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Cerâmicas

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MATERIAIS CERÂMICOS

 São materiais inorgânicos e não metálicos. A característica comum a estes materiais é serem constituídos de
elementos metálicos e elementos não metálicos, ligados por ligações iônicas e/ou covalentes;

 Apresentam composições químicas muito variadas, desde compostos simples a misturas de várias fases
complexas ligadas entre si;

 Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis, com pouca tenacidade e pouca ductilidade;

 Apresentam alto ponto de fusão.


MATERIAIS CERÂMICOS

“Cerâmica” Keramikos Matéria-prima queimada


MATERIAIS CERÂMICOS

 Em geral, divide-se em dois grupos:

1. Cerâmica Tradicional:
(materiais a base de argila)

II. Cerâmica Avançada:


(Ex: óxidos, carbetos, etc)
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS

• Em geral, as estruturas cristalinas dos materiais cerâmicos são mais


complexas do que a dos metais;

• Para os materiais cerâmicos em que a ligação atômica é predominantemente


iônica, as ESTRUTURAS cristalinas podem ser consideradas compostas
por íons eletricamente carregados, não por átomos.
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS

 Duas características dos íons influenciarão a ESTRUTURA do cristal:

1- Magnitude da carga elétrica de cada um dos íons


2-Tamanho relativo dos cátions e dos ânions (rc e rA)
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS

1- Magnitude da carga elétrica de cada um dos íons: O cristal deve ser


eletricamente neutro;

Ex: CaF2 (Fluoreto de cálcio)

Cada íon Ca possui uma carga elétrica +2 (Ca 2+), enquanto cada íon de F está
associada uma única carga negativa (F-).
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS
2-Tamanho relativo dos cátions e dos ânions (rc e rA): O Segundo critério envolve o tamanho ou
raios iônicos dos cations e ânions, rc e ra.

Cada íon se coordenará com um poliedro de


íons de carga oposta. Esse poliedro possuirá um
número de íons determinado pela relação
entre os tamanhos dos íons.
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS
2-Tamanho relativo dos cátions e dos ânions (rc e rA):

 O número de coordenação está relacionado com Rc e Ra;

 Para um número de coordenação específico, existe uma razão rc/ra minima para a qual
esse contato cátion-ânion é estabelecido;

 Essa razão pode ser determinada a partir de considerações geométricas.


ESTRUTURA DAS CERÂMICAS
 Número de coordenação: Está relacionado à razão entre os raios do cátion e do
ânion.

Cátion muito pequeno em relação ao ânion. Está ligado a dois


ânions de uma maneira linear.

O cátion está envolvido por três ânions formando um


triângulo equilátero.

O cátion está localizado no centro do tetraedro, com os ânions


posicionados em cada um dos quatro vértices.

O cátion está localizado no centro do octaedro,


circundado por seis ânions, cada ânion
localizado sobre um dos vértices do octaedro.

Com ânions localizados em todos os vértices de


um cubo e um cátion posicionado no centro.
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS

 Grande parte dos compostos que formam as cerâmicas cristalizam-se em estruturas baseadas no empacotamento
compacto de ao menos um dos elementos que os compõem (com o outro íon ocupando um conjunto específico de
sítios intersticiais). Se o ânion é o maior (o que é o mais comum), supõe-se um arranjo compacto de ânions, com os
cátions ocupando sítios intersticiais (os mais comuns são as tetraédricas e as octaédricas).

 No interstício octaédrico, há seis átomos ou íons


equidistantes do centro do espaço vazio. Recebe
este nome porque os átomos ou íons no entorno
do centro do espaço vazio formam um octaedro
(oito lados);

 No espaço tetraédrico, há quatro átomos ou íons


equidistantes do centro do espaço vazio.
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS

• Os interstícios octaédricos em células unitárias CCC estão localizados nas faces do cubo;
• Os interstícios octaédricos em células unitárias CFC estão localizados dentro de cada aresta do cubo,
assim como no centro da própria célula unitária.
ESTRUTURA DAS CERÂMICAS
ESTRUTURAS CRISTALINAS DO TIPO AX

• Alguns dos materiais cerâmicos usuais são aqueles em que existem números iguais de cátions e
ânions. Esses materiais são designados por compostos AX, sendo A o cátion e X o ânion.

Cloreto de sódio (NaCl)


Os compostos AX
Cloreto de césio (CsCl)
podem ser:

Blenda de zinco ou esfalerita


(ZnS)
ESTRUTURAS DO TIPO AX
ESTRUTURA DO SAL GEMA (NaCl): • Estrutura mais comum do tipo AX

 Célula unitária é gerada a partir de um arranjo CFC para


os ânions;

 Com um cátion situado no centro do cubo e um cátion


localizado no centro de cada uma das 12 arestas do cubo.

 O número de coordenação = 6 (coordenação octaédrica).

Ex: MgO, FeO.


ESTRUTURAS DO TIPO AX
ESTRUTURA DO SAL GEMA (NaCl): Exemplos: NaCl, MgO, FeO.
ESTRUTURAS DO TIPO AX

ESTRUTURA DO CLORETO DE CÉSIO (CsCl):

NC = 8 (coordenação cúbica);

-Os ânions estão localizados em cada um dos vértices de um


cubo e o centro contém um único cátion;

-Não é uma estrutura CCC.

- O intercâmbio dos ânions pelos cations, e vice-versa, produz


a mesma estrutura cristalina.
ESTRUTURAS DO TIPO AX

ESTRUTURA DA BLENDA DE ZINCO (ZnS/Esfalerita):

NC = 4

-Todos os vértices e todas as posições nas faces da


célula cúbica estão ocupadas por átomos de S. E os
átomos de Zn preenchem posições tetraédricas
ESTRUTURAS DO TIPO AX

ESTRUTURA DA BLENDA DE ZINCO (ZnS/Esfalerita):

Ex: ZnS, SiC.


Podem ainda existir outras
estruturas ...

... estruturas nas quais as cargas dos cátions e dos ânions


não são iguais, são as estruturas do tipo AmXp, sendo
m≠p. Exemplo: CaF2.

... e estruturas nas quais existam mais de um tipo de


cátion, representados por A e B, são as estruturas do tipo
AmBnXp. Exemplo: BaTiO3.
ESTRUTURAS DO TIPO AmXp

ESTRUTURA DA FLUORITA (CaF2):

-Essa estrutura possui um arranjo CFC para os cátions, com


ânions ocupando todos os interstícios tetraédricos.
NC para o cátions= 8
NC para o ânion= 4

• A fórmula química mostra que existe apenas metade do


número de íons Ca2+ em relação ao número de íons F-
ESTRUTURAS DO TIPO AmBnXp

ESTRUTURA DO TITANATO DE BÁRIO (BaTiO3/PEROVSKITA):

- Os íons Ba2+ estão localizados em todos os 8 vértices


do cubo;

-Ti4+ se encontra posicionado no centro do cubo;

-Os íons 02- localizados no centro de cada uma das 6


faces.
ESTRUTURAS DAS CERÂMICAS

RESUMO:
DENSIDADE DAS CERÂMICAS

• É possível calcular a densidade teórica de um material cerâmico de maneira semelhante a dos


metais.

n' (Ac  AA )


Sendo:

 n = número de fórmulas unitárias dentro da célula unitária;


ΣA = soma dos pesos atômicos;

Vc N A Vc = volume da célula unitária e


NA = número de Avogadro (6,022x1023 fórmulas
unitárias/mol)
DENSIDADE DAS CERÂMICAS
EXEMPLO: Com base na estrutura cristalina, calcular a densidade teórica para o cloreto de sódio:

n’: o número de unidades de NaCl por célula unitária = 4.

Cl=(1/8x8) + (1/2x6)=4
Na=(1/4X12) + (1) =4
DENSIDADE DAS CERÂMICAS
EXEMPLO: Com base na estrutura cristalina, calcular a densidade teórica para o cloreto de sódio:

 Onde n’: o número de unidades de NaCl por célula unitária = 4.

 Pesos atômicos:
DENSIDADE DAS CERÂMICAS
 A célula unitária é cúbica, então VC =a3

E, finalmente: Esse valor se compara de


maneira favorável ao valor
experimental de 2,16 g/cm3 .

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