MatheusMBerlingeri Corrigida PDF
MatheusMBerlingeri Corrigida PDF
MatheusMBerlingeri Corrigida PDF
Ribeirão Preto
2018
Prof. Dr. Vahan Agopyan
Reitor da Universidade de São Paulo
Ribeirão Preto
2018
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho,
por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa,
desde que citada a fonte.
Aprovada em
Banca Examinadora
Ribeirão Preto
2018
Agradecimentos
1
<http://lepes.fearp.usp.br/>
“Genius is one percent inspiration, ninety-nine percent perspiration”
(EDISON, 1932)
BERLINGERI, M. M. Competências socioemocionais e mercado de trabalho: um
estudo para o caso brasileiro. 2018. 58p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto, 2018.
Resumo
Rápidos avanços da tecnologia e desenvolvimentos em diversos campos da ciência
têm provocado mudanças profundas no mercado de trabalho. Nesse contexto,
é bem documentado o papel relevante das competências socioemocionais no
desenvolvimento de competências para o trabalho, sugerindo que os retornos
do mercado de trabalho para habilidades não cognitivas têm aumentado ao
longo do tempo e que os retornos são particularmente fortes para indivíduos
que possuem habilidades cognitivas e não cognitivas. Nosso estudo busca trazer
evidências do retorno associado às competências socioemocionais no mercado de
trabalho brasileiro. Encontramos evidências de que existe um retorno positivo
associado às competências socioemocionais e que esse retorno é diferente entre
grupos de ocupação. Acreditamos que este conhecimento possa incentivar e
reforçar as parcerias entre governos, educadores, formadores, trabalhadores
e empregadores, a fim de gerir melhor o impacto transformador da Quarta
Revolução Industrial no emprego, nas competências e na educação do Brasil.
Abstract
Rapid advances in technology and developments in various science fields are
driving deeply changes in the labor market. In this context, the relevant role
of social-emotional skills in the development of job skills is well documented,
suggesting that labor market returns to non-cognitive skills have been increasing
over time and the pay-offs are particularly strong for individuals who have
both cognitive and non-cognitive skills. Our study seeks to bring evidence
of the return associated with social-emotional skills in the Brazilian labor
market. We found evidence that there is a positive return associated with social-
emotional skills and that this return is different between occupation groups.
We believe that this knowledge can encourage and strengthen partnerships
between governments, educators, trainers, workers and employers in order to
better manage the transformative impact of the Fourth Industrial Revolution
on employment, skills and education in Brazil.
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
I REFERENCIAIS TEÓRICOS 17
II ESTRATÉGIA EMPÍRICA 26
4 DADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
III RESULTADOS 35
6 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
APÊNDICES 49
APÊNDICE A – FIGURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
12
Introdução
alteraram a ênfase para diferenças salariais explicadas por educação e idade (ou experiência
potencial no mercado de trabalho). Modelos de capital humano decorrentes da educação e
investimentos em treinamento (BECKER, 1962; BECKER, 1994; BEN-PORATH, 1967;
MINCER, 1974) proporcionaram uma explicação coerente de características qualitativas
relativamente intemporais da estrutura salarial que foram encontradas em quase todos os
países e conjunto de dados examinado (WILLIS, 1986): maiores ganhos para trabalhadores
mais educados e retornos crescentes e côncavos para maiores anos de experiência no
mercado. Entretanto, as dimensões quantitativas da estrutura do salário diferem substan-
cialmente através do tempo, assim como entre países e regiões. Nesse período, Tinbergen
(1974, 1975) chegou a especular que a evolução da tecnologia tende a ampliar a demanda
por trabalhos mais qualificados e caracterizou a evolução da estrutura dos salários como
uma “corrida entre o desenvolvimento tecnológico e o acesso à educação”.
Nos anos 80, a pesquisa sobre mudanças na estrutura salarial e desigualdade de
ganhos para os Estados Unidos e outros países da OCDE literalmente explodiu. As estru-
turas salariais de algumas nações da OCDE mudaram consideravelmente e os microdados
de grande escala razoavelmente consistentes e comparáveis tornaram-se cada vez mais
disponíveis para estudar cuidadosamente essas questões. De acordo com Katz e Autor
(1999), as desigualdades salariais por educação e ocupação (especialmente relativa aos
graduados no ensino superior) reduziram substancialmente em quase todas as nações
avançadas durante a década de 1970. Entretanto, desde então os padrões divergentes na
começaram se desenvolver.
Surgiu então na década de 90 uma vasta literatura buscando explicar as mudanças
na estrutura salarial de diversos países desenvolvidos3 . A Tabela 1, retirada de Katz e
Autor (1999), resume as mudanças observadas na desigualdade salarial por educação e/ou
ocupação de países selecionados da OCDE nas décadas de 1970 e 1980. Nota-se que a
tendência para a redução dos diferenciais salariais parou ou se inverteu fortemente em
meados da década de 1980 em todos esses países (exceto a Coréia do Sul). Esses padrões
são sugestivos de um importante papel das diferenças nos fatores de oferta e demanda de
mão-de-obra. A constatação de um declínio nos salários relativos dos menos qualificados,
um aumento acentuado do desemprego desses trabalhadores, ou ambos em quase todos
os países da OCDE nessas duas décadas, apesar de expandir o fornecimento relativo de
trabalhadores altamente qualificados é fortemente indicativo de uma mudança comum na
demanda de mão-de-obra contra os menos qualificados (KATZ et al., 1994; WOOD, 1994;
NICKELL; BELL, 1995).
A partir da década de 1990, o advento dos computadores e o desenvolvimento
exponencial da tecnologia no mercado de trabalho substituindo a mão-de-obra em tarefas
3
Veja, por exemplo, Bekman, Bound e Machin (1998), Davis (1992), Freeman e Katz (1994, 1995),
Gottschalk e Smeeding (1997), Haskel e Slaughter (1998) e OECD (1993, 1996, 1997).
Introdução 14
para produzir respostas indistinguíveis de outro ser humano, tendo a terafa de ao final da conversa
determinar qual respondente é o humano e qual é a máquina. Todos os participantes estão separados
um dos outros. Turing propôs que uma máquina passaria no teste uma vez que poderia convencer um
humano 70 por cento do tempo depois de cinco minutos de conversa.
Parte I
Referenciais teóricos
18
Onde quer que seja o lugar onde trabalhamos - no chão da fábrica ou no campo -
existe uma revolução silenciosa acontecendo. Desenvolvimentos nos campos da genética,
biotecnologia, inteligência artificial, robótica, nanotecnologia e impressão 3D, entre outros,
estão mudando radicalmente o mundo como o conhecemos e proporcionando novas oportu-
nidades de combinações de trabalho físico, mental e mecânico, justificando para muitos
o início de uma Quarta Revolução Industrial: a era da robótica avançada, automação
no transporte, inteligência artificial e aprendizagem automática (BLOEM et al., 2014).
Segundo Schwab (2017), estamos a bordo de uma revolução tecnológica com impactos
profundos no âmbito social, e fundamentalmente, econômico.
Diversos estudos têm surgido com o intúito de entender os impactos dessa revolução
tecnológica no trabalho e nas profissões (SUSSKIND; SUSSKIND, 2015; SCHWAB, 2017;
FREY; OSBORNE, 2017). De acordo com o Future of Jobs Report, relatório elaborado
pelo Fórum Econômico Mundial (SCHWAB; SAMANS, 2016), tal revolução tem impacto
direto no mundo do trabalho, seja no surgimento ou desaparecimento de profissões, seja
no rol de competências demandadas pelo mercado. Ao mesmo tempo que novas ocupações
surgem e outras são ameaçados pela redundância de suas tarefas, os trabalhos existentes
também estão passando por uma mudança no conjunto de habilidades necessário para
fazê-los.
O debate sobre essas transformações é muitas vezes polarizado entre aqueles
que prevêem novas oportunidades ilimitadas e aqueles que acreditam que tal revolução
possa gerar distorções indesejáveis. O lado mais entusiasta desse diálogo argumenta
que, assim como as revoluções que a precederam, a Quarta Revolução Industrial tem
o potencial de aumentar os níveis de renda global e melhorar a qualidade de vida das
populações, bem como conduzir as economias a um “milagre” do lado da oferta, com
ganhos de longo prazo em eficiência e produtividade (SCHWAB, 2017). Por outro lado,
existem aqueles que consideram que a revolução tecnológica poderia resultar em maior
desigualdade, particularmente por conta de seu potencial para perturbar os mercados
de trabalho em favor daqueles que melhor incorporam as novas tecnologias. À medida
que a automação substitui o trabalho em toda a economia, o deslocamento líquido de
trabalhadores pela tecnologia pode agravar o fosso entre os retornos ao capital e o retorno ao
trabalho (BRYNJOLFSSON; MCAFEE, 2012), além de intensificar o chamado desemprego
tecnológico (FREY; OSBORNE, 2017; PETERS, 2017).
O consenso é que tal transformação traz consigo grandes desafios que exigirão
Capítulo 1. A Quarta Revolução Industrial e a escassez de talentos 19
European Reference
P21 ATC 215 OECD
Framework
Aprendizado e Inventividade Formas de Pensar
1) Criatividade e inovação
2) Pensamento crítico,
1) Criatividade e inovação
Resolução de Problemas e
2) Pensamento crítico e 1) Aprender a aprender
Tomada de Decisão
Resolução de Problemas
3) Aprender a aprender e
Metacognição
Formas de Trabalhar Interagir com os Heterogêneos
2) Comunicação na Língua
4) Comunicação 1) Relacionar com os Outros
Nativa
3) Comunicação e Colaboração 5) Colaboração 2) Trabalho Cooperativo em Equipe
3) Comunicação na Língua
(trabalhar em equipe) 3) Arbitrar e Resolver Conflitos
Estrangeira
Informação, Mídia e
Ferramentas para o Trabalho Usar Ferramentas Interativamente
Conhecimento Tecnológico
4) Usar Textos e Símbolos de
Linguagem Interativamente
4) Alfabetização Informacional 4) Competência Matemática e
6) Alfabetização Informacional 5) Usar Conhecimento e
5) Alfabetização em Mídia Competências Básicas em Ciência
7) Alfabetização Tecnológica (ICT) Informação Interativamente
6) Alfabetização Tecnológica (ICT) 5) Competência Digital
6) Usar Tecnologia
Interativamente
Talentos para a Carreira e para a Vida Viver no Mundo Agir de Forma Autônoma
7) Agir Considerando o
7) Flexibilidade e Adaptabilidade
8) Cidadania (Local e Global) Contexto Mais Amplo 6) Competências Cívicas e Sociais
8) Iniciativa e Auto-Determinação
9) Vida e Carreira 8) Formar e Conduzir os Planos 7) Senso de Iniciativa e
9) Habilidade Social e Multicultural
10) Responsabilidade Pessoal e Social de Vida e Projetos Pessoais Empreendedorismo
10) Produtividade e Prestar
(Incluindo Consciência, Sensibilidade e 9) Defender e Afirmar Direitos, 8) Consciência, Sensibilidade e
Satisfação
Compreensão de Aspectos Culturais) Interesses, Limites e Expressões Culturais
11) Liderança e Responsabilidade
Necessidades
1
O Hays Global Skills Index (o “Index”) é uma avaliação anual das tendências que impactam os
mercados de trabalho qualificados de 33 países, determinando como é fácil ou difícil para as organizações
encontrarem os profissionais qualificados que precisam. Sete indicadores são calculados para tratar as
questões de oferta e demanda de trabalhadores qualificados. Cada indicador mede a pressão do mercado
de trabalho local em relação a um período de tranquilidade econômica. Escores mais altos significam
que um país está passando por mais pressão do que historicamente tem sido o caso. Pontuações mais
baixas significam que um país está sofrendo menos pressão. Combinados, formam um índice geral que
resume as condições do mercado de trabalhadores qualificados.
21
• O mercado de trabalho premia cada vez mais as habilidades não cognitivas (WEIN-
BERGER, 2014; BALCAR, 2014; DEMING, 2015);
• Aqueles com menos habilidades não cognitivas estão sendo deixados para trás
(HECKMAN; RUBINSTEIN, 2001).
BERG, 2016). Embora ainda haja imprecisão quanto ao lapso de intervenção nessa área, a
janela de oportunidade para influenciar o desenvolvimento de habilidades não cognitivas é
significativamente mais ampla que para as habilidades cognitivas.
Essas descobertas têm implicações práticas de importância crucial para a questão de
escassez de talentos no mercado de trabalho. Busso et al. (2012) alertam para a preparação
do jovem para o mercado de trabalho no século XXI e questionam se o sistema educacional
está realmente cumprindo seu papel de facilitador dessa transição. Uma das principais
conclusões dos autores é que o despreparo dos jovens ingressantes no mercado reflete, em
parte, uma lacuna existente entre as competências que se adquire na escola e aquelas
exigidas pelo mercado de trabalho.
Mais do que isso, dentre as centenas de competências existentes não é claro quais são
aquelas que podem ser classificadas como prioridade e devem ser incluídas nas propostas
curriculares. De acordo com Guerra, Modecki e Cunningham (2014), apesar das diversas
listas de habilidades desejadas para o mercado de trabalho, existe pouco consenso sobre
quais são as competências prioritárias e como ensiná-las. Cunningham e Villaseñor (2014)
identificaram aproximadamente 140 “soft skills” desejadas ao revisar estudos internacionais
sobre a demanda dos empregadores por habilidades.
Em síntese, buscamos mostrar nessa seção que o desenvolvimento das competências
socioemocionais é tido por diversas áreas do conhecimento como instrumento que desem-
panha importante papel em uma série de dimensões sociais e econômicas. Tratando-se do
mercado de trabalho, as competências socioemocionais são fortemente relacionadas com
medidas de sucesso como altos salários e empregabilidade. Além disso, por possuírem uma
janela de desenvolvimento significamente mais ampla que as habilidades cognitivas, as
competências socioemocionais podem ser impulsionadas na juventude, entretanto não é
claro qual o conjunto de habilidades que se deve ser priorizado.
O quadro até aqui apresentado reflete as principais questões discutidas na literatura
internacional, porém não explora a realidade brasileira. A seção a seguir busca rescolher
o que se sabe da relação entre o rol de habilidades discutido até aqui e o mercado de
trabalho brasileiro, bem como apresentar as contribuições desse estudo para levantar mais
evidências sobre o tema.
23
Boa parte da literatura empírica que examina a relação das competências socio-
emocionais com o mercado de trabalho, principalmente no que diz respeito ao retorno
associado à essas competências (DEMING, 2015), utiliza dados de países desenvolvidos
que contêm informações detalhadas sobre habilidades, conhecimento e atividades de traba-
lho necessárias em uma ocupação. Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, a
disponibilidade de dados com tal detalhamento é muito mais restrita, o que explica o fato
dessa literatura ser relativamente escassa.
Entretanto, artigos do campo da psicologia e da administração reconhecem as
habilidades não congnitivas como fator-chave para o bom desempenho no trabalho e
detalham o processo de aquisição e desenvolvimento de competências profissionais (BEN-
DASSOLLI; MALVEZZI, 2013; GONDIM; MORAIS; BRANTES, 2014). Gondim, Morais
e Brantes (2014) argumenta que as competências socioemocionais tem papel relevante
no desenvolvimento de competências para o trabalho, que não são atributos inatos, mas
capacidades adquiridas ao longo do processo de socialização familiar, educacional e pro-
fissional. Bolsoni-Silva et al. (2006) admite que o amplo reconhecimento das habilidades
sociais como requisito da competência e do sucesso profissional supõe a possibilidade de
investigações mais detalhadas sobre essa temática, com outros grupos de formação ou
atuação em diferentes áreas.
De forma a trazer evidências da relevância do estudo desse tema para o contexto
brasileiro, buscamos identificar na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) quais
foram as competências mais citadas entre quase 600 famílias ocupacionais que compõem o
documento. A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) é o documento que reconhece,
nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de
trabalho brasileiro. Sua atualização e modernização se devem às profundas mudanças
ocorridas no cenário cultural, econômico e social do País nos últimos anos, retratando
alterações estruturais no mercado de trabalho. Uma grande novidade da edição mais
recente da CBO é a listagem das competências pessoais necessárias para o exercício de
cada família ocupacional, incluindo habiliades cognitivas e não cognitivas.
As competências de cada família ocupacional foram catalogadas em um banco de
dados, onde se verificou a existência de 3454 títulos, muitos deles sendo títulos sinônimos
que poderiam ser agrupados em uma única categoria. Um intenso esforço foi feito para
limpar a repetição dos títulos sinônimos, reduzindo a lista de competências para 1051
títulos. A tabela 3 apresenta as 40 competências mais citadas pelas famílias ocupacionais
presentes na CBO.
Capítulo 3. Evidências para o caso brasileiro 24
Quantidade
Habilidade
de citações
1 - Trabalhar em equipe 343
2 - Demonstrar iniciativa 256
3 - Manifestar criatividade 246
4 - Demonstrar capacidade de organização 187
5 - Exercer liderança 185
6 - Demonstrar capacidade de comunicação 184
7 - Atualizar-se profissionalmente 173
8 - Adaptar-se a circunstâncias e situações variadas 166
9 - Assumir responsabilidades 141
10 - Demonstrar capacidade de auto-controle 117
11 - Manter postura ética e moral 114
12 - Demonstrar capacidade de decisão 109
13 - Agir com dinamismo 95
14 - Demonstrar capacidade de relacionamento interpessoal 87
15 - Demonstrar paciência 86
16 - Demonstrar percepção (feeling) 85
17 - Revelar capacidade de concentração 82
18 - Demonstrar habilidade manual 76
19 - Demonstrar habilidade de negociar 72
20 - Demonstrar capacidade de raciocínio lógico 70
21 - Demonstrar e transmitir segurança 67
22 - Demonstrar condicionamento físico para executar a função 65
23 - Demonstrar conhecimento de língua estrangeira 57
24 - Demonstrar capacidade de lidar com situações adversas 55
25 - Resolver conflitos 53
26 - Demonstrar senso crítico 52
27 - Demonstrar capacidade de cumprir regras e normas 49
28 - Argumentar com convicção (persuasão) 49
29 - Demonstrar disciplina 49
30 - Demonstrar acuidade sensorial 44
31 - Demonstrar capacidade para o uso de aplicativos
44
e programas de informática
32 - Evidenciar objetividade 43
33 - Demonstrar capacidade de trabalhar sob pressão 43
34 - Demonstrar empatia 42
35 - Desenvolver capacidade de observação 40
36 - Ser sociável 40
37 - Demonstrar capacidade de resolução de problemas 39
38 - Demonstrar visão espacial 39
39 - Demonstrar acuidade visual 38
40 - Demonstrar capacidade de auto-desenvolvimento (aperfeiçoar-se) 36
Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Parte II
Estratégia Empírica
27
4 Dados
Escala Competência
Essa escala mensura a tendência a ser imaginativo, curioso e interessado
em aprender. Refere-se a abertura para experimentar e pensar sobre
uma gama diversa de experiências perceptivas, cognitivas e afetivas. A
escala inclui questões sobre imaginação criativa: capacidade de gera-
ção de novas maneiras de pensar e agir por meio da experimentação,
Abertura ao Novo1
brincadeira, aprendizagem; questões sobre curiosidade para aprender:
interesse em ideias, paixão por aprender, mentalidade inquisitiva que
facilita o pensamento crítico e a resolução de problemas; e interesse
artístico: interesse em avaliar, apreciar e valorizar design, arte, música,
beleza, e outras.
Essa escala mensura a tendência a ser organizado, persistente, auto-
disciplinado, responsável e concentrado. A escala inclui questões sobre
organização e determinação: referindo-se à capacidade de planejamento
e execução de planos para objetivos de longo prazo, atenção meticulosa
Autogestão2
a detalhes e a dedicar tempo e esforço pleno ao trabalho; questões sobre
persistência, perseverança e esforço: capacidade de superar obstáculos
para que atinja objetivos importantes, implementar, persistir e terminar
o que iniciou, ao invés de procrastinar ou desistir.
Essa escala mensura aspectos nucleares da autoavaliação, a tendência
a pensar de maneira positiva sobre si mesmo e sentir-se confiante nas
próprias habilidades. A escala inclui questões sobre estabilidade emo-
cional: tendência a se sentir calmo e seguro e ausência de sentimentos
de tristeza incapacitante; confiança/autoeficácia: tendência a se sentir
Autoconceito2
capaz de mobilizar recursos para lidar com problemas e adversidades;
crenças de controle: tendência a ver realizações como resultantes do
próprio esforço e dedicação e não de fontes externas incontroláveis como
sorte, por exemplo; e autoestima: a tendência a gostar de si mesmo e
avaliar-se de forma positiva como capaz, importante e de valor.
1. Escalas adaptadas do SENNA v1: Primi et al. (2016).
2. Escala Core self-evaluations (CSE): Judge et al. (2003).
5
No dicionário das variáveis do INAF 2015, as questões referêntes ao rendimento auferido no último
mês não distingue aquela derivada do trabalho e a não derivada do trabalho
Capítulo 4. Dados 31
Porcent Porcent
Ocupação principal atual Freq
(%) Acum (%)
1 - Função de direção e gerência 16 2,19 2,19
2 - Função de coordenação, supervisão, técnico especia- 56 7,66 9,85
lista, assessor ou equivalente, professor, médico, advogado
3 - Função operacional, não especialista, assistente, ope- 267 36,53 46,47
rador ou equivalente
4 - Empresário, Grande proprietário rural, Criador, In- 11 1,50 47,88
dustrial, empregador, investidor
5 - Microempresário 31 4,24 52,12
6 - Especialista, prestador de serviços de nível superior 9 1,23 53,35
(advogado, médico, arquiteto, engenheiro, contador, den-
tista)
7 - Especialista, prestador de serviços de nível técnico 61 8,34 61,70
(representante comercial, vendedor, mecânico, instalador,
etc)/atleta
8 - Conta própria em casa sem carteira (confecção, pro- 75 10,26 71,96
dução de alimentos, manicure ou equivalente)
9 - Conta própria fora de casa sem carteira (camelô, 105 14,36 86,32
ambulante, biscate, bico, boia fria ou equivalente)
10 - Pequeno produtor rural, criador 38 5,20 91,52
11 - Serviço doméstico com carteira assinada 20 2,74 94,25
12 - Serviço doméstico sem carteira assinada 42 5,75 100,0
Total 731 100
Fonte: Inaf (2015)
Porcent Porcent
Regiões Brasileiras Freq
(%) Acum (%)
Norte 50 6,84 6,84
Nordeste 217 29,69 36,53
Centro-Oeste 51 6,98 43,50
Sudeste 312 42,68 86,18
Sul 101 13,82 100
Total 731 100
Fonte: INAF (2015)
32
5 Metodologia
H0 : γ N = 0
testaremos a significância dos retornos encontrados para esses fatores. Um teste conjunto
de significância será construído sobre a seguinte hipótese:
H0 : γ N 1 = γ N 2 = γ N 3 = 0
4
Um grupo de ocupação deve ser sempre omitido por conta da multicolinearidade.
5
As estimativas do tipo de erro padrão reportado permitem a correlação intragrupo (cluster) entre os
diversos grupos de ocupação.
Parte III
Resultados
36
6 Resultados
De fato, o nível médio de proficiência parece estar intimamente ligado aos salários.
A Figura 1 (Apêndice A) resume o nível médio de proficiência por atividade desempenhada,
Capítulo 6. Resultados 37
seguindo a ordem de média salarial da Tabela 8 (tal ordenamento é seguido durante todo
o estudo). Podemos observar que maiores níveis de proficiência estão relacionados com
maiores médias salariais. Chama a atenção o fato de que nenhum grupo de ocupação
possui uma média dentro da escala mais alta de proficiência. De acordo com o relatório
do Inaf (LIMA; RIBEIRO; CATELLI, 2015), somente 8% da população entrevistada é
proficiente na escala de alfabetismo. Em nossa amostra, apenas 9% alcançaram a escala
de proficiência máxima.
E quanto aos scores socioemocionais? As Figuras 2, 3 e 4 (Apêndice A) apresentam
o comportamento das medidas de Autogestão, Abertura ao Novo e Autoconceito por grupo
de ocupação. É importante ressaltar que todos os scores foram normalizados a fim de
observamos diferentes competências em uma mesma escala. Podemos notar que, em geral,
as maiores médias se concentram nos grupos onde o salário é maior e as menores médias
nos grupos onde o salário é menor. A fim de capturar uma medida de intensidade das
três competências socioemocionais por grupo de ocupação, criamos uma nova medida
construída pela média das três anteriores. A Figura 5 mostra o comportamento dessa
nova medida por grupo de ocupação. Da mesma forma, podemos identificar uma relação
positiva entre a medida criada e os grupos com maior média salarial.
Outra forma de verificar essa relação positiva é analisando a média dos scores por
decil salarial. A Figura 6 (Apêndice A) ilustra tal análise para os três scores socioemocionais
do Inaf e para a média dos três. A princípio, podemos perceber que existe uma ruptura
bem evidente no 4o decil de renda. Tal decil é justamente o ponto onde se encontram os
indivíduos que ganham um salário mínimo1 , o que faz com que o intervalo de renda em
volta desse valor capture de forma grosseira a produtividade marginal do trabalho dos
indivíduos, poluindo também a correlação com habilidades.
Apesar da ruptura do 4o decil, percebemos uma correlação positiva entre renda e os
scores socioemocionais. Outra forma de perceber essa relação positiva é mapeando também
a distribuição dos scores socioemocionais. As Figuras 7, 8, 9 e 10 (Apêndice A) identificam
os decis da distribuição na escala dos scores socioemocionais para cada competência. Em
suma, ao se mover pelos decis de distribuição salarial, a trajetória das médias parecem
partir do 3o ou 4o decil de distribuição socioemocional, chegando a ultrapassar o 6o decil.
Tal padrão de comportamento sugere mais uma vez que existe uma correlação positiva
entre os scores socioemocionais e o salário.
Neste ponto, iniciamos a análise mais rigorosa de nosso estudo. Apresentamos a
seguir os resultados obtidos pelo nosso modelo discutido na seção 5. A Tabela 9 resume
os resultdos encontrados ao incluirmos os níveis latentes de habilidades cognitivas e não
cognitivas na equação de salários. O modelo 1 contêm as estatísticas encontradas para
1
Em 2015, o salário mínimo equivalia a R$ 788,00. Ver <https://www.tabeladeirrf.com.br/
tabela-do-salario-minimo.html>
Capítulo 6. Resultados 38
uma especificação sem o fator cognitivo e sem qualquer fator não cognitivo na equação de
salário. No modelo 2 incluímos o fator cognitivo na especificação. O modelo 3 se refere
à especificação apresentada na equação 5.1 onde incluímos um único fator não cognitivo
(construído como a média dos 3 fatores socioemocionais do INAF) e o modelo 4 se refere à
expansão da equação 5.1 para acomodar os três fatores não cognitivos presentes na base
de dados.
Respondendo a primeira questão proposta por esse estudo, tais evidências sugerem
que, de fato, existe um retorno associado às competências socioemocionais para o mercado
de trabalho brasileiro. Além disso, encontramos sinais de que o mercado premia de forma
distinta diferentes competências. Para verificar se tal retorno também difere entre os grupos
de ocupação identificados (segunda questão proposta por esse estudo), incluímos interações
em nosso modelo entre o score socioemocional e dummies de grupos de ocupação, conforme
descrito na equação 5.3. A Tabela 10 resume os principais resultados desse exercício,
apresentando os coeficientes encontrados para os fatores socioemocionais e suas interações
com as dummies de grupos de ocupação.
Como se pode notar, encontramos valores positivos e significativos apenas para
alguns grupos de ocupação, são eles: grupo 2 (função de coordenação, supervisão, técnico
especialista, assessor ou equivalente, professor, médico, advogado), grupo 6 (Especialista,
prestador de serviços de nível superior) e grupo 9 (Conta própria fora de casa sem carteira),
sugerindo assim que as competências socioemocionais são valoradas de forma distinta entre
os grupos de ocupação.
Sobre os diversos valores não significativos encontrados, pode-se argumentar que por
conta da agregação de várias ocupações que envolvem diferentes tarefas, e por consequência,
fundem profissionais com diferentes competências, os resultados reflitam na verdade o
efeito líquido de tal agrupamento. Como os dados não nos permitem identificar a ocupação
de cada indivíduo, somos limitados a analisar somente a diferença entre essas classificações.
Capítulo 6. Resultados 40
7 Considerações Finais
Referências
ACEMOGLU, D.; AUTOR, D. Skills, tasks and technologies: Implications for employment
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research say, p. 3–22, 2004. Citado na página 21.
Apêndices
50
APÊNDICE A – Figuras
140 Proficiente
Proficiencia em Alfabetismo
123 123
Intermediário
120
117
115
112 111
104
100 98 99
Elementar 98
90
Rudimentar 83
80
5 6 1 2 4 7 3 9 8 10 11 12
Ocupação principal no último trabalho
IC Média
Notas:
1 - Função de direção, gerência.
2 - Função de coordenação, supervisão, técnico especialista, assessor ou equivalente,
professor, médico, advogado.
3 - Função operacional, não especialista, assistente, operador ou equivalente.
4 - Empresário, grande proprietário rural, criador, industrial, empregador, investidor.
5 - Microempresário.
6 - Especialista, prestador de serviços de nível superior (advogado, médico, arquiteto,
engenheiro, contador, dentista).
7 - Especialista, prestador de serviços de nível técnico (representante comercial, ven-
dedor, mecânico, instalador, atleta).
8 - Conta própria em casa sem carteira (confecção, produção de alimentos, manicure
ou equivalente).
9 - Conta própria fora de casa sem carteira (camelô, ambulante, biscate, bico, boia
fria ou equivalente).
10 - Pequeno produtor rural, criador.
11 - Serviço doméstico com carteira assinada.
12 - Serviço doméstico sem carteira assinada.
Fonte: Inaf 2015.
parcela destes consiga ler números familiares (números de telefone, preços, etc.).
• Rudimentar (50 < x ≤ 95) → Localiza uma ou mais informações explícitas, ex-
pressas de forma literal em textos muito simples; Compara, lê e escreve números
familiares (horários, preços, cédulas/moedas; Resolve problemas simples do cotidi-
ano envolvendo operações matemáticas elementares telefone); Reconhece sinais de
pontuação (vírgula, exclamação, interrogação, etc.) pelo nome ou função.
1
Score normalizado de Autogestão
,5
-,5
-1
5 6 1 2 4 7 3 9 8 10 11 12
Ocupação principal no último trabalho
IC Média do Score
Notas:
1 - Função de direção, gerência.
2 - Função de coordenação, supervisão, técnico especialista, assessor ou equivalente,
professor, médico, advogado.
3 - Função operacional, não especialista, assistente, operador ou equivalente.
4 - Empresário, grande proprietário rural, criador, industrial, empregador, investidor.
5 - Microempresário.
6 - Especialista, prestador de serviços de nível superior (advogado, médico, arquiteto,
engenheiro, contador, dentista).
7 - Especialista, prestador de serviços de nível técnico (representante comercial, ven-
dedor, mecânico, instalador, atleta).
8 - Conta própria em casa sem carteira (confecção, produção de alimentos, manicure
ou equivalente).
9 - Conta própria fora de casa sem carteira (camelô, ambulante, biscate, bico, boia
fria ou equivalente).
10 - Pequeno produtor rural, criador.
11 - Serviço doméstico com carteira assinada.
12 - Serviço doméstico sem carteira assinada.
Fonte: Inaf 2015.
APÊNDICE A. Figuras 53
Figura 3 – Score Socioemocional por Grupo de Ocupação (Inaf 2015) - Abertura ao Novo
1
Score normalizado de Abertura ao Novo
,5
-,5
-1
5 6 1 2 4 7 3 9 8 10 11 12
Ocupação principal no último trabalho
IC Média do Score
Notas:
1 - Função de direção, gerência.
2 - Função de coordenação, supervisão, técnico especialista, assessor ou equivalente,
professor, médico, advogado.
3 - Função operacional, não especialista, assistente, operador ou equivalente.
4 - Empresário, grande proprietário rural, criador, industrial, empregador, investidor.
5 - Microempresário.
6 - Especialista, prestador de serviços de nível superior (advogado, médico, arquiteto,
engenheiro, contador, dentista).
7 - Especialista, prestador de serviços de nível técnico (representante comercial, ven-
dedor, mecânico, instalador, atleta).
8 - Conta própria em casa sem carteira (confecção, produção de alimentos, manicure
ou equivalente).
9 - Conta própria fora de casa sem carteira (camelô, ambulante, biscate, bico, boia
fria ou equivalente).
10 - Pequeno produtor rural, criador.
11 - Serviço doméstico com carteira assinada.
12 - Serviço doméstico sem carteira assinada.
Fonte: Inaf 2015.
APÊNDICE A. Figuras 54
1
Score normalizado de Autoconceito
,5
-,5
5 6 1 2 4 7 3 9 8 10 11 12
Ocupação principal no último trabalho
IC Média do Score
Notas:
1 - Função de direção, gerência
2 - Função de coordenação, supervisão, técnico especialista, assessor ou equivalente,
professor, médico, advogado.
3 - Função operacional, não especialista, assistente, operador ou equivalente.
4 - Empresário, grande proprietário rural, criador, industrial, empregador, investidor.
5 - Microempresário.
6 - Especialista, prestador de serviços de nível superior (advogado, médico, arquiteto,
engenheiro, contador, dentista).
7 - Especialista, prestador de serviços de nível técnico (representante comercial, ven-
dedor, mecânico, instalador, atleta).
8 - Conta própria em casa sem carteira (confecção, produção de alimentos, manicure
ou equivalente).
9 - Conta própria fora de casa sem carteira (camelô, ambulante, biscate, bico, boia
fria ou equivalente).
10 - Pequeno produtor rural, criador.
11 - Serviço doméstico com carteira assinada.
12 - Serviço doméstico sem carteira assinada.
Fonte: Inaf 2015.
APÊNDICE A. Figuras 55
Figura 5 – Score Socioemocional por Grupo de Ocupação (Inaf 2015) - Média SEMS
1
Score normalizado de Média SEMS
,5
-,5
-1
5 6 1 2 4 7 3 9 8 10 11 12
Ocupação principal no último trabalho
IC Média do Score
Notas:
1 - Função de direção, gerência.
2 - Função de coordenação, supervisão, técnico especialista, assessor ou equivalente,
professor, médico, advogado.
3 - Função operacional, não especialista, assistente, operador ou equivalente.
4 - Empresário, grande proprietário rural, criador, industrial, empregador, investidor.
5 - Microempresário.
6 - Especialista, prestador de serviços de nível superior (advogado, médico, arquiteto,
engenheiro, contador, dentista).
7 - Especialista, prestador de serviços de nível técnico (representante comercial, ven-
dedor, mecânico, instalador, atleta).
8 - Conta própria em casa sem carteira (confecção, produção de alimentos, manicure
ou equivalente).
9 - Conta própria fora de casa sem carteira (camelô, ambulante, biscate, bico, boia
fria ou equivalente).
10 - Pequeno produtor rural, criador.
11 - Serviço doméstico com carteira assinada.
12 - Serviço doméstico sem carteira assinada.
Fonte: Inaf 2015.
APÊNDICE A. Figuras 56
,4
Scores SEMS padronizados
,2
-,2
-,4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decis da distribuição salarial
Autogestão Abertura
Autoconceito Média SEMS
,6
7º decil
,4
Score Autogestão padronizado
,2
6º decil
0
5º decil
-,2
4º decil
-,4
3º decil
-,6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decis da distribuição salarial
Figura 8 – Percentil socioemocional por decil salarial (Inaf 2015) - Abertura ao Novo
,6
7º decil
,4
Score Abertura padronizado
6º decil
,2
5º decil
-,2
4º decil
-,4 3º decil
-,6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decis da distribuição salarial
,6 7º decil
,4
Score Autoconceito padronizado
6º decil
,2
0
5º decil
-,2
-,4 4º decil
-,6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decis da distribuição salarial
Figura 10 – Percentil socioemocional por decil salarial (Inaf 2015) - Média SEMS
,6
7º decil
,4
Score Média SEMS padronizado
,2 6º decil
0
5º decil
-,2
4º decil
-,4
3º decil
-,6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decis da distribuição salarial