Paciente apresentou febre, icterícia e artrite. Exames iniciais descartaram dengue e confirmaram infecção por HIV, com linfócitos aumentados e divergência entre testes para detecção do vírus.
Paciente apresentou febre, icterícia e artrite. Exames iniciais descartaram dengue e confirmaram infecção por HIV, com linfócitos aumentados e divergência entre testes para detecção do vírus.
Paciente apresentou febre, icterícia e artrite. Exames iniciais descartaram dengue e confirmaram infecção por HIV, com linfócitos aumentados e divergência entre testes para detecção do vírus.
Paciente apresentou febre, icterícia e artrite. Exames iniciais descartaram dengue e confirmaram infecção por HIV, com linfócitos aumentados e divergência entre testes para detecção do vírus.
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Caso Clínico 2:
Paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, internada com história de 10 dias de
febre, mialgia, dor abdominal em hipocôndrio direito e cefaleia temporal. Negava diarreia, vômitos, odinofagia, tosse e coriza. Referia lazer em zona rural uma semana antes do início dos sintomas. Negava outras viagens recentes. Negava etilismo, tabagismo e drogadição. Em uso de dipirona para febre, negando uso de paracetamol ou antiinflamatórios. Ao exame físico, não apresentava nenhuma alteração clínica. Exames laboratoriais com elevação de transaminases hepáticas, com TGP de 462 (normal 9-52 U/L) e TGO 338 U/L (normal 14-36 U/L); GamaGT, Fosfatase Alcalina e Bilirrubinas dentro dos limites da normalidade. No hemograma, observou-se Anemia Normocítica e Normocrômica, com Hemoglobina (Hb) de 9,2 g/dL, com leucometria de 8.200/mm³ e plaquetas de 335.000/mm³). Urina rotina tipo 1 com hematúria microscópica. Tomografia computadorizada de abdome com nódulo em região anexial esquerda, compatível com teratoma, sem visceromegalias. Esteve internada por 4 dias, em observação clínica, e evoluiu com resolução dos sintomas, apenas com tratamento sintomático, recebendo alta com hipótese diagnóstica de dengue não complicada. Sorologia para dengue em andamento. Orientada a realizar seguimento na atenção primária. Após 2 semanas, houve recidiva da febre e paciente foi reinternada. Exames da internação passada haviam descartado dengue. Queixando-se de febre e vômitos com 5 dias de evolução, além de perda de peso de 4 Kg desde o início do quadro e dor intensa em joelhos há 5 dias. Ao exame físico, estava desidratada, descorada e ictérica +/4+; não havia lesões na pele, linfonodomegalia ou alterações na orofaringe. Exame físico abdominal e cardiopulmonar sem alerações. Dor à palpação em joelhos. Exames complementares realizados na Unidade de Pronto-Atendimento do município um dia antes da reinternação mostravam Hb de 10,1, leucócitos totais de 1950, linfócitos totais de 527, 1% de linfócitos atípicos e plaquetas de 230.000. TGP de 560, TGO de 560, Bilirrubinas totais de 1,9, Bilirrubina Direta de 1,84, Bilirrubina Indireta de 0,06 e amilase de 53. Decidido por aprofundar investigação, sendo solicitados diversos exames laboratoriais (Quadro 1). Além disso, realizou nova tomografia computadorizada de abdome, que continuou mostrando apenas o nódulo em região anexial esquerda, compatível com teratoma, sem visceromegalias ou outras alterações. Realizou radiografia de ambos os joelhos, sem alterações radiológicas. Diante da informação do resultado reagente do anti-HIV (7,88 S/CO; valor de referência: reagente - ≥ 2,5 S/CO), foram realizados dois testes rápidos imunocromatográficos, de dois fabricantes diferentes, sendo ambos não reagentes. Em seguida, obteve-se resultado de Western-Blot para HIV também com resultado negativo, sem detecção de anticorpos contra os antígenos p24, p31, gp 120, gp41 e gp36. Durante a internação, a paciente evoluiu com um pico diário de febre por 10 dias consecutivos, de até 38,5 °C graus. Evoluiu com artrite assimétrica de ambos os joelhos, com intenso edema e aumento de temperatura bilateralmente, principalmente à direita, sendo iniciado cetoprofeno, com melhora gradativa dos sinais de artrite e da queixa clínica de dor. Após 17 dias de internação, a paciente apresentava boa evolução, sem febre por 7 dias, resolução da artrite em joelhos, sem queixas clínicas, recebendo alta hospitalar. Realizada suspeita clínica de infecção aguda pelo HIV, sendo a paciente encaminhada ao ambulatório microrregional de HIV/Aids para seguimento e investigação. No serviço de Infectologia, 21 dias após a alta, foram realizados dois testes rápidos pra HIV com resultado reagente. O PCR quantitativo para HIV mostrou carga viral de 170.831 cópias (log 5,23), confirmando a infecção pelo HIV. A contagem de linfócitos CD4 foi de 478. A paciente encontrava-se sem queixas clínicas e foi iniciado o tratamento com antirretrovirais com Lamivudina/Tenofovir/Efavirenz. 1) Porque o quadro de dengue foi descartado? 2) Qual o possível diagnóstico? 3) O que significa Anti-HAV IgM e Anti-HAV IgG negativos? 4) O que significa Anti-HBc IgM e Anti-HBc IgG negativos? 5) Qual o possível diagnóstico? 6) Porque os linfócitos estão aumentados (527, 1%)? Correlacione a doença com a imunologia associada. 7) Houve divergência entre os testes diagnósticos para o mesmo antígeno? Por quê? Explique baseado no princípio de cada teste.