W D Geografia
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Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
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do trabalho
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domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área
de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
4. Conclusão .............................................................................................................................. 11
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1. Introdução
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Analisar a reforma da educação em Moçambique
1.1.2. Específicos
Conceituar a reforma;
Caracterizar o currículo em Moçambique;
Explicar os pressupostos da introducao do currículo em Moçambique.
1.2.Metodologias
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2. A reforma da Educação em Moçambique e o seu impacto
2.1.Conceito de reforma
Reforma é uma “alteração fundamental das políticas nacionais” que podem afectar o governo
e a administração do sistema educativo e escolar, a sua estrutura ou funcionamento, o
currículo, conteúdos, metodologia, avaliação, o professorado, formação, selecção ou
avaliação e a avaliação do sistema educativo. (p, 47)
Entretanto, toda reforma, mudança ou inovação produz efeitos não previstos, queridos ou
procurados. Por vezes, esses efeitos constituem autênticas inovações organizativas ou curriculares
que se consolidam ao longo de um processo mais ou menos dilatado. Noutros casos, trata-se de
comportamento ou atitudes por vezes inclusivamente opostos aos que em princípio se pretendiam.
De acordo com Pacheco (2001) entende-se por reforma educativa uma transformação da política
educativa de um país a nível de estratégias, objectivos e prioridades, transformações que podem ser
traduzidas por conceitos como inovação, renovação e mudança e melhoria que tem como
denominador comum a introdução de algo novo.
2.2.Reforma curricular
De acordo com Sacristán (2000) empreende-se reformas curriculares, na maioria dos casos para
melhor ajustar o sistema escolar as necessidades sociais e, em menor medida, para muda-lo, embora
possam estimular contradições que provoquem movimentos para um novo equilíbrio.
Contudo, estas reformas, de acordo com o mesmo autor, têm em perspectiva uma mudança que
melhora a situação existente e implica avanço e progresso.
Na perspectiva de Guibundana (2013) as reformas educacionais estão atreladas a processos de
melhoria da qualidade da educação que é oferecida aos seus cidadãos, por uma multiplicidade de
razões, desde as de natureza económica até as de natureza cultural.
Em Moçambique, de acordo com PCEB (2003), entende-se reforma curricular como o conjunto de
políticas, estratégias e acções adoptadas com vista a operar mudanças qualitativas no Sistema
Educativo.
Pacheco (2001) afirma que utiliza-se o conceito de reforma para as mudanças estruturais,
organizacionais, e o de inovação para a mudança, mais qualitativa, a de aspectos funcionais sendo
certo que nem toda a mudança termina numa inovação.
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No entender de Fernando (2000) as reformas educativas tem surgido como respostas planificadas e
centralizadas a situação de crise, ou a sua percepção, procurando-se através delas por termo ao
descontentamento social; existente, relançar o almejado progresso social e económico e devolver
aos cidadãos a credibilidade e confiança no sistema educativo.
O PCEB (2003) enfatiza a ideia de que as reformas do ensino básico visam tornar o ensino mais
relevante, no sentido de formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida
da sua família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,
manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos
humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.
Esta visão está de acordo com a de Frago (2007), segundo a qual, em toda reforma podem apreciar-
se mudanças ou inovações concretasaceites sem discussão nem resistências de difusão rápida após
sua aprovação legal.
Além disso Frago (2007) sustenta que a análise de qualquer reforma educativa requer a distinção de
três âmbitos, o da teoria ou das propostas dos “especialistas”, o da legalidade em todas as suas
formas e manifestações e o da prática.
No entanto, o êxito ou fracasso de uma reforma segundo o mesmo autor supracitado emite-se em
função da adequação entre os propósitos da mesma e os seus efeitos.
No nosso entender a análise da reforma educativa deve ter em conta aquilo que os especialistas da
educação propõem e como e que essas propostas são recebidas pelos interveniente, nesse caso os
professores e alunos e por fim a sua implementação na pratica.
Contudo, no entender de Frago (2007) toda a reforma, mudança ou inovação produz efeitos não
previstos, queridos ou procurados.
Ainda na ideia do mesmo autor por vezes, esses efeitos constituem autênticas inovações
organizativas ou curriculares que consolidam ao longo de um processo mais ou menos dilatado.
Segundo o mesmo autor noutros casos, trata-se de comportamento ou atitudes por vezes
inclusivamente opostos aos que em princípio se pretendiam.
2.3.Currículo
De acordo com Pacheco (2001) existem aspectos fundamentais quando se define o currículo tais
como: corresponder a um plano de estudos ou a um programa, muito estruturado e organizado na
base de objectivos, conteúdos e actividades e de acordo com as disciplinas.
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Segundo Sacristán (2000) entende-se currículo como conjunto de objectivos de aprendizagens
seleccionadas que devem dar lugar a criação de experiencias apropriadas que tenham efeitos
cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para que
nele se operem as oportunas recomendações.
Nas palavras de Pacheco (2001) currículo é um plano totalmente previsto, mas como um todo
organizado em função de questões previamente planificadas, saberes, atitudes, valores, crenças que
os intervenientes trazem consigo, com a valorização das experiencias e dos processos de
aprendizagens.
De acordo com Kirkby (1993), como citado no PCEB (2003), o currículo no sentido amplo,
consiste na proposta educativa de uma sociedade.
Ainda segundo o mesmo o mesmo autor até há pouco tempo, considerava-se que essa proposta
estava sempre escrita e o que acontecia na vida quotidiana era idêntico ao que estava escrito. Por
isso, também, se usava o termo currículo como sinónimo de documento oficial.
Além disso, Pacheco (2001) afirma que no currículo existem aspectos fundamentais quando se
define o currículo tais como: corresponder de acordo com a um plano de estudos ou a um programa,
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muito estruturado e organizado na base de objectivos, conteúdos e actividades e de acordo com as
disciplinas.
2.4.Inovação curricular
O conceito de inovação não se origina do campo educacional, mas, sim, das empresas e indústrias e,
está, essencialmente, relacionado com a eficácia e a rentabilidade de um determinado sistema
produtivo (Villar, 1993).
A inovação no campo curricular ou inovação curricular está ligada a mudanças que contribuem para
a transformação e melhorias dos processos e práticasdo ensino e aprendizagem e,
consequentemente, para a confirmação do sucesso educativo dos alunos (Pacheco, 2001).
O PCEB (2003) define as inovações curriculares como mudanças parciais em alguns dos
componentes do currículo, por exemplo, nos objectivos ou conteúdos de uma matéria ou disciplina
de um grau ou classe, em um determinado nível de um sistema educativo.
2.5.Ensino básico
O Ensino Primário joga um papel importante no processo de socialização das crianças, na
transmissão de conhecimentos fundamentais como a leitura, a escrita e o cálculo e de experiências
comummente aceites pela nossa sociedade.
O PCEB (2003), sintetiza da seguinte forma a importância estratégica deste nível de ensino para o
desenvolvimento do país:
É um elemento central de estratégia da redução da pobreza, pois, permite a aquisição de
conhecimentos académicos a crianças e adultos (através do programa de alfabetização de
adultos) o que contribui no alargamento dasoportunidades de acesso ao emprego, auto-emprego
e aos meios de subsistência sustentáveis ao cidadão moçambicano, para além de aumentar a
equidade do sistema educativo;
Assegura o desenvolvimento dos recursos humanos, base para o sucesso da economia nacional;
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3.1.Pressupostos da introdução do currículo
Em Moçambique os pressupostos que nortearam a reforma e a consequente introdução do novo
currículo do ensino básico foram de acordo com o Plano Estratégico da Educação (2012-2016) a
estrutura e o conteúdo do currículo, desenvolvido, nos princípios da década 80, têm-se mostrado
cada vez mais inadequados para uma economia em rápida mudança e para as exigências sociais.
Além disso, a actual estrutura curricular é demasiado rígida e prescritiva, deixando pouca margem
para adaptações aos níveis regional e local.
A maior parte dos conteúdos, que se lecciona na escola, é de uma relevância ou utilidade prática
insignificante (PCEB, 2003).
Segundo Guibundana (2013) a reforma curricular de 2004 foi justificada, por um lado, pelas
transformações ocorridas nas esferas política, social e económica, através da introdução de um
sistema político multipartidário, pela adopção de um modelo de desenvolvimento económico
baseado no mercado livre e pela descentralização da gestão e da administração do Estado.
Por conseguinte, como forma de garantir uma melhor qualificação dos alunos por meio de um
currículo que reduzisse a distância existente entre a realidade por eles vivida e os conteúdos
escolares definidos pelo currículo. Dessa forma, era necessário construir um currículo orientado,
para a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem dos alunos e adequado à realidade
sociocultural do país (Guibundana, 2013).
De acordo com o Exame Nacional 2015 da Educação para Todos (EPT) o currículo em causa foi
introduzido após um período prolongado da sua elaboração, que contou com a colaboração de
vários sectores da sociedade, incluindo os actores directos da educação.
Portanto o currículo surge em resposta às exigências da sociedade para o tornar mais relevante,
inclusivo e adequado aos desafios que a mesma enfrentava tendo em conta um dos objectivos do
ensino básico é capacitar a criança para desenvolver valores e atitudes para a sociedade em que vive
através da educação (Lei nº6/92 do SNE).
Em relação a essas exigências foram introduzidas inovações significativas no currículo de 2004 na
qual veremos em seguida.
De acordo com Castiano (2005) as transformações curriculares são direcionadas em primeira linha
para a mudança dos conteúdos da aprendizagem.
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De acordo com Castiano (2006, p.65) como citado em Guibundana (2013) “a transformação
curricular do ensino básico visa responder a três questões, nomeadamente: a expansão das
oportunidades educativas, a melhoria da qualidade do ensino e uma administração escolar
descentralizada.
Segundo o mesmo documento para que a avaliação proposta cumpra os objectivos esperados,
constituem condições essenciais as seguintes:
Preparação dos professores em matéria de avaliação o que poderá ser realizado através da
formação inicial e em exercício;
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Disponibilidade de cadernos de exercícios que reflictam as competências mínimas que os
alunos devem desenvolver em cada estágio de aprendizagem;
De acordo com Pacheco (2001) não existe reforma curricular que não mude as normativas de
avaliação do rendimento dos alunos.
Ainda na ideia do autor supracitado neste campo, sobressaem as mudanças mais significativas e
mais conflituosas.
Significativas pois a avaliação adquire uma nova concepção ao ser pensada como sinónimo de
sucesso educativo, devendo a escola estar estruturalmente ordenada para a progressão do aluno, por
norma e deve ser feita por ciclo, (Pacheco:2001).
No entanto, o PCEB (2003) ressalta a ideia de que a promoção semiautomática dos alunos seria um
ganho na escola, justificando-se que toda acriança quando submetida a uma aprendizagem, ela
aprende, então não se justifica que a reprovação continue a ter um grande peso no sistema de
ensino.
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Nessa estratégia, concretamente no que tange às passagens semiautomáticas, observa-se a
orientação implícita para que a responsabilização dos resultados e ou do fracasso escolar recaia
sobre o professor, levando-o ao dilema de dar notas “fictícias no fim do ano” ou aplica-se a todo o
custo, mesmo sem condições condignas para o ofício, para que, durante a aprendizagem do aluno,
se confirmem as percentagens a serem prestadas no fim do processo com a equipa gestora, porque,
caso contrário, no fim das contas, a sua avaliação de desempenho estará em risco e ficará fora da
lista dos professores competentes (Francisco, 2016).
Guibundana (2013), por sua vez, afirma que outra controvérsia está em torno da avaliação dos
alunos, uma vez que muitos professores mostram desconhecer a filosofia da progressão por ciclos
de aprendizagem, vulgarmente chamada de passagens semiautomáticas.
Ainda na ideia do mesmo autor alguns aspectos do novo currículo do ensino básico foram
recebidos pelos professores com pouco entusiasmo e convicção. Essa afirmação encontra
sustentação à controvérsia em torno da progressão por ciclos de aprendizagem, vulgarmente
chamadas passagens semiautomáticas, sobre as quais, provavelmente, muitos professores têm pouca
informação.
Nesta perspectiva, Francisco (2016) em forma conclusiva, afirma que a passagem semiautomática
foi inserida como mecanismo de vazão aos desafios da globalização, deslocando, desta feita, o
epicentro da aprendizagem de conteúdos historicamente acumulados pela humanidade para questões
mais práticas e imediatas.
Deste modo, Francisco (2016) citando o INDE (1999), diz que na passagem semiautomática, não
interessa o conteúdo aprimorado ou as condições de aprendizagem, mas sim o mínimo que o aluno
conseguiu para transitar para outro nível. Francisco considera isto de uma prática gerencialista do
processo de ensino e aprendizagem.
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No entanto uma das grandes dificuldades de qualquer inovação em surtir efeitos desejados é a
formação contínua dos professores ao nível das escolas devido a possibilidades e dificuldades de
inovação no seio das escolas (Villar, 1993).
Ainda, Villar (1993) defende que efectivamente, a inovação é um processo complexo que,
envolvendo variáveis muito diferentes entre si, implica estratégias articuladas e, também, o
estabelecimento de uma estrutura de papéis complementares entre os “agentes” implicados em torno
de uma organização que é a escola histórica e socialmente construída pelos membros que a
compõem (administradores da educação, professores, alunos, pais e outros agentes sociais).
Fernandes (2000), debruçando sobre a eficácia de qualquer inovação curricular, afirma que os
programas de reciclagem de professores devem ser parte integrante na fase de planeamento do
currículo.
Sobre a questão de não envolver os professores nos processos de inovações educacionais, Fernandes
(2000), afirma que “os professores não aderem facilmente as reformas propostas centralmente pelos
governos, nem se empenham na mudança se eles próprios não participarem na definição do que
deve ser mudado, compreender o sentido da mudança e os seus benefícios”.
Portanto, ainda na ideia do mesmo autor a mudança exige conhecimento, sensibilidade, adesão e
empenhamento, condições que devem apoiar-se numa justificação moral que lhes dê sentido.
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4. Conclusão
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5. Referências Bibliográficas
Frago, V. A. (2007). Sistemas educativos, culturas escolares e reformas. Editora Pedago. Portugal
Mangualde.
Moçambique. Plano Curricular do Ensino Básico: Objectivos, políticas, estrutura, plano de estudos
e estratégias de implementação. Maputo, 2003.
Sacristán, G, J. (2000). Uma reflexão sobre a prática. (3º Edição). Porto alegre: Artmed.
Vilar. M. A. (1993). Inovação e mudança na reforma educative. (Edição). Edições asa, 1992
Portugal
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