Teste Historia
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Teste Historia
Pela primeira vez, num período de 15 anos, Salazar conseguiu tornar o saldo do orçamento
positivo, progredindo a chefe de governo. Salazar, com o propósito de instaurar uma nova
ordem política, lançou ainda em 1930 as bases orgânicas da União Nacional e se
promulgou o Acto Colonial. Em 1933 foi a vez da publicação do Estatuto do Trabalho
Nacional e da Constituição de 1933, submetida a plebiscito nacional. Ficou, então,
consagrado um sistema governativo conhecido por Estado Novo.
• Autoritário
- A consolidação do Estado Novo passou pelo culto do chefe, onde o chefe era o
intérprete do supremo interesse nacional.
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- Salazar era apresentado pela propaganda do regime como o “Salvador da
Pátria”, a sua imagem estava presente em todos os lugares públicos, era venerado
pelas multidões e só não era aclamado porque era avesso às multidões.
• Corporativo
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- Através da instituição da Censura Prévia, era exercida uma rigorosa vigilância sobre
todas as produções intelectuais que passava pela eliminação de tudo o que fosse
considerado contra a ideologia do regime.
CARÁCTER INTERVENCIONISTA
A estabilidade financeira tornou-se numa prioridade. O Estado Novo apostou num modelo
económico fortemente intervencionista e autárquico, que se fez sentir nos vários sectores
da economia:
Agricultura
Indústria
A intervenção activa do Estado fez-se sentir através da edificação de pontes, expansão das
redes telegráfica e telefónica, construção de barragens, construção de edifícios públicos. A
política de construção de obras públicas foi aproveitada para incutir no povo português a ideia
de que Salazar era imprescindível à modernização material do País.
- Foi criada uma milícia armada para defesa do regime e combate ao comunismo – a
Legião Portuguesa.
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- Em 1936 surgiu a Obra das Mães para a Educação Nacional, destinada à formação das
“futuras mulheres e mães”
Salazar impunha aos diversos ministérios uma rigorosa política de limitação de despesas, ao
mesmo tempo que lançava sobre a população um conjunto de impostos tendo em vista o
aumento da receita.
A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA
Salazar via nas actividades agrícolas, um dos meios mais poderosos para atingir a
pretendida auto-suficiência económica. Empreendeu um conjunto de medidas de
fomento das actividades agrícolas:
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• amplas campanhas de florestação;
De todas as medidas agrícolas, a que mais impacto teve foi a dinamização da produção
de trigo
O CONDICIONAMENTO INDUSTRIAL
No âmbito da indústria, os primeiros anos do regime foram marcados pela persistência dos
constrangimentos tradicionais do desenvolvimento do país:
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Em consequência, melhorou-se a rede de estradas, os portos marítimos, a rede telefónica
nacional; edificaram-se grandes complexos desportivos, complexos hidroeléctricos, edifícios
de serviço público; deu-se particular atenção aos monumentos históricos.
A POLÍTICA COLONIAL
A vocação colonial do Estado Novo motivou, logo em 1930, a publicação do Acto Colonial,
onde eram clarificadas as relações de dependência das colónias e se limitava a
intervenção que nelas podiam ter as potências estrangeiras.
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heróis, as virtudes familiares, a confiança no progresso, ou seja, o ideário do Estado
Novo.
Este nosso país não soube também acompanhar o ritmo económico das nações mais
desenvolvidas. Mesmo com algumas realizações, o atraso português persistiu e, em certos
sectores, como a agricultura, agravou-se.
Face a esta situação, a partir de 1953, foram elaborados Planos de Fomento para
o desenvolvimento industrial. O I Plano (1953-1958) e o II Plano (1959-1964)
davam continuidade ao modelo de autarcia e à substituição de importações, mas
não contavam com o apoio dos proprietários. O I Plano de Fomento (1953-58)
Reconheceu a industrialização para um melhor nível de vida. O plano baseou-se ainda num
conjunto de investimentos públicos que se distribuía por vários sectores, com prioridade
para a criação de infra-estruturas.
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No II Plano de Fomento (1959-64) alarga-se o montante investido e elege-se a
indústria transformadora de base como sector a privilegiar.
A EMIGRAÇÃO
A URBANIZAÇÃO
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expansão do sector dos serviços e para um maior acesso ao ensino e aos
meios de comunicação.
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desistiu por considerar que o acto eleitoral não passaria de uma farsa. A apreensão
das listas pela PIDE permitiu perseguir a oposição democrática.
A QUESTÃO COLONIAL
A Partir de 1945, a questão colonial passa a constituir mais um serio problema para Portugal.
A nova ordem internacional instituída pela Carta das Nações e a primeira vaga de
descolonizações tiveram importantes repercussões na política colonial do Estado
Novo.
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A simples mística imperial começava a revelar-se ultrapassada para explicar as posições
coloniais do Estado Novo. Salazar teve de procurar soluções para afirmar a vocação colonial
de Portugal e para recusar qualquer cedência às crescentes pressões internacionais.
SOLUÇÕES PRECONIZADAS
Esta quase unanimidade de opiniões veio a quebrar-se com o inicio da luta armada em
Angola, em 1961. Confrontam-se, então, duas teses divergentes: a integracionista e a
federalista.
Integracionista Federalista
A LUTA ARMADA
O ISOLAMENTO INTERNACIONAL
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Tal postura conduziu, inevitavelmente, ao desprestígio do nosso país, que foi
excluído de vários organismos das Nações Unidas e alvo de sanções económicas
por parte de diversas nações africanas. A recusa de todas as ofertas e planos (como
a ajuda americana por exemplo), remeteu Portugal para um isolamento,
evidenciado na expressão de Salazar, “orgulhosamente sós”.
Mesmo tendo tentado quebrar esse isolamento, Salazar não conseguiu impedir,
internamente as duvidas sobre a legitimidade do conflito e o descontentamento
crescente na sociedade portuguesa.
A PRIMAVERA MARCELISTA:
REFORMISMO POLÍTICO NÃO SUSTENTADO
Em 1968, Salazar foi substituído Marcelo Caetano, no cargo de presidente do Conselho de Ministros,
que fez reformas mais liberais para a democratização do regime. Nos primeiros meses o novo
governo até deu sinais de abertura, período este conhecido por “Primavera Marcelista” (alargou o
sufrágio feminino, permitiu regresso de alguns exilados, abrandou a repressão policial e a censura,
reforma democrática do ensino por ex.). Contudo, o oscilar entre indícios de renovação e seguir as linhas
do salazarismo, resultou no fracasso da tentativa reformista. A PIDE mudou o seu nome para DGS e
diminuiu, ao início, a virulência das suas perseguições. No entanto, face ao movimento estudantil e
operário, prendeu, sem hesitações, os opositores ao regime; A Censura passou a chamar-se Exame
Prévio; se este, inicialmente, tolerou algumas criticas ao regime, cedo se verificou que actuava nos
mesmos moldes da Censura; A oposição não tinha liberdade de concorrer às eleições e a política
Marcelista era criticada como sendo incapaz de evoluir para um sistema mais democrático. Tudo isto
levou á revolução de 25 de Abril de 1974.
A política de renovação tentada por Marcelo Caetano também teve reflexos na questão
colonial:
- a presença colonial nos territórios africanos passa a ser reconhecida como defesa
dos interesses das populações brancas que há muito aí residiam;
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- no seguimento deste novo carácter da colonização portuguesa, já se admite o
principio da “autonomia progressiva” e concede-se o titulo honorifico de Estado,
às províncias de Angola e Moçambique
- pela recepção dos principais dirigentes dos movimentos de libertação pelo Papa
Paulo VI traduzida numa humilhação sem paralelo da administração colonial
portuguesa;
DA REVOLUÇÃO À ESTABILIZAÇÃO DA
DEMOCRACIA
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exército português – O Movimento dos Capitães (1973), liderado por Costa
Gomes e Spínola, que tinha em vista o derrube do regime ditatorial e a criação de
condições favoráveis à resolução política da questão colonial. Estes
acontecimentos deram força àqueles que, dentro do Movimento (agora passava-se
a designar por MFA – Movimento das Forças Armadas), acreditavam na
urgência de um golpe militar que, restaurando as liberdades cívicas, permitisse
a tão desejada solução para o problema colonial. Depois de uma tentativa
precipitada, em Março, o MFA preparou minuciosamente a operação militar que,
na madrugada do dia 25 de Abril de 1974 pôs fim ao Estado Novo.
O Movimento dos Capitães depositou a sua confiança nos generais Costa Gomes e
Spínola, respectivamente chefe e vice-versa do Estado-Maior General das Forças
Armadas.
Liderado então pelos generais Spínola e Costa Gomes, o original movimento corporativo
dos capitães cresce. O Movimento dos Capitães evoluiu para um movimento das Forças
Armadas. Nascia o Movimento das Forças Armadas – MFA.
O “25 DE ABRIL”
São as Forças Armadas, assim organizadas, que vêm para a rua na madrugada de 25 de Abril
de 1974 e conseguem levar a cabo uma acção revolucionária que pôs fim ao regime de
ditadura que vigorava desde 1926.
A operação militar teve início com a transmissão, pela rádio, que permitia às unidades militares saírem
dos quartéis para cumprirem as missões que lhes estavam destinadas. A resistência terminou cerca
das 18h, quando Marcelo Caetano se rendeu pacificamente ao general Spínola. Entretanto, já o golpe
militar era aclamado nas ruas pela população portuguesa, cansada da guerra e da ditadura,
transformando os acontecimentos de Lisboa numa explosão social por todo o país, uma autêntica
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revolução nacional que, pelo seu carácter pacífico, ficou conhecido como a “Revolução dos
Cravos”. A PIDE foi a última a render-se na manhã seguinte.
O «PERÍODO SPÍNOLA»
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Os tempos não foram fáceis para as novas instituições democráticas. Passados os
primeiros momentos de entusiasmo, seguiram-se dois anos politicamente muito
conturbados, originando graves confrontações sociais e políticas.
Rapidamente começaram as reivindicações, as greves e as manifestações
influenciadas pelos partidos da esquerda. O governo provisório mostrou-se incapaz
de governar o país e demitiu-se, o que fez com que o poder político se dividisse
em dois pólos opostos. De um lado o grupo apoiante do general Spínola
(procurava controlar o movimento popular que podia originar outra ditadura, desta
vez de extrema-esquerda)
Do outro lado a comissão coordenadora do MFA e os seus apoiantes
(defendia a orientação do regime para um socialismo revolucionário.
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AS ELEIÇÕES DE 1975 E A INVERSÃO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO
Das eleições de 1975, sai vitorioso o Partido Socialista, que passa a reclamar
maior intervenção na actividade governativa. Vivem-se os tempos do Verão
Quente de 1975, em que esteve iminente o confronto entre os partidos
conservadores e os partidos de esquerda. É em pleno “Verão Quente” que um
grupo de 9 oficiais do próprio Conselho da Revolução, encabeçados pelo major Melo
Antunes, crítica abertamente os sectores mais radicais do MFA: contestava o clima
de anarquia instalado, a desagregação económica e social e a decomposição das
estruturas do Estado. Em consequência, Vasco Gonçalves foi demitido. Era o fim
da fase extremista do processo revolucionário. A revolução regressava aos
princípios democráticos e pluralistas de 25 de Abril, que serão confirmados com a
Constituição de 1976.
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A OPÇÃO CONSTITUCIONAL DE 1976
A 2 de Junho de 1975 abriu, a Assembleia Constituinte. Era a primeira que se reunia desde a
elaboração da Constituição de 1911 e os seus trabalhos decorreram num ambiente pós-
revolucionário.
A nova constituição entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976. O seu texto resultou
do compromisso das diferentes concepções ideológicas defendidas pelos partidos da
Assembleia e congregou ainda medidas de excepção revolucionária. No entanto a
Constituição de 1976 foi, sem dúvida, o documento fundador da democracia
portuguesa.
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