Liberdade
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serie: hist6ria dos ba irros de sao paulo
Vol. Bairro
1 Bras
2 Plnnetroa
3 Penha
4 Santo Amaro
5 Jardim da Saude
6 Santana
7 Sao Miguel Paulista
8 Vila Mariana
9 Born Retire
10 S.
11 lb trapuera
12 Luz
13 Nossa Senhora do 0
14 Ipiranga
15 Bela Visla
16 Liberdade
SEGUNDO PA£:MIO 00 XI CONCURSO DE MONOG RAFIAS saBRE A HISTOAIA DOS
BAIRAQS DE sio PAU LO. PAQMOVIDQ PELA DIVlsAo 00 ARQUIVO HISTORlCO
DO DEPARTAMENTO 00 PATRIMON IO HISTORICO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE
CU LTURA. E OUTORGAOQ PELA CO MIssAo JULGAOORA CQ NSTITUIOA PELOS
PROFESSORES ERNANI SILVA BRUNO, MYRIAM ELLIS E TITO LivID FERREIRA
iNDICE
Aoresemecac 13
o Dtstnto SuIda Se. Ccncessces de Datas de Terras. 0 Caminho
do Carro para Santo Amaro 17
o Dlstrtto da Se 19
o Caminho do Carro para Santo Amaro 25
Cartas de Dates de Terras 31
Chacaras J radtctonats do Batrrc da Liberdade. Primeiros Habi-
tantes e Povoadore s 35
Estruturacao Urbana do Bair ro da Liberdade 43
Avenidas. Huas. Largos e Pracas Tradicionais 59
o Modemo Bairro da Liberdade na Cenografia Urbana de Sao
Paulo 85
o Bairro Oriental 91
Curiosidades 95
Poputac ac 103
Aparelhamentos Cu tturais 111
Aspectos ArquiletOnicos Locais 147
13
1 - APRESENTACAO
e
Esc rever a hist6ria de um ba irro pautistano tareta comple xa porque
envotve 0 trabathc de reccmpcs tceo . tanto quant a posslvel. da sua
paisagem geografica. econ6mica e soci al.
Sem duvid a alg uma, a tonte de pesqutsa ma ts rica e verd ad ei ra a e
constit uid a peres anligos Inventartos. Iestamentos. Al as da Camara
Municipa l e Liv ros de Reg istros , c oc umentc s ess es. revelaoores d a
cenog rafi a urbana loc al e da viv encia de seus habttantes. canoe-roe
uma imagem QO quadro c ultu ral geral, no qu al S8 msere 0 processo
estrutu rativo do ba irro anatisado.
As frequentes reterencias naq ueles documentos de - rocas de man -
trmentos''. rebanhos de bo is e de porcos. mats prcxtmos ou efastedos
do c entro urbane . per mile m a reconstttuicao do proce sso de ocupa-
cac reg ional de areas que, aos poucos . vao se des bravando e am-
pl iando co m a lmptantacao de fazendas, sltios e algumas bentetto-
rias.
Alfonso de E. Taunay, na sua "Histone Seiscent ista da Vila de Sao
Paulo" (IV-pag . 166), afirma-nos que "Sao Paulo, no secu lo XVII, tot a
centro de um enxame de tazendolas de pequena culture e de past e-
reio de d imi nutos rebanb c s".
Escolhem os para tema de nosso traba fho 0 baur o da Ltberdade.
a
devid o sua indisc utiv el si g n ifi c a~ a o na vida pautistana do passado
e dos tempos presente s. um dos ba irro s tradicionais da cidade de
sao Paulo. e que . ao inici o do seculo atua l comecou a adq uirir
"c aracterlsticas espe cia ls. com a locacao na sua area geogra.fica, da
colo nia oriental integ rada por ch ineses , coreanos e vtetnamttas.
~ dificil para 0 autor da hisl 6ria de um bairro delinir exatamente a sua
dettmttacao geografica . bern como c escrever seus fatos hist6ricos.
e
principal mente quando essa ana lise preterits. Par isso. a hisl6 ria
dos batrros paulistanos vem sendo contada de manei ras vanes.
retratand o por vezes, ep is6d ios e tatos nao ap resentavets ao mod o
de senti r dos tempos atuais. porque revesttdos da nal uralidade do
q uoti diano d e uma eoqca ja supe rada.
o espl rtto p rag matis ta do rnundo contempo raneo tran sforma 0
tirtsmo e 0 g rotesco de cenas urbanas de outrora ern intorrnacoes
banais, par a alguns. Carras de bois estaci onad os no Largo da Sa,
bondes pu xados a burro au ruas ilu minadas por lamp i6es de gas nee
se encaixam mai s na realidade paulistana.
As coostoerecoes tracadas sobre 0 Distnto Sui da Sa, no qual se
situaram var ies ba irros paulistanos. visa ram a situa r precisamente a
reg iao em que futuramente se dettmitarta 0 batrro da Liberdade ,
inic iado pelas constantes lnter -comumcacoes entre 0 centro de Sao
Paulo e as terras que se estendiam ao sui da cidade.
lniciatmente. a Camfnho do Mar assum iri a retevante papel nesse
desenvolvimento. mas, na med ida em que novos caminnos se abri-
ram e, dentra det es. muito particu tarmente. 0 "Caminho do Carro",
lntcfcu-se pro priamente 0 processa de cotornzacao e desenvolvi-
mento reg ional do batrro em estudo.
I: certo q ue 0 de senvo lvimento da reg iao sui de Sao Paulo se proc es-
sou no rotetrc desses c ots ca minhos tradtcionats q ue remonta m ao
secu!o XVI. parec endo que 0 batrro da Liberdad e cresc eu sob re 0
eixo vertical do Pelour inho, Campo da Forca e Casa da Potvcr a. que
chegaram a se constit utr em marcos demarcatonos da reg iao.
o bairro da Li berdade estrut urou-se as margen s de uma estrada ou
de um c aminho e. ainda hole . no cen ario modemo local , ete segue 0
mesmo rumo sob a forma de larga s ruas e aventdas.
A regi ao anttqa era consti tui da peras terras do Caci que Caiu bi.
centre outras de s bravos colonlzado res do antig o Dtstrttc SuI da Sa.
Espraia va-se pelos lad os da Tabating uera. petas marg ens do Geri-
bettba . na cnrecao de Santo And re da Borda do Campo e do Caminho
do Mar. terra s essas assentad as numa bac ia sedimentar terciaria.
d ispostas sabre terrenos cristalinos atrave ssados pela rede fluvial
tormada peres nos TietA, Tamand uatei e Ptnheiros e responaavel
pela topografia urbana local . caract erizada par pl anicies aluviais e
cotinas de pequena altitude que. um d ia, 0 Patriarca da meecen c en-
15
cia cescrevene como ..... unica provinc ia de Sao Paulo, sendo povo-
ada e civillzada. formara um grande esta do, vista que peta vane dade
do seu cnma, sendo parte ent re as tropicos. a outre, lor a dele, pe la
abun dancia de rnadeiras e dos seus ca mpos. pelos inumeraveis nos
e
e rfbeiros. ern grande pa rte naveq aveis . e pedras preciosas. real-
mente um dos parses mais pri vilegi ados do qtobo, e uma ob ra p rima
de b entazeia natureza ", q ue no secu lo XX S8 transtormarta num
pod eroso cent ro econOmico, alive nucleo cu ltural e d estacad o centro
politico no cenarlc naclcnal.
DISTAITO DA S ~
Durante multo tempo.o forumde Sao Paulo teve varies difi culdades na
distrtbuicao da Justica nas acoes iudicieis. referentes a partilhas e
derrercecoes de Iimites de terras, em toea a exteneec desse ca-
mtnho.
Os d oc umen tos reterentes a leqiti mfd ad e de s propried ades, mu itas
val es eram ccucentes. refer indo areas com flagranles cootrac ncces
de iocaneecac. mas sempre indicand o a reterencia principal, que
era 0 Caminho do Carro para Santo Amaro.
Demandava ere as terras do sui da cidade pete espiqao ou pete
varzea?
De mod o geral. tod os as ensai stas. c roni stas e his tortadcres de Sao
Paulo . ded icaram parte de sua atencao ao eq uac ionamento de mda -
geeso. Dentre esse s, 0 Engenhe iro Zenon Fleury Monte iro escreveu
extensa monografia scbre 0 assunto, parecendo ter defin ido exata-
mente 0 tracacc desse caminho : 0 reno da atual Avenida da Liber-
dade, Rua verpueiro. Dom ingos de Moraes. ate as vertentes dos
C6rregos da rretcac. vermetho e Pinhe irinho .
Ao fi ndar do seculc XVI, os " portug ueses nac ousa vam ocu par 0
interior do pa is etem de um raio proxi mamente de c inq uenta
a
qu ilOmetros volta de Piratin inga" (15). Esse historiador, per exem-
pro, Iocati zava 0 hist6rico Caminho do Carro, " na lombada para
alem do Anhangabau... de scambando para a varzea do Rio Ger iba-
tiba prccurava a atcera... ".
Affonso de Taunay tocattzav a a forca... "no outeiro de frenle da cruz
q ue estava no ca minho do Ib irapuera (Largo 7 de Setemb ro)" (16).
Affonso de Freitas localizou-o no seu ensaio de reconstituicao, no
nacaoc da s ruas da Liberdade . Verguei ro e Domingos de Moraes.
Segundo Zenon Fleury Monteiro, nos ultimos anos do setscentrsm o. a
CAmara Municipal atendia co m trequencia os ped ido s de conces-
sees de datas de terras no rossio da vita. tocallz adas ao longo dos
q uatro caminhos de salda da vita . entao extstente s.
Uma des sas sald as se enderecava rurno sui, na otrecao de Santo
Amaro, anter iorme nte de nominado tb trapuera . Seguia eotac cere
lombada entre os c6 rregos do Anhangabau e Cambuc i, ate 0 ano de
1640.
A part ir dessa data, passou a ser conhectdo por "Caminho do Carro".
como unlca estrada ou caminho q ue li gava 0 nucleo as
parage ns
retunes de Santo Amaro. que partindo de Sao Goncato ou mats
26
abaixo, Largo de ~ ou Largo do eolegio. ga lga va 0 Esp igAo do
Caaguac;u.
Em 1640. a partir de 19rej a de Santo Antonio, ab re-se novo c aminho
que atravessava 0 Piques. a Rue Santo Amaro (entao RUB do Verde e
do Curral) e Avenida BrigadeilO Luis Antonio para no alto do espigao
enc ontrar-se com 0 Caminho do Carro . Este atravessava varia s le-
guas de chilo, possuiu varies oenorrnnecces atraves do tempo, de-
terminada s palo interesse de seus usuaries e que const ilu iriam
sempre . designa c6es ccaecoer s. prevatentes por breves periodos
de tempo.
D trac;ado princ ipa l S8 biturcava em toda a sua d tstanc ia. em camt-
nhos viclnals e tnlhos. etendend c a necess idade de sitiantes e d onas
de cM caras ag rupad os as SUBS margens.
Os campos reiunos ou realengos adiante do espigllo eram do patti-
mOnio de CAmara Municipa l, da tntenden cia Nacicnal e depois devo -
lutos.
Durante muitos anos, a CAmara Municipa l fez conc essoes de tetras
nessa extensec (17). cujos reg istros revelam a posrcsc geografica do
cam inho, bem como al guns dos prime iros povoado resdo Distrito Sui
da sa. a saber:
- Carta de data de terra a Francisco da Costa Vall adares (1640);
- Carta de data de terra ao Padre Alvaro Neto Bicudo e Custodio
Nunes Pinto (1640);
- Carta de data de terra a Baltazar de Godoy Moreira . Belchior de
Godoy Moreira e Marianna de l ara (1 640);
- Sltlo de Tapanhoim - Vend a de totes tetta par rencrc Anton io
Mariano Fagundes Mariano (1860 a 1880);
- ne sacrccrtecac da Companhia Oantareira de Agu as e Esgotos a
Dona Balb ina de Sant'Anna (1 891);
- Sftio Ressaca - oesaorconecac da Companhia de Aguas e
Esgotos a FeHcio Antonio Mariano Fagundes (18) - (189 1).
tnlctalrrente. as propriedades sa apre sentavam como grandes ran-
fUndios que , por vi a sucess6ria. desap ropriat6ria ou por vendas e
revendas. se transtcrmevam em pequenas areas. As propriedades
a
situada s margem d ireita do Caminho do Carro tirmtavam-se entre
si. ets que os reg istros de umas e outras revelam essa posicao
limltrcte. Assim, a CM cara Moreira e a Chacara Sert6rio entre osdois
caminhos para Santo Amaro . A esquerda . 0 Tapanho im ou Lavapes.
que indi cavam em suas d ivisas a Cht:lcara do Quebra Bunda de
Demetrio Costa Nascimento, bem como a CMcara da Gl6ria.
27
Entre as enos de 1639 e 1649, 0 Caminho do Carro era tambem
c ha mado " Cami nho Novo" para 0 Mar ou para Sant os, ate confronter
as d ivisas do Sitio Bessaca. local ern que se bifurcava para Santo
Amaro e Santos. segundo relata de Fleury Monteiro (obra cit ada.
;:;ag ina 137).
Esse mesmo neche era ta mbem con hecrdo por " C aminho do Padre
Domi ngos Gomes Alb emaz", entre as anos de 1647 e 1683.
Digna ta mbem de rsgislro. 0 tate de que a estrada vemuetro. no seu
trecho comum 80 Caminho do Carro (do Largo da liberdade ate a
blfurcacao do rresm c a altura do futuro Largo da Guanabara ). era
conhec ida co mo " estrad a nova para Sant os ", depots de 1864 . Ap6s
esta data , 0 trecho comum passou A dencminacao olicial de Estrad a
Vergue iro.
Ressalte-se. ainda . a intormacao de Fleury Monteiro, que:
"0 Caminho do Carro, em longo trecho, desde a certvacac
da Estrada Vergueiro ou mesmo no trecho comum, ate as
bordas dos Campos de Santo Amaro, em parte da face
oeste do Sitio Guarapuava. tomou -se conbecido. de 1870
a 1~96, como Estrada do Fagundes",
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31
Durante a qestao municipal do Or. J. Pire s do Rio. as servic es de
pavime ntacao e coleta de li xo da cidade em gera l, tiveram inc re-
mento [amais obs ervado. Foram fettos estuoos ge rais das varzeas
munrcrpets entao tnuncavers e q uase aband cnadas . Prog ramou
ta mbe m. pIan os de grandes aven idas para a cidade d e Sao Paulo , de
modo a fac il itar 0 ace sso ao centro urbane. exiguo e inc apaz de
comportar 0 desenvolvimento par que passava a cidade. de aces so
pe noso, em g rande parte atra ves de ladeiras ing remes o nd e as va les
viztnh os se apresentavam de dificil aprovettamento. alem de mal
hab itados, mal aproveitao os e do pier aspecto. \
Equacionado 0 problema, outras eestces reallzararn 0 trabalho de,
construcao das grande s avenid as e do transports de massa. \
A Avenida 23 de Maio e a Avenid a da Liberdade !oram construidas
com aprovettamento total do Vale do uororc e da antiga Rua da
Liberdade , trecho do tradicional Caminho do Carro para Santo
Amaro, sob cujas protundezas. na decade de 1970, se tracar ta a
primeira linha rnetroviarla brasifeira.
No tempo em que "SAo Paulo era uma bela cidade .;", "multo comer-
ctente e ind ustrio ss " (43), a atua l Avenida da Liberdade ainda S8
ch amav a Rua da liberd ade. alin hando Hteiras de casas comerc iais
au residenc iais de ambos as lados, de s qua is ainda restaram alg u-
mas amostras. hoje transforrnad as em cortices ou pe ns6e s baratas.
A modificac;A.o do nome antigo para Aven ida da Uberd ade . js indica
a tra n sforma~ lto operada a partir de 1967. Colada de pists ascen-
dente e de scendente. possui trAnsito intenso e urn cc rre rcic alta-
mente diferenciado.
Sua urbaniz8~Ao. ne medida em que a c ldade de SAo Paulo entrou
em processo de ace lerado desenvolvim ento , cccereu, influenc iado
por diversos fatores : 8 crescenta industrializ81;:80 da eldade. 0 in in-
tenupto desenvolvimento econemlcc do Estado de SAo Paulo. asse-
gurando ~ cidade. pcstcac de Hcerenca na economia naclonal. para-
lela ao incremento da fun~o comercl at e proemlnencla politico-
administrativa no cena rl c nac ional.
lni ciando-se na Prac;a JoAo Mendes. tangencia 0 Largo 7 de Se-
ternb rc, a Pra~a da Li be rd Bde e 0 Largo da P6lvora. terminand o no
entronca mento do Viad uto Pedroso e Rua Vergueiro. inlc", do bairro
do Para fso. A confo rma~o geogrAfica dos loca is c itades , conse-
qu6nc ia do na cecc metrovi'rio Nort e-5ul. que mod ificou intei ra-
mente 0 trac;ade antigo.
65
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a
Igreja de Nossa Senhora dos Remedi os Praca Jo ao Mendes. dem o-
li da em 1943 - Fete tirao a par vol ta de 1890 - Arq ufvo DPH
66
o l argo 7 de Setembro jt!: sa chamou Largo do Petounnho. sendo q ue
estre essas d uas denominacoe s tran scorreu largo perfodo d e tempo.
Histcrtcamente . hA notlcias de q ue em 1610, a CAmara Municipa l
a
coqitou d e cons tru ir no local uma ccru na gu isa de monumento. na
q ual se amarrartam as escravo s fug itivas. exempta rmente. Entre-
tanto , a literatura htstc nca nao afir ma que naquele ano jt!: existt a 0
Pelourinho (44), mas, a partir d e 1834, al i js sa encontrava tnsta tad o.
Foi rmnto tempo depots d a eemcac d o pelourinh o e d o cost ume de
sa castigarem as escra vos. Que 0 largo se tra nstormou.
Por volta de 1885. geograticamente se encra vava atras da Igreja de
Sao Goncalo. num a viet a d enom inada Rua do Rago e Rua de Tras da
Cad eta. entre as qu ais ttcava a Rua d o Me te.
Quando 0 Pod er Muni c ipal d estruiu 0 quartenao que cc mp reencra a
Rua d o Rego e a de Jras da Oaoeta. restou uma area ac anha da, uma
praca peq uena . q ue mais tarde se chamaria "Praca Carlos Go mes "
(45). homenageand o 0 grand e rnusico brasi leiro que fo i Anton io
Carlos Gomes . natu ral d e Campi nas. e que co mpOs uma da s mats
famosa s peces d a 6pe ra cemce mundiat : 0 Guara ni, ond e 0 musico
ge nial sonon zou tod a a bete za e coto ndo da Terra Bra sitetra.
Pouco ad iante do p rimitive Larg o d o Pefovnnno. nc ava 0 Larg o da
For ca que, ap 6s a eboucao da pe na capital no Brasil, por antago-
nismo pa ssou a se c hamar "Largo da Ltberdade".
Foi cena rto da exec uc ao d e tnu meros cond enados. mesmo ap es a
ind epend encia ponnca do Brasil, sencc que. aind a em 1870. 0 local era
conhec ido por Morro da Forca (46).
Do is famosos co nd enados toram exec utad os ali . em 1821: Franc isco
Jose d as Chaga s. 0 Chaguinhas e Joaqui m Jose Cotind iba. ambos
sold ados do 1.0 Batathao d os cecacc-es. esta cionado na Vil a de
Santos.
N a madrugada de 29/6 /1821 , revcttaram -se perc nac receb imento de
acre scimo em seus soldos. por sua Majestad e, 0 Rei de Portug al,
Seg und o relate d e Dja lma Forj az , em "0 Senador Vergueiro", toram
tambem resccnsabncaccs por outros matins. roubo s e mortes na
cid ade de Santos .
Proc essados. j ulg ados e con den ados na forma da lei viqente. co ma
nao havta torca em Santos . vieram para Sao Paulo. a l im de serem
exe c utado s. 0 q ue d e tatooccrreu. na prcxtmfd aoe d a " Capelinha da
Santa Cruz dos Entorcad os".
o entorcamento p rovocou cen as que tmp ressionaram vlv amente a
pooctacao de Sao Paulo. que pass ou a co mentar 0 acontecimento de
67
forma dolorosa, que com 0 passar do tempo ganhou aspectos lenda-
rios .
Tao comovedores foram as fatos ocorridos durante as enforcamen-
tos, que em 22/5/1832, 0 Padre Diogo Antonio Feij6, atribula-os a
Martim Francisco, em urn de seus candentes discursos politicos.
Descrevia a cena, dizendo que " 0 desqracado pendurado, cahto por
rever-se quebrada a corea". Hecorreu-se. entao, ao Governo Provin-
cial , para que se demorasse a execocso. enquanto sa implorava
clemencia ao Principe Regente. 0 que nao S8efetivou. Alegou-se nao
haver corda pr6pria para enforcar, usando-se entac 0 taco de couro:
toi-se ao acouque e com a racecaoe couro foi novamente pendurado,
mas 0 instrumento nao era capaz de sufocar com presteza. Partiu-se
novamente a taco. e a mtserave! negro Chaguinhas, caiu ainda
semi-vivo e. ja em terra, toi acabado de assassinar.
Passou 0 morto a conotcso de her6i e martir. para cuia consacracao a
povo ergueu no local a Capela de Santa Cruz dos Enforcados, hole
transformada em igreja de iqual nome, ponto de converqencla de
mil hares de devotes das almas que , as sequndas-feiras. acendem
veras pelas almas do Purgat6rio, chegando mesmo a estabelecer um
comercfo especttlco de vel as no lcca].
Em 31/10 /1912 tel editada uma lei municipal, reservando no entac
Largo da Liberdade um espaco para a corocacac de uma estatua,
reverenclando-se 0 Padre Feij6 e para um monumento a memoria do
Dr. Jose Alves de Cerqueira Cesar.
Instalada a estatua do Regente untcc do Brasil, quando 0 progresso
ccmecou a exiqir espacos mais amplos, eta tel retirada do local.
Bem no centro da Praca da Liberdade. altua-se a "Estacao Metrovia-
ria Liberdade", em cujas calcadas supertores. aos domingos, a partir
das 14 heres, realiza-se a Fetra de Artesanato Oriental, com expcsl-
ceo e venda de trabalhos em madeira e bambu, pintura em vidro e
plantas ornamentals.
e
A Praca da Liberdade 0 local onde se reallzam todas as festivida-
des pcbncas da ccronre Oriental sediadaem Sao Paulo. Ainda no dia
10 de dezembro de 1977, transtormou-se na "Cidade de Toqulo",
para promocac da "Festa Oriental", de cunho anual na ccrenre.
Cerca de mil dancannos. tipicamente traiados. pattlclparam dos
testejcs que apresentaram, dentre inumeras curiosidades, 0 "bon-
odori ", uma especle de carnaval [apones. festejado par entre barra-
cas de comidas tlplcas.
A antiga Rua da Liberdade e, atualmente. Avenida da Liberdade,
recebeu a primeira cenominacac. quando a viuva de Manoel Sera-
fino de Arruda (Dona Clara Emilia de Lara Keller), requereu judicial-
68
._.-....-..
.~ ~.,
-. .
\ '
{
LARGO DA POLVORA
e
Alualmente. pod e-se d izer prat icamente q ue centro da cidade,
dtstand o meno s de um qutlcmetro da Praca Joao Mendes. Entretanto ,
arnda no oitoc ent.smo era paragem long inq ua tanto que foi 0 local
escolhid o para a conetrocac da "case da Polvora ". que acabou
tdentiticando a reg iao, chegando mesma a ser definida em vanes
escnt uras como " bairro d a Pclvcra" ou " na Pclvora".
A case da Pctvc ra. co nstrutd a por Imperativ e de um afvara de 27 de
julho de 1754. representou um marco hist6rico na vida da c idade.
Construida pelo mest re de obras e carpintei ro, Jc ac Pereira de Ma-
ga lha es. que incomp reenslv etmente a ergueu totatm ente de madei -
ra e co berta de tethas. no ce ntro do pequeno bosque nas ce rcanias
da atuat Rua Ame nco de Campos. integ rava 0 rot de bens patrimo-
niais da Fazenda Naclc nat.
Cobrava uma taxa de 160 reis de armazenag em para cada barr il de
pofvo ra al i eot racc, por cete rrranacao do Senado da CAmara.
Procederam-se nela sucesslva s retormas antes de seu deslocamento
para outro loc al .
Ja em 1812. seu ferro exig ia reparos urgentes , em razao do que toram
contrata dos os services de Jose Joaquim de Carvalho. para retorma -
10.
Em 1832. quando se abrtu a Rua Amencc de Campos. ccm unicando
a Rua da Liberdade com a Rua d a Gl6ria, foi determinad a a remccac
da Casa da P61vora para local mats d istante , co m 0 que 0 presid ente
da Provincia. 0 Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, nao c oncordou .
Foi somente em 1872 que tel tran sterida para fora do rossio . no batrrc
da GI6ria e para predio proprio. onde acabou per desapa recer. Ja no
72
ano de 18 73. nao ma is ex ist ia a p rtmttiva case de madeira, quando a
Provin cia era governada perc Dr. JoAo Theo dora Xavier, 0 tnlcteoor
das grandes transtcrm acoes que Sao Paulo atrevessa rta del por
dt ante.
Fai tao mar ca nte a sua prese nc e. que a RUB d e Li be rdade chegou a
ser chamad a de RUB da Pctvora. co mo se pede ob server nos Livrc s
de Reg istros e Alas de CAmara Mun icipal.
Aberta a Rua America de Campo s, bem 80 centr o do largo de
P6lvora. constnnu-se 0 " Ed ific io Jeh u", urn d os pnmetros predios d e
apartamentos co ns truidos e m Sao Pa ulo e , possivetmente. 0 prime iro
do batrro.
Era seu propnetario. Joao Ribeiro de Barros. natural de Jabu. no
Estado de Sao Pa ulo. plonetrc da ev racac Inte r-c onttnentat. Sonhou
ere ligar a ttalta e 0 Brasi l pa lo ceu! Beanzo u a recann a em reid e
transoceanico. cotoc ano o 0 Bras il em terceiro lugar no mun do.
dent re os paises que realizaram essa proez a (48).
Era um te mpo em que a avraca o atnda se encontrava num estaqio de
ensalos e expenmen tacoes. de modo que 0 monopl ane "J ahu" to!
a
co moraoo de um nob re portuques e aoap taoo atravessia.
Possuia dois braces unidos em (mica asa e cot s motore s de 550 HP,
eq uipado com 0 mats simples instrumenta l de v60, send o Que du-
rante a reioe. seus t rtpu tantes lancavem bo m bas ao mar com reeula-
ndade. para que a d tspersao da fumace md fcasse a dtr ecao e veto-
ctd ade do vente.
Foi co m essas ccnc .eoes de vee que Ribeiro de Barros bate u 0
recorde de velocid ade numa rota eeree d ificil: Espan ha, Ing lalerra,
Portugal, Brasil a 190 quttcmetrcs ncra ncs .
Ribeiro d e Barros, const ruindo 0 "Edtticio Jahu" e vendendo-o total -
mento em condo minio, dem onstrou tambern raro de scortinio do fu-
t uro Imobiliario da c idade de Sao Paulo.
Ainda hoje, ap6s sucess tvas reforma s locals . se encontra ergu ido ali
no Largo da P6l vor a, 0 q ual no et a 18 de junho de 1878 passou a
integ rar oetir utfvamente 0 "Batrrc Orienta l"
Em comerr oracao ao 70.0 aniversano da imig rac ao japonesa para 0
Brasil. 0 Preteito de Sao Paulo, Engenheiro Olavo Egyd io Setubal .
"r ein auq urou" a praca do Largo ca P61vora (49). em homenagem a
colonia japon esa. Na oportuni dade , 0 governador da provinc ia de
a
Kumamoto. entregou cid ace uma estatua em homen ag em a Snuhet
Uwsuka, 0 pioneu o c a irniq racao iaponesa.
Tota lmente remooet eda. a Praca da P61vora tel construida com re-
73
curses levantados pete Asscc tacac dos Loi istas da Liberdad e e as
trabathos de ajard inamento, pela Admmistracao Regional da Se.
AVENIDA 23 DE MAIO
e
o loca l once esta trecada a Avemd a 23 de Maio urn tunc o de vale.
cn de co rria urn peque no cc rreuo . ja ca naltzado. Que encharcava as
cerceruas.
Nao toi construlda de urn momenta para outre. como sa costuma fazer
em Sao Paulo.
Entre 0 seu planejamento urn anlstic c e sua etettva entreqa ao pu-
blico. correram anos.
Ela se tran stor mou em realidaoe s racas asc onstantes desapropria-
cces. pe rmutas de area s levadas a efeitc na ragtao, em quase tcda
a sua exten eao e a vrsao admtntstrativa de alguns Preteitos da ci-
dade de Sao Paulo.
Em 192 7, cnou-se uma co miss ao para exame do s trabalhos nece ssa-
nos a abertura da " Avenida Annanqabeu", atraves da l ei n,o 3093, de
23 de setemb ro do mesmo ano.
Todavia . essa lei toi revogada pelo Alo n.c 13. de 21 de novembrc oe
a
1930. passando 0 enc argo dos estudo s Diretor ia de Ob ras. q uando
era Preteito de Sao Paulo. 0 Dr. Cardoso de Mete Neto. A abertura da
Avenlda loi autortzaca peio artigo 1,° da l ei n.e 3207, de 31 de jutnc
de 1928. bem como oectaraoos de utitid ade publica os predioa e
terrenos necessanos ao ajard inamento da s areas laterals da Avenid a
ttcroro. no trecho ja aprovado peta Lei n.c 3112. de 19/1 1/ 1927.
A l ei n.e 3209. de 31/07/1928. aprova 0 tracado de ssa mesma ave-
mda . no trec ho compreendi do entre as ruas Joao Juftao e Paralso.
adq uirindo a Preleit ura 0 imovel n.c 26. da Rua Pedroso. co m 8554
m2, de propriedade do Dr. Paulo Amer ico Passalac qua, necessario
ao mesmo tracado (SO). Tambem 0 predio n.c 13, da Rua Cond essa
de Sao Joaquim. foi ad quirido para ioentico l im (51).
o traca do integral da Aventoa ttororc to! planejado pera "Comissao
da Aveni da Annanqabau'', projeto que acabou sendo aprovado pela
Lei 0.°3272. de 05/3 /1939 . Todavia. no ano de 193 7. a l ei n.c 3612.
de 28 de julho de 1937. modiftcada pel o Ato n.c 1382. de 15/3/1 938.
com introd uc ao de aneraeoes. aprovou definitivamente 0 tracacc
de ssa avenfda.
A parti r de entec sao teltas muitas desaprop nacoes de areas.
74
E uma da s ruas mais ant igas d o batrro da Lib erd ad e. senc o Que seu
trac ado 10i teito nas ter ras de uma da s c hac aras tradic ion ais do
Dis tnto Sut d a Se. par vena de 1890 - a Cbac ara de Dona Ana Mar ia
de Alme ida Lore na Mac had o.
A entrada de ssa cn ac ara. tao citada pefos antigos c rontst aa de Sao
Paulo, heave na baixaca da Taba ting uera. continando com 0 "Beco
Suio". noj e I ravessa d a Gl6ria. pe lo Rio Tamanduatel. com os terre-
nos da Santa Oasa de Miser ic6rd ia e co m 0 oreo'o do Asnc de
Mendtct d ac e.
Essa p rop riedade [a perten cera a D. Franc isco d e Ass ts Lorena .
ncbre d a Corte, fil ho d e D. Bernardo Jos e de Lorena . qu e ostentava 0
tit ulo de Cond e de Sarzed as. receb ido no ano de 180 5, porter servi do
co mo cons em eiro de ca pe e esp ada d o Conselho Uttramann ho.
d urante 0 pr imeiro qua rter d o secure XIX. Foi d eputad o e vice-rei da
Ind ia'
Por oc astao da s revotucoes Hberais . 0 Con d e de Sarzed as fo! encon -
trade morto na pnsao em que se encontrava . Na sua passagem pete
vid a pub lica nactonal. loi governador d a Prov inc ia de Sao Paulo e d a
Cap ila nia de Mina s Gera is, ond e lun do u a c idaoe d e Campanh a.
Como pover naoor de Sao Paul o. oroe nc u a abertura e catcamento de
mumeras vias pubttca s. mandou construi r 0 ve rho Chatanz da .Mise-
rtcordta bem co mo a pr ime ira ponte do Anhanga bau. -
As crcrn cas sabre a sua vid a retatarn um tate pitcresco.
Don a Mar ia I. ram ha de Portug al, co nferia ao jovem fid algo singu lar
sim patia. cotoc ando-o aos se us serv ices. na cond ica o de oticiat do
Exercrrc Pcrtuques.
Para casar -se d evia ped ir e abler 0 co nsenti mento rea l, de mod o que .
q uand o che qou a esse momento de sua vi d a. para nao ped ir aq ueta
autori zeca o. casou-se secr etamen te com Dona Maria Ange lica d e
77
Bustamante Sa Leme. fflha de urn profe ssor da Universid ade de
Cctmbra .
Sua persona lidad e li cou perpetuada nessa rua tao importante do
bat rro d a ueero aee. c uic mvet am ento Inlctal toi autor izado cera Le i
n.c 78. de 09/12 / 188 3 'pa ra , em 1894 - Le i n.e 114, de 06/10 - ser
d otad a de methoramentcs pcbncos . co mo suas prime ira s serjetes.
Fai oeste secure. co-ern. que cor te rce d a Le i n.c 13 19. de
19/ 5/1910. toi Intetra mente calcad a.
Iracad a a partir da Ave nida da Lib ero ece . des ce perpend ic ular -
mente ate a Rua J unq ueira Freire. aberta em tones que constitui ram
p rop ried ade do ingles Rademaker. Franc is co Macha do e Joao Feli -
cia Fagu ndes.
Bat ao d e Iguape to! titu lo nobilia rqui co que D Pedro II outo rgou a
Anton io d a Sil va Prado, em 1848, em reconhec imento d a sua atuaca o
nos mov ime ntos e ta moepenoencta do Bra sil.
Anton io da Sil va Prado, antes de tixar-se em Sao Paulo, on de con sti-
tuir ia uma d as mais importantes e l idalgas tamtttas desse Estaco.
neq octava peres sertoes da Bah ia e Gola s.
Foi pa i de Dona v eno tana Valeria d a Silv a Prado , que tantos p reen-
a
mas con ced eu a socieda de e c ultura pau lista na
RUA JACEGUA I
Foi uma da s mais tra otcronais ruas d o bai rro de Lib eroaoe . Em
tempos passad os. co mec ava na Avenid a Liberd ade e avancava pe -
las terras do bairro do Bextqa. ale a Rua 14 d e Julho
Quando se cons tru!u a Eteva do Costa e Silva . noanoo 0 ba irro d a
Consota cao e as bairros d a Zona Norte, a part ir da Avenida Alca ntara
Mac hado. seu anti go trac ado tot totatm ente mod il icad o.
Atuatmen te. traca d a oer pendtcuta rrnente ao Viad uta Guilheerne de
Alme ida , atrave ssa a Praca Perala Byington, junto a Avenida Briga-
d eiro Luis Antonio e temuna na Rua 14 de J ulho.
80
Fo! tracada na ch ac ara particu lar do Senhor Stre ib , no ana de 1875,
chac ara q ue era bern pr6x ima do Cami nho d o Carro,
A Ch acara Streib, que era multo grande , umit ava-se co m a Rua da
Lib erd ade. 0 Largo d a Porvora e des cia pe te antig o tracado da Aua
Jac eq uai. ate a Averuda Bri gadei ro Lui s Anton io . Ne sse loc al fica va
uma fonte de ap ua cnstafm a e po ta vet. que se despejava no va le do
Annanqabau e q ue abaste cia tooa a reg ia-a , pnnc tpatrnente a pop u-
lacao da G loria e do Bex iga . Era con hecid a como a Fonte do Morin-
qum ha.
o a
nome Jac eg uai, dado ao ant igo cami nho que conc uzia Fonte d o
Moringuinha, homenaqeia 0 pa uusta Silvestre da Mota, Berao de
Jaceg uai, filh o de Jo se lnacio Silveira da Mota .
Abracou a Marinha co mo protissao. le ndo side comandanle do mont -
lor " Barroso", partrcipante da Guerra do Paraguai no co mbale de
Timb o. passagem de Humatta. Desta cou-se pe te sua bravura em
cc mbate a bordo do navt o Jac egu a i.
Aeformou-se no poeto de Atrntrante. tend o stoo tambem mi nistro do
Brasil na Ch ina , em mrssao es pec ia l, e memoro do Consetho Naval
Bras ile iro.
Casou-se em Buenos Aires com uma bela Itauana de nome Luiza
Greccru. em 9 de fevereiro de 1870 .
A Ca mar a Municipa l de Sao Paulo perpetuou seu nome numa das
suas ruas de gra nde uacncao cultural.
Uma das ma is anl igas e tra dicionais. inte rligand o 0 ba irro da Beta
Vista e 0 da Liberdade. No secure oassaoo . entre eta e a Rua Pltan-
guy, esteve insta lado 0 matadouro publ ico da ctdade. em oecorren-
c ia de um acordo entre a Camara M unic ipa l e Achilles Mart in d 'Esta-
d ens, celebrado aos 30/4/ 1851 , d ar se transterind o para a Cbacara
dos Ingleses e, final mente Vila Clement ino .
e
Atuatment e. a Rua Humait a uma rua resi denc ial e sua d esiqnacao
fi xa uma das gra ndes passagens d a G uer ra do Paraq uat.
VIADUTO PEDROSO
••
•
o BAIRRO ORIENTAL
A Avenida da Libe rda de, arteri a de irradia cao para todos as pontes
do batrro, esteve inlerd ilada durante dais enos. neceseenos a im-
plantacao do melropolitano de Sao Paulo, linha norte-su i, entre a
PraQ8 da Liberdade e a Rua Sao Joaq ui m. Tambem outros trechos do
bai rro estlveram em tdentic a sttuacao. como 0 Largo 7 de Seternbro.
Rua Consethetro Furtado , Rua Cond e de Sa rzed as e Rua Tama noare.
Em agosto de 1973. 0 bairro comptetamente rernooeta do. to! reentre-
Que 8 0 dominic publico. etnca na oesta o do Pretetto Figueiredo
a
Ferraz, q ue na ccas.ao prometeu Cotcnta Japanesa do baino da
Libe rdade , que a Secretana de Turtsrno Mun ic ipal serta ativa da no
sent ido de mcenttvar as loji stas da regiao para se imp lantar na reqiao
plano paisaq tsttco, transtormando-a no bairro or iental, etetiv amente.
o plan o de or tentalizac ao do bairro da Llberdade . de autorta de
Randolto Marque s Lobato, fora anunci ado em 1969.
Lobato era jo rnali sta e presid ents de uma co mis sao de cnrreses.
corea nos, japoneses e vtetnamitas raotcaoos ou estabelectdos no
b airro da Liberdade (0 Estaoo de Sao Paulo - pag. 8 - Edicao de
20/01/73).
Pretend ia esse pl ano transtormar 0 bai rro numa especie de "China
Town", como a extstente em Nova lorque e Sao Francisc o, a tim de
consoli dar a tendencta natu ral do bairro de se transforrnar nurn nc -
cle o tipicamente oriental e que tena 0 condao de se transformar em
operosa atracao tutlstica para nacionais e estranqetros.
92
Por esse p lano e. med iante a cobe rtura da Secretana de Turismo.
uma vez retrrados as tapume s e matenats de construc ao d a linha
metrovrana. as Iumman as a vapo r de mercuno existen tes seriam
subst ilu idas po r lanterna s de est il o or iental , que as [aponeses cuau-
ticam de "tiotm''. e etaboradaa por arnst as dessa comunidade.
Sao tanternas u reroes. com 50 centimet ros de alt ura e 20 centi metres
de cram enc. que toram colocadas a partir d a Rua Ga fvao Bueno,
consid erad a a espi nha dorsa l d o b atrrc ori ental.
Ptanej ou -se. a seguir , a carac terizac ao do trao tciona r ba irro da li -
be rdad e em bairro tipicamente or ienta l. coq ttando-se da substttut-
ceo das calcadas de cimento. por passeios de azulejos decorad os
com motivos chines es e lapone ses. As facha oas d os predto s oe v tam
ser reformadas e p inta das a maneir a dos ediftcics onentais. ao
mesmo tempo q ue os luminosos des estabetectment os comerc iais .
sena m nomea dos na sua Hngu a de ori gem, com a respec tiva trad u-
cao ao lado .
As tres entrada s p rmc tpa ts do ba irro seri am guarnecida s de porta ls
- as "tori" - e peq ueno s j ardins com g uaritas para as guardas de
transite. semelh antes as exrstente s em Toq uio.
Os [ardins fcram progra mado s pa ra os ter renos e gramados da s
teterais da Rad ial Leste . entre as Viadu tos da liberdade e Galvao
Bueno.
Aepcce . 0 ba irro nao possu ia nenhu ma area verde, mas a p lano d e A.
M. Lobat o pre via dois outros j ardi ns a serem elaborad os em area s
de tinidas. Possivetmente. na cc asuc serao construid os em areas de
rccauzacao d e predios pub licos. seg undo 0 mesmo p lane jam ento.
Esses ja rd ins terec um pequeno larg o c om pon te de made ira enver -
nizad a - 0 "nasnf" - . cam inhos de ped ra. p inhe iros e cereietra s que
nc rescerac em abr il ... e cuja ccnservacao sera entregue a propria
comunid ad e oriental d o b airro.
Reali zad o 0 concurso de desenhos para os pas seios pubticos. dola
projetos Ioram sel ecionado s: urn, tiplcamente chines, com figu ras de
tantasticos drag6es. enqua nto q ue 0 outro, de tlo res estilizadas ell
mane ira j apo nesa.
A Prete ttura de Sao Paulo e a Comun idade do batr ro arcarao co m as
desp esas, mas cabera a ca da rojrste. d ono de restaurante ou arma-
zem. ornam enta r a fach ada d e seu pred to. con forme a velha trad i<;ao
ori ental e. certamente. com a predomlna ncla do vermelho. a co r
pretence por chinese s e [apo neses.
o plano d e Lobatc tambem pre viu que os guardas a serem ccrccaccs
em se rvice no b airro da uee-eece. c everac ser b ilingues ou pol igl o -
tas.
93
Expo sic oe s de artesa nato oriental , espetaculos mu sica ls e co reoqra-
ticos. serao apresentad os reqularmente. sendo que as testes trad i-
cio nais do Japao e da China. co mo as da " Boa Cornetta'' e as das
"Cnanc as" sao Intensamente feslejadas no novo batrro da Liber-
d ade .
No Natal de 1973. a Secretarta de Tunsmo fecho u a RUB Galvao
a
Bueno norte e prog ramou ali a apresentacao de quinhentas mulne-
res vesl ida s de q utmono. danca ndo 0 bon odo ri. dan ce trao tctcna t
iapone sa. espetacufo esse que tel assistido per grande p ubl ico
co nstituido de na cion ats e estrangei ros.
o " Bairro Oriental " congreg a g rande v aried ade de mteresses: tacul-
daoes. coleqtos e esc otas oticiais e particutares. casas de culture.
academ ias d e espo rte. correto . boale s, ban c os. ig rejas d e vanes
c utto s. lemplos d iversos , restaurantes. casas de toq os . ba res, cum-
c as rnecncas de ac up untura e moxa, centres es pi ritas e umba nd tstas .
ttvranas . loias o tversas. pen soes. "repu bticas ". co rti cos ... um jornal
que tem assrnantes ate mesm o fora do Brasil, eott oras d ivers as...
o bairro ortental. com ercial mente. e attamente d fverstttcado : possu i
53 roj es de artigos variados : 38 to tes de contec ca o: 48 c asas not ur-
nas : 3 cinemas e 63 restaura ntes.
As loj as de orie ntals vend em de tud e. p rinc ipa lmente as da Rua
Gafvao Bueno : roupas. bo neca s ttpicas . obietos de oe coracao. rel6-
gios, eq utpamento s totoqraticos. bebidas. rnc reote ntes e condi men-
tos caracteristicos da coztnba ori ental.
RESTAURANTES ORIENTAlS
a
Praca da Liberd ade aos domingos tarde, ono e oco rre 0 encontro d a
colOn ia orienta l.
98
" YAMAGA" -RuB Tomas Gonzaga, 0.° 66, 0 restaurante mais ttpi co
a
da Li berdade. no que d iz respe ito oeccracac e cardaplo. onde em
cuj o interior a arq uitetura cria urn ambtente exotico. mas suave . As
mesas se sepa ram par paredes de papel , de Irag il e acon chegante
aparencta, pais al i nao ha salao coletivo de refetcces. 0 seu chao e
forrado perc tatami. com rnestnhas ao res do chao e almofad as
jogadas displicentemente pete ambiente. t: servido par mocas uni-
formtzadas. par um cardaplo excluslvamente Iapones. ao som de
mustca de fila.
a
" ENOMOTO" - Rue Galvao Bueno, 0 .° 54. Tern sua entrada um
jar dim [apones. adornado de rochas. arbustos . espelho d agua e
bonsais, que sao min iaturas de arvores. Para quem qulser, 0 restau -
rante possui duas saras com tatamis, onde se come sentado.
"HINODt:" - Rua Tomas Gonzaga, n.c 62. E uma casa chela oe-
cc rredores e pequenas salas formando reservados. Na parte terrea.
um sarao para 0 such! no balcao. sempre barul hento pete bom humor
dos frequentadores.
Nas ind icadas, e possi vel a aquisiceo desde balata de lotus ate a
qui mono :
- CAXINGUI - Rua Galvao Bueno, n.c 199 (Mercearia)
- CASA SERGIO - Rua Galvao Bueno , n.c 87 (Mercearia)
- CASA MIZUMOTO - Rua Galvao Bueno. n.c 45, uma das mais
importantes loj as do batrro. vende ndo produtos nacronars e japo-
neses impo rtados .
- OKA MOTO - Rua Galvao Bueno. n.c 48. Uma loja de presentes.
102
- BAZAR OSCAR - Rua Galvac Bueno, e.e 138. Espec ializad o em
produtos importa dos .
- CASA SOL - Praca Liberdade. n.c 153. Espec ializada em brio-
quedos ja poneses.
- SIN III - Rue Consethei ro Furtado , n.c 212. Pequen a rota que
vende vest ides c hineses.
BARBEARIAS
POPULACAO JAPONESA
APARELHAMENTOS CULTURAIS
Sua sed e sttua -se a Rua Taqua. 0,°209 , promovendo reunioea pubti-
cas as terc as ter-as e q umtas te tras. aos saba ocs e oc mmac s.
a
Funclona Rua Rodrigo Silva . n.c 85. 1.0 andar, sede central, que
co nta co m um a b ibl ioteca esoeca neac a e sa te de mecu acso.
Seus integrantes pretend em 0 emprego co nstrunvo das torca s que 0
ho mem poseur naturalmente. or tentad os par uma urosona partt c uta-
rtsstm a. de que a refi giao nao v tve em se tta s ou socie d ad es .
Entendem-na co mo a reta cao ent re a alma e Deu s,
Para d ivulg al;so d e seus ensinamentos e preqacoes d e seus tema s
hlosofico-espmtuaustas mantem uma editcra: a "E duora d o Pensa -
a
mente", Aua Conse theiro Furtado. n.e 648 . 5,0 anda r.
OC irculo Esotenco da Comunttac do Pensamento esteve sediaco em
betlsst mc predic extstente na esq uma do Larg o Sao Paulo co m a Aua
Consethei rc Furtado. que fo i demolido p ara ala rgamento d essa
mesma arteria. Ne sse local, oradc res famosos ftzera m c atoro sas
oretecees de c unho tncscncc-escrntoansta . centre os qu ais. Berto
Conde.
a
Slt ua-se Aua Pirap iting ui, n.c 72 e func iona como assoctac ao assis -
tencia l e cultu ral d a col6nia onentat da Lrb erd ad e. espec tatmente
japoneses.
115
SOCIEDADE BRASILEIRA DA CULTURA JAPONE SA
Inaug urad o perc Princ ipe Imperial Japones e por Sua Excelencia a
Presidente do Bra sil. 0 Genera l Ernesto Ge isel, d ia 18 de junho o este
ano (1978).
Seu acervo. cui dadosa mente setecio nado pe lo Prolessor Hiroshi
Saito da USP e p resio ente da Comissao espec ia lmente consti lui d a
para esse l im, conta e documenta a hist6ria d os 70 anos de imig rat;:ao
[apo nesa.
Montado em 896 metr os q uaoraoos d o 7.° e 8,° and ares d o pred fo da
a
Socied ao e Brasuena de C ult ure Japonesa. Rua Sao Joaqu im, n.?
38 1.
A co leta do acervo intctou-se em 1976, cheqand o a reurur 14 mil
pe ca s (Ci ty News - Edicao de 18 /6/78 ) d as quais a pe nas mil estec
exoos tas. serecao que obedece u a t-es temas p rtnctpa!s : .
- Os iapcneses no novo mundo :
- Contnbufceo para 0 dese nvolv tmento:
- Em bus c a de novos rumos.
11 6
Enorme pain el expticativo conta no primei ro tema. 0 entabotamento
das reracees dtptomaticas Brasil-J apac, ate a chegada do imigrante,
tocado peres d ificuld ade s iofinil as para S8 ada pte r 80 novo esti lo de
vida. alingua e 80S costumes lao diterentes dos seus or ig inals.
Figurando esse aspecto, pode-se aprec iar a pec a ma is cara de todo
o museu: a replica do navo " Brasil Meru ", que trcuxe japoneses nos
anos 40. avaua ea em do is milh6es de cruz eiros. Fai uma cte rta de
ums empress particular.
Tambe m 0 "Kaseto Ma ru" tern a sua rept iea exposta no Museu . doada
a Sao Paulo pel o Museu Meiji-Mura do Japao.
Como a viagem do Jeoac 8 0 Brasil demorava ceres de Quaranta e
cinco d ias pelo Canal do Panama e sesse nta dia s pe ta Africa do Sui,
os trtp utantes dos na vie s editavam lomals. procurando js aprender a
li ngua bra siteira.
e
Outra curios idad e sing ular um prototipo em tamanho natural de
uma morad ia tf pi ca do colona [apones. bem como outros obj etos.
como uten silios case ttes. instrumentos ti picos de trabalho rural ao
tadc de puees e moinhos de cafe. Mostra, tambem. a unttcrm e de
judO usad o petos prime iros imi g rantes nas bore s de descanso.
Quanta Ii co ntnbotc ao para a dese nvol vimento , a paine ! mastra a
patticipacac do ja pon As na ag ricultura do algodAo, amendoi m,
hcrtela-pimenta. rami. mllho. feij ao e a inlroduc ao da culture do arroz
a
em terrenos atecac tcos. da ndo assim. nova dlmen sao agri cu ltura
brasuet ra.
o tercetrc tema exposto rei rata a prin cipal contnborcac do imi g rante
que 'oi a introducao de novas tecnices e plantas trazidas do Japao e
a fonn acao das coo peratives ag ricolas. como a de ccue. Sui Brasil
a
e Sao Paulo. desenvolv idas para lelamente excensec urba na e in-
d ustrial.
as paln ets eonta m ta mbem que as japoneses abr iram casas de
cornerc to peta cidade, como q uitand as, ttnturartas. hotel s e restau-
rantes. dar partm do para a industria, que se expandlu na decade de
1950, send o que hoje ha mais de 400 empresas japonesas inslal adas
no Brasil (City New s - Edic ao d e 18/6178)...
Presentemente, a Museu perm anecera sob 0 contrcle da Soci edade
Brasil eira de Cultu ra Japonesa, mas 0 plano e cria r-se um erqu fvc de
documentos relevant es para a hist6ria do j accoes neste lado do
mundo.
Para esta segu nda etape . a Profe ssor H. Saito mtorrna que a comis-
sao j a d ispOe de dez mil documentos, entre ccrecees ca mpIetas de
jornais d a colOnia ed itad os ale a Infclo da Segu nda Grande Guerra,
117
porquanto per esse per fodo . foi proib ido no Bra sil 0 ensino da ling ua
j aoonese.
e
A f inali da de da orceo uacac des se acervo htsto nco tavo rece r a
cr omocao de estu do s scbre a imig racao japan esa, nurna inic iativa
(mica no mundo tod o. •
Abe rto ao pub lic o des de 04 de julho do ano cor rente. funciona das 14
as 17 hares, de terca-teir a a domingo. medi ante cobranca d e ingre s-
50S: Cr$ 10,00 para cna nc as d e 5 a 11 ano s e C r$ 20,00 a part ir d e 12
ancs.
PERFECT LIBERTY
A Aua Plrapitmq ui. 0.° 204, sit ua-se a sede central da tnsut urcao
religiosa "Perfect Liberty", que co ng rega em Sao Pau lo ceres de
trezentos mil adeptos. dos quais noventa por cento sao brasileiros.
A sede central, situada no Ja pao. tern ded icad o ate ncao especi al a
problemas rel aci onados com a sauc e e a aqric uttura. em qeral.
Em meados d e ju nho do ano em curse . esteve em visi ta ao Bra sil e a
Sao Paulo, 0 Patriarc a Tokuch lka M iki.
Em 25 de maio vi sitou Sua Excele ncla 0 President e da Republica,
ap resentando 0 resultado de estud os realizados cera "Perfect Li -
berty" do Japao. para aumento da produtiv id ade de certos produtos
a
aqrfcolas. coloca ndo-os dis pc sic ao do Governo Bra sile iro para sua
apncaeao no Brasil.
Informou tamb em que as ctlnicas mantidas pe la entida de desenvol-
veram moderna tecnolog ia para oeteccac do cance r no estc maqo.
que amplia a marge m d e cura dos portaocres desse mal.
Tam bem sob esse aspecto co locou a tecnologi a descob erta dispo-a
stcao da com unidade br asllei ra.
No enco ntro havido na sede central em Sao Paulo, nouve enorme
compareci mento de adeptos. que toram cientittcados de que 0 Go-
verne do Estado Interessou-se pela tecnologi a descr ita, colocando
a
os 6rgaos estadua is cr scoetcao da r:[lesma.
No b airro d a Lib erdade ha. grande parttcipac ao nos encontros de ssa
comunidade espiritua! e sua d ivulgacao vem atce ncand c bastante
exito.
C INEMAS
.-
a
localizada Avenida Liberdade. e.c 659, te rn de semp enhado signi·
fica liva pa rtic ipacao na orojecao lntelectua! e moral do bairro, em
est retta convtvenc ia co m as Faculdades Met ropoutanas Unida s.
Como bem a caractertea sua destcna cao. segue rigorosamente 0
metoda praq manco de pie dade e santidade. norteando sua al ividade
pels p reocupacao da vi da crista, inditerenca as formas ntuais e
sacerd6c io laico.
Sua oes tanacac. eonceca desde 0 pnnctpic de 1729, tmha carater
de oesprezo peres que se reuruem com certo metcdc para a vida
devocicnat. entre os quais esteva John Wesley. seu cnador. Histcn-
ca rre nte. este aceitou 0 termo e. em 1738, ccnverndc. fez surgi r 0
movimento rettqioso que passou a congrega r mtthares de vidas e
marcou nova fase do anql tcantsmc e protest antismo de modo geral.
Ante as d ificuld ades de pregar;ao em temptos anqncercs. passou a
lazA·/o ao ar livre e os reigos, inclusive as mutneres. partic fpa vam
ativamente do mc vim ento.
Aos poucos seqreqou-se da Igreja da Ingl alerra, da da a expansao da
ideia e a crescente incompatib ili dade co m a igrej a alta. Oaf passou a
se organizar em outros parses.
Em 1806 surg iram as igrejas metcdtas independente s e no ano
seg uinte os metodistas primitives. dentre out ros grupo s. Em 1907,
alguns desses gru pos se reuniram e lor maram a Igreja Melod ista
Unida e outros. em 1932, co nstituiram a Igreja Metodista.
Professam os seus membros 0 protestant tsmo evenneucc e sua te-
alo g ia segue a armtnia nismo. com peq uenas excecces. tendo a
Da.
Bib lia co mo regra da te e da pratica. ainda. grande Impo rtancia it
expenencia pesseal da conversao.
Eatima-se que tal comunidade no cenanc internac ional se c onstitui
de 43 milhoes de integr antes, e no Brasil, cerca d e 600.000.
Arquitetenicamente a 19 reja Metod ista do Brasil se apresenta de
estuc meio g6tico, tendo em 1968 servi do de c entro de estod os e das
aulas da s Facul d ades Metropolitanas Unidas.
129
t:
,.
"
Temp!o Maconic o - "Se renlssima Grand e Lcja" do Estad o de Sao
Paulo - RUB Sao Joaqui m.n.v 138.
131
Em toda cidade de Sao Paulo e pnnctpa fmente no ba irro da Liber-
dade desenvotve intensa ativida de pastoral. acao soc ial eeduceca o
crista.
E tambem restdencta pastoral.
SEIC H O-NO-I ~
Na Rua Conseme tro Furtad o. n.c 57 M uma "Sata dos Milag res" - " u
reino de Jesus Cristo" - onde um rmsslcnanc atenc e aos interesse-
des e da uma oencac ge ral.
Situada na Rua' Sique ira Campos , n.O 96, e muito frequent ada pelos
coreanos. especialmente aos dom ingos.
e
A quase total idad e desses co reanos advinda da Coreta. que na sua
fuga do Comuntsmo. radicaram-se em Sao Paulo.
" IGREJA ADVENTISTA DO SETIMO DIA" - Rua Taq ua, n.O 88
" IGREJA BATISTA ALEMA SAO PAULO" - Rua Maestro Cardi m, n.e
408. Hesidencia Pastoral
"IGREJA EVANGELISTA BATISTA PAULlSTANA" - Rua Bueno de
Andrade. n.c 679
" IGREJA MESSIANICA MUNDIAl BRASil " - Rua Cc nsetbetro Fur-
tado. ne 1114
" IGREJA METODISTA 00 BRASIL" - largo da P61vora n.c 14 1 -
8.0 andar
·132
" IGREJ A NOSSA SENHO RA 00 L1BANO" - Rua Tamand are.
ne 355
" IGREJA ORTODOXA SAO NICOLAU" - Rua Tamandare. 0 .° 710
" IGREJ A PENTECOSTAL OEUS I: AMQR" - Rua Cond e d e Sat-
zedas, 0 .° 185
" IGREJA PRESBITERIANA CO N$E RVADOR A DE SAO PAULO '" -
Rua Ped roso, n.o 351
'"IGREJA PRESBITERIANA POVO CELESTIA L FORMOSA DE SAO
PAULO" - Rua Fag unde s. 173
"CENTRO ESPIRITA lELlN KA" - Rua da Gloria. 0,° 551 - 2.° andar
" CENTRO ESp iRITA MARIA EM iLIA DE ALMEIDA" - Rua Fag und es,
n.e 187
'"CIRCUl O EXOTERICO COMUN HAo DO PENSAMENTO '" - RUB
Rodrigo Si lva -
" INSTITUICAO TEOSOFICA PITAGORAS " - Rua Tomaz de Lima
"IGREJA MESSIANICA MUNOIAL DO BRASIL" - Rua Martiniano de
Carval ho, 0.° 340
'"PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE sAo PAULO'" - Rua Pe-
droso. 0 .° 38 1
'"PERFECT LIBERTY'" - SEDE CENTRAL DA AMERICA DO SUl -
Rua Pirap il ingu i. 0 .° 204
"T EMPLO BUOISTA" - Soto-Zenchu - Rua Sao Joaquim, n.e 285
Espalham-se atnda pels Liberdade, casas de candombte. mesa
bran ca e terre iros de ba ixo espmnsmo.
Dever-se-a etnd a ressattar a importanc ia q ue 0 bu dismo apr esent a
na reg iao ori enta l d a Liberd ad e, q ue nos ctnrros anos vern se constt-
tuin do etrecao de ordem nacional. d ad as as festiv idades e ceri mo-
nl ai s bud istas ap resentados pe la poputacao japonesa e ch inesa
resi de nte no loc a l.
A Rua Sao Joaq uim, n.o 138 sttua-se 0 Grand e Tem plo Mac6n ico,
assiduamente frequentada peres integrantes da maconarta. asso-
ctac so sec reta esp alhad a pe r tod o 0 mundo e d e carater filantr6pi co .
Suas origens se per dem em hip6teses que envolvem Salomao e
133
Hirao, have nco autores que a Iitiam ao ca rrnati srno. uma seita ser-
creta de or igem persa.
Supce-se. toda vta. que a maconana co mo orqanizacao de c unho
esptnt ua! pro venha d as conf rarias mq teasas de pecre tros oronesto-
nets. de cul o oftcio. alias, herdararn as ape lrechos para seus ntuais .
Os macons usam ainda aventaf. chape u e espan a e empregam na
sua simbo log ia 0 esq uad ro. 0 compasso e 0 fie de prumo.
As rojes internac iona is se nc rtea ram peta Grande Lola de Londre s.
surg ida ern 1717.
a
A aomt sseo eqremtaca c e revestida de c ompticado cerimoni al e
ritua l, senco Que as Ires prtmetros grau s tntct als da maccna na
(ap rendtz . companhet ro e mestre) transtormam -se com 0 temp o em
33, aqueles a consli tui r a rnaconarta exter ior. e restantes a macona na
oculta . em c ujos miste nos so uns pouco s co nseguem penetrar.
No Bra sil a mac onaria espalhava-se per toda a ccre nta vtnda d a
Europa. mas pr inc ipalmente d as universtdades lrancesas e rnctese s.
com terce e prestigio.
Segundo 0 " Syllabus roaceorco''. a liberdade de pen samen to e 0
raclonahsmo sao prtnctpios tundamenta ts d a soct edade. marcan do
na pouttca nacionat uma presence s ingul ar. sendo sua tnstaracao
otlclat no Brasil data de 1801, segundo proc lamacao que. em 1832.
Jose Bonifac io d irig iu aos macon s de todo 0 mund o. c omun ic and o a
mstetacao de uma pnmeira loia naqceta data . sob 0 Rito Mod erno e
ftnacao ao Grande Or iente da Franca . Outra s loi as logo se mstatara m
par todo 0 Brasil: Bahia. Pernamb uco. Rio de Jane iro. etc.
Jose Bonifaci o loi 0 primeiro grao-mestre da rnaconana bra sueua .
sendo suosutujcc por D. Ped ro I. Dentre 35 graos-mestres brasuer-
res . destacamos atnda Ouinttn o Boc atuva e Nit o Pecanba.
Presentemente exi stem aprox imadamente 700 toias macomcas no
Brasil, com cerca de 150 mil ad eptos. send o que em 1968 a Mac ona-
ria iniciou di alogo com a Igreja Catotica, pretenoenco restabe lecer a
partlci pacao di reta d a rnaconarta no movimento politi co b rasileiro.
A 14 d e maio de 1976 pudemos pamc tpar co mo asststente de uma
sesao especial no oetactc ma ccntc o da Sereolsstma Grande Loja do
Estado d e Sao Paulo , em um dos raros dt as em que ab rtu suas portas
ao publico.
A eessac tel aberta pelo Grao-Mestre HeNEl Ccrdovi! e 0 Senhor
H avfo Pereira fez a conterencta do dla. As porta s se abrem e sons
estranhos domin am 0 ambiente. enquanto os co nvidado s seguem 0
mestre de cenmonias .
134
Nas laterals d a pa ssareta . homens perfilados de ambos as tacos
cruzam suas espa oas . forman do a ab6boda de ace. num cum pn-
mente aos que chega m. Silencicsamente. tc dos se d irigem a seus
lugares e esperam...
Ao alia, no leta, esta rep resentado um ceu recam ado d e estretas.
planetas e cc osteracees e, ao fundo, uma grande mesa. em tude
semethante a um altar. Stmboros de ace nas pareoes : 0 ccmpasso. 0
esquadro. um grande Iriangulo. tendo mscnto na sua area . um
gran de otho . a otho de tratemtdaoe. simbo!o da prevroenc ta
Quatro portrona s de diterentes ta manhos obedecem a uma hterar-
e
quia d efinid a. Urn snen cto quase sepulc rat cortado pete voz do
mesne de certmontas que anuncia a entrada do "Grao-Mestre-
Adjunto". que entra no rectoto. passan dc sob a ab6boda de espadas
novamente lo rmada
Esta aberta a Sessao Branca
As pata vras unais do c onterencista sao aptau d tcas por toc os. en-
q uanta 0 grao-mestre bale c om seu marte to na made ira que , a segu ir.
e
e xcnce que a Macooarta mars q ue uma tdeta. e um Id eal ' E mats
que isso. e um estado de con sciencia . na mvesnqaca o ca verdade.
tend o por objeti vo a Hberdade.
Cong rega nomens de todos os rnver s socr ats e religlOes. de sde q ue
creia m em Deus. inter pretaoo peta maccnena como 0 grand e arq vi-
tete do umverso.
Os 900 macons reur uoos no maier templo macor nco de Sao Paulo se
d ividem em 36 10jas. tsto e. 36 grupos de maco ns. tocos os d ies. sets
lojas diterentes tazem reuruoes para d iscussao de programas de
contn tnnc ao ao ensino. c ampanhas beneuce ntes. bem como de
participaceo em todos os movrmentos ctvicos. cuttvrars e de inte -
resse publ ico.
Tais programas sempre obje nvam 0 homem e seu aperteic oamento.
como constru tor social q ue e. Seu cbjetivo ulti mo e a Iratern idade
universal
Oua tquer cid adao pode ser macon. desde que creta em Deus Deve
ser apre senteoo a socieoeoe per um macon . que assume a respon -
e
sabil idade da mdicacao. A vida do apresentaoo stndicac a .nta-
gralmen te e. se em ccoc. coes de integrar a sociedace secreta sec
e a
nome em reomao oterec toc vc tac ac qeral. Se aceit o. e coov.oeoo
a oarncrpar imedi atamente. passand o a mteq rar uma da s scceoa .
de s mats tecbadas do munc o. obnq anco-se a cumpnr seus pnncr-
ocs e rituals. sem jamars reveter os rmsteno s e seqredos da maccn a-
".
135
OUTROS CULTOS ,
ESPIRITISMO
UMBANDA
"JORNAL PAUlISTA"
Com uma t iragem d e 30.000 exemplares diaries. tem uma pag ina em
Hngua brasllelra alg umas vezes por semana. reservada para assun-
tos locals e testae da co lOnia.
Como os d emais periodicos. conta co m tmoreesac em "off-set" e
apresenta notl cl arlc loca l e pounce interna c ion al , esta felta co m a
ccteborecac dos jomais do Japac ou ate sucursais em T6qu io (City-
News - 18/6/78 - pag .7).
Presen temente d ir ig ido por Goro Sekiva, esta instetedc A Rua Ba rAo
de Iguape , n.o 123.
138
··0 CIA··
.No ana de 1931. a " Imprensa Metod ista" era uma das majores
tipoqrauas de Sao Paulo. possuindo rnaqutnas modemissimas para a
epcce : varies linotipos e impressoras planas e uma cnamava " mono
type". 0 gerente geral da ti pog rafia era uma figura trad icional. 0
senhor Macano Ferraz de Campos, homem oootsstmo. robusto e de
excetente humor. Per verts de 1943 foi substitui dona ge rlmc ia por seu
irmao Eutatio Ferraz de Campos.
139
Na Metodista S8 imp rimi a anti g amente a maioria das pu blicacces
rel igiosas e laicas. da dos as seus prec os m6 dic os, conhec idos de
toda Sao Paulo. Varies jo mais est udantl s eram con fecclonados ali: a
" Sao Bento" (1931/32, 0 "Novo Aumo" ( 1934), a revista " Oeste"
(1939), tevados ale aquela imprensa pelo Professor Miguel Costa
Junio r. na epoca renomado professor secu ndartc em Sao Paulo .
Quase todo 0 service tipoqratico d o Gin asfc d e Sao Bento (ca de rne-
las de alunos. rec ibos, estatutos. reg ulame ntos) eram imp ressos na
Metodtsta pelo mesma professor, numa verdadet ra antecipacao do
ec umen ismo.
A tipografia permttta nesse tempo que as clientes permanece ssem
no seu interior, acompanhando 0 andamento d os trabathos ttpo qratt-
cos : ccrnocstcac. paq inac ao. revisao. emenda , rmoressao. enc a-
cemecao. etc. .
A oticlna era imensa e ocu pava na Aven ida Liberdad e. n.o 659
(mesmo numero atuat) . fundos. um g rande es paco. onde atua lmente
as Facu ld ades Metropo litanas Unid as ergueram 0 "Predlo Alaric o
Mattos".
Na tipog raf ia s6 tra balh avam homens, se ndo a encad emacao reset-
vada as mulheres, que tiveram uma chefe multo popular cham ad a
" Pasq ua".
Na frente do terrene . como atnda noje. uc ava a liv raria da Imp rensa
Metodista. distrtbuldora de suas ocoucaco es .
Atua tme nte. a lmpre nsa Metodista mudou- se para Rudg e Ramo s, a
Rua Sacra mento, n.c 230 , con tin uando a editar revistas multo co nhe-
ctdas e anti ga s. Algumas sao d esttnad as as escotas domtn ic ais ou
assoctacces relig iosas. Nesse caso, lemb ra mos a rev ista infanti l
" Bentev i 1", para cnances de 6 a 8 anos e , a " Bentev i 2", pa ra 9 a 11
anos. A "F tamula Juve nil ", para adolesce ntes e , alnda, a " Cruz de
Ma lta", para jov ens de 17 anos em d iante e. " Em March a ", para as
socled ades ad ultas d e homens e mulhere s.
Ed itam ta mbe m " Ensino Benetictente'', des ttnada aos protessores do
De parta mento Pri marlo da s Esco las Dcmlnlcais. q ue tem nove anos
d e exrstencta .
D issemos q ue algu mas d essas revrstas sao anti gas, e 0 sao : " Em
Ma rc ha'' ja fez 12 anos: "Flarnuia J uvenn", 22 eno s: " Cruz de Mal ta",
51 anos e a "Be nte vi'', 56 anos d e oubncacao e d ivu lg a(fao de
ens inamentos e conc eit os.
e
Entreta nto. a mars verna d e todas 0 "Exposi to r Cristae". qu e nos
seus 93 anos de vida . de ntro em breve, sera centenarta.
140
Citariamos ain da outras revlsta s: "N6s e as crtancas''. " VOC ~ e 0
Juventl", " No Senacu lo''. " Voz Mi sslonana", etc.
a e
Quanta pcbncacao de ffvros. essa infinit a q ue, ind iscutivelmente,
exerceram grande mttu enc ta na vida cultural e princi palmente reli-
g iosa, nao ape nas na Liberd ad e, como d e tcd a Sao Paulo. irrad iand o
luminosidade daquet e temple divulgado r do saber.
Fai ainda nas otlclnas da Imprensa Metodlsta que sa imprimiram as
prim eiras tntor mec aoe s cle ntlticas sabre Ptuteo. 0 pl aneta desco-
berto em 1930, co mo 0 livre do Professor Rage-rio Fajardo. lente da
Escola Pohte c nica e professor do Coleg ioSao Bento, " Apo ntamentos
de Cosmog rafia", js. em 1931/32 , o que demonstra a atuacao informa-
tiva dessa impren sa.
Tamb em ali se ed itou 0 liv re " Haikais", de Waldo Miko Sique tra. que
tel, talv ez. 0 pr imeiro poeta brasileiro a di vulga r no Brasi l as poemas
japoneses, de cc movente lirismo e de dezessete allabas apenas.
dlvldldos em tres versos de cinco, sete e cinco sila bas.
A imprensa metodista nao possuta cllcherla. de mod o q ue se vella os
a
"C l icheria Lastr!", Rua da Gloria, a qual era muito bem eq uipada ,
rivalizando -se co m a famosa Bomensis. a mais importante de todas
em Sao Paulo.
Atualmente , a "Clicheria Lastri" vtve sob a denomina cac soci al de
"Lastri S. A. - Indu stria de Artes Gratica s''.
I.
• ,.
I
.. I
•
147
VILA ITORORO
A Vila ncrcrc . integrada por uma construcao prin cipa l com cclunatas.
em d iferentes nlve ia e 37 casas de aluguel, ocupa uma area de ci nco
mil metros, entre as ruas Martiniano de Carvalho, Maestro Card im,
151
Monsenhor Passalacqua e Viaduto Pedro so. entre 0 batrro de Bela
Vista e da Uberdade.
Alguns inqu il inos sublocam , ainea. parte de sua tocacao e a maiona.
de ba ixo poder aquisitivo. tran stormou 0 local em cornco. Sao sotodo
80 famil ies (City News - Ed ic;ao de 29/01/78).
Apesar de ccnst-ucsc p rincipal estar per dendo seu aspecto prasnco
d e beleza ou exotismo arq uitetOnico pela talta de coose rvaeao. c ons-
tltu l im portante conjunto arquftetenlco. construldo em 1921, presen-
temente de proprie dade da Santa Casa de lnda iat uba. Todo 0 patri-
mOnio esta avatiadc em 15 mithoes de cruzeiros para sua co mpra,
po sslvelm ente pelo SESe, q ue p retende transtorma-lo num centro
cultu ral.
A Vila ltor6 constitui verdadei ra rellquia arqu itetOn ica, po is ao contra -
rio das demais vil as pau listanas c onstruldas na fase pre-industrial,
apresentando unidade arquttetentce. foi exe cutada em d iversas eta-
pas e com d iferente s metenais.
Consta entre os moradores da vtzinhanca ter sido a ca sa principal,
tambem coe nec tca po r " casa do portugu es", construlda com mate -
ria ls prcveruente s de demonc ce s na ci dade .
Seu prc pri etano. 0 milionano po rruques Franc isco de Cas tro, co nse-
guiu da r-lbe aspe cto monu mental , a de spe ito da contueac de est ilos
e mete nais. Consegui u transto rtnar urn terrene em de cli ve com na s-
a
c ente natu ral de agua, numa vit a rica de detalhes. Oeu ob ra c arac-
leristica s de co lagem, omamentand o-a c om estatuas. rerevcs. car-
ranee s. murals. vitrO, co lunas, vasos e flore ira s.
Na casa principal, sob re cclunas g igantescas , constr uiu a p rimeira
pslctna parttcutar da ctoece. freq uentada por pou cas e serec tong da e
a
pessoas eocca . quando const itula ponto de encontr o da 'ansuc ra -
ci a.
Compra da par Dona Leonor Barro s Camarg o, esta pi ed osa senho ra
a
doou a propnedade Santa Casa d e lndaiatu ba.
Nas casas adlacentes. os Inq uilinos fizeram puxa dos e paredes
divi s6r ias, que desfigur aram a construc ac orig inal pondo em risco
ate mesmo a integridade flsica dos seus usuartos.
Per outro lado. alte racoe s estruturais reauza da s. como po r exemplo,
a construcsc de passare las de ligac;:ao co m a rue. comp rometeram a
orig ina lidade da ob ra.
Os arq uttetos Bened ito lima de Toledo, Declo Tozzi. C h~udio Tozzi
fiz eram 0 levantamento do local (Artes Visua is - Pubtica cac d e
11/5/75) e elaboraram p ianos para sua d esnna cac cu ltura l.
152
o projeto de recuperacao urbana da Vila 110(or6 respe ita as p rinci-
p ie s con sag rados mtemactonairrente at raves da "Carta de Veneza",
d a qual 0 Brasil e siqnatario e tar-se-a. possivelmente, segu nd o as
c riteno s seguintes:
o roteiro para a ela bo racao do proieto. segund o esq uema metod ol6-
g ico adotado. constit ul na execucao das seg uintes ope racces :
1. roennucecac da s ecueecees que co mp6e m 0 con junto orig ina l.
2. Fcrmutacac " by feel ing " de hip6teses de existenc la de sciucoes
particutares acrescentadas ao conj unto fora do esp irito or iginal .
3. ic ennnce cac de constru cces poster iores. que vie ram acrescen-
tar unidades dentro do espirito or ig inal . .
4 . tc eonncecac d e acresctrrce esccncs qu e viol entaram tanto 0
carater nraeucc como a organizaC;ao espe cia l e a escala do
conjunto.
5. oererminecac de eleme ntos d o entorno q ue serac reti rados ou
sub metid os a processo de substituicao (in fill), respeita ndo a
volumetria origi nal.
6. Previsac de soiucso paisaqlsttca ade quada ao espaco da vita
de slinada a protege r 0 co njunto no de senvolvim ento urb ano d e
entorno.
7. Analtse e Interp retac ac do tecido urbane adj acen te. verfticendo
as tendencies de evorucao do entomo e uxecec do s gabantos e
projecce s das construc ce s l utura s da quadra. de mod o que nao
inlerfiram na orqamzacao espac ia t da Vi la e se integrem na
un ida de da quadra.
8. Propos ta de revitatizaceo ene ves de roves usos sug eridos pe r
vocecees historieamen te eomprovadas e estratecra de imptan-
tecac d o proje to de rec ooerec ac da area . abrangendo usc para
ativid ad e de tazer e co mercio (City News - Ed ic;aode 11/ 5/ 75).
153
o orcamen to para a recuperacac propo sta este previsto para 40
milh6e s de cruzei ros, sendo que 0 SESe prete nd e implantar ali um
grand e centro de convivencta. co mp reen den do teat ro. cinema, gale -
ria de arte. b ib l ioteca, museu de arte popular e atelies de artesanato.
AS REPUBLICAS E AS PENSOES
_----,- ---
...........
consmcao do 1.° Ouarte! do seculo XX Rua Pirapiting ui.
ccnsnucac do mlcio do seculc XX· Aver nda Li berdade, n.e 452 e 55.
-~
J;,
Oonstruc ao de 1921 • RUB Martiniano de Carvalh o, 0.0277 • Casa
, I'
Princip al, tambem cha mada "Casa do Portuque s''. da Vil a 110ror6
.e:
r
, if
I
It
1•
I I ,I
Antiga morad ia adapta da a rccacao de vaga s para mOC;;E\S, ern
grande numero no Barrrc da Li berdade.
158
, /
ill
161
I- BIBLIOGRAF IA