Artigo Eunalda
Artigo Eunalda
Artigo Eunalda
COGNITIVO INFANTIL
RESUMO
ABSTRACT
Understanding the process of artistic knowledge the child means dive in its
expressive world, so you need to find out why and how it does. The child naturally
expresses both the verbal point of view as the plastic always motivated by the desire
2
for discovery and his fantasies. By tracking the significant development of the child is
perceived that it is clear from the elaborations of sensations, feelings and perceptions
experienced intensely. So when she draws practical actions with vivacity and
emotion, linking them to their experiences of personal and cultural life beyond form a
composed repertoire of cognitive and affective elements capable of bringing a
contact between the abstract and the concrete in a simple pencil tracejar .
o aluno realiza com aqueles que trazem informações pertinentes para o processo de
aprendizagem (outros alunos, professores, artistas, especialistas), como fontes de
informação (obras, trabalhos dos colegas, acervos, reproduções, mostras,
apresentações) e com o seu próprio percurso de criador.
Fazer arte e pensar sobre o trabalho artístico que realiza, assim como sobre a
arte que é e foi concretizada na história, pode garantir ao aluno uma situação de
aprendizagem conectada com os valores e os modos de produção artística nos
meios socioculturais.
percebemos e o que não percebemos. Articula o mundo que nos atinge, o mundo
que chegamos a conhecer e dentro do qual nós nos conhecemos. Articula o nosso
ser, dentro do não-ser.
Nessa ordenação dos dados sensíveis estruturam-se os níveis do consciente;
ele permite que, ao apreender o mundo, o homem aprenda. Também o próprio ato
de desenhar permite que se compreenda situações atemporais por meio da
imaginação.
Segundo estudiosos como Garcia e Gullar (apud SANS, 2007), apesar de o
início do século XXI mudanças muito rápidas em acontecendo de modo geral,
sobretudo com o surgimento de novas tecnologias e mídias, a criança ainda possui
características no ato de desenhar que mantêm um esquema atemporal de
representação gráfica. Claro que a cultura de nosso tempo influencia sobremaneira
a conduta e gostos da criança. Há mudanças cruciais na sociedade que interferem
na família e na escola de forma aparentemente irreversível.
divide-se em dois segmentos: o perceptivo- que capta as coisas como são, com
todos s seus detalhes e o expressivo que projeta o significado de suas criações.
Os primeiros estudos sobre a produção gráfica das crianças datam do final do
século passado e estão fundados nas concepções psicológicas e estéticas de então.
É a psicologia genética, inspirada pelo evolucionismo e pelo princípio do paralelismo
da filogênese com a ontogênese que impõe o estudo científico do desenvolvimento
mental da criança (Rioux, 1951).
As concepções de arte que permearam os primeiros estudos estavam
calcadas em uma produção estética idealista e naturalista de representação da
realidade. Sendo a habilidade técnica, portanto, uma fator prioritário. Foram poucos
os pesquisadores que se ocuparam dos aspectos estéticos dos desenhos infantis.
Luquet (1927 - França) fala dos 'erros' e 'imperfeições' do desenho da criança que
atribui a 'inabilidade' e 'falta de atenção', além de afirmar que existe uma tendência
natural e voluntária da criança para o realismo.
Sully (1933) vê o desenho da criança como uma 'arte embrionária' onde não
se deve entrever nenhum senso verdadeiramente artístico, porém, ele reconhece
que a produção da criança contém um lado original e sugestivo. Sully afirma ainda
que as crianças são mais simbolistas do que realistas em seus desenhos (Rioux,
1951). São os psicólogos portanto, que no final do século XIX descobrem a
originalidade dos desenhos infantis e publicam as primeiras 'notas' e 'observações'
sobre o assunto. De certa forma eles transpõem para o domínio do grafismo a
descoberta fundamental de Jean Jacques Rousseau sobre a maneira própria de ver
e de pensar da criança. As concepções relativas a infância modificaram-se
progressivamente. A descoberta de leis próprias da psique infantil, a demonstração
da originalidade de seu desenvolvimento, levaram a admitir a especificidade desse
universo.
estimados pelo adulto, possessão simbólica do universo adulto tão estimado pela
criança pequena. O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças
significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da
garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros
símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de
desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como
hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente
prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do
tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos
rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior
ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou
mesmo a outros desenhos.
Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a
criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando
com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do
papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a
constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos
aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas próprias
produções. No início, a criança trabalha sobre a hipótese de que o desenho serve
para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo. No decorrer da simbolização, a
criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das
imagens do entorno, passando a considerar a hipótese de que o desenho serve para
imprimir o que se vê. Para o autor é assim que, por meio do desenho, a criança cria
e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação,
reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas
de outras crianças e adultos.
Segundo ele, o desenho está também intimamente ligado com o
desenvolvimento da escrita. Parte atraente do universo adulto, dotada de prestigio
por ser "secreta", a escrita exerce uma verdadeira fascinação sobre a criança, e isso
bem antes de ela própria poder traçar verdadeiros signos. Muito cedo ela tenta imitar
a escrita dos adultos. Porém, mais tarde, quando ingressa na escola verifica-se uma
diminuição da produção gráfica, já que a escrita (considerada mais importante)
passa a ser concorrente do desenho.
11
Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado
rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação
descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.
Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato
que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta
fase ela mistura diversos pontos de vista (perspectivas).
Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da
perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento
progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
Estágio vegetativo motor: por volta dos 18 meses, o traçado e mais ou menos
arredondado, conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.
Garatuja: Faz parte da fase sensório motora (0 a 2 anos) e parte da fase pré-
operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura
humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel
secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente.
Pode ser dividida em:
Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final
desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No
espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura
humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior
rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece
o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no
Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e
regras existiram.
novidade e pelas coisas que se realizam de modo rápido. Desfruta dos jogos em
grupo, onde demonstra seu espírito de equipe e de competência, sobretudo se lhe
concederem algum tipo de poder e liderança.
O azul: o azul é a última cor que a criança distingue, simboliza a paz, a
harmonia e a tranquilidade; não obstante pode também, refletir um certo aspecto
linfático.
A criança que prefere o azul a qualquer outra cor está dizendo-nos que é
introvertida e que deseja caminhar em seu próprio ritmo. Não devemos forçá-la e
nem fazê-la mudar de hábitos. Seus amigos não serão numerosos e serão
ocasionais.
O verde: o verde representa a natureza. Tem o mesmo efeito que as folhas
das árvores que filtram e purificam o ar. Compõe-se do amarelo e do azul,
refletindo assim a curiosidade, o conhecimento e o bem-estar.
A criança que utiliza com frequência o verde está mostrando certa
maturidade. Compreende as coisas que são explicadas e em seguida aproveita
experimentando-as por si mesma. De natureza sensível e intuitiva, sabe quando
mentem para ela ou quando escondem certos fatos. Sua imaginação se
compensa pela sua iniciativa. Sua energia física é muito constante e é raro que
fique doente.
O negro: com frequência o negro é uma cor mal interpretada. Os pais se
inquietam quando o desenho dos seus filhos contém muito negro, pois costumam
associá-lo ás forças do mal ou aos maus pensamentos.
Na realidade o negro representa o inconsciente, tudo aquilo que não vemos,
levando em conta que geralmente se prefere visível, o palpável e o previsível,
numa palavra, o seguro.
A criança que habitualmente utiliza o negro está transmitindo-nos que tem
confiança em si mesma, ou seja, que o dia de amanhã não a assustará facilmente.
É uma criança que se adapta com facilidade as situações imprevistas que o
destino oferecer.
O rosa: é formado pelo vermelho atenuado pelo branco, razão pela qual a
energia inerente ao vermelho diminui em sua intensidade. A criança que se apega
ao rosa procura suavidade e ternura. Deseja conhecer e ter contato só com as
coisas agradáveis e fáceis. Seu lado positivo é que esta criança é adaptável e se
22
torna fácil estabelecer um bom contato com ela. O aspecto negativo é sua
vulnerabilidade diante das situações mais ou menos agradáveis.
O malva: composto de vermelho e de azul, esta cor engloba vários
elementos. A criança que prefere a cor malva distingue-se das demais tanto por
sua atitude como por seu comportamento.
Agrada-lhe comprometer-se com entusiasmo, porém consciente ou
inconscientemente, o que na realidade faz é “passar por tudo”. Trata-se de um tipo
de criança que é por sua vez introvertida ou extrovertida. Poderíamos dizer que
alterna dois períodos: durante um certo tempo parece integrar-se muito bem com
os demais e, em seguida, retira-se, abandonando o grupo que parecia ser tão
favorável a ela.
O marrom: esta cor está relacionada com o elemento terra, com a
estabilidade, a estrutura e a planificação.
A criança que emprega com frequência o marrom aprecia a segurança, a
boa alimentação, uma cama fofa e a roupa confortável. Quando a cor está bem
integrada no conjunto do desenho, está mostrando-nos uma criança estável e
minuciosa, paciente por natureza, ainda que, com reações um pouco lentas. É
necessário dar-lhe tempo para que possa avaliar bem uma determinada situação.
O cinza: o cinza forma-se com o negro e o branco. A criança que o utiliza
abundantemente oscila entre o conhecido e o desconhecido. Está passando por
um período de transição, tem um pé no passado e outro no futuro. Se for
demasiado frequente indica-nos que falta segurança nas suas escolhas e poderia
ser facilmente influenciável. Pode inclusive chegar a reagir como um camaleão
diante das diferentes situações.
O branco: para explicar o branco deve-se referir ao que foi dito a respeito da
transparência. É muito raro que a criança utilize o lápis branco, pois em geral
prefere deixar os espaços vazios.
Com frequência costuma-se considerar o branco uma cor desfavorável, mas
não se deve esquecer que purifica e neutraliza e pode eliminar totalmente os
elementos passados. É como começar de novo, querendo apagar ou negar tudo o
que aconteceu ontem.
O desenho de uma cor só: os desenhos realizados em uma única cor têm
uma grande importância. Podem denotar preguiça ou falta de motivação. Talvez
tenha sido o próprio ambiente que tenha obrigado a criança a sentar-se e
23
desenhar para que não a incomodem ou para conseguir certa tranqüilidade. Não é
esta, porém, o tipo de situação que nos interessa e sempre devemos levar em
consideração as circunstancias presentes, a fim de não realizar uma interpretação
viciada.
Contudo, as crianças tendem a expressar em seu desenho e nas cores, de
forma involuntária, uma visão de si mesmos tais como são ou como gostariam de
ser. Quando se observa os desenhos de crianças, percebe-se a transmissão de
aspectos que eles talvez jamais verbalizaram.
O desenho infantil e suas cores expressam o mundo interno da criança, sua
personalidade. Através dele, pode-se conhecer seus pensamentos, desejos,
fantasias, medos e ansiedades. Pelo desenho e sua cor constata-se como ela
percebe e compreende o mundo, havendo a expressão de aspectos afetivos e
cognitivos de sua personalidade. Além disso, pode-se através da análise do
desenho, constatar o nível de maturidade intelectual da criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
24
CAVALCANTI, Zélia. Arte na sala de aula. Escola da Vila. Artes Médicas, São
Paulo, 1995.
DAVIDO, Roseline. A descoberta do seu filho pelo desenho. Ed. Artenova, São
Paulo, 1972.
GAN DARA, Maria Isabel. Desenho Infantil: um estudo sobre níveis do símbolo;
Texto Editora, São Paulo, 2003.
IAVELBERG, Rosa. O desenho cultivado pela criança. Ed. Zouk, Porto Alegre, 2006.
LEO, Joseph H. Di. A interpretação do desenho infantil. Artmed, São Paulo, 1991.
READ, HEBERT. Educação Através da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1971.
SILVA, Silvia Maria Cintra da. A constituição do desenho da criança. Mercado das
Letras, Campinas, São Paulo, 2002.