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Família Nogueira - Diagramação - Roberto

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1

2
Caderno dos meus Rabiscos

Heleno Alves Nogueira

3
Heleno Alves Nogueira
Nascido em 23 de Maio de 1943,
Em Brejo do Cruz – Paraíba.

“Um apaixonado pela família”.

4
Pedro Egídio de Azevedo
&
Maria Cândida do Nascimento
(meus pais).

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APRESENTAÇÃO

Eu, Heleno Alves Nogueira.


Vou escrevinhar um pouco, da história dos meus pais.

Não tenho estudo, sou apenas alfabetizado: falo


o que penso, escrevo como sei.

História do casal, Pedro Egídio de Azevedo e Maria


Cândida do Nascimento.

“Dois partos, duas vidas.


Um herói, uma heroína”.

Pedro Egídio de Azevedo e Maria


Cândida do Nascimento.
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Ele, nascido no dia 31 de janeiro de 1906 no sítio Mundo Novo,
Município de Brejo do Cruz, Paraíba. Ela, nascida em 16 de novembro
de 1907, no sítio Acauã, no mesmo Município. Eram vizinhos.

Cidade de Brejo do Cruz - ao fundo a pedra Turmalina (Foto: damásiodn)

Naquele tempo não existia médico na região e tudo era muito


difícil. Os dois nasceram nas mãos de mãe Carlota, uma parteira muito
conhecida nas redondezas. Dois partos, duas vidas. Um herói, uma
heroína!

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FAMÍLIA NOGUEIRA
Descendentes de Egídio Alves de Azevedo
e Maria Senhora das Dores

Papai era o filho primogênito do casal


Egídio Alves de Azevedo (1876-1928) e
Maria Senhora das Dores (1888-1975).

Vovó era conhecida popularmente como


"Senhorinha" e nós netos, a chamávamos de
"Mãinha".

Maria Senhora das Dores


(minha vó paterna)

Mamãe era filha de Francisco Felipe


Batista (1875-1915) e de Cândida
Clementino da Silva. (1870-1954) a única
mulher, dentre os seis filhos do casal.

O tratamento de nós netos, para com o


Vovô Francisco e a vovó Cândida, era
“padrinho e madrinha”.

Cândida Clementino da Silva


(minha vó materna)

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Os avós paterno de papai, eram: Manoel Félix de Azevedo e
Francisca Adélia da Conceição, que também eram padrinhos de Batismo
dele. Os bisavós paternos, eram: Francisco de Azevedo e Adelina, ou
Delina.

Os avós maternos de papai, eram: Francisco Nogueira da Costa,


(natural do Ceará) e Maria Delfina de Jesus.
”Seus bisavós maternos não tenho registro”.

Os avós paternos de mamãe, eram: Antônio Batista e Dona


"Dondon". Os avós maternos, eram: Manoel Clementino da Silva e Dona
Maria.

Seus bisavós paternos eram: João Batista e Dona Francisca. Seu


bisavô materno era Antônio Nem. “Da bisavó materna, não tenho
registro”.

---

Os tios paternos do meu pai, eram: Manoel Félix (Neco), José


Félix, Antônio, Silvano, Materniano, Justiniano, Cândida, Maria,
Petronila, Filismina e Firmina.

Os tios maternos eram: João Nogueira, Francisco Nogueira,


Joaquim Romão Nogueira, Cirilo Nogueira, Manoel Santiago Nogueira,
José Nogueira, Ramona Nogueira, Francisca (Chiquinha) e Antonia
Nogueira (Tatinha).

Os tios paternos de mamãe eram: João Batista (tio Batista),


Constantino (Tantim), Pedro Batista, Manoel Batista (Caboclo Batista),
Francisco de Assis, Custódia, Tereza (Teteca), Antônia Batista
(conhecida popularmente como Antônia do Triunfo) e Irene, que morreu
atingida por um raio, em 1929.
Obs: O tio Manoel e a tia Tereza, tinham como mãe, uma negra
velha ( escrava), que os criou. (Razão porque, ainda desconhecida).
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Ambos eram solteirões e sem filhos, como também, a tia Irene, o
que é comum em nossa família.
Recordo-me que pessoas assim eram chamados de vitalino(a).

Os tios maternos de mamãe, eram: Joaquim Clementino, Cazuza,


Umbilina, Vicência, Ana e mais três, cujos nomes desconheço, mas sei
que uma era casada com o tio Vicente Joca, outra com o tio Manoel Joca
e a terceira com o tio Manoel Simplício.

Os tios Vicente e Manoel Joca, eram irmãos. Assim como o Meu


avô materno, Francisco Felipe Batista e tio Constantino, também eram
irmãos. Os quatro casaram num mesmo dia, com quatro irmãs, no ano
de 1900. Duas delas, eram Cândida (minha avó) e Ana; as outras duas,
não sei os nomes.

Papai e mamãe eram primos em segundo grau. Cresceram juntos,


fizeram a primeira comunhão e a crisma juntos. (Não tenho registro dos
padrinhos). Casaram-se e tiveram 20 filhos, dois a mais que o vovô
Egídio e a vovó Mainha, que tiveram 18 filhos.

Segundo meu pai, o casamento foi celebrado na Igreja Matriz de


Nossa Senhora dos Milagres, em Brejo do Cruz, numa manhã do último
final de semana de janeiro de 1926, para que assim, a festa não só
comemoraria o casório, mas também, o seu aniversário de 20 anos de
idade, no dia 31 desse mês.

Logo após a cerimônia, retornaram para o sítio Acauã, em lombo


de cavalo, quando em algum lugar, o cavalo no qual a noiva ia, disparou,
ou como diz o nordestino: desembestou e a derrubou.
Como ela não se machucou, levantou-se, montou novamente e
seguiu em frente.
Também segundo meu pai, o primeiro namorado de mamãe foi
ele mesmo. Quanto a ele, já tinha sido noivo de uma moça de nome
Corina e, próximo ao casamento, ela fugiu com outro rapaz, deixando
apenas a decepção.

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---

Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres Século XIX Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres Século XXI
Brejo do Cruz-PB (antes do incêndio) Brejo do Cruz-PB (Foto: damásiodn)

“A PROLE DOS MEUS PAIS”.

Papai e mamãe foram os primeiros filhos a darem netos aos quatro


avós, paternos e maternos.

A primeira foi Izabel, que nasceu no dia 28 de outubro de 1926.

Naquela época era muito comum os pais colocarem nos filhos o


nome “Onomástico”, nome do Santo do Dia do nascimento, que constava
na folhinha, (calendário). Não sei se foi o nosso caso, mas é bem possível
por conta da religião, (católica).

Eles tiveram 20 filhos, dos quais, seis faleceram ainda crianças e


criaram-se quatorze. Os que morreram foram: Miguel, Francisco e
Egídio, que tiveram seus nomes dados a outros irmãos que nasceram
depois, e Marlene, Ana e Rita.
Os quatorze filhos que se criaram, vou relacionar em ordem
cronológica, cada um conforme ao ano de nascimento.
São eles:

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- Izabel Alves Nogueira ( nascida em 1926);

- Bárbara Alves Nogueira (nascida em 1929);

- Pedro Egídio de Azevedo (Pedrinho)


(nascido em 1931);

- José Nogueira de Azevedo Sobrinho (Zé Galego)


(nascido em 1933);

- Paulo Egídio de Azevedo (nascido em 1934);

- Alaíde Alves Nogueira (nascida em 1935);

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- Sebastião Batista de Azevedo (nascido em 1936);

- Miguel Alves Nogueira (nascido em 1938);

- Francisco Nogueira Sobrinho (Titi)


(nascido em 1940);

- Heleno Alves Nogueira (Deguinha)


(nascido em 1943);

- Luiz Nogueira de Azevedo (nascido em 1945)

- Egídio Nogueira de Azevedo (Zuquito)


(nascido em 1946);

13
- Maria Senhora Neta (nascida em 1949) e,

- Maria Lúcia de Azevedo (nascida em 1951).

Após 15 anos, eles ainda criaram uma neta, Maria do Socorro


Sobrinha, filha do Luiz que nasceu em 1966.

- Maria do Socorro Sobrinha

Dos quatorzes filhos que criaram-se, até 1998, ficou constatado na


pesquisa: 110 netos; 213 bisnetos e 73 tataranetos. Desses 110 netos pra
frente, já é quase impossível surgir mais algum.

Quem mais deu netos aos meus pais, foi a filha


Bárbara, que em 22 partos deu 24 netos (02 partos de
gêmeos). Aliás é bem possível que ela não só tenha
dado 24 netos, mas também, aos seus avós e
bisavós 24 bisnetos e tataranetos, já que não se tem
conhecimento de que em todas as gerações antepassadas
de nossa família, tivesse uma outra mulher que
ultrapassasse os 20 filhos. Bárbara Alves Nogueira

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Foi ela também que deu os primeiros netos (as), aos meus pais.
Trata-se de suas filhas, Júlia nascida em 18/06/1946, Elisenir nascida em
18/11/1948 e Domerina nascida em 22/01/1950.

Por conta delas, é que meus irmãos Egídio Alves Nogueira, Maria
Senhora Neta e Maria Lúcia, já nasceram Titios!!
Tendo Egídio, nascido em 23/07/1946, Maria Senhora Neta,
nascida em 21/09/1949 e Maria Lucia, nascida em 01/08/1951.
Obs.: a diferença de idade de Júlia para o Egídio é de apenas um
mês e cinco dias, ela mais velha que ele.

Um fato ocorreu com essa minha irmã Bárbara, que parece


coincidência ou fenômeno: certo ano ela teve uma criança, não sei se
menino ou menina. No ano seguinte, no dia em que essa criança
completava um ano de vida, ela teve um outro filho e o aniversariante
morreu.

Passado exatamente um ano, ela teve outra criança e o


aniversariante também morreu no mesmo dia em que completava um ano
de vida. “Que coisa não”?

Na sequência vem a Izabel com 17 netos.

15
IRMANDADE DE MEU PAI

Dos 18 filhos de Egídio Alves de Azevedo e Maria Senhora das


Dores, 15 relaciono abaixo em ordem cronológica, conforme ao ano de
nascimento. Para fazer este registro, conto com o apoio do primo
Antônio, filho dos tios "Nené" e Emília (Bibila):

- Pedro Egídio de Azevedo (Pedro Nogueira)


(nascido em 1906);

- Antônia Maria de Jesus (nascida em 1907)

- João Nogueira de Azevedo (nascido em 1908);

- Maria Senhora Filha ( “tia Lia”, nascida em 1910);

- Francisca ("tia Chiquinha", nasceu em 1911);


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- Emília (“ Bibila”, nascida em 1912);

- Ana Prima de Azevedo (nascida em 1913);

- Severina Alves Nogueira ( tia Sina)


(nascida em 1915)

- Francisco Nogueira Sobrinho (nascido em 1917);

- Júlia (nascida em 1918);

- Alice* (nascida em 1919);

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- Joana Alves Nogueira (nascida em 1920);

- Manoel Nogueira de Azevedo (nascido em 1922);

- José Nogueira de Azevedo (nascido em 1924) e

- Apolônia Alves Nogueira (nascida em 1928).

Tia Alice, que nasceu em 1919, morreu em 1929 juntamente com


tia Irene, atingidas por um raio. Tia Irene era irmã do meu avô materno
Francisco Felipe Batista.

Tia Apolônia, a caçulinha da vovó Maria Senhora, já nasceu sendo


titia! A titia precoce veio ao mundo com uma diferença de um ano e
quatro meses mais nova que a sobrinha Izabel, no dia 09 de fevereiro de
1928.

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Irmandade de mamãe:

- Francisco Felipe Batista (tio Michico)


(nascido em 1902);

- José Batista dos Santos (“tio Casé”)


( nascido em 1904);

- João Batista da Silva (“tio Jóca”, nascido em 1905);

- Manoel Clementino da Silva (tio Nené)


(nascido em 1906);

- Maria Cândida do Nascimento (nascida em 1907) e,

- Antônio Clementino da Silva (“Titóin”)


(nascido em 1913).

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RECORDAÇÕES

Papai era analfabeto. Lembro-me que na época de campanha


política, ele ficava dias treinando fazer seu nome, para poder votar.
Mamãe lia e escrevia um pouco. Aprendeu sozinha, sem nunca ter ido a
uma escola. Papai trabalhava no roçado, era vaqueiro, domava cavalo e
burro. Também, atuava como marchante de pequenos animais, como:
porco, carneiro, etc. Curtia couro artesanalmente e gostava de negociar:
comprava, vendia, trocava.

Mamãe cuidava da casa, criava galinhas, porcos e cabras.


Cultivava plantas medicinais, ornamentais e pequena horta. Como
profissão, fazia renda e louça de barro. Mas, o que ela mais gostava de
fazer, era costurar. Lembro-me que ela passava horas trabalhando numa
pequena e velha máquina de costura à manivela marca Hexagon, igual a
da foto abaixo, que ganhou de “Madrinha” a vovó Cândida, sua mãe. Ela
tinha um sinal cor de vinho na orelha direita e parte do rosto, mas não se
deixava fotografar desse lado, porque tinha vergonha.

Máquina de costura manual (Foto Internet)


Depois da Hexagon, ela adquiriu uma outra máquina, também
manual, da marca Singer. Em 1962, finalmente uma máquina nova!
Mamãe comprou uma Singer moderna, com pés e pedal. Essa máquina,
quando mamãe morreu ficou para a neta Maria, filha do Luiz que ela
tinha criado.

Tempo depois, Maria vendeu a máquina, e o dinheiro foi o


começo para comprar um terreno ou, como diz o nordestino, "um chão

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de casa" para o seu pai Luiz, o qual construiu uma "senhora" casa. Nada
mais justo!

Mamãe contava que antes da chegada dessas máquinas, costurava


à mão todo tipo de roupa. Com agulha e linha fazia vestidos, blusas e
calças para adultos e crianças.

Meus pais eram fumantes e, começaram a fumar muito cedo entre


os 14 e 15 anos de idade. Ele me contou que no início fumava escondido
dos pais e por muitas vezes, queimou as mãos tentando esconder o
cigarro, para evitar aqueles bolinhos de palmatória. O que será que doía
mais: o baixar da palmatória, ou o erguer da bolha do calor da brasa do
cigarro nas mãos?

Mamãe foi um pouco diferente. Ela aprendeu a fumar incentivada


pela própria mãe que, quando estava muito ocupada, mandava que ela
acendesse o seu cachimbo.

Eles fumavam fumo de corda ou rolo, o conhecido fumo


Arapiraca. Às vezes, eles mesmo fabricavam o seu próprio tabaco, o
chamado fumo caseiro.

Papai fumava cigarro feito num papel próprio, conhecido como


papelinho "Colomy". Algumas vezes, ele fazia o cigarro na palha da
espiga de milho. Mamãe fumava cachimbo.

Papai, nos fins de semana, fumava um cigarrinho "desfiado" como


era conhecido o cigarro industrializado, mas Mamãe não largava seu
cachimbo por nada, porém, quando iam a uma festa, aí sim! Ela dava um
descanso ao tal cachimbo e acompanhava ele, fumando um cigarrinho
também.

Papai, além de fumar, naquiava (mascava) e cheirava rapé, que é o


pó do tabaco torrado.

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As marcas de cigarros mais comuns da época, eram: Iolanda,
Astória e Elma.
Uma coisa curiosa que eu ficava observando, é que eles fumavam
sem tragar a fumaça e só ficavam batendo os lábios, como que
saboreando. Ambos não tinham o hábito de escovar os dentes com
escova e pasta dental. A limpeza bucal era feita
com o dedo Indicador e com a raspa do caule
do juazeiro, árvore de grande porte, nativa da
caatinga nordestina.
Árvore Juazeiro

Acredito até, que assim como meus pais, muitos outros não tinham
a prática de usar a escova, apesar dela existir há bastante tempo.

Na vida, sempre há coisas que gostamos, ou não gostamos de fazer.


Papai, por exemplo, nunca usou camisa de mangas curtas e também
nunca raspou o bigode.
Ele tinha uma mania de só viver mudando, ou como diz o
nordestino, viver com os cacarecos na cabeça, coisa que mamãe odiava,
mais coitada, não podia fazer nada.
Outra coisa que eu sempre via ele fazer era tomar café ou água,
numa quenga de coco. Eu também gostava e, de fato, o café tinha mais
sabor. Também gostava de tomar uma biritinha. Normal entre os
Nogueiras.
Gostava também de dançar e, por sinal, muito bem!
Quanto a minha mãe, não me recordo bem dos seus hábitos e, o
que posso afirmar, é que ela era mais quietona e caseira.
Papai não era de cantar, mas gostava de ouvir músicas, até porque
como já disse, ele gostava de dançar.
Porém, tinha uma música, segundo ele, era muito antiga e que ele
mesmo desafinado, cantava ou como diz o nordestino, solfejava alguns
trechos dela.
Essa música eu não sei o título, a letra, o cantor e nem o
compositor e até gostaria de saber.
Tudo que eu sei, é que ele cantava mais ou menos assim.

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“Quando o céu azula, vejo as nuvens sombrias passando, me
recordo um triste adeus, é meu amor que vai se alzentando.
A mulher tem astúcia ó meu Deus, qual o homem não sabe
entender. A mulher só nasceu para o homem, sem mulher não se pode
viver”.

Porque eu não sei e, ao mesmo tempo sabendo, é que papai não


assinava Nogueira, mas ninguém o conhecia por seu verdadeiro nome:
Pedro Egídio de Azevedo e sim, Pedro Nogueira. Nem mesmo os filhos,
se não olhassem nos documentos, sabiam.

Mamãe aos 79 anos de idade, depois de ter trabalhado muito,


passando muitas dificuldades e ter tido 20 filhos, por incrível que pareça,
a primeira vez que foi ao médico, morreu. Isso foi no dia 18 de setembro
de 1986.

Papai morreu no dia 09 de agosto de 2001, com quase 96 anos de


idade e faltando apenas três dentes.

Mamãe não teve a mesma sorte. Perdeu os dentes muito jovem e


usava prótese.

Sei que a história dos meus pais vai muito mais além, mas eu,
Heleno Alves Nogueira, seu filho, parei por aqui.

“A FAMÍLIA EM GERAL”

Agora vou aproveitar para falar um pouco sobre a família em geral.


(Fazer um pouco de fofoca).

Nossa família é conhecida como Família Nogueira, mas não é


bem assim. Na verdade, é como uma salada de frutas e que tem de tudo
um pouco.

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A nossa família é constituída por uma grande variedade de
sobrenomes, impossível até relatar todos. Os mais conhecidos, são:
NOGUEIRA, AZEVEDO, BATISTA, ALVES, MAIA,
CLEMENTINO, SILVA, ALMEIDA e outros.

NOGUEIRA: essa denominação provém


de uma árvore nativa do sudeste da Europa,
Ásia Ocidental, Central e China.
A nogueira é uma árvore de grande
porte podendo chegar à 40 metros de
altura e podendo também produzir nozes
por aproximadamente 200 anos. Árvore Nogueira

“BRASÃO DA FAMÍLIA NOGUEIRA”

Até um brasão foi atribuído aos Nogueiras com o seguinte registro


histórico encontrado na Internet:

"Dom Mendo Paes Nogueira foi senhor daTorre


de Nogueira na época do Conde Dom Henrique.
Seria ele sobrinho do Cavaleiro Templário Dom
Mendo Nogueira, que ganhou o Brasão de
Armas dos Nogueira depois da batalha contra
os Mouros que ameaçavam o Condado de
Portucale. Mais tarde, os Nogueira fundariam o
Morgado de São Lourenço e se tornariam os
Alcaides de Lisboa".

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AZEVEDO: essa denominação provém de uma palavra latina
usada para denominar arbustos espinhosos, conforme o brasão abaixo.
O que eu estou sabendo de Azevedo, é que tem uma Freguesia Portuguesa
do Conselho de Caminha com 5,58 km de área e com 158 habitantes.

Dizem que NOGUEIRA e AZEVEDO só há uma família no mundo,


com origem em Portugal.
Como tantas outras também descendem de Portugal, bem como
Almeida, Alves, Batista, Maia, Silva, etc, onde vamos encontrar abaixo
os Brasões e seus relatos.

“OS AZEVEDO NO BRASIL”

Os mais antigos, que se tem conhecimento, que habitaram cidades


do nordeste, são: o padre Francisco João de Azevedo, nascido no dia 04
de março de 1814, na então cidade Parahyba, hoje João Pessoa, capital
do estado da Paraíba.
Ele, filho de seu homônimo, Sr. Francisco João de Azevedo,
português. (Quanto a sua mãe, não tenho registro).
Aliás, o padre Francisco, foi ele, o inventor da máquina de
escrever em 1861.

Outro padre também Azevedo, é o padre Antônio Pereira de


Azevedo, nascido no dia 20 de maio de 1881 em Santa Maria da Vila de
Prado (Braga), Portugal, onde foi ordenado sacerdote e veio para o Brasil
em 1911.

Outros Azevedos até fizeram história no Brasil, foi o caso de


Antônio de Azevedo Maia Júnior, considerado patriarca dos Azevedos
na região do Seridó, no Estado do Rio Grande do Norte.
Ele é considerado o fundador da cidade Jardim do
Seridó que está situada na margem direita do
rio Seridó, antes conhecida como Vila Conceição
do Azevedo. Essa vila era parte da fazenda Conceição,
que pertenciam aos seus pais, o português Antônio
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de Azevedo Maia, que morreu em 28 de
novembro de 1796, e sua esposa Josefa Maria
Valcácer de Almeida.
CORETO DA PRAÇA DA MATRIZ
JARDIM DO SERIDÓ

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO


(ANTIGA CAPELA DA FAZENDA CONCEIÇÃO)
Obs.: Antonio de Azevedo Maia Junior foi tenente, depois capitão
de cavalaria de ordenanças da Vila do Príncipe.

“BRASÃO DA FAMÍLIA AZEVEDO”

O sobrenome Azevedo, vem de uma palavra latina


usada para denominar arbustos espinhosos, que foi
de onde surgiu a inspiração para denominar uma
região de Portugal, criando um sobrenome
toponímico usado para indicar a origem das pessoas
que vinham da região de Azevedo.
Esta família descende de D. Pedro Mendes de
Azevedo, também chamado de Pero Mendes
Azevedo, que foi o oitavo senhor do Couto de Azevedo, do qual
tomou o nome por sobrenome, e cavaleiro do rei D. Sancho I de
Portugal. O brasão da família Azevedo é em ouro, com uma
águia estendida em negro.

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BATISTA: essa denominação provém do precursor de Jesus Cristo, João
Batista, (Bíblia). Conforme brasão abaixo.

“BRASÃO DA FAMÍLIA BATISTA”

Existem famílias Batista originárias de vários


países, tais como: França, Portugal Itália,
Croácia, Espanha, entre outros. Todas
surgiram na referência ao profeta bíblico João
Batista, que era primo de Jesus e foi quem o
batizou. Morreu decapitado por ordem do rei
Herodes Antipas I. São João Batista é um dos
santos mais venerados na Europa. Seu dia é
em 24 de junho. Durante a Idade Média os
nascidos nesse dia, levavam o nome Batista,
buscando a proteção do santo. Assim surgiu o sobrenome. Devotos
do santo passavam seu nome para as próximas gerações.
O sobrenome Batista ou Baptista vem da palavra grega
baptismo, latinizado em baptismous, que significa imergir, lavar ou
batizar.
Acima um dos brasões atribuídos às famílias Batista de Portugal
e Espanha. Por ser um sobrenome de origem religiosa, existem muitas
famílias Batista sem nenhum laço de sangue e com diversos brasões.

27
ALVES: essa denominação provém da origem portuguesa e originou-
se da abreviação de ÁLVARES. Conforme brasão abaixo.

“BRASÃO DA FAMÍLIA ALVES”

A cor azul predominante no fundo do brasão,


simboliza confiança e lealdade, as principais
virtudes da família Alves. As ondas na parte
inferior do brasão, representam a relação da
família Alves com o mar. A cruz amarela
cercada por alianças, na parte superior direita,
representa a fé e a fidelidade para com Cristo.
A águia de duas cabeças em fundo vermelho,
na parte superior esquerda, representa a força
militar advinda da união dos membros da
família. As asas abertas significam proteção,
enquanto a coroa na cabeça da águia demonstra rapidez de
raciocínio e bom julgamento.

A origem da família ALVES é portuguesa. ALVES, originou-se da


abreviação de ÁLVARES.

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MAIA: essa denominação, é a origem do sobrenome Maia que
esta ligada a uma região em Portugal do mesmo nome, que se
estendia por quase todo o norte. Conforme brasão abaixo.

“BRASÃO DA FAMÍLIA MAIA”

Maia é o nome de uma planta muito comum em


Portugal. considerada por alguns, daninha.
Antigamente usada na confecção de vassouras.
A origem do sobrenome Maia esta ligada a uma
região em Portugal do mesmo nome, que se
estendia por quase todo o norte. Hoje, Maia é
apenas um pequeno município. O nome já era
usado pelos habitantes dessa região como
sobrenome antes da própria fundação do país.
Segundo a lenda, o primeiro rei português
Dom Afonso Henriques, foi educado junto a família Mendes da Maia,
que já governava a antiga região de Maia, na época em que era
governada pelo famoso cavaleiro Gonçalo Mendes da Maia, que
entrou para historia portuguesa pela sua constante luta contra os
mouros.

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CLEMENTINO: essa denominação, conforme Renato Russo e Juliana
Castilho, “via pesquisa internet”, é de origem Francesa e Portuguesa. Que
na verdade é o diminutivo de clemente. Veja brasão abaixo.

“BRASÃO DA FAMÍLIA CLEMENTINO”

Criado em 2011 como identificação da família


Clementino, de Divinópolis - MG
A criação do brasão faz alusão ao catolicismo,
religião da família, tendo a Cruz como
proteção e a pomba do Espírito Santo como
símbolo de sabedoria e iluminação.
O Brasão é uma homenagem a vó Neguita, que
através da fé manteve protegidos todos os
filhos e netos desta família e todos os outros
que pelo amor, adotou de coração.

Clementino é um sobrenome de origem francesa, que na


verdade é o diminutivo de clemente.

“Até onde sei, o meu bisavô era Português, nascido em Lisboa. Minha
bisa veio nos navios, grávida do meu Avô. Quem me contava isso era
o meu vô que já é falecido. Então, o meu Clementino é de Origem
Portuguesa. Mas, como tudo na Europa é tão perto, a única coisa que
podemos concluir é que veio do continente Europeu. Saber o
primeiro, fica difícil”.

SILVA: essa denominação vem do latim, que significa selva, floresta


e/ou bosque. Conforme brasão abaixo.
30
“BRASÃO DA FAMÍLIA SILVA”

O sobrenome Silva, vem do latim, que significa


selva, floresta e/ou bosque. As referências mais
antigas do nome são da época do reino dos
Godos, em que o nome foi adotado por alguns
príncipes. O nome é logicamente de origem
toponímica, mais provavelmente de uma região
chamada Torre de Silva, perto de Valença, em
Portugal. Porém, existem muitas outras regiões
na Espanha e em Portugal com este nome.
Apesar de remotas, o uso
sobrenome Silva tem origens no Reino de Leão, e por isso seu brasão
de armas faz referencia a ele, sendo um leão púrpura armado e
lampassado de vermelho ou azul, sobre um campo prata. No Brasil o
sobrenome foi adotado por muitos escravos e também por pessoas
que buscavam passar por anônimas.

ALMEIDA: essa denominação se origina na nobreza


portuguesa, é um nome árabe composto de 2 palavras:
al = significa o, a, os, as;
majíd = significa glorioso.

31
Almajíd, ao longo do tempo, evoluiu para Almaída, Almaida e
Almeida. Conforme brasão abaixo.

“BRASÃO DA FAMÍLIA ALMEIDA”

A família Almeida se origina na nobreza


portuguesa. O primeiro a receber o nome e,
portanto o fundador da família, foi Payo Paes
Guterres, que na época de Sancho I
(1154-1211) 2º Rei de Portugal, tomou dos
árabes em Riba Coa, o Castelo de Almeida e o
recebeu como feudo D’ EL Rei. A família
Almeida, portanto, tem origem na família
hispânica Gutierrez.
Ele o legou aos seus descendentes que, após
sua morte, tomam o nome deste castelo como
sobrenome de família, que aparece pela 1ª vez na história
européia, em 1258, com João Fernandes de Almeida, que fundou
a Vila de Almeida no Concelho de Mangualde, antigamente Termo de
Azurara da Beira.

Almeida é um nome árabe composto de 2 palavras:

al = significa o, a, os, as;


majíd = significa glorioso.

Almajíd, ao longo do tempo, evoluiu para Almaída, Almaida e


Almeida.

“ASCENDÊNCIA”

Relato de ascendência do sobrenome Azevedo do qual


descendemos e a mestiçagem com Batista, Silva, etc.

32
Para os citados textos registrados abaixo, não poderia deixar de
contar mais uma vez com o auxílio dos conhecimentos profundos do meu
primo Antônio Clementino Sobrinho, ao qual agradeço por tantos.

A família Azevedo como tantas outras, também descendem de


Portugal, bem como Almeida, Alves, Batista, Maia, Nogueira, Silva, etc.,
aonde já vimos nos brasões acima, os seus relatos.

Enquanto isso fica quase confirmado o parentesco entre elas,


levando em conta que no período do Brasil colonial nossas terras foram
desbravadas por expedicionários vindos de Portugal com a missão de
expandir o interior. Os Bandeirantes agiam na caça ao índio para ter a
mão de obra “escrava” e, alguns outros, se dedicaram à mineração.
Depois vieram as expedições chamadas Entradas, compostas por
pecuaristas que instalavam suas fazendas interior a dentro e, assim, tanto
os Bandeirantes como os Entradistas, povoavam o interior em suas
diversas atividades.
Esses senhores que se dedicavam à mineração, provavelmente
tenham sido os responsáveis pela nossa perca ou mudança de
nacionalidade, quando na verdade, nós éramos brasilianos e não
brasileiros.

Brasileiro, era uma profissão, (lapidário de pedra) e um apelido


daqueles que vinham de Portugal para o Brasil, ficavam meses e
voltavam levando o pau-brasil. Lá eram chamados de brasileiros e ai,
ficamos nós também, como brasileiros.

ORIGEM DA MESTIÇAGEM DE AZEVEDO COM BATISTA E


COM SILVA

São três as pessoas que podem ter dado origem a essa


mestiçagem. Dentre os Entradistas destacamos três irmãos cujos nomes
eram: Azevedo, Queiroz e Anastácio os quais seguiram rumo ao sertão
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do Estado do Rio Grande do Norte. Lá os irmãos se situaram assim:
Azevedo, às margens do rio Seridó; Queiroz, no Riacho do Ferreiro e o
Anastácio, no sertão do Piranha em uma localidade chamada “A
Marcação”. Nessas regiões se formaram grandes famílias, das quais, vem
nossa parentela.

Do tal Anastácio, descendem os Avelinos e os Rafaeis, que


conheci e conheço grande parte deles. Inclusive muitos deles entraram
na nossa família, como por exemplo, Francisco Rafael (Chico Rafael)
que era casado com minha irmã Bárbara. Também os irmãos Manoel
e Luiz Rafael, que se casaram com duas filhas do tio Casé e tia Lia: que
são elas: Bárbara e Antônia (Toinha).
Dá pra se ter uma ideia que somos todos galhos do mesmo tronco.

Do tal Queiroz, não tenho registro de sua descendência.


Do tal Azevedo, há relatos sobre sua descendência de que nasceu
uma menina, não sei se era sua filha, neta, ou se em grau mais afastado,
cujo nome era Antônia de Azevedo. Essa menina teve paralisia infantil
nas duas pernas e talvez por isso, aumentou a estima de seus pais que a
criaram muito mimada.
Dizem que ela era conhecida popularmente como Antônia
Aleijada. Segundo os mais antigos, ela teve um filho bastardo ao qual
deu o nome de Francisco de Azevedo. Naquele tempo, o filho nascido
fora do casamento era muito discriminado, chamado "filho de moita".
Tempos depois, a aleijadinha, teve outro caso com um escravo chamado
Silva, o qual os pais lhe deram para andar com ela mata a dentro em
uma carruagem e, dessa vez, a família resolveu fazer o casamento com
o escravo.

Francisco de Azevedo, o filho bastardo de Antônia de Azevedo


(a aleijadinha), depois de tantas humilhações migrou para o Estado do
Ceará. Lá, casou-se e algum tempo depois foi assassinado, deixando três
filhos que eram: Francisco, Manoel e Thomaz de Azevedo.
Esses três irmãos resolveram procurar os parentes que já
habitavam as terras paraibanas do atual município de Brejo do Cruz e,
ali se casaram e viveram.
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O Francisco de Azevedo casou-se com Adelina (Delina), filha de
João Alves Camelo, do sítio Boa União. Desse casamento nasceu
Francisca Adélia da Conceição, que casou-se com Manoel Félix, meus
bisavós paternos.

Do casamento de Antônia de Azevedo (a aleijadinha), com o


escravo Silva, nasceram: Antônio Nem, esse meu tataravô materno;
Francisca e José da Silva ( Zé da Silva).

Francisca Silva, casou-se com João Batista. Esses pais de


Antônio Batista, o qual era pai de meu avô materno Francisco Felipe
Batista. Assim Francisca Silva e João Batista eram bisavós de minha
mãe.

Zé da Silva, casou-se com uma irmã de João Batista. Esses pais


de Dondon, essa era avó paterno de meu avô materno Francisco Felipe
Batista. Assim Zé da Silva e esposa eram bisavós de minha mãe.

O mesmo Zé da Silva, era também o pai de Manoel Félix. Esse


pai do meu avô paterno, Egídio Alves de Azevedo.
Assim Manoel Felix era o avô paterno de meu pai e, Zé da Silva o
bisavô.

Assim, os filhos de João Batista com Francisca e os filhos de


Zé da Silva com a irmã de João Batista, eram primos irmãos carnais.
Mesmo assim, três filhos de João Batista com Francisca se
casaram com três filhas de Zé da Silva, gerando assim, mais primos
irmãos carnais. (Que rolo, hem?)

Os filhos de João Batista eram: Antônio Batista. Esse avô


paterno de minha mãe. Joca Batista, Esse pai de tio Vicente Joca e
Francisco Batista (Chiquinho). Esse pai de tio Cipriano Alves Batista.
Assim Francisco Batista, era avô do tio Manoel Cipriano e bisavô de
Egídio, Pedro, Euclides...

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A esposa do tio Cipriano era a tia Filismina. Essa filha de Manoel
Félix e neta de Zé da Silva.
Zé da Silva também era avô do tio Cipriano. Portanto, esse casal
eram primos legítimos.

“GENEALOGIA DA FAMÍLIA GUANABARA”

Essa pacata família é como nós, descendente da Antônia de


Azevedo, (a Aleijadinha). A única diferença, é que essa família não
descende de Antônio Nem, como nós descendemos. Vejam bem: os
filhos da "Aleijadinha" eram Francisco de Azevedo, o primeiro que
dela nasceu antes de se casar com o escravo Silva.
De Francisco de Azevedo, nasceu seu homônimo, Francisco de
Azevedo. Esse, casou-se com Adelina ou Delina, filha de João Alves
Camelo, do sítio Boa União. Desse casal, nasceu entre outros filhos(as),
Francisca. Essa casou-se com Manoel Félix, ambos pais do meu avô
paterno, Egídio Alves de Azevedo e Filismina.
De Filismina, nasceu Francisca (Chiquinha) que se casou com
Alcindo Guanabara, a qual era conhecida por Chiquinha de Alcindo.

Do Francisco de Azevedo e Delina, nasceu também Francisco de


Azevedo (Chico Azevedo). Esse que era o pai de Alcindo Guanabara.
O sobrenome Guanabara surgiu quando um certo dia, o senhor
Francisco de Azevedo (Chico Azevedo) e a esposa Januária (Janu),
foram batizar seu filho Alcindo, mas ainda não haviam escolhido seu
nome. Chegando à igreja pediram ao padre um nome qualquer para o
moleque. Então o padre, certamente tendo conhecimento de um famoso
jornalista e político carioca de nome Alcindo Guanabara, sugeriu esse
nome. Aliás, esse jornalista também foi um articulista em prol da
Abolição, em 1886.
Portanto Azevedo e Guanabara, são os mesmos.
Assim, dá para saber que somos todos galhos do mesmo tronco.

Aqui termina a linhagem de Antônia de Azevedo (a Aleijadinha),


até a família Guanabara.
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Somos nordestinos de raiz e descendentes de portugueses.
Temos o hábito de falar nossa linguagem, usando o pleonasmo.
Aliás, até em música, como por exemplo, uma do cantor Ary Lobo
que diz: lá em casa nasceu um “menino homem”, o nome dele vai chamar
Jeová. É a nossa característica.

Uma coisa que descobri que dá grande destaque e, que eu chamo


de homenagem que demonstra muita gratidão, é a escolha da homonímia.

Alguns exemplos: vovó chamava-se Maria Senhora das Dores.


Seguiram-se, Maria Senhora Filha e minha irmã Maria Senhora Neta;

Aí vem, meu bisavô Francisco Nogueira da Costa, seguido


de seu filho Francisco Nogueira, do seu neto Francisco Nogueira
Sobrinho, do seu bisneto Francisco Nogueira Filho (Nuga ) e do seu
bisneto, o meu irmão Francisco Nogueira Sobrinho.

Ainda vem: João e José Nogueira, esses irmãos da vovó Mãinha,


seguidos de João e José Nogueira, esses filhos da vovó Mãinha.
Continua com meu irmão José Nogueira (Zé Galego), José
Nogueira, filho de tia Ana. Pedro Nogueira de Azevedo, também filho
de tia Ana e meu irmão Pedro Nogueira de Azevedo. Esses netos da
vovó Mãinha. Continuando Damásio Douglas Nogueira e Damásio
Douglas Nogueira Júnior.

Ainda continuando: Pedro Egídio de Azevedo Neto, filho de


minha irmã Bárbara. Antônio Clementino Sobrinho, Maria do
Socorro Sobrinha, Sebastião Batista de Azevedo Filho, Manoel
Clementino da Silva, seguido de seu neto Manoel Clementino da Silva
(o Nené), Francisco Felipe Batista, seguido de seu filho Francisco
Felipe Batista.
Isso vem de longe e, ainda vai muito longe!!

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Outra coisa que também me chamou atenção, foram os apelidos
carinhosos. Vou citar alguns, começando com o da minha neta Eduarda,
que eu chamo de "Dinha".

"Tiva" ou "Tivinha" é a Severina, filha da tia Ana;


"Sina" era a tia Siverina;
"Bibila", tia Emília;
"Zuquito", meu irmão Egídio;
"Pedrinho" meu irmão Pedro;
"Toinho", é Antônio filho de Emília;
"Dadaca" é Edna, filha do meu irmão Nogueira;
"Edinho" é Francisco, também filho do meu irmão Nogueira;
"Casé" é José Batista dos Santos, irmão de minha mãe;
"Nené" é Manoel Clementino da Silva, irmão de minha mãe e,
"Michico" é Francisco Felipe Batista, também irmão de minha
mãe.
Outros também tiveram seus apelidos carinhosos mais, com o passar
do tempo, caíram no esquecimento. Foi o meu caso, que quando jovem
me chamavam de "Dega/Deguinha". Francisco, meu irmão era "Titi"; tio
Manoel Nogueira era ”Neco"

OUTROS RAMOS DA NOSSA FAMÍLIA

Quem são as famílias?

Vou apresentar algumas do meu conhecimento e outras das quais


tenho informações (pesquisas).

Família do tio Joaquim Romão Nogueira, irmão da vovó


Maria Senhora das Dores (Mãinha) e Pernina Perventina Pereira:
- São eles: Estanislau Nogueira, Reginaldo Nogueira, Nilson Nogueira,
José Romão Nogueira e Maria Nogueira.

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Família de tia Francisca (Chiquinha), irmã da vovó Mãinha e
José Quinino (o escultor): São eles: José Quinino Filho, Evaristo, João
Quinino, Lupércio e Antônio ( Antonino).

Família de tia Antônia Nogueira (Tatinha), irmã de vovó Mãinha


e (...). – São eles: Pedro Nogueira Conrado, José Nogueira Conrado e
Francisca Nogueira Conrado.

Família dos demais irmãos de vovó Mãinha, não tenho registro.

Família de tio Constantino (Tantim), tio de minha mãe e (...). –


São eles: Antônio Constante, Manoel Tomé, Joana (Joaninha) e
Mariquinha ( Liquinha).

Família de tio João Batista (tio Batista) e tia Umbilina – São eles:
José Batista, Manoel Augusto, Maria (tia Cota), Antônia e Joana, que era
casada com João Ferreira.

Família de tia Cândida Alves de Azevedo, tia de mamãe e (...) –


São eles: Manoel Zé, Sergio, Ambrósio, Maria Cândida, Anália e
Severina (tia Nega).

Família do tio João Nogueira, irmão de papai e tia Severina


(Nega) – São elas: Marinete e Lúcia.

Família de Pedro Egídio de Azevedo e Maria Cândida do


Nascimento, meus pais, já foi relacionada acima.

Família de tia Antônia Maria de Jesus irmã de meu pai e Ezequiel


Alves. São eles: Severino, Benedita, Ivani, Egídio, José, Francisco (o
desaparecido), Francisca (Chiquinha), Francisco das Chagas
(Chaguinha), Rita e Maria.

Família de tia Francisca (tia Chiquinha), irmã de meu pai e Sr.


Antônio Agripino. São eles: Neto, Agripino (Bezerra), Socorro,
Brasileira e Paizinha.
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Família de tia Ana irmã de meu pai e, Sr. Manoel Cipriano – São
eles: Egídio, Euclides, Pedro, José, Cosmia e Severina (Tivinha).

Família do Tio Francisco Nogueira Sobrinho, irmão do meu pai.


Com a tia Severina – São eles: Francisco Nogueira Filho (Nuga),
José Gomes Nogueira (Nuzemar) e Aparecida;
Com a tia Maria Martins de Almeida (tia Mariquinha), apenas o
Damásio Douglas Nogueira.
Com a tia Heroína (Filinha) – São eles: Marlene , Marcio, Marcia
e Marilza Nogueira.

Família da Tia Júlia, irmã de papai, com Genésio Barbosa Lira


– São eles: Vaneide, Vanilson, Vanete e Varlene.
Com Alípe, são eles: Amilton, Geraldo, Tania, Sergio e Alípe
Júnior.

Família do tio Manoel Nogueira de Azevedo ( irmão de meu pai)


e tia Eugênia (Santa). São eles: Cosme, Marina, Lupércio, Frederico,
Flora, Tito, Darcy, Dulce, Erildo, Marinete e Mariete.

Família do tio José Nogueira (irmão de papai) e tia Catarina. São


eles: Oriel, Américo e Nívia. Nívia é a última neta(o) da vovó Maria
Senhora e vovô Egídio. Ela que nasceu em 02/03/1970.

Família de tia Apolônia (irmã de papai) e, José Tito – São elas:


Maria Rosane e Ana Simara. Esta, nascida em 08/01/1963 é a penúltima
neta(o) da vovó Maria Senhora e vovô Egídio.

Tia Severina (Sina) e Jaime. Ela, irmã de meu pai. Esses não
tiveram filhos.

Família do tio Francisco Felipe Batista (Michico), irmão de


mamãe. São eles: José Gomes e Francisca Gomes Batista.

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Família do tio José Batista dos Santos (Casé), irmão de minha mãe
e tia Maria (Lia), irmã do meu pai – São eles: Francisco (Chico Casé),
Bárbara, Sebastião, Terezinha (Teteca), Antônia, Alzira, Alzerina,
Nicácio, Braiz, Nivaldo e Benedito.

Família do tio João Batista da Silva (Joca), irmão de mamãe e,


dona Maria Honorata do Nascimento (tia Chata). São eles: Severino,
José, Sebastião, Ambrósio, Francisca, Ana e Izabel.

Família do tio Manoel Clementino (Nené), irmão de minha mãe e,


tia Emília (Bibila), irmã de meu pai. São eles: Francisco, Tarsila,
Bárbara, Balbina, Maria, Terezinha, José, Josefa (Detinha), Lauro,
Antônio, Luzia e Francisca (Francisquinha).

Família do tio Antônio Clementino da Silva, irmão de minha mãe


e, tia Joana Alves de Azevedo ( Joana Cabocla). São eles: Albanisa,
Agripino, Adelson, Adelidio, Luzia, Rita José, Irene e Materniano,
Aroldo e Manoel. Esses dois últimos, morreram ainda crianças.

TIOS DE CONSIDERAÇÃO

Naquela época, os primos de grau bem próximo dos nossos pais,


como primos irmãos e primos irmãos carnais, eram considerados tios dos
filhos de ambas as partes. Por isso, cito alguns que conheci e, tinha muita
consideração com eles:

Eram eles: Tio Antônio Constante, Manoel Tomé, Tia Joana


(Joaninha), casada com Otacílio Caboclo, que moravam no sítio Lagoa
Rasa, no Município de Catolé do Rocha e tia Liquinha. Ambos, filhos
do tio Constantino (Tantim), irmão do meu avô materno Francisco Felipe
Batista.

Outros, eram: tio José Batista, tio Manoel Augusto, tia Maria
(tia Cota), tia Antônia e tia Joana Cabocla, que era casada com João
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Ferreira. Todos, filhos de tio João Batista e tia Umbilina. Ele, irmão de
meu avô materno, Francisco Felipe Batista e ela, irmã de minha avó
materna, Cândida Clementino da Silva.

RECONHECIMENTO

Não poderia deixar de falar sobre uma pessoa que para mim é um
grande cidadão. Refiro-me a José Tito de Medeiros,
nascido no dia 1º de novembro de 1931, em Santana
do Matos-RN. É filho de Luiz Tito de Medeiros e de
Maria De Assiz de Medeiros
Zé Tito, como é conhecido, casou-se com tia
Apolônia no dia 11 de setembro de 1956. Ainda
muito jovem, com apenas 25 anos de idade, tomou
uma decisão digna de louvor: assumiu com muita
responsabilidade, a sogra Maria Senhora das Zé Tito de Medeiros
Dores e a cunhada tia Joana, até o fim de suas vidas.

Nós da família Nogueira, temos o dever de no mínimo agradecer


por tudo o que jamais pagaremos.
Nunca vi, nem ouvi ninguém dizer que ele reclamou de alguma
coisa. Está sempre de bom humor, rindo e brincando. Poucos da família
sabem dessa história. Só os que já estão cheios de rugas, para não dizer
velhos. É falando em nome da família, que digo: Deus te abençoe sempre
Zé Tito! A recompensa Ele te dará igual a uma caixa-d'água,
transbordando diariamente.

***

Finalizando, agradeço à minha cunhada Francisca, esposa do


"Zuquito". Luiz e Pedrinho, meus irmãos. Osélia (Baíca), esposa do meu
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sobrinho Geraldo. À minha sobrinha Doralice, filha da Izabel. Dorothéa
minha vizinha, Antônio Clementino Sobrinho, aos meus primos, Erildo
e Cosme Almeida de Azevedo, filhos de tio Manoel Nogueira e tia
Eugênia ( Santa) e Estanislau Nogueira, filho do tio Joaquim Nogueira,
irmão da vovó Mãinha.

Não poderia jamais deixar de agradecer ao meu primo Damásio


Douglas Nogueira, filho do tio Francisco Nogueira Sobrinho e Maria
Martins de Almeida (tia Mariquinha), que com muito carinho, amor e
dedicação, elaborou este livrinho.

Agradeço de coração, aos que colaboraram de forma


direta ou indiretamente.

"Não levem em consideração os erros, mas o que parte do


pensamento e transborda do coração".

Heleno Alves Nogueira

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