Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

2016 PDP Edfis Uenp Adaoschmidtpapi

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

CAMPUS DE JACAREZINHO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

ADÃO SCHMIDT PAPI

JACAREZINHO - PR
2016
Produção Didático-Pedagógica

Ficha de Apresentação

Título O Resgate de Jogos, Brinquedos e


Brincadeiras Populares: suas implicações
na formação biopsicossocial dos(as)
alunos(as)
Autor Adão Schmidt Papi
Disciplina/Área Educação Física
Escola de Implementação do Projeto Colégio Estadual Hermínia Lupion-
E.F.M.N.
Município Ribeirão do Pinhal
Núcleo Regional de Educação (NRE) Jacarezinho
Professor Orientador Almir de Oliveira Ferreira
Instituição de Ensino Superior (IES) Universidade Estadual do Norte do
Paraná (UENP)
Resumo O objetivo desse estudo é proporcionar o
resgate dos Jogos, Brinquedos e
Brincadeiras Populares nas aulas de
Educação Física, principalmente na série
inicial do Ensino Fundamental II, visto
que dentro e principalmente fora das
escolas a criança vem - dia a dia, de
tempos em tempos - não se interessando
mais por tais práticas da cultura corporal.
As atividades lúdicas são extremamente
importantes no aprendizado das crianças,
pois são atividades que reúnem,
interessam e exigem concentração das
mesmas. A partir de jogos, brinquedos e
brincadeiras, a criança consegue criar,
imaginar, fazer de conta, experimentar,
enfim, aprender. Através dessas
atividades, a criança tem a oportunidade
de se desenvolver, pois além de ter a
curiosidade, a autoconfiança e a
autonomia estimuladas, ainda desenvolve
a linguagem, a concentração e a atenção.
Em meio a essas práticas, a criança se
constrói, experimenta, pensa, aprende a
dominar a angústia, a conhecer o próprio
corpo, a compor sua personalidade e é
nessa hora que ela exprime toda a sua
criatividade.
Portanto, o projeto busca organizar e
estruturar a ação pedagógica, de maneira
que os jogos, brinquedos e brincadeiras
populares sejam entendidos,
apreendidos, (re)construídos, praticados
como um conhecimento que constitui um
acervo da cultural corporal, o qual os(as)
alunos(as) devem ter acesso no ambiente
escolar.
Palavras-chave Escola; Ludicidade; Ensino;
Aprendizagem
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alunos(as) do 6º ano do Ensino
Fundamental
1 Apresentação

Este projeto tem como problemática o Resgate dos Jogos, Brinquedos e


Brincadeiras Populares nas aulas de Educação Física como conteúdos precípuos a
formação física, intelectual e social dos(as) alunos(as), tendo como objetivo
proporcionar atividades lúdicas com o intuito de despertar o conhecimento e a
curiosidade dos(as) educandos(as) por tais práticas, proporcionando o prazer pelo
movimento através dos jogos, brinquedos e brincadeiras populares como forma de
evidenciar a importância e a função que trazem para o seu desenvolvimento
biopsicossocial.
O ser humano nasce e cresce com a necessidade de brincar, pois o
brincar/jogar é uma das atividades mais importantes na vida dos indivíduos. Por
meio da ação praticada no brincar/jogar, tanto desenvolve-se as potencialidades,
como também trabalha com as limitações e com as habilidades sociais, intelectuais
e físicas da pessoa. Marinho (2007, p. 33) comenta que: “A brincadeira é
considerada uma atividade que assume características peculiares no contexto
social, histórico e cultural”.
Porém, esses objetivos e intencionalidades dos jogos, brinquedos e
brincadeiras vêm se perdendo ao longo do tempo. Infelizmente, é fato que essas
atividades se encontram, na maioria das vezes, conectados aos desenhos
animados, aos videogames, aos filmes, web sites, jogos de cartas, brinquedos
eletrônicos, revistas, que permeiam o intrincado sistema de comunicação e
informações à disposição na sociedade atualmente. Todavia, a despeito dos
benefícios que possam promover, a utilização apenas desses recursos implicam
num aprendizado frio, distante, quase que invariavelmente sem nenhum contato
pessoal de relacionamento humano (relação gestual, tônica) e de motricidade.
Observa-se cada vez mais que o contato das crianças com brinquedos e
brincadeiras tradicionais vem perdendo espaço para equipamentos de alta
tecnologia. Kishimoto (1999, p. 14) afirma que: “[...] jogos populares infantis,
parlendas e brinquedos cantados foram sendo perdidos (ou transformados) nos
últimos tempos, possivelmente como consequência dos processos de crescimento
das tecnologias, da urbanização e da industrialização”.
Conhecer e valorizar as crianças a partir do brincar/jogar é de suma
importância, pois o processo de apropriação da cultura, do conhecimento surge,
também, num repertório de práticas lúdicas aprendido, inventado, transmitido ou
apropriado pelas crianças em seus diversos contextos sociais e essas brincadeiras e
brinquedos como elementos constitutivos da cultura infantil, dialogam com a tradição
e com elementos culturais mais amplos, ou seja, o incremento, a pluralidade de
formas e maneiras, do contato da criança com tais práticas propiciam, de forma
irrefutável, o bom caminho na constituição plena do ser humano. Nesse contexto
Marinho (2007, p. 94) argumenta que
Para a criança é importante brincar. O ato de brincar desempenha um papel
importante na infância, pois é brincando que a criança aprende e se
desenvolve, experimenta e interage, relacionando aquilo que vivencia com o
que observa a sua volta, estabelecendo as relações necessárias para a
aquisição do conhecimento.

Diante disso a escola – principalmente a Educação Física – tem o desafio de


desenvolver mecanismos para atrair na criança o interesse pelas práticas corporais,
como os jogos, os brinquedos e as brincadeiras, de modo, proporcionar um melhor
processo educativo, tornando-se assim as escolas para muitos, um dos poucos
espaços disponíveis para brincar e jogar com segurança e relacionar-se com seus
colegas. A Educação Física escolar deve ser compreendida, também, como capaz
de proporcionar ao aluno a oportunidade de aprender e conhecer-se através dos
jogos, brinquedos e brincadeiras. A leitura desse conhecimento visa compreender a
expressão corporal como linguagem, passando-se a privilegiar os princípios da
ludicidade e da criatividade, a qual contribuirá decisivamente para sua formação
humana.
Almeja-se, portanto, levar à compreensão dos(as) professores(as) e
alunos(as) a importância da organização e estruturação da ação pedagógica, de
maneira que os jogos, brinquedos e brincadeiras populares sejam, entendidos,
apreendidos, (re)construídos como um conhecimento que constitui um acervo da
cultura corporal em prol da formação integral humana, o qual os(as) educandos(as)
possam e devam ter acesso no ambiente escolar.
O desenvolvimento desse Projeto, bem como todas as demais etapas e
atividades inerentes ao PDE, serão realizados no Colégio Estadual Hermínia Lupion
– E.F.M.N., no município de Ribeirão do Pinhal, pertencente ao Núcleo Regional de
Educação (NRE) de Jacarezinho, tendo como público objeto da intervenção
alunos(as) do 6º ano do Ensino Fundamental.
2 Fundamentação Teórica

Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras acompanham a humanidade desde


os tempos remotos. De lá para cá, mudaram muito pouco. Os materiais são outros,
mas a função é a mesma: divertir e ensinar. Achados mostram que a humanidade
brincava muito antes de aprender a escrever, e que os jogos já eram conhecidos na
Pré-História. Seus registros indicam as mais variadas formas dessas práticas nas
diversas partes do mundo, como manifestação da cultura de povos. Na Ásia, na
América pré-colombiana, na África e entre os indígenas das ilhas mais longínquas
do Oceano Pacífico, foram encontradas atividades dessa natureza com o intuito
utilitário, recreativo e religioso. Desde o surgimento do homem, há registros de
jogos, encontrados em paredes de cavernas espalhadas pelo mundo. Este fato
mostra a necessidade de relatar os momentos de lutas pela sobrevivência num
caráter lúdico (BROTTO, 2001).
As crianças gostam de vivenciar atividades nas quais possam se movimentar
com liberdade, em grande parte do tempo de que dispõem, sem se preocuparem
com limites (tempo, regras inflexíveis, materiais e locais apropriados, etc.), sendo
que essas atividades são identificadas facilmente no jogo, no brinquedo e na
brincadeira. Não é difícil notar nas crianças, nos momentos que lhes permitem maior
liberdade de ação, o grande ímpeto que essas têm em se movimentar, pois corridas,
saltos, empurrões, agarramentos, entre outros, são frequentes, proporcionando o
sorriso e a descontração ocasionada por esses momentos, ficando expressos em
suas faces (HUIZINGA, 1996). As crianças demonstram uma imensa necessidade
de atividades lúdicas, associadas às atividades motoras, permitindo a elas uma
relativa e confortável capacidade de adaptação ao longo da vida, em desafios de
envolvimento físico, intelectual e social.
“O jogo é um termo do latim “jocus” que significa gracejo, brincadeira,
divertimento. Ele é uma atividade motora e intelectual que integra um sistema de
regras, onde estas são construídas pelos próprios jogadores” Marcellino (2002, p.
25). O jogo corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de
extraordinária importância na educação, estimula o crescimento e o
desenvolvimento, a coordenação motora, a intelectualidade, a iniciativa individual,
favorecendo o advento e o progresso do aprender. Estimula o indivíduo a observar e
conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que vive. Huizinga (1996, p. 13)
cita que: “O jogo é uma invenção do homem, um ato que sua intencionalidade e
curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a
realidade e o presente”.
O jogo tem por objetivo despertar a consciência da cooperação e da
competição, fazendo com que a pessoa aprenda a se colocar no lugar do outro, e
não apenas priorizar o seu lado. Eles servem para unir pessoas, reforçar a confiança
em si mesmo e nos outros, pois ganhar ou perder não é o que mais importa, e sim o
processo educativo em todas as fases de um jogo. Rodrigues (1997, p. 52) retrata
que: “O jogar é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando
suas potencialidades de maneira integral. Apenas sendo criativa é que a criança
descobre seu próprio eu”.
Portanto, o jogo possibilita a liberdade, a criação, a aprendizagem, implica um
sentido e um significado que, com o tempo, passam a fazer parte da cultura de um
grupo, comunidade, povo que o inventou.
O brinquedo é um objeto (material) voltado especialmente para o lúdico de
maneira a compor um jogo ou uma brincadeira. Desde os tempos antigos que os
brinquedos tiveram um importante papel na vida das crianças. Por milhares de anos
crianças brincaram com brinquedos dos mais variados tipos. Bolinhas de gude foram
usadas por crianças no continente africano há milhares de anos. Na Grécia Antiga e
no Império Romano, brinquedos comuns eram barquinhos e espadas de madeira,
entre os meninos, e bonecas entre as meninas. Durante a Idade Média, os fantoches
eram brinquedos muito comuns entre as crianças (BENJAMIN, 2004).
Os brinquedos são de vital importância para o desenvolvimento e a educação
da criança, por propiciar o desenvolvimento simbólico, estimular a sua imaginação, a
sua capacidade de raciocínio, a sua autoestima. Entende-se que o brinquedo é parte
indissociável do brincar/jogar, objeto reconhecido culturalmente no ambiente lúdico e
de imprescindível para a aprendizagem.
Amado (2008, p.87-88) faz uma classificação para os brinquedos:
Os brinquedos artesanais: eram (e são) produzidos por mãos artesãs a partir
dos mais diversos tipos de matéria-prima, sobretudo barro e madeira, com
intuitos de comercialização e fazendo, desde há séculos, em feiras e
romarias, as delicias da pequenada.
Os brinquedos industrializados: podem considerar-se fruto de uma longa
evolução dos brinquedos artesanais, cuja produção em série atinge grandes
proporções no século XIX, para se tornar uma das indústrias mais prósperas
dos nossos dias.
Os brinquedos populares: são produzidos, em geral, pelas próprias crianças,
num exercício frequente de colaboração mútua e com base num
conhecimento que é transmitido ao longo dos séculos como patrimônio
cultural.

O brinquedo é o reflexo das manifestações culturais, da linguagem e da


tradição popular, que proporcionam o fortalecimento dos laços de uma sociedade,
bem como exaltam os acontecimentos comuns do dia a dia vividos pelos povos de
diferentes regiões, criando um processo de construção de identidades,
comportamentos, costumes e hábitos.
A brincadeira é uma construção cultural transmitida em qualquer contexto
social, experimentada autonomamente ou construída na relação com seus pares,
influenciados pela estrutura de rede social (família, amigos, escola, etc.), processos
educativos e acesso a bens materiais e culturais. Segundo Debortoli (2008, p.82) “o
brincar é uma reconstrução da realidade e dos atores sociais que se encontram
envolvidos naquela cultura”. Logo a brincadeira é uma manifestação cultural, social e
histórica, que faz parte da vida das pessoas, e que na nossa cultura está muito
vinculada ao mundo da criança.
O brincar se constitui em inserção cultural, se expressa como linguagem e
como processo de elaboração de significados de sentidos pessoais e coletivos,
contextualizados e enraizados no universo social que o legitima. O certo é que a
brincadeira é um processo de construção histórica, cultural e social. Conforme
Oliveira (2007, p.128)
Na vivencia de uma brincadeira, está a expressão e a produção cultural de
um povo e nelas estão representados importantes saberes populares. De tal
forma, a vivência de uma brincadeira constitui a prática social. Isto porque,
são os seres humanos, situados historicamente, que constroem os seus
brinquedos e brincadeiras e que, diante de valores questionadores ou
reprodutores da sociedade, atribuem sentido e significado a sua prática e
vivem uma experiência lúdica, na qual, certamente se dá uma aprendizagem
social.

O brincar é uma das atividades mais importantes na vida dos indivíduos. Por
meio dessa ação, ele tanto desenvolve suas potencialidades, como também trabalha
com suas limitações, com as habilidades sociais, afetivas, cognitivas e físicas. O
brincar é ainda uma forma de expressão e comunicação consigo, com o outro e com
o meio. É uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na
brincadeira a existência das regras (quando necessárias) não limita a ação lúdica, a
criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, por
fim, existe maior liberdade de ação para as crianças. A brincadeira constitui um meio
onde a criança lida com a fantasia, a imaginação, o faz de conta, no processo de
estruturação de sua identidade. Vaz (2002, p. 72) indica que
As brincadeiras são expressões de gestos e atitudes privilegiadas na infância,
momentos organizados nos quais o mundo, tal qual as crianças o
compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado, experienciado. Nelas
as crianças podem viver, com menos riscos, e interpretando e atuando de
diferentes formas, as situações que lhes envolvem o cotidiano.
Desempenham um papel e logo depois outro, seguindo, mas também
reconfigurando, regras. São momentos de representação e apresentação, de
apropriação do mundo.

O ato de brincar está em uma dimensão valorizada no desenvolvimento do


aprender, abrangendo principalmente as crianças, elevando-as a patamares ainda
maiores pelo brincar e representando a necessidade de conhecer, construir e de se
descontrair, em um mundo real ou simbólico repleto de momentos que acontece
através do lúdico. Por fim, é também através do brincar que as crianças podem
exercer sua capacidade de criar condição imprescindível para que haja riqueza e
diversidade nas experiências de sua formação humana.
É nessa perspectiva que o lúdico (através dos jogos, brinquedos e
brincadeiras) se torna muito importante na escola, porque pelo lúdico a criança
constrói conhecimento, pois trabalha com a imaginação e produz uma forma
complexa de compreensão e reformulação de sua experiência cotidiana. Ao
combinar informações e percepções da realidade, torna-se criadora e construtora de
novos conhecimentos. E ainda, as brincadeiras, os jogos, os brinquedos podem e
devem ser objetos de crescimento pessoal, possibilitando à criança a exploração do
mundo, descobrir-se, entender-se e posicionar-se em relação a si e a sociedade de
forma crítica e natural, promovendo habilidades importantes na socialização e na
conduta psicomotora. Para Kishimoto (1999, p. 88)

O lúdico é parte integrante da vida de todo ser humano. Os jogos, as


brincadeiras e os brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a
realidade e o faz de conta intercalam-se. O olhar sobre o lúdico não deve ser
visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de
ensino-aprendizagem.

A ludicidade na escola pode ser vista como um instrumento capaz de


estimular a criança a situações favoráveis de aprendizagem. Pode também ser
entendida como forma geral de expressão de domínios espontâneos e envolventes,
expressa através de jogos, brincadeiras e brinquedos. Considera-se precípua a
aprendizagem a que vem carregada de situações e vivências lúdicas, capazes de
voltar o(a) aluno(a) para a realização de seus próprios anseios no contexto
educacional. Marcellino (2002, p. 71) acredita que: “A criança bem estimulada
ludicamente durante a infância, terá grandes chances de melhor desenvolver a sua
inteligência e lidar com situações emergentes durante a vida escolar e/ou social”.
Muitos são os benefícios que os jogos, os brinquedos e a brincadeiras apresentam
na vida escolar do(a) educando(a) por serem capazes de envolver a afetividade, o
convívio social, a aprendizagem, o conhecimento, a maturação e o desenvolvimento
físico, sendo estes processos imprescindíveis à evolução formal da criança. Esses
conteúdos apresentam amplo serviço no contexto educacional e, as atividades
pedagógicas pautadas na ludicidade, incentivam a aprendizagem e possibilitam o
desenvolvimento da educação integral do(a) aluno(a).

3 Material Didático

3.1 Apresentação do Projeto aos(as) Alunos(as)

Neste primeiro momento da Implementação do Projeto na Escola será


apresentado os(as) alunos(as) o Projeto, expondo a importância do tema, colocando
de forma clara, sucinta e pedagógica para essa faixa etária, a justificativa, os
objetivos e as estratégias de ações que norteiam o Projeto de Intervenção
Pedagógica.
Propor-se-á um questionário aos(as) alunos(as), como também será enviado
um aos pais (familiares) investigando de que forma essas duas gerações se
apropriaram ou se apropriam da temática Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Farei
essa discussão com os(as) alunos(as) confrontando as suas respostas com as
respostas de seus pais (familiares) com o intuito de promover a aceitação e o
empenho deles(as) para a realização do Projeto, bem como servir, as respostas dos
pais (familiares), como fonte de atividades que poderão ser aplicadas e vivenciadas
no transcorrer da implementação.

- Questionário aos pais (familiares)


1) Quais eram as brincadeiras mais comuns na sua infância?
2) Em quais espaços (locais) costumava brincar?
3) Quais brinquedos você teve?
4) Seus brinquedos eram feitos por você ou ganhava/comprava eles prontos? Cite
os brinquedos que construiu?
5) Seus pais participavam de suas brincadeiras? De que forma?
6) Você passava mais tempo assistindo televisão ou brincando na rua? Qual
preferia?
7) Na sua infância teve acesso ao computador ou celular? Gostaria de ter tido? Por
quê?
8) Você lembra se haviam jogos de computadores na sua época? Você teve acesso,
de alguma forma, a esses jogos?
9) Você preferia brincar sozinho(a) ou em grupo? Por quê?
10) Você conhece algumas brincadeiras antigas? Quais?

- Questionário aos(as) alunos(as)


1) Quais são as brincadeiras/jogos mais comuns que conhece? Você participa
dessas brincadeiras/jogos?
2) Em quais espaços (locais) costuma brincar?
3) Quais brinquedos você tem?
4) Seus brinquedos são feitos por você ou ganha/compra eles prontos? Cite os
brinquedos que construiu?
5) Seus pais participam de suas brincadeiras? De que forma?
6) Você tem acesso ao computador ou celular?
7) Você passava mais tempo assistindo televisão, utilizando o computador/celular ou
brincando? Qual prefere?
8) Você tem acesso a jogos de computadores/celulares? Quais desses jogos você
mais gosta?
9) Você prefere brincar sozinho(a) ou em grupo? Por quê?
10) Você conhece algumas brincadeiras antigas? Quais?

3.2 Atividades de Jogos e Brincadeiras Populares

- Bolinha de Gude: A bolinha de gude é uma pequena bola de vidro maciço, pedra,
ou metal, normalmente escuro, manchada ou intensamente colorido, de tamanho
variável. Há diversas formas de jogar, mas os objetivos não mudam muito. Com um
impulso do polegar, atira-se uma bolinha tentando atingir um alvo marcado
previamente (triângulo, buraco, etc) ou tomar as bolinhas dos adversários,
acertando-as.

- Amarelinha: A brincadeira consiste em pular sobre um desenho riscado com giz,


com pedra ou com pedaços de tijolo no chão. A criança deve jogar uma pedrinha no
chão, a começar pelo número 1. Não pode colocar o pé na quadra que estiver com a
pedrinha, assim deverá pular até o fim e voltar, pegar a pedra e iniciar novamente o
jogo seguindo a sequência dos números. A criança que jogar a pedra para fora da
amarelinha deverá sair da brincadeira e esperar que todos joguem para retornar.

- Queimada: O objetivo do jogo é queimar com a bola, arremessando-a e acertando-


a nos jogadores da equipe adversária, mandando-os cemitério. É bom lembrar
também, que a bola poderá ser agarrada pelos participantes, evitando assim, que os
mesmos sejam capturados. Vence a equipe que conseguir queimar todos os
jogadores da equipe adversária.

- Alerta: O jogador pega a bola, joga ela pra cima e grita o nome de uma pessoa. A
pessoa que teve seu nome citado deve pegar a bola e gritar “Alerta!”.
Imediatamente, todos devem ficar estátuas. O jogador dá 3 passos e, parado,
deverá tentar acertar com a bola na pessoa que tiver mais próxima. Se acertar, a
pessoa atingida sai da brincadeira. Se errar, ele o lançador é quem sai.

- Jogo de Bete (Taco): o taco ou bete deriva do beisebol. O objetivo do bete é


trocar de base cruzando os tacos no meio do campo, o que equivale a 1 (um) ponto.
As regras variam em cada região e também podem ser combinadas entre os
jogadores.

- Balança Caixão: Uma criança é o rei e senta-se em um banco qualquer, chamado


de trono. Outra é o servo e apoia o rosto no colo do rei. As demais formam uma fila
atrás do servo, apoiando-se umas nas costas das outras. A fila balança para um
lado e para o outro cantando. O último da fila dá um tapinha nas costas de quem
está na sua frente e se esconde. Isso ocorre sucessivamente, até chegar a vez do
servo, que procura os demais, trazendo-os para o rei.
- Corre Lenço: os participantes deverão sentar em roda com as pernas cruzadas.
Quem estiver segurando o lenço corre ao redor da roda. Deixa então o lenço cair
atrás de alguém da roda. Este deverá pegar o lenço e correr atrás de quem jogou
antes que este sente no seu lugar. Se conseguir pegar aquele que jogou, este
sentará no interior da roda; se não conseguir, este continuará segurando o lenço
para jogar atrás de outra pessoa.

- Dança da Cadeira: Colocam-se cadeiras em círculo (uma cadeira a menos do total


de participantes) sendo que uma criança é destacada para dirigir o jogo, este deve
estar vendado. Todos andam em volta das cadeiras. À voz de já! todos procuram
sentar. Quem ficar sem lugar comandará a nova volta. Assim, as cadeiras vão sendo
retiradas e o grupo vai diminuindo. Será o vencedor aquele que conseguir sentar na
cadeira no último comando. Obs: o comando de voz pode ser substituído por uma
música.

- Escravos de Jó: cantiga aparecendo sob a forma de jogo. Crianças sentadas no


chão em círculo; um objeto (pedrinha, caixa de fósforos ou sementes). As crianças
vão entoando a cantiga, marcando os tempos fortes; passam o objeto de uma para
outra, no sentido dos ponteiros do relógio. Somente na parte onde dizem “zigue,
zigue, zá” o objeto é passado na direção contrária, retornando-se, logo a seguir, à
primeira direção contrária, retornando-se, logo a seguir, à primeira direção. Quem
erra sai. O último será o vencedor.

- Estátua: Os jogadores formam uma roda e, rodando, cantam a música:

O circo pegou fogo,


palhaço deu sinal,
acuda, acuda, acuda
a bandeira nacional,
Brasil,
2000,
se buliu,
saiu!

No “saiu”, os jogadores têm 5 segundos para escolherem a melhor posição para


ficarem estátuas. O mestre (um(a) aluno(a) escolhido(a) inicialmente) começa a
provocar e, quem se mexer, sai. Ganha quem for mais resistente, que será o
próximo mestre.

- Vivo ou Morto: crianças lado a lado de frente para o(a) professor(a). O(a)
professor(a) que fala bem alto: Morto para todos se abaixarem e Vivo para se
levantarem. Quem errar, vai sentando. O vencedor é aquele que ficar por último.

- Mãe da Rua: Os participantes têm que atravessar de um lado para o outro pulando
de um pé só e ao mesmo tempo fugir da “mãe da rua” (pegador), que corre com os
dois pés, durante a travessia dos “sacis” (fugitivos). Aqueles que forem pegos
podem correr com os dois pés e começam a ajudar a capturar os outros. A
brincadeira termina quando a turma toda for capturada.

- Pichorra: uma bexiga é pendurada no alto e os representantes das equipes,


depois de vendados e rodados, devem estourá-la com um pau, sendo guiados pelas
respectivas equipes.

- Pula-Sela (Pular carniça): consiste num alinhamento de crianças, em rápido


deslocamento, pulando sobre o dorso dos companheiros parados, curvados,
apoiando as mãos nas coxas. O primeiro a pulá-lo abaixa-se a seguir, e todos
devem pular sobre os dois. O número de carniça vai assim aumentando até que
todos ficam curvados. O que foi a primeira carniça levanta-se então e passa a pular
sobre os outros, recomeçando assim a outra série.

- Pião: há duas maneiras de se brincar/jogar pião: individualmente (ponte, pião


rodando na mão, lançamento no ar, deslizamento, lançamento) e coletivamente
(sacar objetos, parte-pião, tira-pião).

- Pique-Bandeira: esta é uma brincadeira que trabalha a noção de estratégia e


trabalho em equipe. Divididas em times, as crianças têm de atravessar o território
adversário e pegar a bandeira do oponente sem deixar que a sua seja “roubada”. Se
um jogador for “pego”, seus colegas se organizam para resgatá-lo sem deixar o
objetivo principal de lado.
- Pique-Latinha: O perseguidor conta até 30 enquanto as outras crianças se
escondem, daí ele sai procurando quem está escondido. Existe uma lata e toda vez
que o pegador achar um dos companheiros escondidos, deve ir até à lata e dizer “1,
2, 3 fulano em tal lugar”. Para se salvar, o escondido tem que ir até a lata e dizer “1,
2, 3 salve eu”. O primeiro que foi encontrado será o próximo pegador, mas isso pode
ser evitado se o último escondido chutar a lata e dizer “1, 2, 3 salve todos”. Aí, todos
voltam a se esconder e o mesmo pegador volta a procurar.

- Polícia e Ladrão: separam-se dois grupos de crianças, um será “polícia” e outro


“ladrão”. Os policiais iniciam contando até 30, enquanto que os ladrões se
escondem, ao término da contagem a polícia passa a procurar os ladrões e os
encontrando passa a persegui-los. O ladrão deve ser pego pela polícia e quem for
preso vai para um local denominado como prisão . Quem não for pego pode soltar
os ladrões (tocando-os) que voltam a fugir da polícia. O jogo terminará com a
captura de todos os ladrões.

- Gato e Rato: as crianças, de mãos dadas, formam um círculo, ficando uma dentro
do círculo (rato) e outra fora (gato). As crianças giram e o gato pergunta às crianças:
Seu ratinho está em casa? Não, Senhor! A que horas ele volta? Às oito horas. (ou
qualquer outra) Que horas são? Uma hora. Que horas são? Duas horas. Ao chegar
à hora determinada pelo grupo, as crianças param de rodar e o gato lhes pergunta:
Seu ratinho já chegou? Sim, Senhor ! Dão-me licença para entrar? Sim, Senhor!
Começa então a perseguição do gato ao rato que as crianças ajudam a esconder,
facilitando sua entrada e a saída do círculo e dificultando a passagem do gato. O
jogo terminará quando o gato conseguir pegar o rato.

- Pular Corda: Pular corda sempre foi um dos mais animados brinquedos infantis,
permitindo inúmeras possibilidades de variação em sua prática. Há, entretanto
alguns modos de pular corda que merecem a preferência das crianças, como por
exemplo: um homem bateu em minha porta, sal/pimenta/fogo/foguinho, altura,
entrada, chinelinho, cobrinha, chocolate, entre outros.
3.3 Criação/Recriação de atividades de Jogos e Brincadeiras
pelos(as) alunos(as)

Neste momento da Implementação os(as) alunos(as) serão protagonistas no


sentido de proporem as atividades de Jogos e Brincadeiras, as quais deverão ser
criadas por eles(as) ou recriadas a partir das atividades já existentes e
experimentadas pelos(as) alunos(as) ou ainda apresentar atividades de
conhecimento popular, folclórico, familiar que ainda não tenham sido ofertadas
durante as aulas do projeto. A atividade será realizada em grupos de 5 alunos(as)
cada. O grupo irá criar/recriar/pesquisar duas atividades de Jogos e Brincadeiras,
apresentando estas, para toda a turma. As aulas se constituirão da apresentação
das atividades propostas pelos grupos e da execução desses Jogos e Brincadeiras
pelos demais discentes. Com isso, os(as) alunos(as) farão todo o desenvolvimento
da atividade, cabendo ao(a) professor(a) a proposição e a mediação do processo
ensino e aprendizagem.

3.4 Atividades de Confecção de Brinquedos Populares

- Boliche: separe 10 garrafas pet (500 ou 600 ml), e encha-as com tiras de papel
crepom colorido. Pode-se também decorar a parte de fora das garrafas pintando ou
com colagem de papel, para os pinos ficarem mais criativos. Depois é só alinhar os
pinos, formando um triângulo entre eles, e ter uma bola para lançar nos pinos. Daí é
só deixar a criançada brincar e se divertir com seu jogo de boliche.

- Peteca: distribuir para cada aluno uma folha de TNT com aproximadamente 50 cm
x 50 cm e 2 folhas de jornal. Os alunos amassarão as folhas de jornal e colocarão no
meio do TNT. Depois de colocado o jornal no TNT, todos envolverão o jornal com o
TNT, puxando suas pontas para cima. Em sequência os alunos torcerão o TNT para
que o jornal fique bem firme e será colocada uma fita crepe para prender. Depois de
construído a peteca, os alunos realizarão o jogo (vôlei-peteca), com a turma dividida
em duas equipes, adaptando as regras do voleibol. Em seguida, serão feitos círculos
com giz nos dois campos, cada círculo terá uma pontuação determinada pelo
professor. O objetivo do jogo será acertar os círculos do time adversário, e no final o
time que acumular mais ponto será o vencedor. Outras variações de jogos serão
possíveis durante a aula.

- Vai e Vem: 1 – Separe duas garrafas pet sem rótulos. Corte com a tesoura 1/3 da
garrafa pet a partir do fundo (um pouco mais que o meio da garrafa);
2 – Utilize as partes de cima que sobraram das garrafas para fazer o “vai e vem”.
Encaixe-as uma na outra, deixando os gargalos voltados para o lado de fora; 3 –
Separe dois fios de barbante (o comprimento do barbante vai depender da idade da
criança, ou seja, do quanto ela consegue abrir os braços). Passe esses dois fios de
barbante dentro das garrafas, em seguida amarre cada ponta do barbante em uma
argola de plástico; 4 – Para decorar o “vai e vem” passe fita adesiva colorida em
volta das garrafas. Quem quiser também pode pintar as garrafas que fica muito
bacana. Depois é deixar os alunos se divertirem com seu brinquedo.

- Pé de lata: primeiro você precisa fazer dois furos no fundo da lata, por onde
passará o barbante. Use um prego e um martelo. Depois passe o barbante pelos
furos, dando um nó nas pontas, para que ele fiquei preso no fundo da lata. A
quantidade de barbante usada depende do tamanho da criança. As “alças” dos pés
de lata devem ser de um comprimento que a criança consiga segurar com firmeza
estando em uma posição confortável para andar. Por fim, é só decorar a lata de um
jeito bem criativo. Aí é treinar para conseguir se equilibrar e começar a brincadeira.

- Bugalha (Cinco Marias): recorte cinco retângulos de tecido, se possível de cores


diferentes. Cada retângulo deve ter, mais ou menos, 3 centímetros de largura por 4
centímetros de altura. Dobre um dos retângulos no meio e costure as laterais,
deixando uma entrada aberta. Pela abertura, preencha o saquinho arroz, feijão ou
outro tipo de semente ou grão. Ele não deve ficar muito cheio. Costure a abertura.
Repita a operação com os outros saquinhos. Peça para que um familiar dos alunos
ou colega de trabalho que tenha habilidade em costura para ajudar na confecção.
Depois é colocar os alunos para brincar, propondo as mais variadas formas de jogo
de bugalha.

- Bilboquê: corte a garrafa PET na altura do gargalo (lembrando uma tacinha); corte
cerca de 30 cm de barbante; amarre uma ponta de barbante na tampinha da garrafa
e amarre a outra ponta na ponta da garrafa PET; enfeite o bilboquê com os materiais
que você quiser; agora é só jogar e brincar, tentando colocar a tampinha dentro da
garrafa.

- Jogos de Tabuleiro:

Jogo de Trilha: confeccionar o tabuleiro conforme o indicado no link


http://professoraldrin.webnode.com.br/products/confec%c3%a7%c3%a3o%20do%20
jogo%20de%20trilha/. Cada jogador possui 9 peças de uma cor, preto e branco, por
exemplo. As peças são posicionadas alternadamente nos pontos de intercessão das
linhas, até que todas tenham sido posicionadas no tabuleiro. Então, cada jogador
move na sua vez uma de suas peças ao longo de uma linha, deslocando-a de um
ponto (intercessão), até um outro, que esteja vazio. Não é permitido pular peças,
portanto só poderá ser feito um movimento se houver um ponto vazio vizinho a uma
das peças. Quando um jogador consegue realizar um moinho, ou seja, alinhar três
peças (não vale em curva) ele pode retirar do tabuleiro uma peça de seu oponente.
Esta peça não volta mais para o jogo. Lembre-se que as peças que estiverem
formando um moinho não podem ser retiradas. Ganha o jogo aquele que conseguir
reduzir o numero de peças de seu oponente a duas, ou bloquear todas as peças
dele de forma que não possam mais se movimentar.

Jogo da Velha: confeccionar o tabuleiro conforme o indicado no link


http://professoraldrin.webnode.com.br/products/confec%c3%a7%c3%a3o%20do%20
jogo%20da%20velha/. O tabuleiro é uma matriz de três linhas por três colunas. Dois
jogadores escolhem uma marcação cada um, que aqui utilizaremos tampas de
garrafa PET de cores diferentes. Os jogadores jogam alternadamente, uma
marcação por vez, numa lacuna que esteja vazia. O objetivo é conseguir alinhar três
tampas da mesma cor, quer horizontal, vertical ou diagonal. O empate (velha) ocorre
quando os jogadores não conseguem alinhar, nas posições indicadas acima, as três
tampas.
3.5 I Festival de Jogos, Brinquedos e Brincadeiras Populares

O Festival de Jogos, Brinquedos e Brincadeiras Populares será realizado nas


dependências do C. E. Hermínia Lupion – E.F.M.N., tendo os alunos participantes do
processo de Implementação do Projeto como organizadores das oficinas. As oficinas
serão montadas a partir da vivência, do contato dos(as) alunos(as) com as
atividades propostas durante as aulas do projeto (atividades direcionadas,
criação/recriação de atividades e a atividade de confecção de brinquedos). Serão
disponibilizas aulas para o planejamento e organização das oficinas para o festival.
Buscaremos parcerias com os familiares dos(as) alunos(as), com os colegas
educadores do Estabelecimento de Ensino, com a Secretaria Municipal de Esportes
de Ribeirão do Pinhal, com o comércio local e com a comunidade em geral. Através
do Festival de Jogos, Brinquedos e Brincadeiras Populares tem-se como objetivo
principal resgatar e apresentar para os(as) convidados(as) (alunos(as) de outras
turmas) a variedade dessas atividades que com o passar o tempo veio se perdendo.
Este festival tem como finalidade o encerramento da Implementação do Projeto na
Escola e principalmente verificar e ampliar o conhecimento para a prática docente e
incentivar a realização do brincar/jogar consciente, de forma a proporcionar o
desenvolvimento físico, cognitivo e social. Ao brincar/jogar a criança movimenta-se
em busca de parceria e na exploração de objetos, comunica-se com seus pares, se
expressa através de múltiplas linguagens do movimento humano. O Festival será um
meio de estimular, analisar e avaliar aprendizagens dos(as) alunos(as). Além disso,
envolverá motivação, interesse, participação, empenho, dos(as) mesmos(as), na
elaboração e execução das oficinas, ativando aspectos referentes ao
comprometimento e a satisfação, componentes importantes no processo de
construção do conhecimento.
4 Orientações Metodológicas

O Jogo, o Brinquedo e a Brincadeira são práticas pedagógicas que estão


alicerçadas no lúdico, sendo este um dos principais meios para o desenvolvimento
da criança. Resgatar os Jogos, Brinquedos e Brincadeiras Populares nas aulas de
Educação Física será o norte desse Projeto de Intervenção na Escola, visto que
dentro e também fora das escolas a criança vem - dia a dia, de tempos em tempos -
não se interessando mais por tais práticas da cultura corporal. Portanto, esta
Produção Didático-pedagógica, em forma de uma Unidade Didática, foi elaborada
para atender as dificuldades encontradas nas aulas de Educação Física referente a
essa temática.
A metodologia colocada nessa Produção Didático-pedagógica ambiciona
colocar os(as) alunos(as) como protagonistas do processo ensino/aprendizagem,
pois, recorre-se à valorização de seus conhecimentos sobre o tema, na composição
da pesquisa junto aos familiares, na construção de brinquedos, na elaboração e
exposição dos jogos, brinquedos e brincadeiras (re)criados por eles próprios e na
organização do tema e das atividades apreendidas como forma de mostra cultural
através de um festival, sobretudo, enriquecendo a abstração e o reconhecimento
dessas atividades como componentes de sua formação humana (física, intelectual e
social), que é o objetivo basilar do presente projeto.
Assim, procuramos com as atividades propostas e a metodologia traçada
sobre o tema, oportunizar o conhecimento e a realização de novas práticas corporais
aos(as) educandos(as), além de oferecer-lhes opções para os momentos de lazer e,
principalmente, para as aulas de Educação Física, favorecendo-lhes sua formação
física, intelectual e social (biopsicossocial), tendo também, essa Unidade Didática,
papel precípuo no intuito da otimização do processo de ensinar e aprender.
5 Referências

AMADO, J.. Brinquedos Populares: um patrimônio cultural da infância. Belo


Horizonte: Editora UFMG, 2008.

BENJAMIN, W.. Reflexões sobre a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:


Summus, 2004.

BROTTO, F. O.. Jogos Cooperativos: o jogo como exercício de convivência.


Santos, Projeto Cooperação, 2001.

DEBORTOLI, J. A. O.. Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica,


2008.

HUIZINGA, J.. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 4. ed. São Paulo:
Perspectiva, 1996.

KISHIMOTO, T. M.. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo:


Cortez, 1999.

MARCELLINO, N. C.. Estudo do lazer: uma introdução. 3. ed. Campinas: Santos


Associados, 2002.

MARINHO, H. R. B.. Pedagogia do Movimento: universo lúdico e psicomotricidade.


2. ed. Curitiba: Ibpex, 2007.

OLIVEIRA, D. T. R.. Brinquedos e Brincadeiras Populares. Brasília, Ministério do


Esporte, 2007.

RODRIGUES, M.. Manual teórico-prático de Educação Física infantil. 6. ed. São


Paulo: Ícone, 1997.

VAZ, A. F.. Identidade Cultural: experiência integrada a partir do resgate das


brincadeiras. Maringá: UEM, 2002.

https://brasileirinhos.wordpress.com/brincadeiras/. Acesso em: 18 out. 2016

http://acervo.novaescola.org.br/brincadeiras-regionais-700712.shtml. Acesso em: 15


set. 2016
http://www.qdivertido.com.br/verbrincadeira.php?codigo=119. Acesso em: 02 nov.
2016

http://www.obrasileirinho.com.br/brincar-crianças/brincadeira/. Acesso em: 30 out.


2016

http://www.artesanatoereciclagem.com.br/422-brinquedos-de-material-reciclado.html.
Acesso em: 24 set. 2016

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14967. Acesso em:


07 out. 2016

http://www.casadobrincar.com.br/site/fui-eu-que-fiz/. Acesso em: 12 out. 2016

http://professoraldrin.webnod.com.br/material-pedagógico/. Acesso em: 13 nov. 2016

http://professoraldrin.webnode.com.br/products/confec%c3%a7%c3%a3o%20do%20
jogo%20de%20trilha/. Acesso em: 05 nov. 2016

http://professoraldrin.webnode.com.br/products/confec%c3%a7%c3%a3o%20do%20
jogo%20da%20velha/. Acesso em: 27 out. 2016

Você também pode gostar