22 - Tendencias Pedagógicas
22 - Tendencias Pedagógicas
22 - Tendencias Pedagógicas
2
3
4
Renovadora Progressiva
ou progressivista Libertária
Renovadora
não-diretiva
"crítico social
Tradicional Libertadora dos conteúdos
Tecnicista
ou "histórico-
crítica"
.....Liberais Progressistas
Tendências pedagógicas 5
Tendência Liberal (acríticas)
◦Liberal Tradicional
◦Liberal Renovada Progressivista ou progressiva
◦Liberal Renovada Não Diretiva
◦Liberal Tecnicista
Tendência Progressista (críticas)
◦Progressista Libertadora
◦Progressista Libertária
◦Progressista Crítico - Social dos Conteúdos
6
Pedagogia Liberal
Segundo o professor LIBÂNEO (1990), a pedagogia
liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função
preparar os indivíduos para o desempenho de papéis
sociais, de acordo com as aptidões de cada um. Isso
pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos
valores e normas vigentes na sociedade de classe,
através do desenvolvimento da cultura individual.
Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças
entre as classes sociais não são consideradas, pois,
embora a escola passe a difundir a idéia de igualdade
de oportunidades, não leva em conta a desigualdade
de condições.
7
Pedagogia Liberal
Justificação do sistema capitalista
Ênfase na defesa da liberdade e dos interesses individuais
Forma de organização social baseada na propriedade
privada dos meios de produção
Objetivo: desenvolver bons cumpridores de papéis sociais
Teoria – não critica – Manutenção do status quo.
1. -TRADICIONAL
2. -RENOVADA PROGRESSIVISTA
3. -RENOVADA NÃO
4. -DIRETIVA - TECNICISTA
8
PEDAGOGIA PROGRESSISTA
Segundo Libâneo, a pedagogia progressista designa as
tendências que, partindo de uma análise crítica das
realidades sociais, sustentam implicitamente as
finalidades sociopolíticas da educação.
A educação é um agente transformador da sociedade e
não um mero reprodutor.
9
PEDAGOGIA PROGRESSISTA
Educação leva em conta a temporalidade, a história, a
realidade social;
Explicita o papel do sujeito transformador;
Sustenta a finalidade socio-política da educação;
1. - LIBERTADORA;
2. – LIBERTÁRIA;
3. – CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS OU
HISTÓRICO-CRÍTICA;
10
Tendências Pedagógicas
Tendência Liberal ( a-críticas)
Liberal Tradicional
Liberal Renovada Progressivista
Liberal Tecnicista
Liberal Renovada Não-Diretiva
◦ Progressista Libertadora
◦ Progressista Libertária
◦ Progressista Crítico - Social dos Conteúdos
11
Liberal Tradicional
Segundo esse quadro teórico, a tendência liberal
tradicional acentua o ensino humanístico, de cultura geral.
De acordo com essa escola tradicional, o aluno é educado
para atingir sua plena realização através de seu próprio
esforço. Sendo assim, as diferenças de classe social não são
consideradas e toda a prática escolar não tem nenhuma
relação com o cotidiano do aluno.
Quanto aos pressupostos de aprendizagem, a idéia de que o
ensino consiste em repassar os conhecimentos para o
espírito da criança é acompanhada de outra: a de que a
capacidade de assimilação da criança é idêntica à do
adulto, sem levar em conta as características próprias de
cada idade. A criança é vista, assim, como um adulto em
miniatura, apenas menos desenvolvida.
12
Liberal Tradicional
MANIFESTAÇÕES NO BRASIL – Jesuítica até 1759 e
LEIGA de 1759 a 1930.
Características Principais:
1. Exposição e análise do conteúdo, feita pelo professor;
2. Pedagogia da essência:
Bogdan Suchodolski (1907-1992) dividiu as
manifestações pedagógicas em: as pedagogias da
essência e as pedagogias da existência. A pedagogia
da essência teve início com Platão e foi desenvolvida
pelo cristianismo. Ela investiga tudo que é empírico no
homem e concebe a educação como ação que
desenvolve no indivíduo o que define a sua essência
verdadeira.
13
3. Relação professor x aluno: MAGISTROCÊNTRICA
14
4. Relação verticalizada.
5. Caráter abstrato do saber.
6. Distanciamento da vida cotidiana.
7. Aprendizagem sem significado para o aluno.
8. apresentação apenas dos pontos principais; Aula
expositivas.
15
9. Exercícios que levam à memorização; repetição
16
Teóricos
Johann Frederich Herbart
Soren Kierkegaard
17
Liberal Renovada Progressivista
Segundo essa perspectiva teórica de Libâneo, a tendência
liberal renovada (ou pragmatista) acentua o sentido da
cultura como desenvolvimento das aptidões individuais.
A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para
assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades
do educando ao meio social, por isso ela deve imitar a vida.
Se, na tendência liberal tradicional, a atividade pedagógica
estava centrada no professor, na escola renovada
progressivista, defende-se a idéia de “aprender fazendo”,
portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas
experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio
natural e social, etc, levando em conta os interesses do
aluno.
18
Liberal Renovada Progressivista
ESCOLA NOVA DIRETIVA
1930 – MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO
19
O Manifesto dos pioneiros da educação foi publicado e
assinado em março de 1932 por 26 intelectuais liderados
por Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Anísio Teixeira,
sob o título “A reconstrução educacional no Brasil:
manifesto dos pioneiros da educação nova”
20
Para isso, os princípios da educação ativa seriam a base
metodológica de ensino a ser aplicada. Por meio desta, a escola
deveria ser uma “comunidade em miniatura”, em que o trabalho e
a ocupação constituíssem as funções em destaque de regulação
da vida em sociedade. Faziam, portanto, uma defesa da Escola
Nova, em detrimento da Escola tradicional.
21
Liberal Renovada Progressivista
ESCOLA NOVA DIRETIVA
1934 – Constituição
1940 – psicologismo pedagógico
1950 – sociologismo pedagógico
1960 – economicismo pedagógico
Surge a figura do Orientador Educacional
22
Características da Tendência Renovada Progressivista
CARACTERÍSTICAS
23
Para a filosofia existencial, a educação consiste em
afirmar a existência concreta da criança. A existência
do ser humano não é igual à de outra coisa qualquer. A
fenomenologia está preocupada com o que aparece e
com as aparências, uma vez que aquilo que parece nem
sempre é. Entretanto, a aparência também faz parte da
ser. Este método procura descrever e interpretar os
fenômenos pelo que eles são, sem preconceitos.
24
Características da Tendência Renovada Progressivista
4. Desenvolvimento das aptidões individuais;
5. Preocupação com a natureza psicológica;
6. Conteúdos de acordo com interesse do aluno;
7. Professor facilitador;
25
Características da Tendência Renovada Progressivista
9. Educação vista como um processo interno.
10. Necessidades e interesses pessoais são levados em
conta.
11. Valoriza a auto-educação e a experiência direta.
12. É centrada no aluno e no grupo;aluno sujeito do
processo.
13. Avaliação somativa e formativa.
14. Método de Pesquisa.
26
Teóricos
Maria Montessori
Jean Piaget
Édouard Clapàrede
John Dewey
27
Teóricos
Ovide Decroly
Anísio Teixeira
Lourenço Filho
Fernando de Azevedo
28
Liberal Renovada Não-Diretiva
Acentua-se, nessa tendência, o papel da escola na formação de
atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os
problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais.
Todo o esforço deve visar a uma mudança dentro do indivíduo,
ou seja, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente.
29
Liberal Renovada Não-Diretiva
Educação centrada no estudante.
Prática pedagógica antiautoritária.
Características
30
Liberal Renovada Não-Diretiva
6. Trabalho com dinâmicas de grupos
7. Liberdade com limites mas sem repressão;
8. Ato educativo: relacional;
9. Necessidade de ambiente favorável para aprendizagem;
10. Método clínico de Rogers – Método não-diretivo
31
Liberal Renovada Não-Diretiva
11. a importância maior está na auto-realização;
12. preocupação com a formação do EU;
13. Professor: facilitador;
14. ênfase nos intercâmbios;
15. formação de comunidades de aprendizagem;
32
Teóricos
Jean-Jacques Rousseau
Carl Rogers
33
Liberal Tecnicista
A escola liberal tecnicista atua no aperfeiçoamento da
ordem social vigente (o sistema capitalista), articulando-
se diretamente com o sistema produtivo; para tanto,
emprega a ciência da mudança de comportamento, ou
seja, a tecnologia comportamental. Seu interesse
principal é, portanto, produzir indivíduos “competentes”
para o mercado de trabalho, não se preocupando com as
mudanças sociais.
34
Liberal Tecnicista
Conforme MATUI (1988), a escola tecnicista, baseada
na teoria de aprendizagem S-R, vê o aluno como
depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser
acumulados na mente através de associações. Skinner
foi o expoente principal dessa corrente psicológica,
também conhecida como behaviorista. Segundo
RICHTER (2000), a visão behaviorista acredita que
adquirimos uma língua por meio de imitação e
formação de hábitos, por isso a ênfase na repetição, nos
drills, na instrução programada, para que o aluno for
me “hábitos” do uso correto da linguagem.
35
Liberal Tecnicista
a) Surge no Brasil meados da década de 50, mas é introduzido
efetivamente na década de 60.
b) Leis que influenciaram: Lei 5.540/68 (ensino universitário) e a Lei
5692/71 ( Ensino Profissionalizante - A partir da Reforma do Ensino que
implantou a escola tecnicista no Brasil).
c) Surge a figura do Supervisor Educacional.
Características
36
Liberal Tecnicista
6. Professor: técnico
7. Distanciamento afetivo do aluno;
8. Avaliação: observável e mensurável (objetividade)
9. Fragmentação do saber
10. Treina cientificamente para o uso da tecnologia;
37
Liberal Tecnicista
11. considera como capaz de promover o desenvolvimento
econômico;
12. relacionamento interpessoal passa a ser irrelevante.
13. Método – instrução programada
38
11. Objetivos operacionais, dispositivos audiovisuais;
39
Teóricos
Burrhus Frederic Skinner
Robert Gagné
Benjamin Bloom
Cosete Ramos
40
Tendências progressistas
41
Tendências progressistas
As tendências progressistas libertadora e libertária
têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o
antiautoritarismo. A escola libertadora, também
conhecida como a pedagogia de Paulo Freire,
vincula a educação à luta e organização de classe do
oprimido. Segundo GADOTTI (1988), Paulo Freire não
considera o papel informativo, o ato de conhecimento
na relação educativa, mas insiste que o conhecimento
não é suficiente se, ao lado e junto deste, não se
elabora uma nova teoria do conhecimento e se os
oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do
conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar
seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros.
42
Tendências progressistas
Assim, para Paulo Freire, no contexto da luta de
classes, o saber mais importante para o oprimido é a
descoberta da sua situação de oprimido, a
condição para se libertar da exploração política e
econômica, através da elaboração da consciência
crítica passo a passo com sua organização de classe.
Por isso, a pedagogia libertadora ultrapassa os limites
da pedagogia, situando-se também no campo da
economia, da política e das ciências sociais, conforme
diz Gadotti.
43
Tendências progressistas
Como pressuposto de aprendizagem, a força motivadora
deve decorrer da codificação de uma situação-problema
que será analisada criticamente, envolvendo o exercício
da abstração, pelo qual se procura alcançar, por meio de
representações da realidade concreta, a razão de ser dos
fatos. Assim, como afirma Libâneo, aprender é um ato de
conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real
vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma
aproximação crítica dessa realidade. Portanto o
conhecimento que o educando transfere representa uma
resposta à situação de opressão a que se chega pelo
processo de compreensão, reflexão e crítica.
44
Tendências progressistas
No ensino da Leitura, Paulo Freire, numa
entrevista, sintetiza sua idéia de
dialogismo: “Eu vou ao texto
carinhosamente. De modo geral,
simbolicamente, eu puxo uma cadeira e
convido o autor, não importa qual, a travar
um diálogo comigo”.
45
Progressista Libertadora
Marco teórico – Movimento de Cultura Popular no Recife –
1960.
46
Era constituído por estudantes
universitários, artistas e intelectuais e tinha
como objetivo realizar uma ação
comunitária de educação popular, a partir de
uma pluralidade de perspectivas, com ênfase
na cultura popular, além de formar uma
consciência política e social nos
trabalhadores, preparando-os para uma
efetiva participação na vida política do País.
47
Administrativamente, era divido em três departamentos: o
de Formação da Cultura (DFC); o de Documentação e
Informação (DDI) e o de Difusão da Cultura (DFC).
48
Como uma das propostas básicas do MCP era a educação de
adultos, em setembro de 1961, foram criadas escolas de
rádio que visavam suprir esse segmento educacional
bastante carente. Em 1962, professores e intelectuais
organizaram uma cartilha intitulada Livro de leitura para
adultos ou Cartilha do MCP para a alfabetização de adultos.
Os programas radiofônicos eram transmitidos pelas rádios
Clube de Pernambuco e Continental. As aulas eram
ministradas à noite e os alunos adultos compartilhavam o
mesmo espaço das escolas diurnas para crianças e
adolescentes, mas foi necessária a abertura de novas
unidades, além da aquisição de mais aparelhos de rádio. O
processo de elaboração e transmissão era coordenado por
um grupo central, com o auxílio de monitores, orientações
do Guia do alfabetizado e o apoio de universitários.
49
Apesar de enfrentar pressões e críticas de oposicionistas do
governo Miguel Arraes, o MCP teve um grande desenvolvimento.
50
Participaram do MCP intelectuais e artistas conhecidos
como Francisco Brennand, Ariano Suassuna, Hermilo Borba
Filho, Abelardo da Hora, José Cláudio, Aloísio Falcão e Luiz
Mendonça. O movimento também contou com o apoio de
instituições políticas de esquerda como a União Nacional dos
Estudantes (UNE) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), entre
outras.
51
Fonte
COMO CITAR ESTE TEXTO:
52
Progressista Libertadora
Projeto de Educação de Adultos - MOBRAL
53
Progressista Libertadora
Características
54
Erotemática (do grego eromai, perguntar) em que o
professor pergunta a seus alunos aquilo que lhes quer
ensinar
55
O método erotemático é, por sua vez, subdividido no "modo
dialógico" e no "modo catequético" de ensino.
56
Teóricos
Paulo Freire
Moacir Gadotti
Rubem Alves
57
Progressista Libertária
A escola progressista libertária parte do pressuposto de
que somente o vivido pelo educando é
incorporado e utilizado em situações novas, por
isso o saber sistematizado só terá relevância se for
possível seu uso prático. A ênfase na aprendizagem
informal, via grupo, e a negação de toda forma de
repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de
pessoas mais livres. No ensino da língua, procura
valorizar o texto produzido pelo aluno, além da
negociação de sentidos na leitura.
58
Progressista Libertária
Questiona a ordem existente;
Preocupação com o desenvolvimento de pessoas livres;
Ensino deve ser integral;
Autogestão;
Rejeita toda forma de governo;
Incentiva trabalhos em grupo;
Preocupação com a personalidade;
Conteúdos disponíveis porém não há exigência;
Conhecimento vivido mais importante;
Avaliação – auto-avaliação;
Relação horizontalizada entre aluno e professor;
Professor orientador, catalisador- aprende com aluno;
59
Teóricos
Célestin Freinet
Michel Lobrat
Maurício Trautemberg
60
Crítico-Social dos Conteúdos ou
historico crítica
Conforme Libâneo, a tendência progressista crítico-social
dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária,
acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as
realidades sociais. A atuação da escola consiste na
preparação do aluno para o mundo adulto e suas
contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio
da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma
participação organizada e ativa na democratização da
sociedade.
61
Crítico-Social dos Conteúdos ou
historico crítica
Marco teórico- 1979
Enfoque nos conteúdos socialmente construídos
Superação da visão não-crítica sobre o papel da educação
no contexto social
Características
63
Crítico-Social dos Conteúdos
10. Adequação dos conteúdos à realidade social do aluno;
11. Desenvolver métodos que tenham relação direta com a
experiência do aluno;
12. Dar conhecimento aos alunos sobre o conteúdo a ser
desenvolvido;
13. União do conteúdo à prática – práxis-educativa.
14. Professor-Mediador
64
Teóricos
Demerval Saviani
George Snyders
65
66
67
68
69
70
71
Nome da Professor
Papel da Aprendizage Manifestaçõe
Tendência Conteúdos Métodos x
Escola m s
Pedagógica aluno
São
conhecimento
e valores A aprendizagem
Preparação
sociais Exposição e é receptiva e Nas escolas
intelectual e Autoridade do
acumulados demonstração mecânica, sem que adotam
Pedagogia moral dos professor que
através dos verbel da se considerar filosofias
Liberal alunos para exige atitude
tempos e matéria e / ou as humanistas
Tradicional. assumir seu receptiva do
repassados por meios de características clássicas ou
papel na aluno.
aos alunos modelos. próprias de científicas.
sociedade.
como cada idade.
verdades
absolutas.
Os conteúdos
são
Por meio de Montessori
Tendência A escola deve estabelecidos O professor é
experiências, É baseada na Decroly
Liberal adequar as a partir das auxiliador no
pesquisas e motivação e na Dewey
Renovadora necessidades experiências desenvolvime
método de estimulação de Piaget
Progressiva individuais ao vividas pelos nto livre da
solução de problemas. Lauro de
Escola Nova. meio social. alunos frente criança.
problemas. oliveira Lima
às situações
problemas.
Educação
Baseia-se na centralizada
Tendência busca dos Método no aluno e o Aprender é Carl Rogers,
Liberal Formação de conhecimento baseado na professor é modificar as "Sumermerhill"
Renovadora atitudes. s pelos facilitação da quem percepções da escola de A.
não-diretiva próprios aprendizagem. garantirá um realidade. Neill.
alunos. relacionament
o de respeito. 72
Não atua em
escolas,
porém visa
levar
professores e
A relação é de
alunos a
Tendência igual para Resolução da
atingir um Temas Grupos de
Progressista igual, situação Paulo Freire.
nível de geradores. discussão.
Libertadora horizontalment problema.
consciência da
e.
realidade em
que vivem na
busca da
transformação
social.
Transformação
da É não diretiva,
As matérias Vivência C. Freinet
Tendência personalidade o professor é Aprendiagem
são colocadas grupal na Miguel
Progressista num sentido orientador e informal, via
mas não forma de auto- Gonzales
Libertária. libertário e os alunos grupo.
exigidas. gestão. Arroyo.
autogestionári livres.
o.
Conteúdos
culturais O método Papel do aluno
Makarenko
Tendência universais que parte de uma como
Baseadas nas B. Charlot
Progressista são relação direta participador e
estruturas Suchodoski
"crítico social Difusão dos incorporados da experiência do professor
cognitivas já Manacorda
dos conteúdos conteúdos. pela do aluno como
estruturadas G. Snyders
ou "histórico- humanidade confrontada mediador
nos alunos. Demerval
crítica" frente à com o saber entre o saber e
Saviani.
realidade sistematizado. o aluno.
social.
73
NEOLIBERALISMO E EDUCAÇÃO
Qualidade total, modernização da escola,
adequação do ensino à competitividade do
mercado internacional, nova
vocacionalização, incorporação das técnicas e
linguagens da informática e da comunicação,
abertura da universidade aos financiamentos
empresariais, pesquisas práticas, utilitárias,
produtividade, essas são as palavras de ordem
do discurso neoliberal para a educação.
74
O neoliberalismo torna-se ideologia dominante numa
época em que os EUA detêm a hegemonia exclusiva no
planeta. É uma ideologia que procura responder à crise
do estado nacional ocasionada de interligação crescente
das economias das nações industrializadas por meio do
comércio e das novas tecnologias. Enquanto o liberalismo
clássico, da época da burguesia nascente, propôs os
direitos do homem e do cidadão, entre os quais, o direito
à educação, o neoliberalismo enfatiza mais os direitos do
consumidor do que as liberdades públicas e democráticas
e contesta a participação do estado no amparo aos
direitos sociais. Representa uma regressão do campo
social e político e corresponde a um mundo em que o
senso social e a solidariedade atravessam uma grande
crise. E uma ideologia neoconservadora social e
politicamente.
75
Por isso, afina-se facilmente na sociedade
administrada dos chamados países avançados,
em que o cidadão foi reduzido a mero
consumidor, e cresce no Brasil e em outros países
da América Latina, vinculado-se à cultura
política predominantemente conservadora. o
neoliberalismo parte do pressuposto de que a
economia internacional é auto-regulável, capaz
de vencer as crises e, progressivamente,
distribuir benefícios pela aldeia global, sem a
necessidade de intervenção do Estado. Enquanto
o liberalismo tinha por base o Indivíduo, o
neoliberalismo está na base das atividades do
FMI, do Banco Mundial, dos grandes
conglomerados e das corporações internacionais.
76
Pretende reformar o Estado para transformá-lo em
Estado-mínimo, desenvolver a economia, fazer a reforma
educacional e aumentar o poder da Iniciativa privada
transnacional, por meio do consenso ideológico, pois
temos um presidente democraticamente eleito, que tem o
respeito da esquerda devido ao seu passado político e
intelectual, e o respaldo da direita devido à conciliação da
social-democracia com o neoliberalismo. A conciliação é
a estratégia política conservadora que assume uma face
progressista, isto é, a de estar com a história, no caso com
o processo de globalização e a inserção do Brasil na "nova
ordem mundial", e que, ao mesmo tempo, reage à
atuação do Estado na política social. Eis a sua fórmula:
um máximo de liberdade econômica, combinando com o
respeito formal aos direitos políticos e um mínimo de
direitos sociais. A educação está entre estes.
77
A retórica neoliberal atribui um papel estratégico à
educação e determina-lhe basicamente três objetivos:
1) Atrelar a educação escolar à preparação para o
trabalho e a pesquisa acadêmica ao imperativo do
mercado ou às necessidades da livre iniciativa. Assegura
que mundo empresarial tem interesse na educação
porque deseja uma força de trabalho qualificada, apta
para a competição no mercado nacional e internacional.
Fala em nova vocacionalização, isto é, numa
profissionalização situada no interior de uma formação
geral, na qual a aquisição de técnica e linguagens de
informática e conhecimento, de matemática e ciência
adquirem relevância. Valoriza as técnicas de
organização, o raciocínio de dimensão estratégica e a
capacidade de trabalho cooperativo.
78
2) Tornar a escola um meio de transmissão
dos seus princípios doutrinários. O que está
em questão é a adequação da escola à
ideologia dominante. Esta precisa sustentar-
se também no plano das visões do mundo,
por isso, a hegemonia passa pela construção
da realidade simbólica. Em nossa sociedade a
função de construir a realidade simbólica é,
em grande parte, preenchida pelos meios de
comunicação de massa, mas a escola tem um
papel importante na difusão da ideologia
oficial.
79
3) Fazer da escola um mercado para os
produtos da indústria cultural e da
informática, o que aliás é coerente com a
idéia de fazer a escola funcionar de forma
semelhante ao mercado, mas é
contraditório porque, enquanto, no
discurso, os neoliberais condenam a
participação direta do Estado no
financiamento da educação, na prática, não
hesitam em aproveitar os subsídios estatais
para divulgar seus produtos didáticos e
paradidáticos no mercado escolar.
80
Enquanto o liberalismo político clássico colocou a
educação entre os direitos do homem e do cidadão,
o neoliberalismo, segundo Tomás Tadeu da Silva,
promove uma regressão da esfera pública, na
medida em que aborda a escola no âmbito do
mercado e das técnicas de gerenciamento,
esvaziando, assim, o conteúdo político da
cidadania, substituindo-o pelos direitos do
consumidor. É como consumidores que o
neoliberalismo vê alunos e pais de alunos. A
seguinte recomendação do Banco Mundial exprime
esta visão: a redução da contribuição direta do
Estado no financiamento da educação. Parte do
que atualmente é gratuito deveria se tornar serviço
pago pelos estudantes que, para tanto, receberiam
empréstimos do Estado.
81
Em vez do Estado financiar diretamente a educação,
passou a dar bônus aos pais dos alunos, isto é, uma
quantia de dinheiro suficiente para que eles, vistos
como consumidores, matriculem seus filhos numa
escola de seu agrado. Os neoliberais acreditam que
assim as escolas passariam a competir no mercado,
melhorando a qualidade do ensino. Roberto Campos
declarou, recentemente, que o ideal seria aplicar à
educação as determinações contidas na Constituição
de 1967: ensino público gratuito no primeiro grau,
ensino no segundo grau pago pelos alunos que têm
condições de arcar com as mensalidades, e bolsas para
os que não têm. O curso, superior deveria ser pago e
aqueles que não pudessem pagar teriam bolsas que
seriam devolvidas após a conclusão do curso. Art
168 § 3º.
Estraido e adaptado do texto de Sonia Alem Marrach. 82
BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São
Paulo : Editora Moderna, 1998.
COSTA, Marisa Vorraber et al. O Currículo nos Limiares do
Contemporâneo. Rio de Janeiro : DP&A editora, 1999.
GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São
Paulo : Ática, 1988.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública.
São Paulo : Loyola, 1990.
MATUI, Jiron. Construtivismo. São Paulo : Editora Moderna,
1998.
RICHTER, Marcos Gustavo. Ensino do Português e
Interatividade. Santa Maria : Editora da UFSM, 2000.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação. São Paulo :
Cortez, 1998.
83