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Aula 6 - Via Mevalonato

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VIA MEVALONATO

IFRJ – CAMPUS REALENGO


CURSO DE FARMÁCIA
PROFESSORA: ISABEL CRISTINA
FARMACOGNOSIA
Metabólito primário – macromoláculas – essenciais

2
Metabólitos secundários obtidos da via mevalonato

TERPENOS

Subclasses
Monoterpenos
Composição dos óleos essenciais
Sesquiterpenos
Diterpenos
Triterpenos Saponinas
Via biossintética

4
Acetoacetil-CoA
Ácido O H
O O

mevalônico SCoA Reação


SCoA estereoespecífica
aldólica
CoAS
CoAS

O
O O
OH
Três moléculas de
HO2C
acetil-CoA
SCoA
B-hidroxi-B-metil-glutaril -CoA

Uma molécula de ácido


mevalônico Ácido mevaldico

OH OH
OH
HO2C HO2C
O SCoA

OH
Ácido mevalônico 5
HO2C
OH
Unidades isoprênicas
O

HO P O ADP

OH
O OH
OH

H
O SCoA

- CO2

H
OPP OPP

H H Dimetilalil PP
Isopentenil PP

OPP

Dimetilalil PP

Unidades isoprênicas
6
Terpenos

7
Formação de Monoterpeno Monoterpenos
10 carbonos

Geranil difosfato
Reação entre
duas unidades
isoprênicas.

8
Exemplos de monoterpenos

9
Formação de sesquiterpenos

Geranil pirofosfato
Adição eletrofílica

15 carbonos
Farnesil pirofosfato

10
Formação de diterpenos
15 carbonos
Farnesil pirofosfato

Isopentenil difosfato

20 carbonos
Geranil geranil
pirofosfato

11
Formação do triterpeno
2 x Farnesil difosfato (15 carbonos)

30 carbonos

12
Formação de tetraterpenos
2x gerani geranil difosfato

13
Exemplos de tetraterpenos

14
Exemplos de monoterpenos e
sesquiterpenos

15
Exemplos de óleos voláteis

16
Óleos voláteis - sesquiterpenos
Sesquiterpenos

OH

H
H

Germacreno D Nerolidol Β - Cariofileno

Zingiber officinale
17
Exemplos de óleos voláteis

Podem estar estocados em órgãos, tais como nas


flores (laranjeira e bergamonteira), folhas
(capim-limão, eucalipto, louro) ou ainda em
cascas e caules(canelas), madeira (sândalo, pau-
rosa), rizomas (gengibre), frutos (funcho, erva
doce) ou sementes ( noz moscada).

18
Óleos voláteis
• Características :

• São misturas complexas de substâncias voláteis


• Lipofílicas
• Odoríferas
• Líquidas
• Aparência oleosa à temperatura ambiente
• Aroma agradável – óleos essenciais
• De acordo com sua estrutura, em que solventes os
óleos são soluveis??
19
Óleos voláteis
• Características :

Solubilidade em solventes orgânicos apolares


exemplos: Éter

Em água – solubilidade limitada e suficiente para


aromatizar as soluções aquosas, denominadas hidrolatos.

Sabor ácido e picante


incolores ou amarelados

20
Fatores que alteram a composição química
dos óleos essenciais
1- Origem botânica
Tomilho – Thymus vulgaris L. – timol
Thymus capitatus L. – carvacrol

2 -Variedade botânica
Tipos vegetativos diferentes tendem a produzir óleos essenciais com
composição química diferente.

Thymus vulgaris L. – possui sete variedades- timol, carvracol, geraniol, linalol


e 8- cis- mircenol.

21
Fatores que alteram a composição química
dos óleos essenciais
3- Fase do ciclo vegetativo:

A composição dos óleos essenciais depende da fase em que o vegetal se


encontra

Menta floração: (-) neomentol e (-) mentona

Menta pós floração: (-) mentol

4- Fatores climáticos e do solo

22
Funções biológicas de óleos voláteis

• Inibidores de germinação (defesa química)


• Proteção contra predadores (defesa química)
• Atração de polinizadores (composição química)

23
Funções biológicas de óleos voláteis
Atração de polinizadores – exemplos:

Cestrum calycinum (Solanaceae) - Canema ou dama da


noite –aroma intenso para favorecer a polinização
noturna
Funções biológicas de óleos voláteis
Atração de polinizadores – exemplos:

Brugmansia (Solanaceae) - trombeteira- perfume a


noite para a tração de morcegos
Funções biológicas de óleos voláteis
Efeitos alelopáticos – exemplos:

Eucalyptus globulus ; E. camaldulensis


(Myrtaceae);

Artemisia absinthium (Asteraceae); Artemisia


californica (Asteraceae) –
Eucalyptus globulus geram efeito inibitório intenso através dos
óleos essenciais. Outras espécies são inibidas
Artemisia californica
em um raio de 1 a 2 metros.

Eucalyptus camaldulensis
Funções biológicas de óleos voláteis

Proteção contra predadores- exemplos:

Mentol e mentona – inibidores do crescimento de algumas


larvas

Citronelal (utilizado em formigas)


e α-pineno (utilizado em cupins) –
podem causar irritação suficiente
em um predador para fazê-lo
desistir de um ataque.
Peumus boldus

Peumus boldus -

Segundo Ruiz et al., 2008, as folhas


apresentam taninos,
flavonóides e óleo essencial.
limoneno
Em relação aos óleos essenciais estão ascaridol
presentes o ascaridol como principal,
além do limoneno.

28
Óleos essenciais em cravo e canela
A partir de galhos de cravo foram identificados 36
compostos com predominância de monoterpenos α -
pineno, α-felandreno, α-cimeno, limoneno, linalol,
sequiterpenos dentre outros (Silva et al., 2009).

29
Utilização de óleos essenciais

Perfumaria e cosméticos.
Utilização de óleos essenciais

Alimentos.

manjericão

erva cidreira

pimenta

laranja
canela
Propriedades farmacológicas
✓ Antisséptica- bactericida e fungicida
Ex: canela, cravo, tomilho, lavanda e eucalipto.

✓ Irritantes – o uso interno pode gerar irritação em diferentes níveis

✓ Descongestionantes – a inalação de vapores contendo óleos essenciais


estimula o movimento do epitélio ciliado brônquico.

✓ Sabe-se que algumas substâncias presentes em


óleos essenciais causam transtornos psíquicos
e sensoriais, podendo causar epilepsia.
✓ Ex: cis-anetol (convulsivante)
32
MÉTODOS DE
EXTRAÇÃO DE ÓLEOS
ESSENCIAIS

33
Extração

Métodos de extração vão depender


do tipo de óleo presente na espécie.

Preocupação: otimização do processo de


extração em busca de um melhor rendimento
possível.

34
Extração

Métodos de extração vão depender do


tipo de óleo presente na espécie.
Tipos de extração:
 Enfloração (Enfleurage)
 Arraste a vapor
 Extração com solventes orgânicos
 Prensagem (ou expressão)
 Extração por CO2 supercrítico

35
Enfloração ou enflorage
 Utilizado em vegetais com baixo teor de óleo com alto valor comercial.
Óleos de pétalas de flores (laranjeira, rosas).

Material vegetal submerso em


Quando o material fica esgotado este
material graxo (gordura).
é substituído por uma nova porção.
Temperatura ambiente.

O álcool é destilado a Gordura saturada é


baixa temperatura tratada com álcool.

Obtem-se o óleo vegetal

36
Enfloração ou enflorage

Desvantagem: baixo rendimento - em média 126 mil flores para


obter 1Kg de óleo.

Vantagem: produto de boa qualidade e aroma peculiar – Ainda


muito utilizado na fabricação de perfumes :

Flores de jasmim (Jasminum officinalis) na Itália e França

Flores de lírio no Brasil

37
Hidrodestilação

 É a principal extração utilizada para a obtenção de


óleos essenciais.

 Consiste na extração através do meio aquoso em


altas temperaturas.

 Artefatos são isolados devido a hidrólise, rearranjos,


isomerizações e oxidações.

38
Hidrodestilação
 Necessita de um longo tempo de extração – a nível industrial
alto custo de energia

 Perdas de substâncias altamente voláteis.

Temperatura inferior a 100º C


Objetivo de evitar a perda de
compostos sensíveis a alta
temperatura.

39
Hidrodestilação - Clavenger

•em pequena escala, emprega-se o


aparelho de Clevenger.

•o óleo volátil obtido, após separar-se


da água deve ser seco com Na2SO4
anidro.

•preferencialmente, esse método é


utilizado na extração de óleos de
plantas frescas.

40
Prensagem ou expressão

• Extração dos óleos voláteis de frutos cítricos.

• Os pericarpos dos frutos são prensados e a camada


que contém óleo volátil é separada.

• O óleo é separado da emulsão formada, com a água


através de decantação, centrifugação ou destilação
fracionada.

41
Prensagem ou expressão

42
Prensagem ou expressão

• Vantagem – alto rendimento de óleos essenciais

• Desvantagens – pouco seletiva para óleos.


Além dos óleos, são extraídos também, altos teores de
substâncias não voláteis, impurezas e lipídios.

43
Prensagem ou expressão

• Brasil – grande exportador de óleo de laranja (Citrus


sinensis).

• O óleo é obtido através dessa técnica.

44
Destilação a vapor

• Obtenção de óleos pelas folhas, raízes, ramos ,


sementes e flores.

• Vapor atravessa os tecidos e consegue capturar o óleos


contidos no interior das glândulas.

• O contato com o vapor faz com que o óleo vaporize.

45
Destilação a vapor
Dorna: Material é compactado

Produção de vapor

Resfriamento

46 Vaso separador
Destilação a vapor
Espécies vegetais ricas em amido - óleos com
características indesejadas – aspecto queimado.

Amido carameliza-se alterando o sabor e aroma do óleo


produzido.

Ajuste da pressão e tempo do vegetal em contato com o


vapor pode amenizar essa situação.

47
Fluidos supercríticos

CO2 supercrítico – mais barato e apresenta alto poder de
penetração – alta qualidade de extração

Estado intermediário – entre líquido e gás

Temperatura : 31,04º C

Sem obtenção de reações secundárias, como oxidações,


reduções ou hidrólises.

48
Fluidos supercríticos

Para esse tipo de extração, é necessário que o material a
ser escolhido, seja :

• lipofílicos, como hidrocarbonetos, éteres, ésteres,


cetonas e aldeídos, são facilmente extraídos.
• o fracionamento é possível quando a substância
apresenta diferenças na volatilidade, no peso molecular
ou na pressão de vapor

49
Fluidos supercríticos

Extração limpa e de alto rendimento


50
Conservação
• Os óleos devem ser guardados dessecados e livres
de impurezas insolúveis.
• Frascos pequenos – reduz degradação
• Embalagens de alumínio ; aço inoxidável ou vidro
âmbar – devem estar hermeticamente fechado e
estocados a baixa temperatura.
• Recipientes plásticos (polietileno e polipropileno) –
problemas de permeabilidade e adsorção.
• Evitar vedações de borracha, plásticas ou couro –
endurece ou dissolve com o passar do tempo.
51
ESPÉCIES VEGETAIS
COM
MONOTERPENOS

52
Eucalipto -Eucalyptus globulus Labill

Myrtaceae
Uso: antisséptico pulmonar. Infusão das folhas secas, tintura ou decocção das
folhas frescas e inalação;

Composição química: 1-3% de óleos essenciais constituído por eucaliptol (70-


80%), α-pineno, piperitona, felandreno, butilraldeído, capronaldeído.

53
Cravo-Syzygium aromaticum

✓ Myrtaceae
Uso: antisséptico odontológico e analgésico. Na forma de cremes
odontológicos.

Composição química: 17 a 21% de óleos essenciais constituído eugenol(70-90%).

54
Menta -Mentha piperita
✓ Laminaceae
Uso: eupéptico (estimulante digestivo), preparações de bebidas e infusões;

Composição química: 1-3% de óleos essenciais constituído por mentol (30-


50%), (-) mentona (35%).

55
Maconha- Cannabis sativa
Nome popular: Cânhamo
Possui 60 tipos de canabinoides - monoterpenos

Canabinol

•Δ9-Tetrahidrocanabinol (THC).
Canabidiol
•Anti emético ; anestésico e ação
56
anti-inflamatória •canabinol e
56
canabidiol – menos potentes
ESPÉCIE COM
DITERPENOS

57
Gingko- Ginkgo biloba
✓ o extrato padronizado de Egb 761 – 24% de flavonoides e 6% de terpenoides
- Teboni
terpenos (mono, di e sesqui), destacando-se os diterpenos denominados
ginkgolídeos.

Ginkgolideo B

Ginkgolideo A

Ginkgolideo J

58
Gingko- Ginkgo biloba
✓os ginkgolídeos inibem o FAP (fator ativador de plaquetas),
enquanto os flavonoides diminuem a fragilidade capilar e
capitam radicais livres.

✓Indicado em insuficiência cerebral em idosos (dificuldade de


concentração, alteração da memória etc).

✓extrato é um vasodilatador arteriolar, vasoconstritor venoso,


inibidor da agregação plaquetária e ertrocitária, melhora a
irrigação tissular dentre outras.

59
TRITERPENOS
Saponinas

60
SAPONINAS

 O que são saponinas?

Grupo particular de Heterosídeos formados por


constituintes aglicônicos de natureza esteroídica
ou triterpenoídica, conhecidas como sapogeninas
ou saponinas, ligadas por longas cadeias glicídicas.

Interesse farmacêutico- adjuvante em formulações,


componente ativo em drogas vegetais ematéria-
prima para a síntese de esteróides.
Introdução

Esqueleto esteroidal Esqueleto triterpenoide


Terminologia e classificação
Saponina = aglicona + açúcar
Saponina = aglicona + ácido

Aglicona – triterpênica e esteroidal


Açúcares - glicose , rhamnose
Ácidos – tíglico, acético, benzóico, etc

Saponinas monodesmosídicas –uma molécula de açúcar


Saponinas bidesmosídicas – duas ou mais moléculas de açúcar.
Características químicas
Saponinas esteroidais

 Possuem esqueleto com 27 C, num sistema tetracíclico


 Açúcares em C3
 São menos distribuídas que a triterpênica
 Importância farmacêutica : precursores para a síntese de
compostos esteroidais ( hormônios, contraceptivos,
diuréticos etc).
Ginseng - Panax Ginseng
• Principais componentes – saponinas esteroidais
• Família: Araliaceae
Parte utilizada: raízes e rizomas

Protopanaxadiol
Protopanaxatriol
Ginsenosídeo

R3= β – D- glicose – (6-1)- β – D- glicose


R2= H
R1= β – D- glicose – (2-1)- β – D- glicosec
65
Ginseng - Panax Ginseng
Ginseng é classificado como adaptógeno e possui propriedades tônicas.
Responsáveis por esta ação são os ginsenosídeos.

66
Alcaçuz – Glycyrrhiza glabra L.c
Família :Fabaceae

Parte utilizada: raízes e rizomas

Glicirrizina

Ácido Glicérrico + ácido glucurônico

67
Alcaçuz – Glycyrrhiza glabra L.c

Composição: raízes contêm cerca de 20% de substâncias


hidrossolúveis (cerca de 3-5%, até 12% em algumas
variedades), sendo a maior parte de glicirrizina;

Usos e atividades: planta estimulante, revitalizadora;


propriedade adoçante de 50X mior que o açúcar; ações
anti-inflamatórias e expectorante

68
Centela – Centella asiatica

Família: Apiaceae
Parte utilizada : raiz

Asiaticosídeo

Uso: cosméticos de ação


cicatrizante e queimaduras

69
TRITERPENOS
Heterosídeos cardioativos

70
HETEROSÍDEOS CARDIATIVOS

 São esteroides presentes na natureza.

 São caracterizados pela sua alta especificidade e ação que


exercem no músculo cardíaco.

 Podem ser chamados de glicosídeos cardiativos ou cardíacos.


Digitalis ou Dedaleira – Digitalis purpurea
•Digitalis ou Dedaleira – Digitalis purpurea
São obtidos a partir das folhas

Digitoxina - Essa espécie é empregada para a preparação


de produtos homeopáticos

Digitalis lanata – digoxina

É usado para o tratamento de arritimias


cardíacas e falha cardíaca.

72
Estrofanto – Strophantus gratus
• Estrofanto – Strophantus gratus

São obtidos a partir das sementes. As sementes


possuem de 5-10% de glicosídeos cardiotônicos.

Tribos africanas utilizavam como


veneno de flecha. Importância pela
sua atividade cardíaca que esta
relacionada a oubaína (G-estrofantina).

Oubaína – potente glicosídeo cardíaco, de ação rápida, mas com


perda rápida de atividade.
73
PROPRIEDADES BIOLÓGICAS E
FARMACOLÓGICAS

Atividade antifúngica

Atividade antiviral

Atividade expectorante e diurética


Resumindo :

Fotossíntese

açúcares Metabólito primário

piruvato Metabólito secundário

Óleos essenciais
Ácido terpeno Saponinas
Acetil-CoA
mevalônico Heterosídeos Cardioativos

Monoterpenos
Diterpenos
Triterpenos 80
Bibliografia
Ruiz, A. L. T. G.; Taffarello, D.; Souza,
V. H. S. e Carvalho, J. E. (2008)
Farmacologia e Toxicologia de Peumus boldus e Baccharis genistelloides. Revista Brasileira de
Farmacognosia 18: 295-300

Silva, M.T.N.; Ushimaru, P.I.; Barbosa, L.N.; Cunha, M.L.R.S.;


Fernandes Junior,A. (2009) Atividade antibacteriana de óleos essenciais de plantas frente a
linhagens de Staphylococcus aureus e Escherichia coli isoladas de casos clínicos humanos.
Revista Brasileira de
Plantas Medicinais de Botucatu, 11:257-262

Simões, C. M. O.; Shenkel, E. P.; Gosmann, G.; Mello, J. C. P.; Mentz, L. A. e Petrovick. P. R.
Da planta ao medicamento – Farmacognosia 6ª edição

Dewick,P. M. Medicinal Natural Products - A Byosynthetic Approach


Second Edition

Yoo K. Y. and Park, S.Y. (2012). Terpenoids as Potential Anti- Alzheimer’s Disease
Therapeutics. Molecules 17, 3524-3538.

Liu, Y.W.; Cheng,Y.B.; Liaw, C.C.; Chen,C.H.; Guh, J.H. Hwang,T.L.; Tsai, J.S. Wang, W.B.and
Shen, Y.C. (2012). Bioactive Diterpenes from Callicarpa longissima. Journal of Natural Products
75, 689−693.
81

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