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Provérbios

São frases

idiomáticas que contemplam um conteúdo moral e cívico e que, de forma desafiadora,

transmitem valores importantes para a educação de qualquer ser humano

Os provérbios caraterizam-se pela sua atemporalidade e a não pertença a um autor ou

povo concreto. Eles surgiram há milhares de anos atrás e carregam ensinamentos que não se

alteram com o tempo. Aspetos como o amor, amizade, gratidão, responsabilidade, fraternidade,

educação são algumas das dimensões que os provérbios pretendem transmitir.

Foi o caráter desafiador da decifração dos provérbios que motivou a sua utilização para

se falarem e refletirem sobre os valores fundamentais para a vida em sociedade.

A palavra provérbio tem origem no latim proverbium (pro + verbum), como refere

Pereira (2000, p. 30) citado por Hermínia Sol (2009, p. 106), indicava algo “para servir” ou

“para refletir”. O que se coaduna com o significado dado pela infopedia, dicionário da Porto

Editora, que apresenta provérbio como “sentença moral ou conselho da sabedoria

popular”.

Embora nesta revisão apenas se considere o vocábulo “provérbio”, importa referir

que nas diversas definições de provérbio, as quais se pode ter acesso em alguns sítios da

internet, são associados outros conceitos, tais como adágio, anexim, rifão, ditado,

aforismo.

Este género textual, próximo da poesia pelas suas caraterísticas fonéticas de rima

e ritmo, possui uma complexidade semântica, metafórica e simbólica. Nele enquadram -se

vários conhecimentos linguísticos e históricos. Marinovic (2012, p. 14) reflete que essa

singularidade e musicalidade, tornam os provérbios um património de fácil memorização e

transmissão, de geração em geração, na linguagem quotidiana e que se adequa a todas as

faixas etárias.

Do ponto de vista da sua estrutura sintática e gramatical, o provérbio é uma frase

(simples ou composta, coordenada ou subordinada) que transmite uma ideia. As formas

verbais encontram-se, geralmente, no modo imperativo visto que pretendem aconselhar,


sugerir, ordenar, pedir. Os tempos verbais usados são o presente e o futuro do indicativo

no sentido do primeiro indicar uma ação que confirmará uma verdade, o segundo “serve

para indicar a sequência lógica daquilo que acontecerá ou não se se obedecer ao verbo da

primeira parte do provérbio”. (Marinovic, 2012, p. 14)

não dá quem tem, dá quem quer bem. 1

Casa de ferreiro espeto de pau. 1

Quem tem boca vai a Roma. 1

Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. 1

Galinha de campo não quer capoeira. 1

Ninguém se levanta sem primeiro cair. 1

Cada macaco no seu galho. 2

Devagar se vai ao longe. 2

Para ensinar é preciso aprender. 2

Parar é morrer. 2

Quem casa quer casa. 1

A laranja de manha é ouro, à tarde é prata e à noite mata.

Quem feio ama, bonito lhe parece;

 Onde todos ajudam, nada custa;

 Quem tudo quer, tudo perde;

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