Cad Vol1 Cap3
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Caderno de Atenção
Domiciliar
Volume 1
BRASÍLIA – DF
2012
CAPÍTULO 3
Para além dos desafios de sua implantação, vale destacar uma característica que
agrega complexidade à tarefa de coordenar um SAD: o cuidado realizado pelas equipes
de AD acontece na casa das pessoas, inexistindo, neste caso, um estabelecimento de
saúde no qual é realizado. Assim, o coordenador lida com diferentes variáveis, que vão
desde as diferentes formas como cada equipe (e cada trabalhador) entende e produz seu
processo de trabalho, até o deslocamento das equipes (relacionado com a situação do
trânsito, agendamento de visitas nas diversas localidades, seleção de materiais
necessários, entre outros) e às diferentes culturas, dinâmicas familiares e tipos de
moradias. Em síntese: coordenar um SAD implica lidar com especificidades bastante
diferentes de coordenar qualquer outro serviço de saúde.
Este passo é fundamental para a organização dos fluxos assistenciais que se darão
entre o SAD e os pontos de atenção da rede, a fim de promover o acesso a insumos,
medicamentos e serviços necessários (como a rede de suporte diagnóstico, aos serviços
de urgência e emergência - incluindo o SAMU, os leitos de retaguarda, a atenção básica,
os ambulatórios especializados, Centros de Referência em Assistência Social – CRAS,
entre outros).
- Quando a alta do paciente é adiada por algum motivo (piora do quadro clínico),
o SAD deve ser comunicado para reagendar uma nova data de avaliação, não
ocasionando visitas desnecessárias.
Caso haja a decisão de incluir a pessoa na AD, será agendada a primeira visita
para avaliação do paciente e admissão no SAD. Esta primeira visita domiciliar
preferencialmente deverá ser realizada pela EMAD completa, visando avaliação
conjunta para elaboração do plano terapêutico.
Por fim, apesar da importância que têm os protocolos e fluxos pactuados, nada
substitui o contato pessoal entre as equipes envolvidas, a discussão do caso e elaboração
de planos terapêutico integrados, na admissão e alta do paciente da atenção domiciliar,
sendo esta a melhor estratégia para a verdadeira garantia de acesso preconizada no SUS.
c. Pactuação de protocolos assistenciais (admissão, encaminhamentos,
condutas clínicas, alta/desligamento e óbito):
Para que isso seja possível, todos os usuários que ingressam no SAD devem ter
seu risco e vulnerabilidade avaliados, com o objetivo de melhor organizar o processo de
trabalho da equipe.
g. Prontuário
h. Transporte/ logística/infraestrutura:
O Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde foi instituído pela Portaria nº 276,
de 30 de março de 2012 com o objetivo de incluir as necessidades relacionadas ao
monitoramento das ações e serviços de saúde conformados em Redes de Atenção à
Saúde (BRASIL, 2012).
Divulgação interna ao SUS local, para compreensão dos perfis de elegibilidade e dos fluxos de
encaminhamento para o SAD
Firmar pactuação de fluxos entre os diversos níveis de atenção (AB, Hospitais, UPA, Especialidades,
SAMU, Regulação)
Treinamento das equipes (com foco nos procedimentos adaptados ao ambiente domiciliar, abordagem
familiar, orientações aos cuidadores).
Pactuação com assistência farmacêutica – garantia de antibioticoterapia de largo espectro, opióides,
anticoagulantes etc.
Acerto dos fluxos para garantir em tempo hábil Insumos / Equipamentos (aspiradores, inaladores,
equipamentos de O2, BIBAP e CPAP, camas, materiais de curativos, sondas, e outros).
Divulgação para população e Conselhos de Saúde (reuniões, mídia, folders, etc).
Providenciar infra-estrutura mínima para sede das equipes, que podem estar compartilhadas com
outras equipes de saúde.
Transporte para equipe 12 hs por dia e todos os dias da semana.
Solicitação de AD pelos
serviços de saúde
BRASIL. RDC nº. 11, de 26 de janeiro 2006 – ANVISA - que dispôs sobre o
Regulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar.