento o fonoaudiólogo atentará, em um primeiro momento, para a
existincia e extensão dos edemas. No caso da presença de edema intenso em um período superior a 30 dias, o uso de manobras de massagem para drenagem poderá ser utilizado. A melhora progressiva das parestesias pós- cirúrgicas também será esperada e observada. Uma disfunção frequentemente encontrada nesse período é a diminuição da amplitude do movimento mandibular durante a fala. Algumas vezes, a terapia sistemática deverá ser introduzida para melhorar esse aspecto, outras vezes a simples observação do que acontece, aliada às orientações dadas ao paciente já minimizam o problema. Existem casos em que, mesmo após o reposicionamento das bases ósseas, não há a modifcação muscular esperada. Nessas circunstâncias, o trabalho fonoaudiológico consiste fundamentalmente na reeducação funcional, buscando direcionar a musculatura através da utilização das funções estomatognáticas dentro das novas possibilidades do indivíduo. Após alguns dias, o paciente será reavaliado para determinar a necessidade de novas orientações, terapia miofuncional orofacial ou novos retorno. Uma vez reposicionadas as bases ósseas, o fonoaudiólogo tem condições de restabelecer as funções estomatognáticas, dentro dos limites individuais, caso esse equilíbrio não tenha sido alcançado espontaneamente. A partir do 21° dia de pós-operatório, o paciente será orientado a modifcar gradualmente a consistincia dos alimentos ingeridos. Essa modifcação gerará um trabalho muscular cada vez mais elaborado e complexo, importante para o completo restabelecimento da sua função mastigatória. A terapia fonoaudiológica dura, uma média de 6 a 12 sessões semanais, que passarão a quinzenais, mensais, trimestrais e até semestrais, espaçadas gradualmente, até um ano após a cirurgia ou até 3 meses da fnalização do trabalho ortodôntico.