Seq e Series - 2019
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da Costa
12 de agosto de 2019
Sumário
1 Sequências 2
1.1 O que é Sequência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Limite da sequência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Propriedades dos Limites da Sequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Sequência crescente, decrescente e monótona. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.5 Sequência Limitada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.6 Subsequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Séries 8
2.1 Definição de Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Definição de convergência da Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Propriedades de Séries Infinitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4 Série Telescópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Enésimo termo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.6 Série Geométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.7 A p-série e a Série Harmônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.8 Teste da Integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.9 Série Alternada (Teste de Leibniz.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.9.1 O Resto da Série Alternada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.10 Convergência Absoluta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.11 Teste da comparação direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.12 Teste da comparação no limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.13 Teste da Razão (Teste de d’Alembert.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.14 Teste da Raı́z (Teste de Cauchy.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.15 Procedimento para testar uma Série quanto a convergência ou a divergência . . 26
1
1 Sequências
Uma sequência consiste em uma ordenação de elementos.
Exemplo 1.
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Exemplo 2.
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f :N→R
n → xn
∗Notação:
{xn }
n
2n + 1
Os números da imagem de uma sequência são chamados de elementos.
Exemplo 3.
2
Exemplo 4.
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Se o n-ésimo elemento for dado por f (n) então, a sequência será o conjunto de pares orde-
nados da forma (n; f (n)), onde n ∈ N∗ . Os elementos das sequências dos exemplos (3) e (4) são
os mesmos, contudo as sequências são diferentes. Observe os esboços gráficos:
Figura 1.
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Figura 2.
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Observe que os sucessivos elementos da sequência (3) estão cada vez mais próximos de
1
0(zero) embora nenhum termo assuma o valor zero. Dizemos que o limite da sequência é o
n
0(zero).
3
1.2 Limite da sequência.
lim an = L
n→∞
se dado > 0, existir N0 tal que |an − L| < sempre que n > N0 . Se o limite L da sequência
existir, dizemos que a sequência converge para L. Se o limite da sequência não existir, então a
sequência diverge.
Exemplo 5.
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an lim an
5. lim = n→∞ se lim bn 6= 0 e todo bn 6= 0
n→∞ bn lim bn n→∞
n→∞
Exemplo 6.
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4
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Definição 4. .
5
1.6 Subsequência
Definição 5. Dada uma sequencia {an }, se omitirmos alguns termos deta sequência, mas
deixarmos um número infinito deles, poderemos reenumerar os restantes de maneira a formar
uma nova sequência. Uma nova sequência obtida desta maneira é chamada uma subsequência
da sequência original.
OBS: Em geral para obter uma subsequência de uma sequência {an }, devemos escolher
uma sequência de números naturais {nk } para indicar quais os termos que permanecerão. A
subsequência é então simplesmente a sequência {ank }.
Exemplo 7.
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Corolário 1. Se uma sequência tem duas subsequências com limites distintos, então a sequência
é divergente.
6
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Exemplo 8.
7
2 Séries
Se {an } é uma sequência infinita, então
+∞
X
an = a1 + a2 + a3 + a4 + · · ·
n=1
A sequência {Sn } obtida dessa maneira da sequência {an } é chamada de série infinita.
+∞
X
an = a1 + a2 + a3 + · · · + an + · · ·
n=1
Observe que a Definição 6 estabelece que uma série infinita é uma sequência de somas
parciais.
Para encontrar a soma de uma série infinita é necessário analisar se a sequência das somas
parciais {Sn } converge. Se a sequência das somas parciais converge, dizemos que a série converge
e tem a soma indicada na seguinte definição:
8
2.2 Definição de convergência da Série
+∞
X
Definição 7. Para a série infinita an , a enésima soma parcial é dada por:
n=1
Sn = a1 + a2 + a3 + · · · + an
+∞
X
Se a sequência das somas parciais {Sn } converge para S, então a série an converge.
n=1
O limite S é chamado de soma da série.
S = a1 + a2 + · · · + an + · · ·
+∞
X
isto é: an = S
n=1
Exemplo 9.
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9
Exemplo 10.
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+∞
X +∞
X
an = A e bn = B. E seja c um número real.
n=1 n=1
+∞
X +∞
X +∞
X
2. (an + bn ) = an + bn = A + B
n=1 n=1 n=1
+∞
X +∞
X +∞
X
3. (an − bn ) = an − bn = A − B
n=1 n=1 n=1
10
Exemplo 11.
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11
2.4 Série Telescópica
∞
X
(bn − bn+1 ) = (b1 − b2 ) + (b2 − b3 ) + (b3 − b4 ) + (b4 − b5 ) + (b5 − b6 ) + · · ·
n→1
Sn = b1 − bn+1
S = b1 − lim bn
n−→∞
12
2.5 Enésimo termo
+∞
X
Teorema 6. Se an converge, então lim an = 0.
n→∞
n=1
Exemplo 12.
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OBS: a volta do teorema 6 não é verdadeira!
PROVA do Teorema 6:
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13
Teorema 7. Teste do Enésimo termo:
+∞
X
Se lim an 6= 0 então an diverge.
n→∞
n=1
Exemplo 13.
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A série dada no exemplo (9) é uma série geométrica. Em geral a série dada por
+∞
X
arn−1 = a + ar + ar2 + ar3 + · · ·
n=1
é a série geométrica de razão r.
∞
X a
ar(n−1) = , 0 < |r| < 1
n=1
1−r
Exemplo 14.
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14
Exemplo 15.
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Exemplo 16.
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Exemplo 17.
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15
2.7 A p-série e a Série Harmônica
+∞
X 1 1 1 1 1
A p-série é da forma p
= p + p + p + p + ···
n=1
n 1 2 3 4
onde p é uma constante positiva.
Para p = 1, a série
+∞
X 1 1 1 1 1
= 1 + + + + + ··· é a série harmônica.
n=1
n 2 3 4 5
a)
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16
b)
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17
2.8 Teste da Integral
Exemplo 19. Use o teste da integral para determinar se a série ........................................ converge
ou diverge:
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18
2.9 Série Alternada (Teste de Leibniz.)
As séries que contêm tanto termos positivos quanto negativos de forma alternada é chamada:
série alternada.
Exemplo 20.
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Séries alternadas ocorrem de duas formas: ou os termos ı́mpares são negativos ou os termos
pares são negativos.
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19
2.9.1 O Resto da Série Alternada
Para uma série alternada convergente, a soma parcial SN pode dar uma aproximação útil
para a soma S da série. O erro envolvido usando S ≈ SN é o resto RN = S − SN .
Se uma série alternada convergente satisfaz a condição an+1 ≤ an , então o valor absoluto
do resto RN envolvido na aproximação da soma S por SN é menor ou igual ao primeiro termo
desprezado. Isto é: |S − SN | = |RN | ≤ an+1 .
+∞
X 1
Exemplo 22. Aproxime a soma da série (−1)n+1 pelo seus 6 primeiros termos:
n=1
n!
20
2.10 Convergência Absoluta
+∞
X +∞
X
Definição 8. an é absolutamente convergente se |an | converge.
n=1 n=1
+∞
X +∞
X +∞
X
Definição 9. an é condicionalmente convergente se an converge mas |an |
n=1 n=1 n=1
diverge.
Exemplo 23.
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21
2.11 Teste da comparação direta
+∞
X +∞
X
2. Se an ≥ bn ≥ 0 e bn diverge então an diverge.
n=1 n=1
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22
2.12 Teste da comparação no limite
Exemplo 25. Use o teste da comparação no limite para determinar se a série ........................................
converge ou diverge.:
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23
2.13 Teste da Razão (Teste de d’Alembert.)
+∞
X an+1
1. an converge absolutamente se: lim <1
n=1
n→+∞ a n
+∞
X an+1 an+1
2. an diverge se lim > 1 ou lim =∞
n=1
n→+∞ a n
n→+∞ an
an+1
3. O teste da razão é inconclusivo se lim = 1.
n→+∞ an
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2.14 Teste da Raı́z (Teste de Cauchy.)
+∞
X p
n
1. an converge absolutamente se: lim |an | < 1
n→+∞
n=1
+∞
X p
n
p
n
2. an diverge se lim |an | > 1 ou lim |an | = ∞
n→+∞ n→+∞
n=1
p
n
3. O teste da raı́z é inconclusivo se lim |an | = 1.
n→+∞
25
2.15 Procedimento para testar uma Série quanto a convergência ou
a divergência
4. A série pode ser comparada de forma favorável com uma de tipo especial?
Exemplo 28. Nos exemplos abaixo, determine a convergência ou a divergência de cada uma
das séries:
+∞
X n+1
a)
n=1
3n + 1
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+∞
X π n
b)
n=1
6
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26
+∞
2
X
c) ne−n
n=1
.
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+∞
X 1
d)
n=1
3n + 1
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+∞
X 3
e) (−1)n
n=1
4n + 1
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27
+∞
X n!
f)
n=1
10n
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+∞ n
X n+1
g)
n=1
2n + 1
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29
Referências
[1] ANTON, H., BRIVES, I., STEPHEN, D., Cálculo, um novo Horizonte, Vol. 2, 8a Edição,
Porto Alegre: Bookman, 2007.
[2] LARSON, R., HOSTETLER, R.P., EDWARDS, B.H., Cálculo, Vol. 2, São Paulo:
McGraw-Hill, 2006.
30