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FODMAP A Dieta Antifermentativa

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FODMAP: A dieta antifermentativa

andreiatorres.com/blog/2015/6/24/dieta-antifermentativa-para-o-corredor

5 de dezembro de
2016

A síndrome do intestino irritável é uma condição digestiva complexa


que interfere com a vida de muita gente. Os sintomas são variáveis e
incluem dor abdominal de moderada a intensa, náuseas, gases,
constipação ou diarreia. A dieta não provoca a síndrome mas pode
contribuir para seu alívio já que alguns hábitos podem agravar os
sintomas apresentados. Evite então o (1) consumo de alimentos ou
bebidas com alto conteúdo de carboidratos simples, (2) a
desidratação, (3) o consumo de laticínios caso tenha alergia ao leite
ou intolerância à lactose, (4) o consumo excessivo de fibras, (5) o
consumo de grandes quantidades de gorduras e alimentos
gordurosos, (6) o abuso da cafeína, (7) o uso de adoçantes artificiais,
(8) o consumo de suplementos, como bicarbonato ou citrato de
sódio e (9) o consumo de carboidratos fermentáveis (FODMAPs).
Vamos focar especificamente nos itens 3 e 9.

FODMAP (fermentable
oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides and polyols) é a
abreviação para um conjunto de carboidratos fermentáveis e de
difícil digestão para algumas pessoas. Os FODMAPs
(Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis
Fermentáveis) encontram-se em vários alimentos e quando não são
digeridos e absorvidos, podem ser fermentados por bactérias do
intestino grosso, produzindo os sintomas anteriormente descritos.

Se os gases são o seu principal problema, você precisará reduzir o


consumo de oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e
polióis fermentáveis. Uma dieta altamente anti-fermentativa limita,
mas raramente elimina, todos os alimentos que contêm lactose
(laticínios), frutose (frutas, mel, xarope de milho), frutanos (trigo,
alho, cebola etc), galactanos (leguminosas como feijão, lentilha, soja)
e polióis (adoçantes contendo isomalte, manitol, sorbitol, xilitol, e
1/9
frutas como damasco, abacate, cerejas, nectarina, pêssego e
ameixa). Para avaliar a sua tolerância para estes compostos, elimine
alimentos ricos em substâncias facilmente fermentáveis por 4-8
semanas. Gradualmente reintroduza-os até identificar os alimentos
mais incômodos. O objetivo desta dieta de exclusão é entender o
limite tolerável de determinados alimentos.

PSICONUTRIÇÃO

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Nutrição & Autismo

Nutrição na Síndrome de Down

Fitoterapia - bases para o uso das plantas medicinais


3/9
Sintomas fora do trato digestório também podem surgir. A
intolerância à frutose e lactose tem sido associada com depressão
leve, que melhora após a retirada destes nutrientes da dieta. Neste
caso, evite os laticínios, mel, frutas ricas em frutose (como figo, uvas,
maçã, pera, pêssego, ameixa seca, manga e banana) e alimentos
adoçados com xarope de frutose (como a maioria dos refrigerantes).

Frutanos e galactanos são outras classes de carboidratos perigosas


para aqueles que sofrem com mais frequência de sintomas
gastrintestinais, como inchaços e dores. O trigo é a maior fonte de
frutanos na maioria das dietas, mas cebola e alho também são
importantes fontes deste nutriente. Já os galactanos estão presentes
em maior proporção em leguminosas, como os feijões e as
lentilhas. Os polióis são encontrados naturalmente em algumas
frutas e vegetais e adicionados como adoçantes em gomas de
açúcar, balas, pastilhas para tosse e alguns medicamentos. São
exemplos de polióis o sorbitol, xilitol, manitol e maltitol. Sempre
consulte a lista de ingredientes, principalmente dos produtos diet e
light, se você tiver intolerância a estes compostos. Eliminar os
alimentos ricos em substâncias fermentáveis não costuma ser fácil,
mas pode se mostrar extremamente proveitosa, pois realmente é
capaz de diminuir ou mesmo eliminar desconfortos melhorando a
qualidade de vida.

Prefira também os grãos e alimentos sem glúten, ou seja, aqueles


sem trigo, cevada ou centeio. Troque o trigo pela quinoa, o pão pela
tapioca, cuscuz ou batata doce. Muitos sintomas aparecem na
verdade devido à sobrecarga do organismo, após o consumo de
grandes quantidades de alimentos fermentáveis simultaneamente.
Lembre ainda de mastigar muito bem todos os seus alimentos. Não
engula rápido. Lembre-se que estômago não tem dente! Todo o
trabalho inicial de digestão deverá ser feito na boca!

A fase de reintrodução pode ser iniciada depois de 4 a 8 semanas da


fase de eliminação, quando alguma resolução dos sintomas foi
alcançada. O objetivo é reintroduzir sistematicamente alimentos
fermentáveis para determinar sua tolerância. Não teste tudo de uma 4/9
fermentáveis para determinar sua tolerância. Não teste tudo de uma
vez, pois não conseguirá identificar que alimentos são mais ou
menos prejudiciais. Você precisará testar alimentos ricos em polióis,
lactose, frutose, frutanos e galactanos. O ideal é testar apenas um
dos grupos por semana, usando-os segunda, quarta e sexta, e
monitorando os sintomas nos outros dias.

Exemplos de alimentos que podem ser utilizados para teste em cada


categoria:

• Polióis: cogumelos, damascos


• Lactose: 1 xícara de leite
• Frutose: meia manga ou 2 colheres de chá de mel
• Frutanos: 2 fatias de pão de trigo, 1 dente de alho ou 1 xícara de
macarrão
• Galactanos: 1/2 xícara de lentilhas, feijão ou grão de bico

A reatividade ao carboidrato fermentável é dependente da dose, e


devido à variabilidade individual na tolerância, algumas pessoas
podem ser capazes de tolerar as três doses, enquanto outros podem
reagir depois de apenas a primeira dose, ofertada na segunda-
feira. Se ocorrerem sintomas durante a reintrodução, você saberá
que determinados alimentos deverão ser eliminados ou consumidos
esporadicamente e em quantidades muito pequenas. Após a
primeira semana, evite consumir os polióis nas demais semanas de
teste para garantir que não existam efeitos aditivos residuais destes
sobre o que está sendo testado nas outras semanas. Após o teste de
cinco semanas, recomenda-se consumir, na sexta semana, e de uma
vez, todas as classes alimentos fermentáveis bem tolerados, para
que possa determinar a tolerância da combinação de uma dieta
variada. Continue observando os sintomas.

Se intolerâncias a alimentos fermentáveis específicos forem


identificados durante a fase de reintrodução, recomenda-se evitá-los
ao máximo. Caso contrário, uma vez que a fase de reintrodução
esteja completa, integre novamente ao seu cardápio os alimentos
bem tolerados. Se os sintomas estiverem bem controlados, você
poderá testar sua tolerância com doses mais elevadas. 5/9
poderá testar sua tolerância com doses mais elevadas.

Frutas Ricas em FODMAP: Maçã, pera, pêssego, manga, melancia,


nectarina, cereja, abacate
Sucos naturais, frutas secas, mel, frutose, xarope de milho

Frutas pobres em FODMAP: Banana, amora, carambola, uva,


abacaxi, melão, kiwi, limão, lima, laranja, tangerina, morango,
maracujá

Laticínios Ricos em FODMAP: Leite de vaca, cabra ou ovelha,


sorvete, iogurte (mesmo desnatado), queijo fresco e cremoso (ricota,
cottage, cream cheese)

Laticínios Pobres em FODMAP: Leite sem lactose, iogurte sem


lactose, leite de soja, leite de arroz ou amêndoa, manteiga e queijos
curados, como cheddar, parmesão, brie ou camembert

Hortaliças e Leguminosas Ricas em FODMAP: Alcachofra, aspargo,


beterraba, brócolis, couve, alho, alho-poró, quiabo, cebola, couve-
flor, ervilha, grão de bico, feijão, lentilha

Hortaliças e Leguminosas Pobres em FODMAP: Broto de bambu,


cenoura, aipo, milho, berinjela, alface, cebolinha, pepino, abóbora,
abobrinha, alface, tomate, espinafre, batata, batata doce

Cereais e Massas Ricos em FODMAP: Pães, bolos, biscoitos ou


cereais contendo trigo e centeio e cereais com xarope de milho

Cereais e Massas Pobres em FODMAP: Farinhas, pães, macarrão e


biscoitos sem glúten
Produtos com farinha de milho ou mandioca
Quinoa, arroz, tapioca, macarrão de arroz

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