Reflexoes Sobre o Arquetipo Da Bruxa
Reflexoes Sobre o Arquetipo Da Bruxa
Reflexoes Sobre o Arquetipo Da Bruxa
demonização feminina
Resumo
O presente artigo teve como objetivo discutir sobre o processo de demonização feminina que
faz parte da história de diversas sociedades, através da análise de documentos dos séculos XV
e XVIII que perpassam o período da inquisição e caça às bruxas, bem como artigos empíricos
que refletem sobre o papel social do feminino medieval e atual, e o mito de Hécate, a partir da
perspectiva da Psicologia Analítica, trazendo o arquétipo da bruxa como principal referencial
teórico ao traçar um comparativo com a forma que a mulher é vista no mundo contemporâneo
e os processos de demonização sofridos na idade média.
Abstract
The presentarticleaimstodiscussthedemonizationofwomanhood as a processthat runs
throughthehistoryofmanycivilizations, throughanalysisofdocumentspertainingtothe 15th
andthe 17th centuryaddressingtheInquisitionandwitchhuntperiod,
alongwithacademicpaperscontainingreflectionsaboutthe social role ofwomen in both medieval
andcontemporary times, as well as themythofHekate, throughthe perspective
ofAnalyticalPsychology, usingtheArchetypeoftheWitch as themaintheoreticalreferencewhile a
comparisonismadebetweenthewaywomen are portrayed in themodern times
andtheprocessofdemonizationtheysufferedthroughthemiddle ages.
1 INTRODUÇÃO
Como uma espécie de contenção literária, o Martelo das Feiticeiras foi responsável por
muitas mortes e contribuiu para a opressão do feminino, que agora precisava ser moldado pelo
pouco que era bem visto além do que o livro condenava.
Sendo um período histórico bem conhecido e estudado, a inquisição se torna um dos
melhores exemplos de como a figura mística da bruxa é tratada em escala global. Para além do
fato da inquisição não ter sido restrita apenas à Europa e sim se espalhado por todo o mundo,
com relatos de caça às bruxas existindo na América do Norte e do Sul, ela também denota o
caráter universal do arquétipo que aqui abordaremos.
2 MÉTODO
2.1 DELINEAMENTO
A partir do viés da Psicologia Junguiana como fundamentação teórica, este artigo foi
construído em caráter documental, método que vem sendo bastante utilizado em propostas de
investigação sócio-históricas.
Dentro desta perspectiva, foram realizadas leituras de artigos teóricos e textos históricos
relacionados à prática da bruxaria, buscando fazer uma relação destes com o mito de Hécate,
proveniente da mitologia grega, e o arquétipo da bruxa, visando identificar as formas nas quais
esse arquétipo se apresenta e sustenta na sociedade atual.
3 RESULTADOS
4 DISCUSSÃO
Mas quem, afinal, é Hécate? A primeira menção desta se dá na Teogonia, escrita por
Hesíodo em 700 a.C., onde parte de seu mito é contado. Filha de Perses e Astéria, Hécate se
difere do restante dos deuses gregos por ser uma Titânida, ou seja, uma Deusa pré-olimpiana.
Quando os olimpianos, liderados por Zeus, entraram em guerra contra os titãs, liderados por
Cronos, Hécate se virou contra seu próprio povo e se aliou aos deuses olímpicos, fator que foi
decisivo para a vitória deles.
No Hino Homérico a Deméter, de autoria anônima, escrito em VII a.C., Hécate é mais
uma vez citada por auxiliar na busca de Perséfone, que havia sido raptada por Hades. Após
ajudar Deméter a se reunir novamente com sua filha, Hécate se torna companheira de Perséfone
na sua jornada anual de ida e volta ao submundo. Por conta disso, Hécate ganha certo destaque
nos Mistérios de Elêusis, ritos de iniciação das Deusas agrícolas Deméter e Perséfone, tidos
como de importância vital naquela época e guardados como os mais preciosos segredos.
Associada com encruzilhadas, magia, tochas, limiares, bruxaria, conhecimento sobre
ervas e plantas venenosas, necromancia, abertura de caminhos, fantasmas, feitiçarias de todos
os tipos e diversas mais coisas, Hécate é uma Deusa de habilidades diversas. Cultuada nas casas
como protetora, chamada para auxiliar tanto em partos quanto na passagem para o outro lado,
evocada para que a colheita fosse farta, e também para amaldiçoar e tirar a vida de seus
inimigos, é possível dizer que Hécate tem muito mais do que apenas as três faces retratadas em
suas estátuas.
Seu conhecimento e domínio sobre aspectos tão vastos e opostos faz com que se espere
contos elaborados para entender toda a complexidade que a rodeia, mas Hécate, no entanto, é
pouco discutida dentro do panteão grego. São pouquíssimos os escritos que falam sobre a
Deusa das Encruzilhadas, e ainda que sua presença seja de vital importância para o andamento
e sucesso dos poucos contos que a descrevem e os demais deuses a tenham com grande respeito,
Hécate é em sua maior parte tida como personagem secundária dos mitos em que participa.
A grande maioria dos relatos sobre a guerra entre olimpianos e titãs trazem que Zeus,
em toda sua poderosa figura, retirou o poder de todos os titãs, mas foi suficientemente bondoso
para ceder a Hécate o domínio sobre céu, terra e mar. Hécate foi posta em uma posição de
segundo plano, agraciada por um Deus todo poderoso — e homem — porque ele foi
benevolente. A verdade, porém, é que Hécate já possuía, desde o nascimento, todos os poderes
e bens que supostamente ganhou de Zeus. Em Teogonia, Hesíodo conta:
E Astéria concebeu e pariu Hécate, aquela que Zeus, filho de Cronos, honrou
acima de todos. [...] O filho de Cronos a ela não cometeu nenhum mal,
também não lhe tirou nada que lhe pertencesse dos Titãs por direito: ela tem,
assim como a divisão determinava desde o início, domínio e privilégio sobre
a terra, o mar, e os céus.4 (HESÍODO, 700 a.C, tradução nossa)
O que Hesíodo traz é uma exceção, gradualmente esquecida e que parece estar
desaparecendo de quase todos os documentos originais. Por consequência, os estudos sobre
mitologia também são afetados, fato que pudemos observar na extensa dificuldade na busca
por documentos que tratassem da história de Hécate de maneira sucinta. Se tornou mais fácil
atribuir a Zeus, que dentro de uma análise de viés junguiano pode ser considerado uma grande
figura de poder masculino, em soberba e autoridade, a bondade em ceder parte do seu mérito à
Hécate, apagando o protagonismo desta.
Mesmo sendo filha única de sua mãe, ela é honrada com privilégios entre todos
os imortais. Zeus Cronida fez dela a Cuidadora da Juventude, que, ao segui-
la, viu com seus próprios olhos a luz do tão esperado amanhecer. Portanto,
desde o início ela foi Cuidadora da Juventude, e esses são seus domínios.
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(HESÍODO, 700 a.C, tradução nossa)
Auxiliando desde a pesca e comércio até guerras e julgamentos justos, Hécate parece
ter um papel de benevolência como Deusa, concedendo benção e proteção para todos aqueles
que a honram. Como, então, uma Deusa inicialmente tão associada com o cuidado e a proteção,
desde adultos até crianças, ganhou o título de Rainha das Bruxas e suas associações com
maldições e fantasmas?
Sua ligação com o submundo pode ser entendida ao analisar a relação que ela tem com
Perséfone. Após informar Deméter sobre o paradeiro de sua filha desaparecida, Hécate se torna
a guia e companheira da jovem em sua descida para o submundo de Hades. Espíritos e mortos
habitam esse lugar, então a ligação é de certa forma compreensível, mas possuía um tom muito
mais benevolente na antiguidade do que possui agora. Hécate acompanha Perséfone na descida
para o submundo não apenas por esse ser um de seus domínios, garantindo assim proteção e
passagem segura para a jovem Deusa, mas também por um de seus epítetos serPhosphoros, ou
em tradução direta ao português, Portadora da Luz.
O submundo é um lugar naturalmente escuro visto que se encontra abaixo da terra, então
para se guiar por lá é necessário algum tipo de iluminação. Hécate, para além de possuir uma
associação muito forte com caminhos e, portanto, saber como avançar até mesmo pelo mais
obscuro deles, é frequentemente associada com a luz. Sempre representada com tochas em suas
mãos para iluminar os caminhos, sendo Dadophorus (Portadora das Tochas) também um de
seus títulos, o papel de Hécate em sua descida ao submundo segue sendo um de guia e
iluminação.
Até então, em todos os documentos estudados, sua associação com a parte tida como
maligna da magia permanece em águas turvas. Ao sairmos dos mitos e analisarmos a sociedade
grega da antiguidade, no entanto, um aspecto chama a atenção quando se trata da organização
religiosa da época: a maior parte dos ritos e cultos, por mais exclusivos que fossem, como o
exemplo dos Mistérios de Elêusis, eram performados em grupo e publicamente, exceto pelos
cultos a Hécate.
Apesar de muito popular, a Deusa possuía poucos templos dedicados exclusivamente a
si, o mais conhecido deles ficando na cidade de Langina, na região da Cária. Ao invés de ter
seu próprio templo, Hécate costumava possuir altares particulares em templos alheios, e um
Algumas interpretações dizem que eles são almas irrequietas cuja entrada no reino de
Hades foi negada por terem morrido antes do tempo, de um jeito violento, ou pela
ausência dos rituais funerários apropriados. Essas almas permaneciam em uma espécie
de limbo, ou seja, um limiar entre a vida e a morte e, portanto, sob o domínio de Hécate.
Por outro lado, Hesíodo descreve os daimones como espíritos imortais de uma raça
dourada que cuidava de nós, mas que não possuíam atributos divinos próprios. O
domínio de Hécate sobre os espíritos e sobre os daimones nos mostra que Ela é ao
mesmo tempo aquela que protege os vivos contra os espíritos perniciosos, como
também quem os lidera.(SIEGEL, WYVERN, 2012)
É possível perceber aqui uma forma mais obscura de suas associações, e ainda que seja
Hécate quem garanta proteção contra os espíritos, ela o faz por ser aquela que os comanda e
isso dá um tom mais intenso aos seus poderes. Se ela pode conter os espíritos para que não
ataquem alguém, também está ao seu alcance enviar os espíritos para causar danos caso assim
deseje. Aqui se torna notável que ainda que os domínios de Hécate façam com que a mesma
vague por campos mais obscuros, seus atributos e poderes não se resumem apenas a isso, visto
que na maior parte dos relatos observados ela é chamada justamente para dar proteção.
Ao avançar um pouco no tempo, encontramos uma menção significante da Deusa nos
Oráculos Caldeus, um conjunto de versos atribuídos a Julian, the Chaldean, onde através de
um transe místico, o rapaz narra o nascimento do universo. Os Oráculos descrevem como o
Primeiro Pai (uma espécie de mundo das idéias) se relaciona com o Segundo Pai (o mundo
material) e como a partir disso o universo foi criado. Hécate é a única divindade feminina a ser
citada nos versos, e tem como papel conectar o mundo das idéias com o mundo material. Seu
papel como Deusa dos Limiares aqui é muito forte por conectar duas divindades, e para além
disso ela é descrita como "o útero do qual tudo nasce, sejam os mundos em si ou as almas",
visto que se não for pela ligação dela nada se cria.
Comparado com as associações anteriores, o papel que Hécate assume nesse documento
é completamente pautado na luz e na criação, em tudo que pode ser descrito como mais puro,
e não por coincidência: os Oráculos Caldeus foram escritos aproximadamente III d.C. Sendo o
último resquício do paganismo antigo, é possível perceber a influência do cristianismo nestes,
visto que as duas figuras masculinas e a figura feminina descritas no documento podem ser
facilmente relacionadas com figuras da mitologia cristã: Deus, Jesus, e a Virgem Maria.
A completa falta de menção dos atributos menos "iluminados" de Hécate torna possível
teorizar uma tentativa de purificação da Deusa nessa época, onde suas qualidades maternas e
cuidadoras foram exaltadas, e todo o resto tido como mais pesado e obscuro foi jogado nas
sombras para ser esquecido.
Ao analisar a imagem mantida de Hécate na atualidade, no entanto, se percebe que essa
tentativa não foi bem sucedida. Os Oráculos Caldeus se tornaram muito populares entre os
neoplatonistas, tendo até mesmo uma espécie de culto chegado a se desenvolver, mas a imagem
de uma Hécate purificada não vingou conforme os anos avançaram. A multiplicidade de seus
domínios sempre foi sua característica principal, e mesmo após a ascensão do cristianismo,
cultos privados e particulares em seu nome continuaram ocorrendo nas casas de cada devoto.
Isso marca um aspecto muito particular do culto a Deusa: tendo em mente que quando
o cristianismo ganhou popularidade os cultos em templos foram banidos juntamente com as
celebrações públicas e coletivas, tidas agora como pagãs, as proibições não chegaram a tocar
diretamente os devotos de Hécate visto que a maior parte de suas práticas ocorriam isoladas
dentro de suas próprias casas. A igreja não tinha como controlar o culto de uma Deusa a qual
ela não tinham acesso, e a partir daí percebemos uma ênfase nos aspectos tidos como
"negativos" de Hécate, onde ela deixa de ser uma figura que concede bênçãos e protege seus
devotos, e se torna aquela que amaldiçoa e fere a humanidade.
Se torna válido também mencionar a aparição da Deusa nos Papiros Mágicos Gregos
(do latimPapyriGraecaeMagicae - PGM), um conjunto de textos majoritariamente em grego
antigo, escritos entre os períodos de II a.C e V d.C. Muitas das partes dos papiros são trechos
ou páginas isoladas de livros de encantamentos antigos, e algumas dessas páginas possuem
citações sobre Hécate, vagando desde hinos em sua homenagem até maldições usando seu
poder. Uma parte em específico dos papiros chama a atenção, no entanto, mencionando Hécate
como aquela que possui as chaves para o Tártaro.
O Tártaro é a personificação do mundo inferior na mitologia grega, contendo nele as
cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos
mortos onde os inimigos do Olimpo são enviados e os crimes encontram sua devida punição.
Apesar de já ter sido anteriormente associada com cavernas e chaves, Hécate até então não
havia sido relacionada com o submundo em um aspecto tão obscuro e brutal. Visto que parte
dos papiros foram escritos após o surgimento do cristianismo, e que até antes desse evento as
associações de Hécate vagavam para uma pluralidade de poderes ao invés do predomínio de
um único aspecto, se torna possível pensar que os trechos contendo relações majoritariamente
tenebrosas foram escritos após a disseminação da religião cristã.
A transformação da Deusa para um aspecto totalmente "maligno" foi tão intensa que
até mesmo sua imagem se modificou: Hécate, que antes era descrita como uma mulher jovem
de pele branca como a lua e cabelos negros e longos como a noite, se tornou uma velha de nariz
avantajado e verrugas na pele. Sua figura caricata não por coincidência nos remete a típica
imagem da bruxa no imaginário social: Hécate também se tornou a Rainha delas, não por reinar
sobre a magia e seus mistérios como antigamente, mas sim por comandar hordas de espíritos
malignos e amaldiçoar aqueles que cruzassem seu caminho.
Ao ser relacionada com o oculto e com o poder da bruxaria, Hécate se tornou ainda
mais exemplo do arquétipo da bruxa, pois além de já possuir as qualidades que fazem parte
dessa imagem, ela se tornou temida e, especialmente, silenciada. A “parte ruim” do que se
refere à Hécate, como a ligação com o submundo, com a regência de espíritos e com a magia,
contribuiu para o desaparecimento do culto dessa Deusa, bem como para a demonização de seu
nome.
Dentro da Psicologia Junguiana, o arquétipo da bruxa pode ser melhor explicado dentro
do que o arquétipo materno representa. A linha é muito tênue, como pudemos observar na
transformação de Hécate de Grande Mãe para Rainha das Bruxas. Como foi trazido por Jung,
o arquétipo materno possui inúmeras facetas:
O que determina o que é bom ou mal dentre esses aspectos inconscientes pertencentes
ao arquétipo é o que se espera dele na experiência consciente, ou seja, a partir da cultura e dos
valores de uma sociedade, por exemplo. Com a ascensão do cristianismo, que contribuiu para
o apagamento do culto à Hécate, exigia-se da mulher as qualidades da mãe boa e pura,
representada principalmente pela Virgem Maria, uma vez que o que fugisse dessa norma era
condenado sob a justificativa de associação com o Diabo. A bruxa se tornou parte renegada do
feminino.
Podemos considerar, inclusive, que por serem historicamente reprimidos — a partir do
momento em que o Cristianismo condenou quase todos os aspectos femininos que não faziam
parte da noção de "Virgem Maria" — diversos valores da alma feminina foram colocados à
sombra, um dos conceitos de junguianos acerca da alma e personalidade humana. A sombra se
refere a tudo aquilo que não é aceito ou explorado pelo indivíduo, o lado escuro e tenebroso da
nossa natureza (JUNG, 1964). Não é boa e nem ruim, apenas está, de certa forma, escondida.
Assim como a face "obscura" de Hécate era pouco mencionada, como pudemos
observar na dificuldade em encontrar documentos que tratassem da Deusa em sua totalidade
de poder, os atributos considerados nefastos que fazem parte da alma feminina foram cada vez
mais suprimidos. A Inquisição se fez presente como um dos elementos mais potentes no que
se refere à repressão do feminino, como citamos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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