NEUROANATOMIA
NEUROANATOMIA
NEUROANATOMIA
1. MEDULA ESPINHAL
É contínua ao encéfalo e representa a estrutura do SNC que menos sofreu modificações
durante o desenvolvimento;
Substância cinzenta no centro da medula, formando um “H”; ao redor está a substância branca
(axônios dos neurônios envolvidos por bainha de mielina e células gliais); fascículos (feixes de
axônios), podem ser ascendentes (da medula até o cérebro) ou descendentes (do encéfalo
para a medula);
Neurônio de 1ª ordem – receptor capta a sensação e cujo corpo celular está fora do SNC;
Neurônio de 2ª ordem – corpo celular na medula espinhal ou no tronco encefálico e transmite
a informação do neurônio de primeira ordem para o de terceira ordem;
Neurônio de 3ª ordem – apresenta o corpo localizado no diencéfalo (tálamo) e seu axônio
dirige-se para áreas corticais do telencéfalo onde os impulsos se tornam conscientes.
Assim que as vias sensitivas adentram a medula espinhal, elas mudam de lado e os estímulos
iniciados de um lado do corpo são interpretados do hemisfério cerebral oposto.
Arco reflexo complexo – tem envolvimento do encéfalo, podendo ser parte de mecanismos
inconscientes ou conscientes.
A substância cinzenta difere da medula, em relação à forma, que perde a característica de letra
“H” e torna-se fragmentada em várias regiões, formando núcleos contendo neurônios com
funções distintas;
Contém áreas vitais como centro respiratório, o sistema ativador ascendentes (SARA),
importante no ciclo sono-vigília e nos estados de atenção.
2.1. Bulbo
Continuação cranial (superior) da medula espinhal;
Pirâmides – fibras nervosas provenientes do córtex cerebral que descem em direção à medula,
conduzindo impulsos nervosos relacionados à motricidade voluntária;
Decussação das pirâmides – grande perde das fibras (75 a 90%) provenientes do lado direito
do encéfalo cruz internamente o plano mediano para o lado esquerdo e vice versa;
Complexo Olivar – lateralmente a cada pirâmide; recebe e envia fibras para várias regições,
estação retransmissora. Neurônios transmitem impulsos originados em proprioceptores e
transmitem para o cerebelo; também mantém conexão com o núcleo coclear e o mesencéfalo,
participando da audição;
Núcleo grácil e núcleo cuneioforme – recebem fibras provenientes dos tratos de mesmo nome
com informações relacionadas à propriocepção consciente, à sensibilidade vibratória e tato
epicrítico;
De cada lado do bulbo encontra-se o pendúnculo cerebelar inferior contendo fibras nervosas
que o conectam ao cerebelo; na região aberta do bulbo forma-se o assoalho do IV ventrículo.
2.2. Ponte
Interposta entre o mesencéfalo e o bulbo;
Núcleo próprio da ponte: Núcleos olivar superior, do corpo trapezoide e do lemnisco lateral:
relacionados à via auditiva.
2.3. Mesencéfalo
Localizado entre o diencéfalo e a ponte;
Atravessado por um canal que permite a passagem do líquido cerebroespinhal do III para ao IV
ventrículo;
Substância negra – núcleo formado por neurônios ricos em melanina, o que lhe confere
aspecto diferencial; conexões com os núcleos da base (corpo estriado), nos sentidos
ascendentes e descendente; a degeneração desses neurônios causa a diminuição de dopamina
no corpo estriado e desequilibra a complexa rede que comanda a motricidade, causando a
síndrome de Parkinson;
CONTROLE CARDIOVASCULAR – centro vasomotor que regula frequência cardíaca e força das
contrações musculares, tônus da parede dos vasos sanguíneos; em situações de tensão
emocional, esses núcleos podem receber influências do hipotálamo (sistema límbico),
promovendo elevação da pressão arterial; em situações de tensões contínuas podem também
contribuir para o surgimento de quadros de hipertensão artéria, o que pode resultar em
infarto de miocárdio ou AVEs;
CONTROLE DO REFLEXO DO VÔMITO – ocorre para remover substâncias nocivas que foram
ingeridas e que estão no estômago e no intestino delgado; a região inferior do bulbo é um
centro quimiorreceptor, o que facilita a captação de informações sobre alterações químicas no
sangue; a presença de receptores relacionados ao vômito no útero, na orelha e no coração
explica a ocorrência de vômitos nos casos de mioma, gravidez, problemas cardíacos, doenças
do labirinto e tonturas relacionadas aos movimentos giratórios; também pode ser influenciado
pelo sistema límbico;
Dentre as estruturas que mantêm conexão com o diencéfalo estão o quiasma óptico e
importantes glândulas como a hipófise e a pineal; papel do SN e do sistema endócrino na
manutenção da homeostase;
Se expressa por meio do sistema nervoso autônomo (SNA), coordenando atividades de vida
vegetativa (fome, sede, temperatura, sono, vigília); também participa da motricidade,
sensibilidade e comportamento emocional;
3.1. Tálamo
Maior estrutura do diencéfalo; duas bolas ovoides que se comunicam por meio de uma ponta
de tecido nervoso, a aderência intertalâmica (ausente em 30% dos indivíduos); (pesquisas
recentes tem sugerido que a ausência da aderência intertalâmica está relacionada ao
transtorno de esquizofrenia);
Posição anatômica confusa, mas descrita em grupos: anterior, posterior, lateral mediano e
medial;
ANTERIOR – recebem fibras dos núcleos mamilares (hipotálamo) e projetam-se para o córtex
do giro do cíngulo, sugerindo que está relacionado ao comportamento emocional;
Relação funcional: atividades motoras; ativação cortical (por meio do sistema ativador reticular
ascendente – SARA); processamento dos estímulos (menos o olfatório) – admite-se que o
tálamo não seja apenas uma estação intermediária, mas que teria papel na importância que
será atribuída àquele impulso, ou seja, teria função de ativar com mais ou menos intensidade
determinada área cortical: processo de seletividade dos estímulos sensoriais e,
consequentemente, no processo atencional;
3.2. Hipotálamo
Estrutura localizada inferiormente ao tálamo; apesar do tamanho reduzido, representa menos
de 1% do volume do cérebro e controla uma variedade surpreendente de funções por meio de
suas relações com três sistemas: endócrino, límbico e nervoso autônomo; uma das suas
funções principais é manter a homeostase;
Corpos mamilares; quiasma óptico; túber cinéreo; infundíbulo;
Funções:
Em decorrência das extensas conexões do hipotálamo com córtex pré-frontal, sistema límbico,
medula espinha, tronco encefálico e hipófise, pode-se compreender a importância do
hipotálamo como centro regulador que controla várias funções e participa da execução de
outras;
1. Regulação da temperatura corporal: o álcool provoca lesão dessa área, o que causa
nos indivíduos diminuição na percepção das diferenças de temperatura ambiente;
2. Controle da ingestão de alimentos: parte do processo, uma das mais importantes;
atividade prejudicada nos núcleos hipotalâmicos (ventromedial e ventrolateral)
está relacionada aos transtornos alimentares;
3. Controle da ingestão e excreção de água;
4. Neurossecreção (glândula hipófise);
5. Controle do sistema endócrito: produz substâncias que regulam a adeno-hipófise;
6. Regulação dos ritmos circadianos: lesões no NQS tornam indivíduos incapazes de
seguir um ritmo biológico;
7. Participação na regulação de processos emocionais: como medo, raiva e prazer;
8. Participação em comportamentos motivacionais: um impulso interior motiva uma
ação;
9. Controle do Sistema Nervoso Autônomo – fibras que chegam ao tronco encefálico
com a formação reticular e a medula; Admite-se que as regiões posteriores do
hipotálamo estão relacionadas às respostas simpáticas e as regiões anteriores às
respostas parassimpáticas;
3.3. Subtálamo
Localizado na transição com o mesencéfalo;
Tem apenas o núcleo subtalâmico – quando lesado, provoca movimentos anormais nas
extremidades, caracterizando o hemibalismo, movimentos violentos involuntários das
extremidades, que as vezes não desaparecem nem com o sono, podendo provocar exaustão;
3.4. Epitálamo
Região da face posterior do diencéfalo;
Vias sensitivas (aferentes) – receptores localizados nos órgãos do sentido: visão, audição,
paladar, olfação, equilíbrio; na pele: músculos, articulações captando sensibilidade térmica,
tátil, dolorosa, e proprioceptiva;
vias motoras somáticas (eferentes) – conduzem os impulsos nervosos em direção à medula
espinhal; levam informações de centros nervosos para músculos estriados esqueléticos para
realizar movimentos voluntários;
O controle voluntário é responsabilidade do córtex cerebral e auxiliado por outras áreas como
cerebelo, núcleos da base e medula;
Alguns músculos estriados esqueléticos, como os da respiração, embora sejam controlados por
neurônios motores somáticos, têm atividade em nível inconsciente, sendo ativados por
mecanismos reflexos.
Leva informações de centros nervosos para tecidos efetores, que são o músculo liso e o
cardíaco, glândulas e adipócitos;
Nas últimas décadas, cientistas vêm mostrando a presença de inervação autônoma existente
no sistema digestório; “segundo cérebro”; sistema nervoso entérico.
Não recebem inervação parassimpática – glândulas sudoríparas, músculos eretores dos pelos
da pele, rins, maior parte dos vasos sanguíneos e medula da glândula suprarrenal.
5. CEREBELO
Segunda maior estrutura do encéfalo;
Atua sempre em nível inconsciente e involuntário e suas função mais estudada e definida é a
relacionada à motricidade somática;
Divisão anatômica – dois hemisférios, unidos em sua porção mediana pelo verme cerebelar;
Cerebelo pode ser lesionado em várias condições: tumores, acidades vasculares cerebrais,
distúrbios neurológicos, disfunções genéticas e processos desmielinizantes;
Síndromes cerebelares:
- do arquicerebelo: perda de equilíbrio sem alteração do tônus muscular, mais comum
em crianças que não conseguem ficar em pé e, quando deitadas, seus movimentos são
normais;
- do paleocerebelo: aumento de tônus da musculatura extensora; rara em sua forma
pura, sendo mais frequentemente combinada com lesões de outras áreas;
- do neocerebelo: falta de coordenação motora final, principalmente dos membros;
ataxia;
- dismetria: inabilidade para interromper um movimento ou a execução defeituosa de
movimento que visa atingir um alvo;
- assinergia: falta de associação de movimentos na realização de uma ação complexa
que exija cooperação sinérgica de vários grupos musculares;
- decomposição: movimento realizado em etapas sucessivas utilizando-se uma
articulação por vez e não pela movimentação simultânea das articulações envolvidas,
semelhante ao movimento dos robôs; movimento dividido em fases;
- disdiadococinesia: dificuldade de executar movimentos rápidos e alternados;
- rechaço: ausência de coordenação motora; incapacidade de parar um movimento
quando solicitado;
- tremor: tremor que se acentua ao final do movimento ou quando o indivíduo está
prestes a atingir um objetivo; diferente do tremor na doença de Parkinson, que pode persistir
mesmo com a pessoa deitada e relaxada;
- distúrbio da marcha: não consegue andar em linha reta; passos desiguais; pés ficam
muito próximos ou muito afastados;
- distúrbio da fala: disartria – fala lenta, pronúncia de sílabas, sem variação de altura e
tom, tremulosa e nasal; disfunção dos músculos da laringe para iniciar ou parar contrações
rapidamente;
- hipotonia muscular: tônus muscular reduzido;
- nistagmo: após lesão de um hemisfério cerebelar, observa-se que os dois olhos
desviam-se para o lado contralateral; movimento voluntário dos olhos também é afetado; ao
olhar para um objeto na periferia, os olhos movimentam rapidamente na direção intencionada
e logo depois voltam involuntariamente para a posição neutra;
6. TELENCÉFALO
Denominado cérebro, apresenta dois hemisférios cerebrais: direito e esquerdo, separados pela
fissura longitudinal do cérebro, mas internamente unidos por fibras comissurais que formam o
corpo caloso, comissura anterior e fórnice.
Cada hemisfério apresenta uma cavidade (resquício da luz do tubo neural) denominada
ventrículo lateral direito e esquerdo;
Na superfície: numerosas protuberâncias (giros), que são delimitados por fendas (sulcos);
A substâncias cinzenta localizada na periferia forma extensa área denominada córtex cerebral,
e a que se encontra circundada pela substância branca constitui os núcleos da base!
Cada hemisfério tem a face superolateral (ou lateral), face medial e face interior;
Fibras de Projeção:
- Capsula Interna: amplo feixe de fibras que separa o tálamo do núcleo lentiforme e
constitui região importante do telencéfalo, pois a maioria das fibras que ascendem ou
descendem do córtex faz parte dessa capsula. Continua-se superiormente no núcleo
lentiforme, sendo denominada coroa radiada e, inferiormente, com a base do pendúnculo
cerebral;
- Fórnice: feixe que promove a conexão entre o hipocampo e o corpo mamilar no
hipotálamo;
Fibras de Associação:
- Intra-hemisféricas: ligam áreas em um mesmo hemisfério;
- Fascículo longitudinal superior (fascículo arqueado): liga os lobos frontal, parietal e
occipital;
- Fascículo unciforme: liga lobo temporal ao frontal;
- Fascículo do cíngulo: presente no giro do cíngulo, promove a ligação do lobo frontal
temporal, passando pelo lobo parietal;
- Fascículo longitudinal inferior: promove a ligação entre o lobo occipital e o temporal;
- Fibras arqueadas (curtas e longas): associam áreas vizinhas do córtex;
- Inter-hemisféricas: (fibras comissurais): ligam os dois hemisférios;
- Corpo caloso: maior e principal meio de comunicação inter-hemisférica, promovendo
a comunicação entre áreas simétricas dos hemisférios cerebrais. Apresenta-se dividido em
regiões: rosto, joelho, tronco e esplênio do corpo caloso.
- Comissura anterior: estabelece a comunicação entre os lobos temporais;
- Comissura do fórnice: promove a comunicação entre os dois hipocampos
6.1. Núcleos da Base
Incluídos em meio à substância branca; são estruturas do telecéfalo;
NÚCLEO CAUDADO – dividido entre cabeça, corpo e caudado; tem o núcleo acumbens, pálido
ventral;
O corpo estriado mantém conexões com áreas bem distintas; região ventral com áreas
corticais do sistema límbico; região dorsal com áreas motoras do córtex (influência sobre a
execução do movimento voluntário já iniciado e sobre o planejamento do ato motor, agindo
paralelamente com cerebelo, tálamo, núcleos subtalâmicos e substância negra);
Núcleo basal de Maynert (NBM) – conexões com áreas límbicas (corpo amigdaloide) e com
praticamente todo o córtex cerebral. Neurônios liberam acetilcolina – parece ser a única via
colinérgica para o córtex cerebral;
O corpo amigdaloide está localizado na região anterior do lobo temporal, próximo à cauda do
núcleo caudado e ao hipocampo; Apresenta vários núcleos com extensas conexões com
hipotálamo, córtex cerebral, tálamo e tronco encefálico, sendo uma das principais estruturas
relacionadas ao comportamento emocional; significado emocional que atribuímos às
experiências cotidianas; é fundamental para a sensação de medo.
7. CÓRTEX CEREBRAL
Maior parte do volume total do cérebro; concentrados corpos de neurônios com seus
respectivos dendritos, fibras nervosas amielínicas e células da glia;
Divisão funcional: classificadas inicialmente em áreas de projeção (que dão origem ou recebem
as fibras relacionadas diretamente à sensibilidade a à motricidade) e áreas de associação
(todas as demais áreas, relacionadas às funções psíquicas); Luria propôs divisão de acordo com
grau de relacionamento à motricidade e à sensibilidade – áreas de projeção são consideradas
primárias e áreas de associação podem ser classificadas em secundárias e terciárias. As lesões
de áreas primárias causariam paralisias ou alterações na sensibilidade, enquanto lesões nas
áreas secundárias e terciárias causariam alterações psíquicas e nenhum comprometimento
motor ou sensorial;
Wilder Penfield – descoberta de que cada área cortical tem relação com determinada parte do
corpo; representação através de um homúnculo – mãos e polegar especialmente grandes,
significando que a área do cérebro que inervará essa região apresenta mais células nervosas,
ou seja grandes partes do córtex motor regulam as mãos, os dedos, a língua e os lábios, onde o
controle motor é mais preciso;
Em razão da plasticidade cerebral, o tamanho da área cortical que representa uma parte do
corpo pode ser expandido ou reduzido, dependendo da quantidade de informações recebidas;
deficientes visuais que aprender a ler Braile têm maior representação nas áreas que
correspondem às pontas dos dedos;
2. ÁREA VISUAL
SULCO CALCARINO na face medial e EXTREMIDADE DO LOBO OCCIPITAL na face lateral; Área
V1
Os impulsos da via visual originados nos receptores da retina se tornam conscientes; cada
córtex visual recebe impulsos da metade ipsilateral de cada retina e cada retina conduz
informação da metade contralateral do campo visual; a estimulação dessa área causa a
percepção de flashes de luz
3. ÁREA AUDITIVA
Pequena área localizada inferiormente ao sulco latera, no GIRO TEMPORA SUPERIOR e GIRPO
TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR;
Chegam fibras da via auditiva das orelhas, que se iniciam na cóclea, passando pelo corpo
geniculado medial e terminando neste córtex;
Analisa todos os sinais auditivos, percepção e consciência dos sons simples; não ocorre a
interpretação exata de sons complexos como a voz humana;
Estimulação produz percepções auditivas grosseiras, como zumbido, clinicamente
denominadas de tinido;
4. ÁREA OLFATÓRIA
5. ÁREA GUSTATÓRIA
Porção inferior do GIRO PÓS-CENTRAL, inferior à área somestésica; alguns autores consideram
o córtex insular também como área primária;
6. ÁREA VESTIBULAR
Não se sabe a localização precisa, mas sugerem participação do GIRO SUPRAMARGINAL, GIRO
TEMPORAL MÉDIO e parte dos GIROS TEMPORAL SUPERIOR e PARIETAL INFERIOR.
A identificação de um objeto se faz em duas etapas que envolvem áreas cerebrais diferentes:
a) SENSAÇÃO: ocorre na área de projeção (área primeira – giro pós central), com a
consciência do objeto e suas características
b) INTERPRETAÇÃO (GNOSIA): áreas de associação (2 ª e 3ª); as informações obtidas pelas
áreas primárias são comparadas às informações já existentes na memória;
Região adjacente à área primária, tanto na face medial quanto na lateral; ocupa todo LOBO
OCCIPITAL e estende-se para os LOBOS PARIETAL E TEMPORAL;
Adjacente à área auditiva primária, ocupando grande parte do GIRO TEMPORAL SUPERIOR; a
região posterior dessa área é a área de Wernicke;
Impulsos oriundos da área auditiva primária são processados (traduzidos), o som é codificado
de acordo com a língua aprendida, promovendo compreensão dos sons;
a) ÁREA PRÉ-MOTORA
Organiza os movimentos, mas não especifica como cada um deles deve ser realizados (isso é
tarefa da região primária);
Faz a programação do ato motor para execução da linguagem falada e escrita; o giro pré-
central adjacente a essa área contém neurônios que estão conectados aos nervos responsáveis
pelo comando dos músculos do aparelho fonador;
Lesões: AFASIAS;
Apresenta conexões com todas as outras áreas de associação do córtex; recebem informações
de todas as áreas sensoriais e enviam informações às áreas motoras;
Área de Wernicke: uma das áreas sensoriais da linguagem e compreende extensa região
composta de parte posterior do giro temporal superior, incluindo a a região temporal do
assoalho do sulco central;
Área de Broca: uma das áreas motoras da linguagem e compreende a região posterior da parte
triangular e a parte opercular, ambas no giro frontal interior. É responsável pela programação
motora da linguagem falada.
Não há consenso sobre quais estruturas formam o lobo límbico. Geralmente descreve-se as
seguintes estruturas: giro paraterminal, giro do cíngulo, istmo do giro do cínculo, giro para-
hipocampal (hipocampo e giro denteado adjacentes), unco. Uma pequena parte do lobo
límbico está relacionada à olfação e o restante ao comportamento emocional e à memória;
SISTEMO LÍMBICO – conjunto de estruturas formado pelo lobo límbico e todas as estruturas a
ele relacionadas (corticais e subcorticais) que estão envolvidas na geração e no controle das
emoções;
Áreas corticais do lobo límbico; áreas corticais da região basilar temporal e orbitofrontal; corpo
amigdaloide; regiões ventrais do corpo estriado (núcleo acumbens); núcleos septais;
hipotálamo (corpo mamilar); tálamo (núcleos anteriores e mediais); formação reticular do
tronco encefálico; epitálamo (núcleo das habênulas) e ínsula.
Esse conjunto de estruturas, direta ou indiretamente é importante: na geração dos estados
emocionais, nos processos motivacionais, na memória, na atenção e aprendizagem, na
interação neuroendócrina; na regulação do sistema nervoso autônomo (SNA) promovendo
comportamentos relacionados à preservação da espécie, à obtenção de alimentos, resposta de
luta e fuga, bem como par ao controle destes estados.
Istmo do giro do cíngulo – região de transição entre o giro para-hipocampal e o giro do cíngulo
Giro do cínculo – uma das maiores estruturas do lobo límbico, que mantém conexões com
estruturas límbicas além de áreas subcorticais; está relacionado à depressão, à ansiedade e à
agressividade; observou-se lentidão mental em seres humanos que tiveram essa área lesada. A
região anterior está relacionada às emoções, ao processamento da dor crônica e ao controle
visceral; lesões do giro do cíngulo podem provocar apatia, mutismo e mudanças de
personalidade; casos de TOC que não respondem aos tratamentos farmacológicos e
psicoterapêuticos podem ser submetidos à psicocirurgia denominada cingulotomia anterior,
que consiste na secção do fascículo do cínculo.
Giro paraterminal
Dentre as funções o corpo amigdaloide parece exercer papel na interface entre as percepções
e as emoções; nessa região é avaliado o nível de ameaça representado pelos sianis de perigo e
significa o local onde essas informações externas ganham colorido afetivo, o que resultaria na
facilitação dos processos de armazenamento de informações;
AREA SEPTAL:
Septo prelúcido – lamina constituída por células gliais e separa os ventrículos laterais
Septo pré-comissural –
Pesquisas animais: estimulação de vários locais da área septal origina sensação de prazer e
recompensa, ao passo que lesões provocam a síndrome septal, fisiologicamente caracterizada
por hiperatividade emocional, com reações exageradas de raiva, estimulação da sede,
alterações das respostas autônomas e distúrbios da esfera sexual;
Há poucos dados sobre efeitos de lesões ou estimulações em humanos, mas parece que a
estimulação química nessa área provocada por acetilcolina resulta em euforia e orgasmo;
Maior núcleo da base (núcleo caudado, putame, globo pálido e núcleo acumbens);
Apesar de não poder ser dividido anatomicamente o corpo estriado, admite-se que a porção
anterior denominada estriado ventral tem conexões com estruturas límbicas e participa do
comportamento emocional;
A consciência ocorre quando as áreas corticais são ativadas – isso é mais lento que o processo
de respostas fisiológicas e comportamentais;
Outros estudos demosntram que o colículo inferior participa do sistema aversivo, pois a
estimulação desta estrutura promove comportamento de fuga e alterações autônomas
semelhantes às encontradas no estado emocional de medo, além do hipocampo e do núcleo
da rafe.