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Apostila Ney 4 Periodo Farmaco

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CAROLINE RIBEIRO

Apostila de Farmacologia
4 periodo

Professor Ney
2019.2

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CAROLINE RIBEIRO

Aula 1- AV1

Farmacologia
Introdução

Conceito:
Principio ativo é qualquer substancia capaz de modificar
Remedio é toda ou qualquer pratica/ substancia/ método capaz de aliviar ou
curar. Ex fisioterapia
O fármaco é uma substancia com estrutura química definida e com uso
terapêutico.
Medicamento não se trata de uma única substancia apenas. Medicamento é uma
ou um conjunto de substancias com uso terapêutico
Fármaco é um principio ativo puro

Nomenclatura:
Código é o primeiro registro de um principio ativo/ molécula. Quando descobre
uma molécula cria-se um nome em código pra ela.
Quando pede a patente tem que dar o nome químico para essa molécula. É o
nome da estrutura É a descrição exata da composição de uma droga. Um exemplo é o
2,3-diidro-1,5-dimetil-3- oxo-2-fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino, que é comumente
conhecido como Novalgina®.
Nome Genérico é dado pelo fabricante que primeiro que desenvolve a droga,
antes que receba aprovação oficial. Um exemplo é a Dipirona.
Nome comercial nomes sob os quais um fabricante comercializa uma droga tem
o símbolo ® no lado superior direito do nome, que indica que o fabricante registou a
droga.
Medicamento similar é o medicamento autorizado a ser produzido após o prazo
da patente de fabricação do medicamento de referencia com o mesmo principio ativo,
mesma concentração, forma farmacêutica podendo deferir somente em característica
relativa ao tamanho do produto, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos.

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CAROLINE RIBEIRO

A gente ve se o remedio funciona no ensaio clinico, a analise avalia a eficácia.


Para atestar a função do fármaco, são feitos vários testes.
Teste Duplo-cego é um método de ensaio clínico realizado em seres humanos
onde nem o examinado (objeto de estudo) nem o examinador sabem o que está sendo
utilizado como variável em um dado momento.
Fármaco vigilância é a fase 4 onde o fármaco ja é lançado no mercado e a
população é o teste.

Formulação:
Todo fármaco precisa de uma formulação. A formula é sempre parcial pois
existem produtos que podem ser colocados na formula que não precisam estar na
bula.
Formula= Principio ativo + Excipiente ou Veiculo + Coadjuvante + Corretivos
Principio ativo: tem que ser fármaco testado com atividade comprovada na
doença em questão. Tem que dizer sempre qual é o principio ativo e qual massa tem
ali.
Excipiente: é solido, serve para dar volume. Ex: metilcelulose
Veiculo: é liquido, serve para dar volume.
Coadjuvante: muda muito uma formula. Eles podem ser técnico ou terapêutico.
O técnico o laboratório não é obrigado a botar na bula pois isso da vantagem ao
medicamento (vantagens praticas no uso daquela substancia. O terapêutico é
obrigatório estar na bula pois é um outro fármaco exemplo anticoncepcional o
principio ativo é a progesterona e estrogenio é coadjuvante terapêutico.
Corretivos: tornam o remedio de forma mais agradável (cheiro, cor ou gosto)

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Aula 2

Farmacologia
Formas farmacêuticas

Tarja Vermelha-
Só pode ser vendido com receita. Existem aqueles tarjas vermelhas com receitas
fixas, ou seja, a farmácia segura a receita.
Para garantir que a venda foi feita sob a receita, tem que pedir a cópia da receita
ficar na farmácia. (ex.: antibiótico).
Antibiótico é vendido sob receita.
Palmito/Vinho(ruim)/Carne, existem alguns antibióticos(Gentamicina/
Neomicina- aminoglicosídeo)nesses alimentos.
Tarja Preta-
Podem causar dependência, precisa de um talão/receituário especial, ou seja,
tem que ir no Conselho Regional de Medicina pedir a numeração do seu talonário,
dependendo da área que atua. (ex.: diazepam)
Tarja Verde-
é livre, não precisa de receita (ex.: Ibuprofeno/Advil).
Classificação das Apresentações
Sólido: Comprimido, Cápsula, Drágeas, Supositórios e Tablete
Líquido: Solução, Emulsão, Suspensão e Xarope
Gases: Nebulização, Vaporização e Aerosol
Pastosas: Pomada, Creme e Gel

Sólidos:
Comprimido: VIA ORAL
comprimir = foi comprimido e leva esse nome, ele é poroso, se não precisar, não
tem capa. Com capa, não pode partir, mas sem ela, pode partir tranquilamente!
Comprimido pode ser triturado, mas tem um detalhe, a maioria dos
comprimidos tem o principio ativo solvente em água, então pode triturar o

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comprimido e beber coma a agua como solvente (gosto não vai ser bom), mas existem
alguns princípios ativos que não são solúveis em água e ai quando colocar a agua junto
com o remedio triturado, não vai ingerir o PA, cabe ao médico dizer se pode ou não
triturar, beber com água, na comida…
Ex: hormônio da tireóide- tem que ser 1h antes ou depois da refeição, mas se não
conseguir, o médico vai dar uma dose maior (40% a mais por exemplo) pois terá uma
perda de absorção ao misturar com a comida.
Se tiver um comprimido com Principio Ativo que cause lesão gástrica? Não se faz
em comprimido, mas se tiver que tomar em forma sólida por alguma questão, pode
dragear.
Ex: DIPIRONA
Drágea: VIA ORAL
Drageamento: pega-se o principio ativo, fazer a fórmula como se tivesse fazendo
o comprimido e depois da uma cobertura/uma capa, isso evita que essa capa se
dissolva num local indesejável, pois ela é solúvel no Ph que você deseja, ou seja, quem
faz, escolhe o Ph ideal para o local onde desejar que o remedio se dissolva.
Absorção melhor no intestino do que no estômago*
Drágea- brilhante, vetrificada, não pode partir, não precisa colocar corretivo na
parte interna, pode deixar do jeito que ele é, amargo… põe-se o corretivo na drágea!
Ex: quer um remedio que se dissolva no duodeno, então não se coloca um oh
igual do estômago, põe-se um igual ao Ph do duodeno.

Obs: Não beber remédio com leite pois leite eleva o ph do estômago, ou seja, a
drágea vai dissolver no estômago.
Obs: a drágea só pode ser triturada se tiver que colocar para alguém que utiliza
uma sonda nasoentérica (paciente internado-tem uma sonda que vai do nariz até o
intestino).
Ritalina você vai tomar e daqui a 4 horas, não tem mais nada e o efeito ja
passou. Para tratar TDH a longo prazo, fizeram uma drágea contendo pequenas
outras drágeas, revestiram com mais Metilfenidato (estimulante leve do SNC) e
colocaram uma outra drágea e o que vai acontecendo é o segundo, no intestino, como

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elas possuem densidades diferentes, a mais externa dissolve e com ela uma certa
quantidade de principio ativo e absorve e faz-se aquele pulso inicial, quando começar
a cair a concentração ja deu tempo da outra parte da drágea dissolver e mais principio
ativo sendo liberado então é um esquema no qual tem-se uma substância que dura 4h
passar a durar 12h ou mais. Com a capsula também consegue fazer isso.
Ex.: NEOSALDINA
Cápsula: VIA ORAL
Ela é maior que a drágea e os comprimidos, tem um formato diferente e
dependendo do laboratório vem com core, ela não precisa de corretivo, não precisa de
excipiente para moldar (só colocar o pó lá dentro, não precisa comprimir por
exemplo) e a capsula não é digerida, ela sai nas fezes. É um envelope de plástico.
-Algumas capsulas contem grânulos, esses grânulos que estão dentro da cápsula,
são pequenas drágeas e como são drágeas, contém cores distintas que podem significar
duas coisas: tempo e densidade diferente, ou seja, terá dissolução em tempo distinto o
que chamamos de cápsula de liberação lenta.
-Outras vezes pode-se fazer um microfuro na cápsula e ela ao invés de abrir
como um todo, ela vai liberando principio ativo através do microfuro (o qual só abre
quando está no intestino).
-A cola da cápsula pode abrir e abrir a cápsula por inteiro, ou seja, absorção em
puul*/absorção toda naquele momento.
-E ainda pode-se colocar nos grânulos, medicamentos/fármaco diferente por
grânulo diferente: ruim, pois é possível o doente descobri qual é o principio ativo
daquele grânulo.
Vantagens: é de teflon* não é absorvida, sai nas fezes, só absorve o que tá dentro.
Não precisa corretivo. Como não precisa de excipiente, então consegue-se fazer uma
cápsula pequena com uma massa grande de principio ativo. É mais fácil de ser
deglutida.
Não se deve abrir a cápsula!!
Não é a mesma cápsula de farmácia de manipulação (não está na industria, é um
sistema mais artesanal, não tem uma cola, ela vai abrir no estômago mesmo. É mais

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prático como não é uma demanda muito alta. As cápsulas são compradas, o
componente é posto ali dentro e fecha-se com a mão mesmo
Tablete: VIA ORAL/SUBLINGUAL/VAGINAL
Muito parecido com o comprimido, ele não comprime, então não é igual ao
comprimido.
Pega-se toda aquela fórmula e coloca-se numa forma (como se estivesse fazendo
bolo, ele é molhado e deixa ele secar na forma e ai fica com aquele formato) e depois
de seco, está pronto, se caso vc apertar ou jogar um pingo d’agua, ao contrário do
comprimido, ele se desfaz.
Existe tablete vaginal: óvulo, não é prensado igual o comprimido(não ia
dissolver), ele é feito na forma do tablete, introduz-se vaginal e ele dissolve.
ex.: Isordil Sublingual (angina), Feldene/ Deocil.
Supositório: VIA RETAL
Não da para dizer se é excipiente ou veículo, quando pega a gordura
hidrogenada para fazer o supositório, você derrete a gordura é veículo e quando deixa
o supositório endurecer ele vira excipiente. Coloca-se numa forma para ele parecer
um torpedo e tem que fazer uma embalagem que não seja maleável, para que quando
ele derreter com o sol não perca o formato. Então quando ele derrete ele continua ali
na forma de torpedo.
É sólido, mas em altas temperaturas fica líquido.
Líquidos:
Solução:
Soluto + solvente
Na farmaco- soluto: princ. ativo
Solvente: veículo
Solução é o principio ativo dissolvido no veículo!
Se está dissolvido no veículo, geralmente é cristalina e é a primeira apresentação
da humanidade.
É a única apresentação universal. Pode ser usadas em todas as vias: banho (de sal
grosso), lavagem vaginal, solução no olho(colírio), sublingual, inalatória…

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Suspensão:
Quando se tem duas substâncias que não são miscíveis, não dissolvem!
Ela geralmente exige uma agitação antes do uso.
Via totalmente imprópria: Via Circulatória (venosa e arterial)
Se eu der uma suspensão na veia, quando ela tiver circulando, a fase solida ou a
fase mais pesada, vai se diferenciar da fase liquida e vai obstruir micro circulação.
ex.: Obstrução da circulação pulmonar - embolia pulmonar
Circulação renal - infarto renal
Circulação cardíaca - infarto cardíaco
Circulação cerebral - AVC
-Suspensão Intramuscular - Benzetacil (usado para quem tem sífilis 10 todo dia
ou 4 de uma vez) e Anticoncepcional. Esses dois exemplos são suspensão de depósito
também, é aquela que quando se aplica, não é toda dissolvida e lançada no sangue, ela
forma cristais na região e a dissolução desses cristais é gradativa.
Ex1.: A benzetacil quando aplicada, cristaliza-se no músculo e todo dia um
pouco da penicilina vai dissolvendo, então mantem penicilina sendo laçada no sangue
durante 21 dias.
Ex2.: O ACO, não joga aquele tanto de hormônio no sangue, joga no músculo,
então a diferença dele para o oral é que no oral todo dia toma-se uma dose, no
muscular, todo dia aquela dose é lançada no sangue sem precisar tomar, são cristais
associados a sistema de depósito que vão se dissolvendo gradativamente.
-Suspensão Subcutânea - Insulina, NPH, NPZ
-Suspensão Sublingual - Vacina SEIB*
Emulsão:
O ato de lavar uma vasilha, faz-se uma emulsão, pois pega-se uma substância
sólida (gordura na vasilha) e água e eles se misturam através do detergente(ag.
emulsionador) ele emulsiona a partícula de gordura e ela acaba se misturando na
água, não dissolve, só mistura, criando uma mistura estável, fica leitosa/opaca.
Não tem nenhuma emulsão conhecida que seja injetável.

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Emulsão oral tem duas: ficam horríveis, põe-se na boca e não sabe se é óleo ou
água (leite de magnésio, serve como laxante/Emulsão Scott de bacalhau).
No ponto de vista cosmético(são a maior parte, não são terapêuticas), existem
vários, emulsão pós banho, protetora solar, rejuvenescedora, lubrificar a pele, espantar
mosquito…
Xarope: significa que tem mais de 70% de sacarose, ou seja, é muito doce, basta
ser muita glicose , ele também é viscoso. Xarope de coca cola(na maquina), xarope de
groselha(maça do amor), xarope de guaraná(caseiro), xarope de tamarindo(laxante),
xarope de iodeto de potássio(expectorante - estimulam a tosse), não necessariamente é
para tosse.
Existem fórmulas/principio ativos que sedam a tosse, existem os expectorantes,
existem os mucinéticõs (movimentam o muco), mucolíticos (quebram o muco p ele
sair, catarro), antialérgicos (tosse alérgica-xarope ou comprimido).
Xarope para diabéticos: põe adoçante e maisena (amido), fica viscoso e doce.
(“falsificação bem feita”).
Shampoo, elixir(ópio canforado): é tudo líquido. Shampoo: a maioria é
enrolação, é impossível ter um shampoo para todos os tipos de cabelo. Shampoo p
cabelo seco, tem substâncias capazes de hidratar e Shampoo de oleosidade, tem
substâncias que tiram a oleosidade e essas substâncias não coexistem…
Tempo de contato é essencial, pelo menos 5 minutos em contato.
Pastoso:
-Creme: (P.ativo+H2O+H2O+Gordura) baixa viscosidade
-Pomada: (P.ativo+H2O+Gordura+Gordura) muito viscosa
-Gel: (P.ativo+H2O-coloide) zero de viscosidade(coloide o mantém pastoso)
-Pasta: (P.ativo+H2O+Gordura) mesma proporção, viscosidade
intermediária
-Emplasto (ex.:sabiá/salonpas- placa que gruda na pele que será absorvido, é
tópico pois não pode colocar sem ser na região da lesão, e ainda pq é geladinho, da
uma aliviada e imobiliza dando sensação de segurança).
A diferença entre eles é a composição, podem ter o mesmo principio ativo!
Obs: pomada é o mais viscoso e Gel o menos viscoso.

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Creme só pode ser feito tópico não é uma verdade, pode no futuro te rum creme
oral.
Gel é sempre cristalino, impressão de que está fresco, geladinho.
Pomada não é ideal para pele integra, pois se passar na pele e for para rua, seu
rosto fica pegajoso. Via genital: creme vaginal(não vai incomodar tanto) é melhor que
pomada vaginal. Pomada é mais para peles lesadas, feridas, cavidade que vc vai ocluir.
O creme fica mais para peles integras, creme antes do banho, para sair, creme anti-
rugas.
Pasta, alem de ter a mesma parte de gordura e de agua, então tem um grau de
viscosidade intermediário, geralmente o principio ativo não dissolve na pasta, e a pasta
fica parecida com um peeling, pasta d’agua (não é um fator de proteção solar, ela isola,
o sol não pasSA), Silvaden (sulfadiazina de prata) prata não dissolve, ela fica arenosa,
lembra o peeling, usa em ferida de queimadura. Pasta de dente o que mais vente para
escovar os dentes é gel (crianças), pasta é anterior ao creme, antiga. Gel ganha em
países quente como o nosso, pois num clima quente, da uma sensação de refrescância,
num pais frio, passa-se a pasta.
Gasosa:
Aerosol- ao fazer um movimento, ele possui jato contínuo (veneno/bom ar)
Spray- ao apertar sai 1 jato só (desodorante)
Nebulização
Vaporização
Forma de medicamento gasosa, predominantemente, se for uso sistêmico, fazê-lo
por via inalatório.
Dissolvo o mesmo fármaco como liquido, coloco no frasco e faço a pressurização,
criei um aerosol, se não for pressurizado, é um spray e depende da força física aplicada
naquele frasco, para criar a força de expulsão (caso do spray).
Passou a ser recomendando uma válvula de proteção nos aerossóis de
medicamento e essa válvula só permite um disparo e ai tem que soltar e pressionar de
novo e passou a chamar esses aerossóis de spray. Os sprays passaram a ganhar uma
válvula onde ele não é pressurizado, mas é uma válvula igual a do aerossol, hoje o tipo
de fluxo que determina um e outro.

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Nebulizador ultra-sônico: é vibração, ele não tem o ar passando até alguém, só


para inalar o medicamento.
Nebulização: importante a dose e como irá usar o nebulizador.
3segundos-84microgramas absorvido no aerolim.
Vaporização hoje faz-se pouco, “barraquinha do suicídio” 17min
Vaporizadores especiais.
Spray onde o aparelho não pulveriza, então ele tem, ao invés de ser o principio
Ativo associado a um líquido para se transformar em névoa, ele tem um pó, vapor
seco ou spray seco e são pequenas capsulas que vão passando e ele vai contanto
quantas ele já usou, quando ela passa no ponto certo, ela estoura e aquele pó é jogado
no caninho e ele puxa/aspira e inala, então é inalatório, mas ele é quem puxa.

Vias de administração
As apresentações precisam ser postas em vias.
As vias podem ser TÓPICAS ou SISTÊMICAS.
Sistêmica- quando o efeito da droga só aparece depois que ela circular.
Tópica- aquela que você coloca no local onde tem o problema. Pode virar
sistêmico, mas é acidente (Maurine Marge* - testosterona).
Criança com dobrinhas e assadura, passa o corticoide ele fica numa alta
temperatura, é lipossolúvel e acaba atravessando (não é suficiente tratar
sistemicamente), é possível que o tratamento tópico vire sistêmico.
• TÓPICO: -PELE
-MUCOSA
ex.:creme na boca, colírio via ocular, creme vaginal, solução no ouvido que é via
auricular e nenhuma delas cai no sangue.
no sangue temos a via…
• SISTÊMICA:
-PAR ENTERAIS: Inalatória
(fora do intestino) Sub-lingual
Transcutânea
Injetável (IV/IM/ID/IC/IT/SC)

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-ENTERAIS: Retal
(no intestino) Oral
Farmacocinética [concentração sanguínea/tempo]
VIA ORAL:
Pega o produto e faz por via oral, esse medicamento quando chegar no intestino,
vai atravessar e cair no sangue e de cara ele vai cair no fígado depois é que ele vai para
circulação em direção ao coração. Mas nesse processo eu posso começar a perder
medicamento, ja tive problemas pq o paciente tomou com leite ao invés de água/não
era para triturar e ele triturou, quando chegar aqui (intestino*) ele absorve e ai chega
ao fígado (tem fígado que metaboliza mais rápido e outro mais lentos) então o fígado
tira uma parte desse medicamento.
VIA INALATÓRIA:
Se tivesse usado essa via, ele não tinha passado primeiro pelo fígado, então não
tenho a perda que tem na via oral.
Ou seja, eu tenho vias que proporcionam uma concentração sanguínea maior
que a outra, usando a mesma dose, pois em umas eu perco mais do que nas outras.
Se eu coloco o medicamento na pele, ele jamais chega la do jeito que eu quero,
pode até acontecer. Se eu coloco oral, retal, inalatório, eu coloco ele na mucosa, ele
sozinha atravessa e chega ao sangue. Quanto mais distante do vaso, mais tempo leva
pata atingir a corrente sangüínea, mais tempo para obter a concentração que desejo.
Se aplicar na veia, ontem a concentração sangüínea imediata máxima.
Absorção: transferência da molécula de um fármaco do local ate a corrente
sanguínea, precisa atravessas a membrana e chegar no sangue.
Via intravenosa: não atravessa essa membrana, pois já injetou no sangue, ou seja,
por ela via, não existe absorção. Assim que eu termino de injetar na veia, a
concentração é máxima.
Para ocorrer absorção tem que acontece o seguinte: acabei de tomar o remédio,
a concentração dele no meu sangue é zero ai ele começa a atravessar a membrana, vai
ter uma chuva ascendente (que representa o tempo que ele talhando para atingir uma
determinada concentração no sangue) então consigo avaliar o tempo/velocidade e a
massa que tá sendo absorvida. Então a absorção é a curva ascendente.

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Via oral, inalatória, sublingual, intramuscular todas possuem absorção, umas


mais rápidas outras mais lentas.
Tópica não tem absorção, venosa não precisa/não tem.
Via Intravenosa não tem absorção
• VIAS ENTERAIS
VIA ORAL:
Coloca o alimento na boca, deglute e ele chega no estômago ele dissolve, então
uma parte dele vai chegar ate o duodeno, outra parte pode ser absorvida no próprio
estômago, não tem problema.
Vantagem: é pratico usar a via oral (em casa, leva para rua, para faculdade, no
avião) ninguém acha estranho tomar um comprimido, é natural, não dói, não precisa
que o medicamento seja estéril, não preciso de mão de obra especializada, facilita a
auto administração…
Desvantagem: proporciona a auto medicação, envolve muita interação com
alimento pois usamos a mesma via, é lento, não absorve a quantidade adequada, uma
parte é perdida
A absorção é lenta, mas depende, como o álcool que é por via oral e ele absorve
em 5 minutos . Dipirona não absorve em 5 minutos, demora mais. A maioria das
absorções é lenta.
Quando absorve, seja no estômago ou no intestino, vai cair na circulação
enteroepática, ou seja, chega no fígado e dele pode ir para a veia hepática, de la vai
para cava inferior, de la chega ao átrio direito e ai vai, pulmão, átrio esquerdo, até
chegar a aorta e atingi a circulação sistêmica. Ou seja, levou muito tempo para tingir a
circ sistêmica e atingi o receptor que deseja.
Obs: No fígado existem canais os quais quando o medicamento sofre alguma
perda eles mandam ele de volta para o duodeno.
Todo medicamento cai na circulação enteroepatica.
FIGADO E ABSORÇÃO
Então tem substancias que passam pelo fígado sem nenhuma perda e existem
substancias que ao chegar no fígado são completamente destruídas (nitroglicerina) -

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Efeito de primeira passagem/ metabolismo pré sistêmico ou metabolismo de primeira


passagem ou remoçado pré sistêmica = grau de perda de moléculas do fármaco na
primeira passagem dele pelo fígado, isso reduz drasticamente ou sensivelmente ou as
vezes ate não reduz a concentração da droga no sangue.
ANTIBIOTICO E ANTICONCEPCIONAL
ACO é absorvido no intestino, chega no duodeno é absorvido, quando ele
chegou no fígado aquela progesterona(forma primária) que ele tinha é destruído, todo
ele, e é excretado de volta para o duodeno, não vai sair nas fezes pois temos bactérias
intestinais que vão pegar essa forma inerte do hormônio que foi metabolizado e
transformar no hormônio ativo e ele agora é reabsorvido e passa direto pelo fígado
sobe e resolve o problema.
O problema está nos antibióticos que matam bactérias intestinais. O AC tem a
sua concentração reduzida com os antibióticos (reduz a absorção do ac, então quando
estiver fazendo uso tem que ter cuidado ao usar os dois).
O antibiótico só vai causa perda da absorção de ac, se ele se acumular no
intestino, onde o ac é absorvido, então consequentemente aquelas bactérias que
fariam a conversão do sangue não existem mais.
No sangue antibiótico e ac coexistem sem problema, ou seja, ac intramuscular,
em adesivo… não vai ter problema.
VIA RETAL:
Coloco um supositório e se eu comparar a via retal com a oral muda muito.
Primeiro que a via retal não é nada prática, não da para usar em qualquer lugar,
pois o certo é deitar, nu, do lado esquerdo e introduzir o supositório para baixo, em
direção ao colo que está no lado esquerdo e não é legal fazer na sala de aula, no avião
e é mais difícil alguém achar um amigo que tenha para emprestar em momento de
dor de cabeça, por exemplo, ate o medico explica mais detalhado do que se fosse um
comprimido (geralmente idosos e crianças).
A absorção retal é meio irregular, não tem o fluxo sangüíneo na mesma
velocidade sempre, mas em geral, absorção é mais rápida do que a oral e ascenção da
curva ascendente é menos inclinada, mais reta, ou seja, ocorre numa maior
concentração num tempo menor.

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Tem 3 plexos hemorroidasi* (superior, médio e inferior), um vai direto para


enterohepatica (então esse sofre metabolismo pela passagem igual a via oral), o outro
vai direto para veia cava (faz o buypass não sofrendo o metabolismo pela passagem).
Ou seja, via retal: nem todo fármaco passa pelo fígado direto, então a []
sangüínea é maior pois ele não sofre o metabolismo pela passagem, falando de
substancia que tem remoção.
Se eu aplicar um supositório de uma substancia que não tem remoção de
primeira passagem a [] no sangue vai ser a mesma. Se eu usar uma que tem remoção,
a via retal a []/tempo vai ser maior.
Ex: criança que toma remedio e vomita e perde a absorção, supositório não vai
acontecer.
A absorção pelo intestino é muito boa pela superfície de contato que é gigante,
sem contar com as microvilosidades, área intestinal enorme, muitos vasos sangüíneos
= grande absorção.
O medicamento que está no sangue circulando pode fazer o caminho inverso e
passar pelo fígado, já não é mais primeira passagem/pré sistêmica, é biotransformação
sistêmica…
• VIA PAR ENTERAL
VIA INALATÓRIA:
Via muito boa, mas infelizmente poucos medicamentos podem ser usados por
essa via. É sempre voltada para coisas parecidas, drogas voltadas para acoes no SNC
(cocaína, maconha, tabaco) ou drogas com ação no pulmão (broncodilatadores,
expectorantes).
O problema é que a maioria das moléculas que iriamos inalar, não seriam
absorvidas pois as moléculas que são absorvidas no pulmão/ nos alvéolos tem no
máximo 10(angstrom) são bem pequenas, só se tiver uma molécula bem pequena.
Efeito/ação muito rápido, via prática, segura, mas não é tão barata pois precisa de um
aparelho especial (nebulizador, vaporizador, aplicador), depende do tempo que esse
paciente fica no pulmão, então não garante qual vai ser a biodisponibilidade
(percentual da droga que você deu que atinge o sangue de maneira inalterada, na

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maneira que foi inalada), que seja, pode ter uma biodisponibilidade alterada nessa via
e a escassez dessas substâncias.
VIA SUBLINGUAL:
Seria lega aumentar o uso dessa via, é mais prática que a inalatória, se eu tiver
um tablete sublingual agora eu posso usar sem precisar de nenhum aparelho/
aplicador, ou seja, é pratica; pode ser usada em pacientes em coma; o efeito é rápido,
não tem metabolismo pela passagem; trajeto mais rápido; não depende da deglutição
pode ser usada em cão gato;
Criança/cão é mais fácil de aplicar do que fazer deglutir.
Desvantagem: Pulmão tem uma grande superfície de contato, a região sublingual
não tem nem 15cm2, então preciso de uma droga muito apolar, que tenha uma
capacidade de progredir através da membrana muito rápido, mais rápido do que
engolir a saliva, pois não da p ele dissolver o medicamento e engolir a saliva e chegar
no estômago o medicamento agora é ingerido via oral.
Pela via oral absorção ocorre nos vasos tributários da jugular interna e vai direto
p jugular interna e de la vai direito para cava superior e chegando la ja tá no coração,
vai para o pulmão e volta.
Tem poucos medicamentos, não passa de 10 ou um pouco mais.
Benzodiazepínicos, antialérgico, deocil, felden…
VIA TRASNCUTÂNEA/TRASNDÉRMICA:
Pela pele a absorção não é tão intensa, então as substancias trasndérmicas ou
transcutâneas são raras (fentanil- analgésico/nicotina-parar de fumar/nitroglicerina-
vasodilatador p pacientes com infarto/ anticoncepcional- reposições de hormônios:
são poucos adesivos).
Adesivo de fentanil: individuo terá uma [] daquela droga durante o dia e não sita
dor ex.: droga que tenha maia vida muito curta, então matem uma absorção continua
e pequena.
O mais antigos nitroglicerina e nicotina.
Orientar o doente é que ele não tem que colar o adesivo no local que ele quer o
efeito. Pode levar a um desgaste da pele e fere de tanto que cola o adesivo no mesmo
lugar, então pode colar em qualquer lugar, menos no pé.

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VIA INJETÁVEL:
3 pessoas (1h37min) que decidiram fazer uma agulha para injetar na veia. Eles
usaram a pena de um animal, tiraram os colículos da pena e ficou só o cano, pegaram
a bexiga, os dois ureteres e a uretra de um porco e encaixaram a uretra na pena e fica
como de fosse uma agulha, encheram a bexiga de ópio e amarraram os ureteres,
pegaram o cão, amarraram e dissecaram a sua veia, enfiaram aquela pena e
apertaram e injetaram aquele ópio no cão que apresentou os sintomas do mesmo e
partir dai foram criando…
1ª era de metal
2ª de metal com um pano queimado (funcionou e foi a 1ª)
Depois colocaram uma janelinha de vidro e mudara para couro, depois
separaram a agulha…
Década de 80: agulhas descartáveis, a seringa ainda era de vidro.
Década de 90: seringa de plástico.
Inicialmente as cores eram sinônimos de diâmetro e tamanho, hoje não é mais
assim.
Injetável, não importa qual seja a via, intravenosa, intramuscular subcutânea,
todas elas vão precisar de Mao de obra especializada, um profissional, precisa de
equipamento (agulha, seringa, garrote…), não da para ficar medicando por essa via
em qualquer lugar a não ser emergência. Todas as vias injetáveis é antinatural (agulha
rompe o tecido)
Intravenosa só pode fazer solução, não pode suspensão, emulsão. A solução é
feita an veia de alguém e ai tenho duas técnicas (Bolus ou Dripping-“gota no
gerúndio” significa: infusão venosa contínua).
Gráfico IV em Dripping e IV em Bolus
IV em Bolus: dou a injeção, a [] é máxima, ela se distribui pelo sangue, pelo
corpo e depois começa a ser destruída/excretada ate a [] desaparecer.
IV em Dripping: gráfico diferente, no tempo zero comecei a pingar, ele se
mantem pois a velocidade de entrada normalmente é igual a de saída, tem uma
pequena curva ascendente mas não levanta do zero, então não é absorção, a medida
que vou pingando, no inicio vou aumentando a []

17
CAROLINE RIBEIRO

Vantagens intravenosa: garantia de dosagem 100% correta, preciso de dosagem.


Velocidade que leva para fazer o efeito, latência (tempo desde que tomo ate aparecer o
efeito) é muito curta. Uso em emergências (cólica, parada cardíaca…). Permite grande
volume (hemorragia, repor o sangue/paciente queimado, repor o liquido) consegue
equilibrar rapidamente o individuo, fazer grande volume
Desvantagem: Mao de obra especializada, não da p ficar se mexendo enquanto
toma o medicamento, tem que estar deitado, parado, tem o risco de erro (por via
venosa é irreversível na maioria das vezes).

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CAROLINE RIBEIRO

Aula 3

Farmacologia
Absorção dos fármacos

Formulações — Formulas/ Apresentações — Vias. Via tópica —


farmacodinâmica. Via sistêmica — farmacocinética. É a transferencia das
moléculas do fármaco através de uma membrana ate a corrente
sangüínea. As drogas atravessam a membrana através dos transportes através da
membrana: transporte ativo (gastam energia) e os passivos (não gastam energia), eles
permitem que a molécula do fármaco atravesse a membrana de um meio ate o outro
meio (tem que atravessar duas membranas no mínimo: membrana basal e apical). O
fármaco é geralmente colocado em contato com a membrana apical de uma célula,
exceto quando feito por intramuscular que será na membrana basal. A transferencia
da molécula do fármaco através dessa membrana pode ocorrer por transporte ativo.
Pode acontecer de ter um fármaco ondas moléculas dele estejam mais concentradas
no meio intracelular/ meio extracelular/ meio interno próximo a membrana basal, a
molécula para atravessar vai precisar de transportador que será acionado por energia,
exemplo sódio vai ter que sair do meio menos concentrado para ir pro mais
concentrado, na membrana apical o sódio entra em antiporte com o H+ ou simporte
com glicose, ja na membrana basal o sódio vai pro interstício pela bomba de sódio
potássio ATPase. O transporte ativo não é muito usado para fazer transporte de
fármacos pois só é necessário transporte ativo quando joga do meio menos
concentrado para o mais concentrado, então teria que ter + fármaco no corpo do que
fora para fazer o uso do transporte ativo. Raros são os fármacos que utilizam
transporte ativo, é bem limitado, algumas vitaminas fazem transporte ativo mas se
aumentar concentração ela fará transporte passivo.
O transporte passivo tem o passivo por difusão e passivo facilitado.
Exemplo: Na membrana apical sódio entra em simporte com a glicose por um
transportador (transporte ativo secundário), na membrana basal tem o GLUT 2 que

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CAROLINE RIBEIRO

pega essa glicose e joga no interstício (transporte passivo facilitado, passa do meio +
concentrado para o meio menos concentrado). É chamado de ativo secundário pois o
sódio vem a favor da concentração mas a glicose veio contra. A glicose tem sua
absorção completa por 2 transportes: ativo secundário e facilitado. São poucos os
medicamentos que usam o transporte facilitado para serem absorvidos, e todos que
usam o transporte facilitado são moléculas que fazem parte do nosso corpo exemplo
glicose, ferro, B12, cálcio…

Homobiótico são as moléculas que fazem parte da nossa fisiologia.


Xenobiótico são as moléculas que não fazem parte da fisiologia do nosso corpo.
Sódio e potássio não passam pela membrana pq eles tem carga devido ao peso
dessa carga. A água quando se comporta como uma molécula carregada, membrana é
formada por fosfolipideos, a agua não passa através da membrana para a agua passar
usa as aquaporinas.
Transporte passivo por difusão- é o mecanismo mais importante da
absorção de fármacos. Os fármacos se difundem através da membrana.
A absorção pode ocorrer pelo transporte ativo, facilitado e transporte ativo
secundário mas ocorre predominantemente por difusão.
O equilíbrio existe sempre onde tem um corpo a favor da sua concentração no
transporte, acontece no facilitado e na difusão, quando atingir o equilíbrio não tem
mais o processo
Saturação do transporte pode acontecer no transporte ativo e facilitado o
transporte que eu tenho em A é difusão pois quando maior a concentração maior a
velocidade, não depende de transportador. O transporte facilitado satura, B tá

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CAROLINE RIBEIRO

aumentando a concentração e a
velocidade de transporte tal
aumentando, mas ao atingir uma
determinada velocidade essa velocidade
se mantem mesmo que aumente a
concentração isso porque saturou os
transportadores.
Transporte ativo não depende da concentração. Ativo também pode saturar pois
depende de transportador, se usar todos os transportadores esse transporte se mantem
em velocidade constante.
Fatores que interferem na absorção dos fármacos:
# Diâmetro da molécula- moléculas muito grandes não serão absorvidas por
difusão. Exemplo heparina é um muco polissacariodeos que pesam 5 kd, por ter um
alto peso e ser mucossacarideo não tem absorção oral, pois muco polissacarideo é
quebrada pelas munias no intestino, ela não atravessa a membrana pois é grande, se a
molécula não atravessar a membrana dentro do tempo esperado será eliminado junto
as fezes e não será absorvido. A insulina por via oral é um polipeptídeo que é digerido
pelo intestino, tem que ser injetável, então tem insulina subcutânea e intravenosa.
Quanto menor o diâmetro da molécula provavelmente maior será o número de vias.
Quanto maior o diâmetro menor o numero de vias.
# Tempo de contato- o tempo que o medicamento leva em contato com a
superfície de absorção, isso é importante para que obtenha o nível terapêutico.
Quanto menor o tempo, menor a concentração sangüínea, menor será o efeito. Existe
alteração de tempo de contato quando toma remedio por via oral devido a motilidade
gástrica (pode ser diferente de pessoa pra pessoa)
Exemplo absorção do paracetamol (é absorvido
no intestino) pela via oral (acetominofeno).
Sujeito tomou paracetamol puro com agua.
Outro indivíduo toma paracetamol com cafeina
e metoclopramida (aceleram o estômago com
isso o estômago esvazia mais rápido e joga mais

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CAROLINE RIBEIRO

rápido o conteúdo para o intestino), esse apresentou uma melhor biodisponibilidade e


uma menor latência (tempo da concentração sangüínea se tornar eficaz). Outra pessoa
tomou paracetamol com escopolamina, teve a pior biodisponibilidade pois a
escopolamina reduz a motilidade gástrica, então o esvaziamento gástrico fica mais
lento. Nos 3 tem diferença na biodisponibilidade, os 3 tomaram a mesma dose com a
mesma quantidade de agua. Se o estoma estiver esvaziando rápido aumenta a
absorção pois jogou o remedio para o intestino e ele fica mais tempo em contato com
o intestino do que com o estômago. Se esta esvaziando devagar fica muito tempo no
estômago e demora a chegar no intestino, reduz a absorção. O uso de outros
medicamentos que interferem na motilidade intestinal com a velocidade de transito
intestinal pode alterar a absorção de uma droga.
Biodisponibilidade - É o percentual do medicamento que atinge a
concentração sangüínea na sua forma ativa. Na via intravenosa a biodisponibilidade é
100%.
# Superficie de contato-
A via oral é a mais usada para usar medicamentos, a superfície de contato de um
medicamento no intestino é a maior superfície de contato que a gente tem. Sublingual
a superfície de contato é muito pequena. Podemos mexer na superfície de contato pela
via oral alterando com o uso com mais ou menos de água.
Utilizaram o mesmo comprimido e mexeram na quantidade de agua. Notaram
que o medicamento com mais agua a absorção acontecia primeiro, o medicamento
com menos agua levava mais tempo
para a absorção ocorrer. Se aumenta a
quantidade de agua irá dissolver e isso
aumenta a superfície de contato e se tem
menos agua a superfície de contato é
menor então ele levará mais tempo para
atravessar a membrana. Comprimido com menos quantidade de agua atrapalha a
dissolução e isso reduz a absorção.
# Apresentação/Forma- também influencia na absorção. Exemplo fármaco em
solução e drágea, o fármaco em solução será absorvido mais rápido pois ela ja esta

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CAROLINE RIBEIRO

dissolvida, a drágea terá que ser dissolvida. Quando você quer fazer um produto se
depositar no músculo pra ficar meses usa-se uma suspensão de deposito permite
absorção lenta e gradativa (ex anticoncepcional).
# Conteúdo do meio- Se muda o conteúdo da região onde a droga vai ser
absorvida também pode mudar absorção. Exemplo: Vitamina D e fibra ingeridas
juntos, a fibra vai absorver a vitamina e ambas vão ser eliminadas com as fezes, ou
seja, perdeu o medicamento ele foi sequestrado pela alteração do transito intestinal.
Exemplo orlistate, óleo mineral e xenical inibe a absorção de gordura seja
medicamentosa ou alimentares poderá então impedir absorção de medicamentos
importantes. A gelatina em excesso aumenta a osmolaridade pode causar diarreia
pode sequestrar a substancia/ medicamento de maneira osmolar, reduzira absorção.
Antibiótico muda o meio matando as bactérias reduzindo a absorção.
# Vascularização- Quando maior a vascularização maior a absorção. Exemplo
anestesio não absorve, mas o anestesio em uma ferida aberta com alta vascularização é
absorvido e pode apresentar um efeito adverso aquela intoxicação pelo anestesio
# Solubilidade- A molécula para atravessar a membrana precisa ter característica
lipofílica, precisa estar apolar. Então precisa ver a solubilidade dela. Uma molécula
lipossolúvel atravessa a membrana facilmente. Para atravessar a membrana o ideal é
que a molécula seja lipossolúvel
Quando coloca essa molécula em solução ela vai se dissociar. O que importa é
como o medicamento estará em cada meio. O medicamento fica lipossolúvel em uma
região e hidrossolúvel em outra
região. O medicamento pode estar
apolar ou polar vai depender da
constância. Sempre que o
medicamento está em uma região do
corpo qualquer da pra saber se ele
está mais apolar ou polar. A solubilidade de um medicamento é determinada por 2
outras variáveis: PK que é uma característica da droga e pH que é uma característica
do meio.

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CAROLINE RIBEIRO

PH quer dizer potencia de hidrogênio. PH neutro é 7, acima dele é básico e


abaixo dele é acido.

Em cada um dos grupos existe um


pH que a substancia ficou em
equilíbrio. No frasco onde o pH é
3,5 o diazepam fica em equilíbrio
(50% apolar/lipo e 50% polar/
hidro. Anfetamina fica em equilíbrio quando colocada/dissolvida em um meio com
pH 9. AAS com ph 3.2 fica em equilíbrio quando for colocado ou dissolvido em um
meio com pH 3.5. O pk do AAS e do
diazepam é 3.5. PK da anfetamina é
9.
Sabemos que a hidro não ta
atravessando mas a lipo está
atravessando.O que é necessário
para que tenha esse modelo sabendo
que o PK é 6,1? É necessário que
tenha pH 6,1 nos dois lados da membrana pois assim teria um PK de 6,1 e no meio
com pH 6,1 teria o equilíbrio nos dois lados da membrana.
PK é o pH em que aquela droga fica em equilíbrio.
OBS: Boca ph 6,7; Estomago ph 1.5 a 3; Jejuno ph 8,2, Sangue ph 7,35, Leite
materno ph 6,8.

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CAROLINE RIBEIRO

A droga que tem PK acido quando essa droga está em um pH acido ela
predomina a forma lipossolúvel então tá com mais facilidade de atravessar a
membrana. A mesma droga quando colocada em pH básico fica hidro e dificulta a
transposição da membrana. Exemplo AAS tem PK acido então ele se comporta como
essa droga da curva vermelha/rosa , então no meio acido ele vai ficar lipossolúvel e se
tiver no meio básico vai ficar hidrossolúvel, o AAS no estômago vai predominar
lipossolúvel então ele é mais absorvido estômago. A anfetamina é melhor absorvida no
intestino pois la o pH é alcalino e ela tem PK básico. PK acido meio básico fica na
forma polar.
Quando mais pra cima mais ionizada (polar), quando mais pra baixo menos
ionizada (apolar).

Droga de PK básico no pH alto (básico) ela fica


apolar. E a droga de PK acido em meio acido
fica apolar.
Substância acida em meio acido fica na forma
lipossolúvel (apolar), vai atravessar melhor a
membrana. Substância básica no meio básico fica
na forma apolar (lipossolúvel). Substância acida no
meio básico fica na forma hidrossolúvel (polar).
Substancia básica no meio acido acido fica na
forma polar (hidrossolúvel). Mesma magnitude
lipossolúvel (apolar).
PK é equilíbrio tem uma droga que é colocada em
um meio e tem PK 5, se o pH for 5 quando você
colocar a droga ela vai ficar com 50% lipo e 50% hidro ate atingir equilíbrio, os 50%
que atravessarem a membrana vai ficar com 25% lipo e 25% hidro e como eles saíram
de um lado então ficou o outro lado também com 25% hidro e 25%lipo.

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CAROLINE RIBEIRO

Tomar AAS com leite vai alcalinizar o pH do estômago a absorção do AAS vai
diminuir. Ja a da anfetamina vai aumentar a absorção.
No tabaco quanto maior a quantidade de ureia (coadjuvante técnico) maior a
quantidade de nicotina absorvida. Na cocaína aumenta a capacidade de absorção e de
biodisponibilidade com bicarbonato na droga pronta.

Distribuição dos fármacos

É como esse fármaco vai se distribuir pelo organismo. Chegou a droga no


sangue, se foi dada por via venosa a biodisponibilidade dela foi de 100%. Por via oral,
retal, subcutânea…tem uma biodisponibilidade variável. O laboratório ele te da a
biodisponibilidade media, se vai ficar dentro dessa media vai depender da forma que
você usa. Quando você aumenta a dose você não aumenta a biodisponibilidade
(continua a mesma), então a dose de um remedio não influencia na biodisponibilidade
pois biodisponibilidade é o percentual que você usou. Biodisponibilidade é afetada por
qualquer fator capaz de modificar a taxa de absorção. Quando muda a via de um
medicamento muda a biodisponibilidade, ou seja, ao mudar a via do medicamento
deve sempre reavaliar a dose da prescrição.
Distribuição de fármacos- é o quanto de medicamento vai para o sangue e
vai pro tecido. Existe variações de distribuição. No cérebro tem a barreira hemato-
encefalica, um medicamento para ser bem distribuído ao cérebro tem que atravessar
essa barreira. Paciente com mal de Parkinson, deficiência de dopamina no cérebro, se
dar para ele dopamina e ele não melhorar foi porque a dopamina não é mandada ao
cérebro pois não consegue distribui-la para aquele tecido por causa da barreira
hemato encefálica. O AAS tem PK 3,5 e o estômago tem pH 2, o AAS passou para o
sangue (pH7,3), o AAS no sangue ficou hidrossolúvel então ele não consegue
atravessar a membrana e chegar no leite materno (pH 6,8) caso o AAS chegue no leite
la ele fica lipossolúvel e com isso ele é reabsorvido do leite para o sangue, não aparece
no leite materno. A anfetamina no sangue fica lipossolúvel então ela atravessa a
membrana e vai para o leite materno (anfetamina é básica e o leite é acido), no leite
ela fica hidro e não ocorre reabsorção por isso a lactante não deve fazer uso de

26
CAROLINE RIBEIRO

anfetamina. O medicamento que tá no sangue pode ir para o receptor (e produzir


ação e efeito), pode ir para o tecido adiposo, para o fígado e do fígado ele pode voltar
pro sangue ou pode ser destruído, pode ir para os rins e de la pode voltar ou ser
destruído, ele pode ir do fígado para os rins, dos rins ir pro fígado, pode ir para o
tecido muscular, pode ir para cavidades (acumula em articulação, dentro de vesículas
de feridas…)

O medicamento ele pode sempre distribuir e reabsorver.


Cada medicamento tem modelo de distribuição. Existem os modelos:
bicompartimental e cinética de primeira ordem. Bicompartimental - trabalha sempre
com o mais superficial, com aquela curva, estamos trabalhando com a queda linear de
bicompartimento, se uma droga esta em uma região então não tá na outra.
A maior parte das drogas tem ligação a proteínas plasmáticas (albumina e
globulina), a ligação de uma droga a proteína plasmática é uma taxa variável — taxa
de ligação a proteínas plasmáticas, a droga ligada a proteína não tá agindo. A dose
livre é a que será distribuída.
Quando eu vou fazer o medicamento o que é importante saber é qual a
concentração dele terá no receptor, depois disso descobre como é a distribuição e
quanto eu quero dele no sangue, e depois vê quanto que passa e fica ligado a proteína.
Estado nutricional influencia no efeito dos medicamentos, principalmente quando
falamos de estado nutricional grave. A quantidade de proteína plasmática influencia.
DME— Dose mínima eficaz.
CME— concentração mínima da droga que faz efeito

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CAROLINE RIBEIRO

DMT— Dose máxima tolerada — Se ultrapassar fica intoxicado.


Sempre que cair proteína plasmática tem que checar se alguma daquelas drogas
terá o efeito aumentado
As vezes o individuo obeso tem menos agua. Alguém do mesmo peso dele e que
não seja obeso um medicamento que se distribui em agua ele teria que tomar uma
dose menor do que alguém do peso dele. O peso tem VD (volume de distribuição)
menor do que alguém do mesmo peso que não seja o obeso.
Toda droga tem uma T 1/2= meia vida biológica, que é o tempo que o
organismo leva para reduzir a concentração da droga a metade. Exemplo droga com
meia vida de 12h; tomei a droga X as 11h e ela absorveu o total dela no sangue é de
800, 8 estava livre e 792 estavam ligadas a proteínas plasmáticas, 12h depois reduziu a
metade. O percentual livre da droga reduziu ao ponto de não ter mais efeito. O fato
do efeito da droga diminuir ou sumir não significa que aquela droga não exista mais
no seu sangue.
Interação medicamentosa- Um remedio pode interferir no outro. Vamos supor
que você passe mal e o medico te passe a droga Y sem saber que você tomou a droga
X, caso o remedio y se liga ao mesmo sitio da proteína que o x se ligava, se o remedio
y tem menor avidez pela proteína então não vai tirar da droga x. Mas se o remedio y
desloque o medicamento que estava lidado a proteína, isso que foi deslocado fica livre
e ativo, volta a ter os efeitos do remedio x pode ate ter efeito toxico. Exemplo varfarina
que é anticoagulante se tomar anti inflamatório ele se liga na mesma proteína da
varfarina, desloca e aumenta concentração sangüínea da varfarina com isso individuo
passa a ter hemorragia.
Avidez quando a droga se liga ao local em que ela não altera o local ex ptn
Afinidade quando é receptor que ai ela altera o local que se ligou.
Volume de distribuição da droga (VD)— Quando o medicamento for distribuído
a gente tem que ver qual é o volume de distribuição daquela/para aquela droga. É o
organismo que tem volume de distribuição mas ele é pra cada droga.
O meio intracelular tem o LIC ele tem aproximadamente 30 litros. Envolta do
LIC tem o LEC que tem aproximadamente 9 litros. Envolta do LEC tem o plasma

28
CAROLINE RIBEIRO

que tem aproximadamente 3 litros. Tem 42 litros de agua


para o individuo com 1,7m e 70 kg.
Não tem como o medicamento chegar no lic sem
passar pelo lec. Nem no lec sem passar pelo plasma
Se o medicamento ficar só no sangue/plasma ele não
foi distribuído. Se ele chega ate o LEC ele foi distribuído
mas não foi tão bem (mal distribuído). Se ele chegar no LIC
ele foi bem distribuído.
VD= Massa da droga efetiva (atingiu o sangue) dividido pela concentração
sangüínea/plasmática da droga.
Se a droga vai toda/ quase toda pro cérebro, isso significa que ela se acumulou
em um tecido pois ela possui afinidade por aquele tecido. A concentração sangüínea
fica baixa, quando dividir a massa pela concentração plasmática o VD ficara alto.
Então quando o medicamento se concentra demais em um determinado tecido a
gente tem a ilusão de que ele se distribuiu muito.
Exemplo tiopental que aplica na veia, vai todo pro cérebro e o sujeito dorme,
minutos depois o que ta no sangue começa a ir para os tecidos, ele ta voltando do
tecido que ele era mais concentrado e indo para os tecidos que tem maior dificuldade,
então primeiro fez uma distribuição inadequada e agora faz uma redistribuição que
faz com que essa droga tenha um efeito no SNC inicial muito intenso e depois
equilibra e demora a passar.
O tecido adiposo pega uma boa parte do medicamento e prende/ acumula
(impressão do VD alto), so que o VD do obeso é menor pq ele tem menos agua, então
ele teria que tomar menos medicamento do que o magro, mas ele toma a mais pq uma
parte do medicamento fica acumulado no tecido adiposo.
Exercício 3

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CAROLINE RIBEIRO

Aula 4

Farmacologia
Biotransformação

A biotransformação (metabolismo) consiste em toda modificação química sofrida


pelo fármaco no organismo. Pega uma substancia A e converto em substancia AA, AB
e na AC, é possível que alguma dessas moléculas sejam moléculas ativavas, outras
inativas, e outras mais ativas. O objetivo de biotransformação é inativar, ou seja, o
objetivo é transformar o fármaco apolar em polar para que ele possa sair mais
facilmente do organismo, isso facilita a excreção da droga. É possível muitas vezes a
gente ter um objetivo diferente desse, quando você quer inativar você que começa de
A e chegar no produto inativo, dependendo do numero de etapas que eu chego ate ele
se tornar inativo podem haver etapas que ele se torna mais ativo, podemos bancar isso
como se fosse o desejado para aquele fármaco
Exemplo: Mal de Parkinson é deficiência de dopamina em vias cerebrais, a
dopamina não atravessa a barreira hematoencefalica. Ao dar para o paciente L-dopa,
ela no receptor não tem ação, quando a L-dopa cai no sangue vai ao tecido cerebral,
la uma enzima local converte a L-dopa em dopa. Então essa enzima biotransformou/
metabolizou a L-dopa. A molécula que a gente deseja la é a dopamina então essa L-
dopa é um pró fármaco.
O pró fármaco é uma substancia que ele em si não tem atividade, se for colocado
in vitro ele não funciona, ele necessita de ativação para funcionar. Ex: o capitopril ele
em si não neutraliza a enzima, precisa ser convertido a molécula ativa que irá ativar a
enzima.
Essa molécula ativada vai passar por novos processos de metabolismo ate ser
inativada. O objetivo final de neutralizar será objetivo alcançado, o que ira acontecer
é esse objetivo levar mais tempo ou menos tempo. Dependendo das moléculas pode
ter moléculas ativas durante esse processo.

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CAROLINE RIBEIRO

Pro fármaco só vai atuar no receptor e produzir o que quer depois que ele passar
pelo sistema enzimático ativador.
Essa modificação química sofrida pelo fármaco no organismo pode ativa-lo
inicialmente mas que no final tem a neutralização desse fármaco.
A biotransformação pode acontecer em qualquer lugar que tenha um sistema
metabolizador eficiente para aquela molécula terá o metabolismo, pode ocorrer no
sangue, no rim. O órgão mais importante para fazer o metabolismo é o fígado.
A fisiologia hepatica: o fígado é um órgão que tem duas entradas que é a veia
porta e a artéria hepática, isso dá acesso ao fígado. Saída do fígado tem a veia
hepática que vai em direção a veia cava, temos também os ductos biliares eles saem do
fígado e vão para o duodeno. A unidade funcional do fígado é o lóbulo hepático, ele
tem ao centro a veia centro lobular e em cada uma região do lóbulo tem um ramo da
artéria e um ramo venoso, que vão em direção a centro lobular, forma a anastomose
que vamos classificar como sistema porta. Tem sangue com PO2 diferente, tem PO2
arterial que é 100 e um PO2 venoso 40, a PO2 quando se juntam é entre 40 e 100
(difícil definir a PO2 na veia hepática), juntou uma veia com PO2 de 40 e uma artéria
de PO2 de 100, juntou sangue com concentração de oxigênio diferente, por isso
chamado de sistema porta (entrada). A partir do momento que vai metabolizando o
que for sobrando vai na direção contraria em direção ao ducto biliar (saída). Tudo que
chegar volta pro sangue e pro corpo, tudo que for tirado sai do sangue significa que
você limpou o sangue desse formado, então você depura o sangue, depuração =
clerance significa o volume de sangue depurado por minuto, “limpa o sangue daquela
molécula/fármaco”. A maioria dos medicamentos sofrem clerance hepático. O

máximo do clerance hepático é o fluxo sangüíneo hepático, o fígado recebe em media


1.2 a 1.4 de sangue em 1 minuto esse seria o clerance máximo que conseguiria no fim.
O fígado depura no máximo o seu volume
Vamos supor que uma substancia foi totalmente filtrada e completamente
secretada, quando passar pelo tubulo o clerance dessa substancia vai ser igual ao fluxo
sangüíneo. O clerance hepático varia muito dependendo da droga. As enzimas

31
CAROLINE RIBEIRO

hepáticas que temos nessa região são importantes para o processo de depuração, mas
elas não são estáveis.
Individuo que tenha hepatite ele não tem todas as enzimas hepáticas
funcionando, ou seja, muitas drogas não vão ser metabolizadas e com isso terão sua
concentração sangüínea aumentada e sua meia vida aumentada então podem se
tornar toxicas. Crianças nem tem todas as enzimas pois o figado é imaturo, exemplo
falta colanil transferase pois isso ele não consegue conjugar bilirrubina e fica amarelo.
Idoso tem menos enzimas hepáticas e isso leva aos idosos serem cada vez mais
sensíveis a moléculas toxicas. As enzimas também sofrem influencia da presença de
drogas, existem drogas que aumentam a quantidade de enzimas e existem as que
diminuem.
Exemplo você usou uma droga que aumentou a CYP-3A4, todos os
medicamentos metabolizados por essa enzima serão metabolizados mais rápido. Se
voce tomou um medicamento que diminuiu a CYP-3A4 todos os medicamentos
metabolizados por essa enzima deixaram de ser metabolizados e terão sua
concentração elevada.
O álcool aumenta o numero de enzimas que o metabolizam, aumenta a
quantidade de desidrogenasse alcoólica e de aldeído desidrogenasse então com o uso
continuo do álcool voce tem mais enzimas e metaboliza o álcool mais rápido, a cada
vez que ele ingere a bebida alcoólica com freqüência maior ele passa a não apresentar
os efeitos do álcool comm aquela dosagem e os efeitos duram menos nome disso é
tolerância metabólica, indução enzimática
No fígado irá passar a molécula exemplo droga X, ela foi dada pela via oral, a
medida que ela ta circulando no corpo ela entra no fígado pela artéria hepática,
encontra-se no sangue circulante a molécula X isso significa que tem moléculas que
não sofreram metabolismo, encontramos nas
vias biliares moléculas originarias da
molécula X inativas saindo nas fezes então
nas fezes temos a molécula inativa que veio
daquela 1 molécula. No sangue aparece
também moléculas que não estavam no

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CAROLINE RIBEIRO

sangue e que só apareceram depois que tomou a droga X, essas moléculas são
derivadas de X, essas moléculas são chamadas de metabólitos. A molécula/fármaco X
sofreu modificações e essas modificações geraram metabólitos inativos (foram
excretados) e metabólitos que ainda não foram excretados e podem ter a mesma
atividade, menor ou maior atividade. O estudo dos metabólitos é importante pois eles
ainda nao estão inativos e vão circular pelo sangue e também chegaram ao fígado, ao
chegarem ao fígado esses metabólitos no fígado também iram sofrer metabolismo,
serem quebrados e transformados em inativos, aumenta a excreção, pode aparecer no
sangue metabólitos secundários ainda estão na forma ativa.
Metabólitos significa/representa produto do metabolismo.
Cada fármaco tem seu padrão de metabolismo.
Metabolismo ocorre por reações químicas e essas reações químicas a gente divide
em fase 1 e fase 2.
Fase 1 é oxidação, redução e hidrolise.
Fase 2 é conjugação.
Oxidação é a modificação pela oferta de oxigênio, precisa de uma enzima
oxidativa, é o processo enzimático mais comum para o metabolismo das drogas.
CitocromoP-450 é uma enzima oxidativa; Monoaminooxidase conhecida como MAO
também é uma enzima oxidativa por exemplo. Hoje sabemos que não é uma enzima
e sim um sistema de enzimas e passamos a chamar de Sistema Citocromo P450 =
CYP (entra na frente o numero que representa a família, uma letra e um numero de
ordem) exemplo: CYP-2A4.
Redução é qualquer redutase, significa que voce vaia acrescentar o elétron. Ex:
sufridilaredutase
As reações de metabolismo são em numero menor do que a do sistema citocromo
e da oxidação
Hidrolise é a quebra da presença da agua com a enzima hidrolase que é uma
enzima hidrolitica.
Quando a fase 1 não consegue destruir ou metabolismo a droga, vai para a fase 2
que é a conjugação. Existe a possibilidade de algumas moléculas irem direto para a
fase 2. Geralmente quando conjuga você extermina (fase final).

33
CAROLINE RIBEIRO

Exemplo: Paracetamol (tylenol) ele inibe a enzima cox e com isso diminui a febre
e dor. Então no organismo fica circulando vai pro hipotálamo inibe a Cox e reduziu a
febre, no tecido que tava doendo ele inibiu a ciclo oxigenasse diminuindo a
prostaglandina e reduzindo a dor. Quando ele
passa pelo fígado a CYP-2A4 vai converter o
paracetamol em N-acetil benzoil quinoneimina
(reação de fase 1- oxidação), essa molécula causa
lesão celular e ela foi fabricada no fígado. Ocorre
outra reação agora de fase 2 em que a glutation
transferase pega N-acetil benzoil quinoneimina
(NABQ) e conjuga a um acido orgânico que é o
glutation (presente no fígado), eles dois conjugados são convertidos em acido
mercapturico. O que encontramos nas fezes de quem tomou Tylenol é o acido
mercapturico. Essa droga não é excretada, ela é eliminada assim que ela passa no
fígado. Se o paciente tem menos glutation transferase pode causar lesão hepática nele,
a doença que reduz glutation transferase: dengue. A rifampicina do tratamento pra
tuberculose acelera a CYP-2A4, a meia vida do paracetamol encurtou, ele é
metabolizado mais rápido e age por um tempo menor, mas ele aumenta quantidade
NABQ que aumenta capacidade de lesão hepática desse produto, pode ocorrer
overdose e o glutation acaba, com isso o paciente faz lesão hepática. Antídoto Tylenol
chama-se N-acetil cisteina, usamos em caso de intoxicação por Tylenol (nome
comercia fluimucil), fornece radical SH, sufridrila que regenera glutation isso evita que
a lesão continue.
O acido acetil salicílico ele diminui a febre, dor e tem efeito antiplaquetário, ao
passar pelo figado ele sofre ação de uma redutase que transforma o AAS em AS (perde
o radical acetil e vira acido salicílico(. O AS sofre ação da glicuronil transferase e é
associado ao acido glicuronio e juntos formaram glicuromato acetilico. Com isso eu
metabolizei e ele deixou de funcionar.
A glicuronil transferase também serve para converter bilirrubina livre em
bilirrubina conjugada

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CAROLINE RIBEIRO

A bilirrubina livre chega ao figado e ela depende da


glicuronil transferase para ser transformada em
bilirrubina conjugada. Um RN muitas vezes fica
ictérico pois tem deficiência dessa enzima. Se der
AAS para a gravida ou no RN e consome a
glicuronil tranferase com isso sobra mais bilirrubina
livre e a criança faz ternicterus, a bilirrubina
acumula nos gânglios da base e faz síndrome
neurológica. Cloranfenicol nao pode ser a primeira
escolha, ele é opção todas as vezes que o risco ficar
inferior ao beneficio. Isso ocorre quando tem
paciente com infeção em que a bactéria não é sensível as outras drogas mas ainda é
sensível a cloranfenicol sistêmico, ele utiliza a glicuronil transferase, a criança que não
tem essa enzima o suficiente ela não consegue metabolizar o cloranfenicol, com isso
ele acumula no sangue e essa droga tem alta afinidade pelas hemácias e ao se ligar
com a hemoglobina ele começa a deslocar oxigênio a criança fica cinza e pode morrer
asfixiada, Síndrome do bebe cinzento.
Pode acontecer de drogas diferentes terem etapas em
comum
O álcool é um depressor do sistema nervoso central que
passa pelo fígado e sofre ação da desidrogenasse
alcoólica. O álcool tem 2 reações e ambas são oxidação
fase 1, ele sofre ação da desidrogenasse alcoólica e é
convertido em acetaldeído e ele vai sofrer ação da
aldeído desidrogenasse e terá formação do acido acético
gera energia.
A ressaca é gerada pelo acetaldeído. Quem consegue
metabolizar o acetaldeído mais rápido terá menos
ressaca. O álcool estimula essas duas enzimas. Quando você utiliza álcool na 1 vez terá
uma concentração sangüínea alta mas se com o passar dos meses como você vai
aumentando o numero de enzimas a concentração sangüínea vai diminuindo, então

35
CAROLINE RIBEIRO

você vai se tornando mais tolerante e com passar do


tempo vai apresentando menos efeito. Isso não vale
só para o álcool. O nome desse fenômeno é indução
enzimática e isso leva a tolerância metabólica, isso
explica o pq quando você tá tratando paciente e ele
fala que o remedio não faz mais o efeito nele, isso
quer dizer que ele aumentou o numero de enzimas.
Todos os fármacos da familia triazol inibem a
aldeído desidrogenasse e aumenta acetaldeído.
Tolerância cruzada-A enzima X metaboliza a droga
A e ela é convertida em B pela enzima X. Mas eu descubro que a enzima X também
converte a droga C em D. Nunca tomei a droga C mas todo dia eu tomo da droga A,
essa droga A aumenta as enzimas que metaboliza e a transforma em B. O dia que eu
tomar a droga C eu também to tolerante a ela pois não tenho enzima pra metaboliza-
la, para a C ter efeito terá que aumentar a dose pois se não ela não terá efeito.

Excreção
É a maneira pela qual o fármaco sai de forma inalterada do organismo. Via de
excreção:
#Saliva
#Lagrima
#Suor
#Fezes
#Leite
#Urina

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CAROLINE RIBEIRO

O que mais interessa na farmacologia é a urina e o leite. A gente tem


medicamento podendo ser excretado na saliva, pode aparecer na lagrima, fezes, suor,
mas no fundo a quantidade de fármaco na saliva é geralmente bem pequena. Se o
medicamento é excretado pela saliva ele não é jogado fora pois a gente deglute a
saliva, então ele volta pro intestino e reabsorve e volta ao sangue, é um meio de
recirculação, medicamento na saliva é útil para infeções de cavidade oral. Não da pra
excretar a droga completamente pela saliva devido a recirculação.
Lagrima tem alguns medicamentos que são concentrados na lagrima, mas a
excreção é pouca, é útil para oftalmologia pois se tiver uma droga que tem maior
concentração no olho do que no outro sistema e isso ajuda a tratar o problema no
olho.
Suor é útil em termos de intoxicação, se você usa um medicamento que sai pelo
suor provavelmente ele entra pela pele na outra pessoa e pra você cuidar precisa estar
paramentado. Exemplo sarin, sai pelo suor e entra pela pele. Suor é útil pra marcar
substancias que saem pelo suor.
Fezes- não mexemos na excreção pelas fezes (não aumenta nem diminui a
excreção fecal de um fármaco no ambiente). Se ele tá aparecendo nas fezes é porque
foi excretado no fígado/vias biliares, então tem que prestar atenção se o nosso
paciente tem esse sistema funcionando. Se tem falha no fígado e não consegue
excretar substancias corretamente então você não pode passar medicamento que seja
excretado pelo fígado
Leite- Existem moléculas que saem no leite, geralmente são moléculas
relacionadas ao pk e o ph do leite, o ph do leite é 6.8, sangue tem ph 7.35 a 7.45 e
uma molécula circulando nesse sangue se ela for uma molécula de pk acido ela terá
dificuldade de chegar no leite e se ela chegar no leite ela terá facilidade de voltar para
o sangue (ex AAS). Se for com pk básico (ex anfetamina) ela passa pro leite e se
concentra no leite e quando a criança mamar ela recebera esse leite contendo a
substancia.
Puérpera pode beber dependendo da dose, álcool sai no leite a partir de 1g/kg/
dia.

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CAROLINE RIBEIRO

Excreção urinaria tem muitos fatores interferem e são capazes de alterar. Tem a
arteriosa aferente e eferente percorrendo todo o nefro. Temos a filtração glomerular,
secreção tubular e reabsorção tubular. Qualquer molécula para ser excretada, a
excreção precisa ser filtrada ou secretada menos o que foi reabsorvido, ou seja,
EXCREÇÃO= (FG+ST) - RT. Clerance de uma substancia é igual ao fluxo de uma
substancia na urina x concentração dele na urina sobre a concentração dele no
sangue. Calculando o clerance de uma droga eu consigo saber a meia vida dela.
Filtração glomerular é igual pressão efetiva de filtração X a contente de
permeabilidade (KF), com isso tem a taxa de filtração por minuto. Vai ter droga que o
clerance vai ser igual a filtração, se isso ocorrer significa que essa droga tem modelo/
padrão da creatinina, então a excreção dela segue o padrão creatinina. Se uma droga
é secretada ela ja não segue mais o padrão da creatinina, ela segue o padrão acido
paraminopurico. Se uma droga tem grande percentual reabsorvido e grande
percentual excretado é o modelo ureia.
O que leva uma droga a ser filtrada: características moleculares dessa droga
naquele meio, então moléculas muito grandes não conseguem ser filtradas, outras
conseguem. O mais importando quando falamos de fármacos é a carga, então amino
glicosídeo é uma molécula grande mas é todo filtrado. Penicilina é pequena mas nao
consegue ser filtrada devido a sua carga, então a maior parte dela é secretada
Existem drogas que sofrem filtração, o AAS é completamente filtrado, então todo
aas no sangue segue a filtração da creatinina mas ele nao é excretado isso porque o ph
da urina é 6, quando o aas for filtrado ele tem pk 3,5 (fica apolar/lipo) então ele é
reabsorvido, ele não sai na urina por isso precisa ser metabolizado. A anfetamina é
filtrada, ela tem pk 9, a urina tem ph acido (hidro) não consegue atravessar a
membrana então ela sai na urina. O ph da urina sofre muita alteração.
Se duas crianças da mesma idade epiléticas receberem leite de origem diferente o
ph da urina será diferente. Bicarbonato alcaliniza muito o estômago e com isso voce
tem que produzir muito mais HCL, quando voce produz HCL você joga mais
bicarbonato no sangue (produzido na célula oxintica). Essa maré alcalina elevava o ph
do sangue e um mecanismo de defesa pro ph do sangue voltar ao normal é excretar

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CAROLINE RIBEIRO

bicarbonato na urina, esse bicarbonado aumentada o ph da urina e o remedio de


epilepsia (feniltoina) ficava lipo e era reabsorvida.
Para aumentar a excreção do AAS no individuo, diurético nao adiantaria, o ideal
é injetar bicarbonato na veia que com isso vai elevar o ph da urina e isso faz aumentar
a excreção da droga.
PEF é dada pelas pressão oncotica e hidrostática, a pressão hidrostática se opõe a
filtração, a pressão oncotica do capilar tambem se opõe a filtração, a única a favor da
filtração é a hidrostática. Se por exemplo a hidrostática tiver 60, oncotica tiver 30 e a
hidrostática da capsula 20, PEF= 50- 60 ; PEF = 10. A taxa normal de
permeabilidade pro individuo é de 12,5 ml por min/mmhg.
FG=10 X 12,5; FG = 125ml/min
#Clerance de uma droga é de 125 isso significa que ele ta seguindo o clerance
da creatinina. Maior que 125 significa que alem de ser filtrado ele estar sendo
secretado. Se for menor significa que ele esta sendo reabsorvido.
Exemplo de questão 1- individuo urina- fluxo
de 2 ml/min; concentração de penicilina está
a 1 mg/ml. No sangue- foi injetado 840 mg de
penicilina. Tem VD= 42 litros. Qual é o
clerance? *PEF= 7mmhg
*KF= 10ml/min/mmhg
Achar a FG dessa pessoa, FG= 7 X 10 = 70
ml/min. A filtração glomerular serve para
comparar com resultado e saber se foi filtrado…
Quanto é a intensidade de excreção (IEX) = 2 ml/minX 1 mg/ml= 2mg/min
C= 2mg/ min dividido pela concentração sangüínea do medicamento (840/42),
*se for passar pra ml tem que dividir 840 por 42000
C= 2 mg/ min dividido por 20 mg/L (se tiver em ml será 0,02mg/ml) = 0,1 litro
por minuto *(em ml daria 100ml)
Concentração é massa/volume
O clerance desse individuo é de 100 ml por min = 0,1 litro/ min = 1dl/min

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CAROLINE RIBEIRO

A penicilina nao seguiu o clerance da creatinina. Ela excretou mais do que a


creatinina ta sendo excretada.
Exemplo 2: Qual tempo de meia vida dos fármacos?
A meia vida vai aumentando a medida que essa
linha desce.
Essas 3 drogas não sofrem metabolismo hepático e
não sofrem reabsorção. Sao excretadas pelo rim.
Explique o fenômeno observado quando o clerance
da creatinina cai para 1/4 do normal.
Todos eles levam 2 horas para terem sua
concentração reduzida a metade.
Em A a meia vida não muda, em B e C a meia vida aumentou. Tem aumento da
meia vida de B menor do que de C. Quanto mais pra esquerda vai menor será a
filtração, reduzindo a filtração as drogas que pareciam estar idênticas passaram a ter
tempos diferentes no corpo. Com problema renal as drogas passam a ter tempos
diferentes. A droga C é predominantemente filtrada pois quando reduziu a filtração
ela foi a que teve a meia vida mais aumentada, teve a excreção mais prejudicada, isso
ocorre porque a droga C sai do rim predominantemente por filtração. A droga A
como ela não teve a meia vida dela modificada, ela estar saindo pelo mecanismo de
secreção, então A é predominantemente secretada. A droga B é filtrada e
secretada.
Uma droga no rim ela vai sair ou por filtração ou pro secreção. Se atrapalha uma
saída que é a filtração qualquer outra droga so vai sair bem se ela for secretada, se for
filtrada ela vai demorar.
Quando se tem falha renal temos que ver se o problema renal afeta a filtração ou
a secreção . Se afeta a filtração, não pode dar nenhuma droga filtrada na dose padrão.
Se o problema é na secreção pode dar uma droga filtrada sem problema.
Essa droga C em um paciente com falha na excreção devido a falha da filtração a
gente sabe que precisa calcular o clerance da creatinina.
Amino glicosídeo é um antibiótico que pode causar surdez, então a concentração
sangüínea dele tem que ser bem calibrada, como ele é filtrado e não secretado antes de

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CAROLINE RIBEIRO

prescrever devemos pedir ao doente a creatinina plasmática dele (normal ate 1mg/dl).
Se o resultado foi 2mg/dl, isso significa que a filtração esta na metade. Então se você
der o medicamento assim o paciente vai ficar surdo.

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CAROLINE RIBEIRO

Aula 5

Farmacologia
Farmacodinâmica

É tudo que a droga faz ao individuo. Farmacocinética era o que o organismo faz
com a droga, ele absorve, excreta, biotransforma a droga, utilizava o gráfico
concentração sangüínea X tempo, nesse gráfico não da pra dizer qual a substancia
mais eficaz ou mais potente que a outra. O gráfico da farmacodinâmica trabalha com
efeito X dose. Esses gráficos se interdependem pois eu vou alcançar a dose pela
concentração sangüínea. Com o gráfico da farmacocinética você consegue dizer a
quantidade de droga que foi absorvida e qual teve absorção mais rápido.
Nesse gráfico eu estou te dizendo que a
droga A tem uma intensidade de efeito
menor que a droga B, não dá pra dizer
qual tem efeito mais rápido pois é um
gráfico que estar mostrando a dose X
efeito.
A farmacodinâmica é como a droga atua
no seu organismo, os efeitos que a droga vai produzir isso sempre em relação a
concentração dela/ dose dela. Usamos gráfico de dose X efeito.
Todo fármaco tem que ter o efeito que é o que a gente deseja. O fármaco tem
uso terapêutico então ele tem uma ação. A farmacodinâmica é o uso da ação e da
manifestação dessa ação que é chamada de efeito. Existem inúmeras maneiras que
essa droga pode agir. Efeito de uma droga em uma célula, por exemplo o efeito de
uma droga no músculo pode paralisar ou excitar, ou seja, a droga é capaz de interferir
com alguma atividade que a célula ja faz. A droga no coração pode fazer inotropismo,
dromotropismo, batinotropismo ou cronotropismo podendo ser positivo ou negativo.
Exemplo neochiumina é útil para o tratamento do glaucoma porque ele aumenta

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CAROLINE RIBEIRO

acetilcolina que estimula os receptores M1 e M3 do músculo ciliar (ele fixa o cristalino,


então voce vai contrair o músculo ciliar soltar o cristalino e isso vai permitir a
drenagem isso será útil no glaucoma. Aspirina inibe a cox, a enzima que converte
acido aracdônico em leucotrieno. Se eu der uma droga que bloqueia os receptores
nicotinicos do músculo, irá paralisar o músculo. Se uma droga se liga a muitos
receptores ela tem muitas ações. A inibição da fosfodiasterase produz como reação
adversa taquicardia. É comum você ter um efeito pela qual você vai usar aquela droga
não é necessariamente a indicação clinica dela mas é mais um de seus efeitos.
Os efeitos que a droga vai apresentar é a manifestação dessa ação. Existem
fármacos de ação inespecífica e de ação especifica.
#O fármaco inespecífico é aquele que não atua através de receptores, não
interage com receptor, exemplo bicarbonato de sódio se colocar em uma solução
contendo HCL ele reage e forma H2O, CO2 e NACL, essa reação não precisou de
um receptor pra existir, então é uma reação inespecífica. Pastilhas antiácidas são
inespecíficas exemplo cloreto de cálcio, são substancias que você usa e ela atua na
região neutralizando. Manitol é um polímero de alta osmolaridade, quando injetado
na veia ele aumenta a osmolaridade sangüínea, com isso a agua que estava fora do
tecido la nos capilares entra no vaso (tira o edema localizado). Manitol no rim é
filtrado e não é absorvido então ele aumenta a osmolaridade do néfron com isso você
urina mais, o manitol é usado como diurético, ele é inespecífico, é uma droga hiper
osmotica, se você ingerir manitol vai aumentar osmolaridade do intestino e vai te dar
diarreia Drogas de ação inespecifica são drogas que não interagem com receptor.
#Droga de ação especifica é aquela que atua através de receptores. Precisa ter
especificidade que é a capacidade de reconhecimento entre a molécula e o
receptor. A especificidade de uma droga sempre será a mesma pois não existe maior
ou menor especificidade, basta que tenha capacidade de reconhecer. Especificidade
esta relacionado a conformação dessa molécula e a conformação do receptor. Drogas
diferentes podem ter especificidade pelo mesmo receptor. A noradrenalina tem
especificidade pelo mesmo receptor que a adrenalina, o que diferencia é a afinidade, e
isso vai fazer com que a noradrenalina tenha maior afinidade em alfa (mais vantajosa

43
CAROLINE RIBEIRO

em hipotensão), e a adrenalina tem maior afinidade em beta (é mais vantajosa em


parada cardíaca). Um receptor não tem especificidade só pra uma droga.
Afinidade está relacionada ao tipo de ligação química estabelecida
entre a droga e o receptor, essa capacidade ela perpassa pelas forcas químicas
exemplo organofosforase quando se liga a enzima que ele atua ele forma uma
afinidade bem alta chamada de ligação irreversível pois ele forma 2 pontes de sulfeto
ligação covalente, se fosse ligação de Wander wall seria uma ligação bem fraca então
seria uma droga com afinidade muito baixa. A afinidade entre a droga e o receptor vai
fazer com que isso seja determinante pra concentração da droga que você precisa pra
obter o efeito. Uma droga de maior afinidade precisa de uma concentração menor da
dose. Droga de menor afinidade precisa de uma concentração maior da dose.
Então no gráfico de dose X efeito (droga b e c)
não existe diferença na intensidade de efeito, o
efeito é o mesmo, o que tem de diferente é a
afinidade. A dose da droga B que eu preciso é
uma dose menor do que a da droga C. Logo a
droga B tem maior afinidade que a droga C.
Exemplo noradrenalina e adrenalina se ligam
ao receptor beta mas a adrenalina tem maior afinidade que a noradrenalina, quando
falamos de receptor alfa quem tem maior afinidade é a noradrenalina e a adrenalina
tem menor afinidade, a adrenalina não aumenta a pressão pois é utilizada em uma
dose que ela estimula os receptores beta mas não estimula o alfa, então consegue fazer
taquicardia sem fazer aumento da pressão, adrenalina em baixa dose pode reduzir a
pressão arterial pois ela estimula beta2 que é vasodilatador. Se fosse na noradrenalina
na menor dose a freqüência cai e quem aumenta é a pressão. Possuem efeitos
completamente diferente na dose mais baixa. Se aumentar a dose as duas vai ter
afinidade em todos os receptores pois conseguiu atingir aquela concentração, então
em dose alta elas produzem o mesmo efeito. A afinidade tem a utilidade de conseguir
calcular o quanto daquele medicamento eu preciso no local de ação.
Atividade determina a eficácia. Não vai ter efeito sem atividade.
Eficácia é o efeito máximo produzido por uma droga.

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CAROLINE RIBEIRO

A diferença entre a droga B e C é a potencia/ afinidade. Na eficácia elas não tem


diferença, ambas atingem aquele efeito.
Droga D que tem esse perfil aqui ela não atinge
o efeito máximo, então essa não tem a eficácia
que eu desejo.
Exemplo Dipirona 500mg, Paracetamol 750mg
a dose do paracetamol é maior então ele tem
menor afinidade. Se voce tomar ibuprofeno a
dose é 300mg então ele nessa dose produz o
mesmo efeito que a dipirona produz com 500mg então ele é um pouco mais potente.
Exemplo 2: alguém com uma dor absurda e eu tenho morfina, nalorfina e naloxone,
morfina tem eficácia máxima. Então quando a eficácia é igual a 1 eu tenho um
agonista. O agonista tem afinidade, especificidade e eficácia que é a atividade. Se a
dor não for tao intensa ao invés de dar morfina poderia dar nalorfina. Eficácia menor
que 1 e maior que zero ele se enquadra como agonista ou antagonista parcial.
Comparando a nalorfina a morfina em relação a morfina ela é antagonista pois ela
tem menor eficácia que a morfina, se der as duas juntas terá redução da eficácia da
morfina. Se tomar somente a nalorfina ela agirá como agonista parcial. Existe aquela
que a eficácia vai ser igual a zero que é antagonista. O que caracteriza um
antagonista: uma droga com afinidade, especificidade mas que não tem atividade (nao
tem eficácia).
Quando você tem um quadro alérgico, todo sistema de anticorpos vai liberar
histamina, e a histamina vai se ligar aos receptores H2 e isso causa vasodilatação e
causa algumas situações que a gente chama de efeito. Histamina tem especificidade,
afinidade e atividade, ela é agonista. Quando você ta com alergia você usa uma
antagonista (antihistaminico) pra combater a alergia, o antagonista não tem efeito.
Exemplo explique a falta de efeito produzido pelo beta bloqueador, o beta bloqueador
ele impede que a adrenalina se ligue ao receptor, então conseguimos observar a falta
de tudo isso, pois ele não tem atividade mas tem especificidade então ele se liga ao
receptor que adrenalina se liga. Não existe curva de antagonista no gráfico, o que
existe é um gráfico por exemplo da reação alérgica com e sem o anti-histamínico. No

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CAROLINE RIBEIRO

gráfico terá a comparação do agonista com ou sem a presença do antagonista. Será


avaliado o deslocamento da curva do agonista.
Quando o deslocamento da curva do agonista é pra direita o antagonismo é
reversível/ competitivo. Quando o deslocamento da curva do agonista é pra baixo é
irreversível.

Gráfico de efeito x dose: tem a reta 1 que representa a droga X. Reta 2 é a droga
X após 10mg de Y. R. Reta 3 é a droga X após 10mg de Z.
X representa o agonista. Na reta 1 tem uma dose que é o efeito de X em que ele
atingiu o máximo. A curva 2 representa X na presença de 10mg de Y, nessa mesma
dose o efeito de X caiu, quando eu aumentei a dose de X ele consegue chegar ao
máximo, isso significa que os dois fármacos, o agonista e o antagonista estão
disputando o mesmo receptor, quem tá em maior concentração ganha. A curva 3 é a
droga X na presença de Z, o efeito dele (da droga X/do agonista) na presença de Z
quase desapareceu, e quando você aumenta a dores o efeito não aumenta quase nada,
significa que esse antagonista se ligou ao receptor e não solta, é irreversível, pode está
tendo uma ligação de maior afinidade.
Eficácia é determinada pela interação do fármaco com o receptor:
# Fármacos podem estimular receptores na membrana das células, e esses
receptores de membrana podem ser: receptores de membrana acoplados a canais
iônicos ou receptores de membrana acoplados a proteína G ou receptores acoplados a
enzimas.
Os receptores acoplados a canais ionicos- abre ou fecha o canal iônico, exemplo
diazepam esses medicamentos que a gente usa pra ansiedade e usa como indutor do
sono, eles se ligam a um receptor e esse receptor é acoplado ao canal de cloro, então
eles abrem canal de cloro, com isso o cloro entra e a célula hiperpolariza dessa

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CAROLINE RIBEIRO

maneira o neurônio diminui a sua atividade elétrica e você dorme. O anestésico local
ele fecha canal de sódio, sódio não entra e a célula hiperpolariza, com isso você para
de sentir dor. Remedio para epilepsia também fecha canal de sódio. Quando falamos
de arritmia cardíaca os anestésicos locais que fecham canais de sódio, anti epilépticos
que fecham canal de sódio podem ser usados no tratamento de arritmia cardíaca
fechando canal de sódio no coração então você pega uma droga que tem uma outra
utilidade devido ao mecanismo de ação dela e vê que ela pode ser usada de outras
maneiras. Os receptores acoplados aos canais ionicos são aqueles que lembram bem as
proteínas integrais, quando a molécula se liga ao receptor ela abre o canal e o
elemento passa atravez da membrana.
Os receptores de membrana acoplados a proteína G- As drogas que se ligam aos
receptores acoplados a ptn G. Nesse caso tem o receptor transmembranar, local onde
o farmaco vai se ligar e aqui dentro eu vou ativar a ptn G (tem 3 subunidades) a sub
unidade alfa se trancloca e é ela quem vai ativar o segundo mensageiro.
Proteína Gq vai ativar o sistema da fosfolipase C que vai aumentar DAG, IP3 e o
cálcio livre na célula
Proteina Gs vai ativar adenilciclase isso aumenta AMPciclico.
Proteina G0 vai ativar o sistema calcio calmodulina.
Proteina Gi vai inibir a adenilciclase.
Todos os colinergicos modulam proteína G.
Existe uma diferença entre ação e efeito. Tem droga por exemplo adrenérgica
que produz efeito anti adrenérgico, ela estimula receptor adrenérgico e a resposta é
anti adrenérgica. Se eu estimular determinados receptores adrenergicos ao invés de ter
taquicardia eu tenho bradicardia. No coração tem receptor Beta 1 mas o neurônio
que faz a liberação da noradrenalina no coração para causar taquicardia quando
estimula Beta 1, esse neurônio tem um receptor de modulação (feedback) que é o alfa
2 ele modula a secreção de noradrenalina.Beta 1 estimula proteína Gs. Alfa 2 estimula
proteína Gi, se eu tenho uma droga que só atua em alfa 2, ao invés de atua em Beta 1,
ela vai estimular só G1e isso reduz noradrenalina com isso tem bradicardia. Usou uma
droga adrenergica que se ligou ao receptor adrenérgico com atividade, a atividade

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CAROLINE RIBEIRO

dela é inibitória. Quanto maior o mapa de receptores


maiores serão os efeitos que vamos obter.
OBS: Os fármacos atuam em receptores compartilhados
com moléculas endógenas/ hormônios.
Receptores acoplados a enzimas- Seriam drogas que
atuam em receptores de membrana e que estão
acoplados a enzimas. Exemplo aspirina.
# Outra forma de uma droga atuar seria ela entrando
na célula- nesse caso interfere na expressão genica.
Exemplo corticoide. Atuam em receptores intracelulares.
Imagine o seguinte eu tenho o receptor 1 que é dos vasos periféricos e o receptor
2 que é de vasos cerebrais, e eles são bem parecidos mas não são idênticos. Se eu
quiser produzir uma vasodilatação periférica eu terei que usar por exemplo a droga A,
ela se liga nos dois receptores, esses receptores tem 2 pontos: de ligação e o de
afinidade. A droga A tem especificidade para os dois receptores, e afinidade em 1 e 2,
também tem atividade em 1 e 2. Essa droga ta produzindo como efeito a vasodilatação
que reduz a pressão mas ela também ta fazendo uma vasodilatação cerebral que eu
não queria pode estar provocando dor de cabeça. Este efeito no receptor 1 é o efeito
terapêutico (é o meu objetivo), o efeito no receptor 2 eu não desejo, todos os efeitos
que eu não desejo são chamados de adversos. Então efeito adverso ou reação adversa
é tudo aquilo que você não deseja quando você toma a droga. Dentre as adversas
existem o efeito colateral. Um efeito colateral é uma reação adversa. O efeito/
atividade colateral ocorre em todos que tomarem a droga, ele é previsível.
Quando você tem asma você sente tremor e taquicardia isso é efeito colateral, é
uma reação adversa do tipo colateral.
Hipersensibilidade é uma reação adversa mas não é colateral pois não é
previsível.
OBS: nem toda reação adversa é um efeito colateral. Mas todo efeito colateral é
uma reação adversa.
Droga A está produzindo esse efeito colateral pois ela está atuando nos dois
receptores, então ela é uma molécula promiscua pois ela se liga onde você quer e onde

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CAROLINE RIBEIRO

você não quer. Quando ela liga onde você não quer ela acaba tendo reação adversa/
efeito colateral.
Uma droga melhor seria uma droga que só tivesse especificidade para o
receptor1, então essa droga possui seletividade. A droga mais cara é a mais seletiva,
isso porque ela reduz o efeito colateral, não necessariamente reduziu reação adversa.
Exemplo: muitos anti inflamatórios causavam ulcera e eles inibiam a cox 2 e 1.
Com intuito de reduzir o efeito colateral, para não causar mais ulcera, eu crio uma
droga que só inibe a cox 2 ela tem especificidade apenas para a Cox 2 (seletividade).
Quando você inibe a Cox 1 diminui o risco de infarto, quando inibe só a Cox 2
aumenta o risco de infarto.
Esse gráfico tem o inverso da dose e o inverso do efeito. Comparando C e D e
depois compara A e B.
C e D possuem o mesmo efeito mas possuem dose diferente. Só que esse gráfico é
o inverso da dose então C tem menor dose que D. Então C tem maior afinidade.
Comparando A e B, eles tem a mesma dose mas tem eficácia diferente. B é mais
eficaz que A ou seja ele tem maior atividade que A.
Índice terapêutico de uma droga ele vai determinar a margem de segurança
daquela droga. DE= dose eficaz. DL= dose letal.
Saber de cada droga a eficácia, potencia e a segurança (índice
terapêutico =IT)
A droga A não tem a mesma eficácia que as outras, a eficácia dela é de
50%
A droga B tem eficácia de 100%.
Droga C tem eficácia de 100% também.
B e C tem a mesma eficácia, atingem o efeito máximo.
Se eu fosse tratar alguém eu não iria tratar com a droga A, por isso eu excluo A,
não tem eficácia comparando com os outros. Aumentando a dose de A não aumenta o
efeito e fica mais próximo da dose letal.
A dose terapeutica- no grafico que a gente tem numero de indivíduos de dose
vamos notar que existem pessoas que existem pessoas que respondem a uma dose bem
baixa e existem pessoas que respondem a uma dose bem alta, uma maior parte dessas

49
CAROLINE RIBEIRO

pessoas respondem a uma dose intermediaria, é


essa dose que eu uso para a maioria das pessoas
essa dose é chamada de DE50, é a dose eficaz para
50 e é essa dose que nos da dentro da estatística a
menor variabilidade de resposta, é aquela que eu
atinjo o maior numero de pessoas da população,
algumas pessoas não vão responder mas a maioria
vai.
A dose eficaz para 50 da droga B é 10 mg então a
potencia de B é 10 mg. A dose eficaz para 50 da
droga C é igual a 80mg. A mais potente é a B pois precisa de menos dose. B e C tem a
mesma eficácia.
O ideal é indicar o que tem IT maior, o que causa menos toxico. A sequencia dos
medicamentos que a gente usa ela obedece eficácia com segurança. Quando eu vou
para uma segunda opção eu to buscando eficácia mas não to contando com tanta
segurança (caso de alergia do medicamento mais seguro por
exemplo). A ideia é sempre entrar com o mais seguro.
O índice terapêutico te da a margem de segurança,
equivale a dose letal para 50 (DL50) dividido pela dose
eficaz para 50 (DE50). O índice terapêutico de B é 4
doses. Ja a droga C tem o IT de 64 doses. A droga C é
mais segura do que a droga B. 

Comprimido anti hipertensivo geralmente tem it baixo.
Pode ter it diferente para a mesma droga. Exemplo a dose
do aas para efeito analgésico é 500mg 4x ao dia; a dose
do aas como anti plaquetário é 80mg. A dose letal do aas e
dividir por 500 eu teria o IT. O aas como anti plaquetário é muito mais seguro que o
aas como analgésico. A mesma droga pode ter segurança diferente dependendo para
que eu vou usar essa droga. As vezes a dose que você usa é tao grande que ela fica
próximo da margem de segurança dela. O IT tem que ser maior que 10 para ser
colocada no mercado.

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CAROLINE RIBEIRO

Exercício 1
Gráfico concentração da droga no sangue X tempo.

Foram utilizados 4g do fármaco X por via oral. Considerando um VD igual a


10L e um CME igual a 60 m/L.
Qual a latência? 30 minutos. A gente calcula da seguinte maneira a latência: a
concentração mínima eficaz é de 60mg/L. O gráfico tá em dL então tem que passar
para L então 60mg/dL equivale a 6 mg/L, quando a concentração sanguínea atingir
a esse valor começa o efeito, então o efeito começa com 30 minutos nesse caso.
Qual é a duração do efeito? 200 - 30 = 170 minutos. A cima de 6 faz efeito. A
área em verde corresponde a área sob a curva, é sempre o que nos interessa no uso do
medicamento pois é essa área que corresponde ao tempo que a droga está fazendo
efeito.

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CAROLINE RIBEIRO

Qual o tempo de meia vida? 140- 50= 90 minutos . Meia vida é o tempo que o
organismo leva para reduzir a concentração da droga a metade. Mede assim que
atingir a concentração máxima, aos 50 minutos a concentração sanguínea é de 16, a
metade de 16 é 8 então quando baixar para 8 ele estará em 140 minutos meia vida
então foi 90 minutos.
Qual T max? 50 minutos
Qual a biodisponibilidade? 40%

Usamos no calculo de biodisponibilidade: a concentração máxima que eu obtive


que foi de 16 mg/d que equivale a 160ml/L. O VD desse indivíduo é 10. 10 X 160=
1600mg no sangue. Ele tomou 4 gramas da droga X equivale a 4000 mg.
4000mg — 100%
1600mg — x%
x=40% do remedio usado caiu no sangue.

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CAROLINE RIBEIRO

AV2 aula 1

Farmacologia
Mecanismos gerais das interações medicamentosas/ Reações
adversas

Interação é quando você usa um ou mais fármacos e de alguma maneira


interfere na concentração sanguínea (farmacocinética- absorção: envolve mudança do
ph interferindo na absorção; medicamento que modifica distribuição do outro
alterando o fluxo sangüíneo; biotranformação; excreção) ou nos efeitos do fármaco
(farmacodinâmica- tem as interações homergicas e as heterergicas).
Interações homergicas (igual ação/efeito) são as drogas que tem o mesmo
efeito exemplo um antibiótico é homérgico a outro antibiótico. Se você trata por
exemplo tuberculose você trata com varias antibióticos então você ta fazendo ali uma
interação homergica. Tem a mesma finalidade. Classificamos em 3 grupos de
interações: a infra adição, adição e supra somação.
A infra adição o efeito de A ou B é maior que o efeito de A+B, então quando
eu misturo eu produzo efeito menor, esse tipo de interação não aumenta o efeito das
drogas, ele diminui, exemplo: tetrex ele continha 250 mg de tetraciclina e 250mg de
eritromicina, se você desse 500mg de tetra ou de eritro o efeito é maior do que quando
colocadas juntas (no geral essa prescrição não é feita), outro exemplo paciente toma
corticoide e anti inflamatório, o corticoide inibe a fosfolipase A2 que leva a síntese de
prostaglandina pois forma leucotrieno que forma prostaglandina e o anti inflamatório
não esteroide inibe a COX que transforma acido aracdonico em prostaglandina, tem
uma infra adição pois os produtos misturados não se somaram.
Adição simples o efeito de A ou B é igual ao efeito de A+B, a vantagem de
associar não existe (isso aumenta a margem de erro e risco para os doentes, bota
produto no mercado que não é necessário).
Supra somação (ex Bactrim, é usado em infeções bacterianas, tratamento do
câncer) é quando o efeito de A ou B isolados é menor que o efeito de A+B juntos,

53
CAROLINE RIBEIRO

ganha vantagem ao juntar/associar, ex QD quando em contato com o outro aumenta


a eficácia 30 vezes e o outro aumenta 10 vezes, ao juntar tem tratamento excelente; O
Bactrim se você pegasse o sulfametoxazol pura é bacterosttatica, o trimetropim puro é
bacterostaticos, quando você junta os dois eles se tornam bactericida, cria um novo
espectro ao associa-los. Tratamento do câncer usa varias drogas que tem o mesmo
efeito mas com mecanismo diferente. Para combater a AIDS usa coquetel, varias
drogas que baixam a escala viral. Quando algum tipo de intenção ocorre sem a
previsão do medico é um problema, quando não é planejado é o problema.
Interação heterergica é quando tem drogas de efeito diferente e que podem ou
se somar ou se antagonizar. Ele pode ser sinergismo ou antagonismo. Sinergia é
quando a droga A aumenta o efeito da B ou a B aumenta o efeito da A, essas drogas
não tem o mesmo efeito, exemplo álcool e diazepam, um potencializa o efeito do
outro, individuo de toma diazepam sente sono e o sono aprofunda a consciência, os
opioides eles causam depressão da consciência e tem efeito analgésico, quando associa
diazepam e opioide terá potencialização de ambos, tem que reduzir a dose deles ao
associar pelo fato de eles se potenciarem; Quando uma criança tem asma você associa
fenoterol e ipratrópio eles fazem sinergia pois o agonista beta2 ele estimula receptor
beta2 e promove broncodilatação, o iprotropio ele é anti muscarinico ele bloqueia o
receptor da acetilcolina e nao deixa acetilcolina promover broncoconstrição. Em uma
parada cardíaca existe protocolos que pedem pra usar adrenalina com atropina, isso
porque a adrenalina estimula beta 1 no coração e quando você aumenta a atividade
cardíaca você libera acetilcolina por mecanismo reflexo pra reduzir essa atividade e a
atropina bloqueia esses receptores isso permite melhora na atividade cardíaca.
Antagonismo é quando A reduz o efeito de B ou B reduz o efeito de A ou ambos
(um reduz o efeito do outro)
Tipos de antagonismo:
Antagonismo farmacologico- é quando você tem um antagonista (droga
com especificidade, afinidade e não tem atividade) que se liga ao receptor do
agonista e impede sua ligação (antagonismo de ação, é um bloqueio). Ele se liga ao
receptor e não deixa o agonista se ligar.

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CAROLINE RIBEIRO

Antagonismo fisiologico- é chamado de antagonismo de efeito, os dois


fármacos fazem a ação, tem agonista A liga-se em um receptor diferente do
agonista B, NÃO EXISTE ANTAGONISTA, existem 2 agonistas. Ex
adrenalina e acetilcolina, são 2 agonistas que produzem efeitos opostos/
contrários. Existe o antagonismo mas não existe antagonista.
Antagonismo químico- o antagonista liga-se ao agonista e impede a ação. Ele
se liga no agonista e não deixa o agonista ir pro receptor. Ele forma um complexo.
Antagonista químico liga-se ao agonista. Ex antídoto. O antidotismo foi feito para o/
está relacionada ao antagonista químico. Ex pralidoxima é o antídoto da intoxicação
pelo organofosforados; é parecida com o soro (antiofidico, anti tetânico), soro não
confere imunização, isso não substitui vacina, ele é um antagonista químico pois o
soro/anticorpo se liga ao antígeno, é um antídoto.
Quando estamos gripados compramos um
produto que contem anti histaminico e
descongestionante, o descongestionante é um
agonista alfa 1, o anti histaminico é um
antagonista H1, usa- se no mesmo individuo
pois quando ele está com alergia ele libera
histamina, a histamina e se liga a H1 e produz vasodilatação, então quando toma
antagonista H1, ele faz um antagonismo farmacológico, impede que a histamina atua
no receptor, mas a histamina ja fez a vasodilatação ai você toma o agonista alfa1 que
ele se liga ao receptor alfa 1 e produz vasocontrição, oposto que a histamina fez. Esse
antagonismo entre agonista alfa 1 e histamina é antagonismo fisiológico.
Exemplo clássico: beta1, se a gente estimular beta1 com
agonista que seria a adrenalina, a adrenalina ao estimular
beta1 ela aumenta a força. Ja a acetilcolina, que também é
agonista, quando estimula M2, isso diminui a força. Se eu
der uma substancia que se liga a esse receptor chamada
atropina que não tem atividade. As interações que a gente
observa é: a atropina e a acetilcolina a gente observa
antagonismo farmacológico (um tem 0 atividade e o outro tem atividade mas tem o

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CAROLINE RIBEIRO

mesmo receptor); atropina a adrenalina observamos sinergismo; acetilcolina e


adrenalina observamos antagonismo fisiológico (dois agonistas); ainda poderíamos ter
aqui uma molécula que seria um receptor mas na realidade parece um receptor mas é
um fármaco X e esse fármaco se liga a adrenalina, se eu
tiver um fármaco com capacidade de pegar a adrenalina
isso será um antagonismo químico. A adrenalina e
atropina é sinergismo porque a atropina bloqueia
acetilcolina e isso faz com que a força aumente e a
adrenalina também aumenta a força.
Pra que serve timolol ele é um antagonista farmacológico
dos receptores beta 2 por isso usamos no glaucoma, ele é um antagonista
farmacológico da noradrenalina. Mistura de timolol com pilocarpina para tratar o
glaucoma pois tem uma sinergia, pilocarpina estimula M3 e timolol bloqueia beta 2,
juntos aumentam a drenagem do humor aquoso e diminui a produção do humor
aquoso.
A adrenalina tem que ser injetada porque a absorção oral dela não existe, não
tem absorção pela pele pq ela tem 2 OH e isso determina a ela uma alta
hidrossolubilidade, a adrenalina não atravessa a barreira hematoencefalica então
catecolamina que existe no cérebro foi fabricada lá, dopa também. Não tem
fabricação de adrenalina no cérebro, só fabrica adrenalina na supra renal e ela não vai
ao cérebro.
Reação adversa pela OMS todos os efeitos não desejados que ocorrem com o
uso de drogas corretamente prescritas e utilizadas. É quando você usa corretamente e
na dose correta, pro individuo correto. Evitar as reações adversas pode ser possível
quando prescrito corretamente. Tem que preparar o doente para as reações adversas.
Ulcera é uma reação adversa dos anti inflamatórios, ele inibe a síntese de
prostaglandina e estimula produção do muco então tem ulcera. Tipos de reação
adversa:
Efeito colateral- é uma reação adversa previsível que ocorre porque a droga é
promiscua, tem baixa seletividade. A gente diminui o efeito colateral buscando uma
droga mais seletiva ou mexendo na dose, tem coisa que não da pra evitar exemplo

56
CAROLINE RIBEIRO

você não vai evitar uma taquicardia com um agonista beta2 pois ele age no pulmão e
age no coração.
Efeito paradoxal- é o oposto, tem o efeito contrario, então você toma um
remedio pra dormir por exemplo benzadiazepinico ao invés de dormir a pessoa fica
mais acordada. É imprevisível.
Efeito extra piramidal causado por drogas que bloqueiam receptores D2
(receptor ligado a náusea e vomito importante, uma das formas de bloquear o vomito
é bloqueando D2) exemplo plasil.
Dependência- é previsível, só não da pra prever quem. Algumas drogas causam
mais dependência que a outra.
Teratrogenia ou efeito teratrogenico- é quando você usa um medicamento
gravida e esse medicamento causa um dano no feto ou no embrião. Remedio pra
gravida é classificado de A à D, A é aquele que não tem nenhuma comprovação de
que cause dano. Teratrogenia não é necessariamente será um dano que você observa
logo após o nascimento, muitas vezes é algo que você vai notar no individuo adulto, o
individuo tendo maior variação maior probabilidade então são muitas coisas
envolvidas nessa avaliação. Ex aminopirina causa anencefalia. Ex talidomida.
Idiossincrásico ou idiossincrasias - é geneticamente determinado e
imprevisível. Ex crianças que tinham infecção viral e tomavam AAS apareciam com
síndrome de reye é uma síndrome neurológica grave, levava a criança a falência de
varias sistemas, lesão cerebral e a morte. Ex Hipertermia maligna ocorria quando
misturava um anestésico inalatorio com bloqueador muscular quando isso acontecia o
retículo sarcoplasmatico na musculatura esquelética começava a liberar cálcio e gerava
contração e isso gera calor de contração, a temperatura saia de 37 a mais de 40, para
isso passar tem que ter o antídoto que é a dantroleno que é um medicamento que
bloqueia a saída do cálcio do retículo então o sujeito relaxa e a temperatura volta a
sair. Essa é a principal reação adversa durante o processo anestésico, é a menos
comum. Ex aspirina e outros anti inflamatórios podem matar pessoas que não tem
enzima G6PD.
Hiporreatividade é o individuo que responde pouco ao remedio.

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CAROLINE RIBEIRO

Aula 2 AV2

Farmacologia
Drogas adrenérgicas ou drogas simpaticomiméticas

Revisão de sistema nervoso autônomo: Então a gente tem aqui sistema


craniano, torácico, lombar e sacral representando o sistema nervoso autônomo ele
estimula aquelas funções viscerais ou involuntárias. Essas funções involuntárias são
controladas basicamente por um sistema nervoso próprio de auto regulação onde tem
fibras que nascem da região craniana. Toda fibra pre ganglionar secreta o
neurotransmissor acetilcolina, então é uma fibra colinergica. Essa acetilcolina é
lançada na fenda sináptica e vai se ligar ao neurônio que se encontra nessa sinapse na
membrana pôs sináptica, então o receptor se localiza na membrana pôs sináptica
nesse neurônio. Então tem neurônio pre ganglionar e pôs ganglionar, componente pre
sináptico e pôs sináptico, sinapse, fenda e acetilcolina. Essa acetilcolina na sinapse ela
quando é liberada pelo neurônio colinergico, essa
ACH é lançada na sinapse e vai se ligar a
membrana pôs sináptica, essa membrana possui
receptores que formam canais de sódio, o nome
desse receptor é nicotínico neuronal/nervoso.
Quando a ACH é liberada ela se liga ao receptor e
abre canais de sódio com isso o sódio entra nessa célula, quando sódio entra a célula
despolariza. Esse neurônio despolariza esse neurônio através da ligação ao receptor
nicotínico neuronal que é o receptor acoplado a canais de sódio. O neurônio pôs
ganglionar da região toraco lombar é um neurônio longo mas também tem o receptor
nicotínico neuronal. Então do ponto de vista fisiológico todos os neurônios pre
ganglionares liberam ACH e essa acetilcolina tem como alvo receptores nicotínico
neuronais, esse receptor nicotínico ao ser estimulado despolariza essa fibra pois entra
sódio. Existe mais de um tipo de receptor nicotínico, exemplo no músculo temos o
receptor nicotínico muscular. A ACH se liga em um monte de receptores e esses

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CAROLINE RIBEIRO

receptores seriam divididos em muscarinicos (só a muscarina se liga, a nicotina não se


liga) e niconiticos (nicotina se liga e a muscarina não), hoje diferenciamos os
nicotinicos pois temos os antagonistas e agonistas, tem agonista que so se liga a
nicotínico do gânglio e não se liga no músculo, tem antagonista que só bloqueia o
receptor nicotínico do músculo esquelético e não interfere no nicotínico neuronal.
Cada receptor nicotínico tem 5 subunidades e essas subunidades se diferenciam.
Liberei acetilcolina, ela se liga a receptor nicotínico despolarizando esse
neurônio. O metabolismo da ACH é feito pela enzima acetilcolinesferase. Se eu der
nicotina para alguém, não tem como selecionar se a resposta vais ser toraco-lombar ou
crânio-sacral, se eu der nicotina, ela vai acionar os receptores niconinicos pôs
ganglionares do sistema crânio-sacral e os pôs ganglionares do sistema toraco-lombar.
Em nivel de ganglio simpatico e parassimpatico é a mesma coisa.
Os receptores pos ganglionares esses neurônios curtos aqui se situam no próprio
órgão são bem curtos mesmo, esses neurônios liberam também ACH no crânio sacral,
e essa ACH que cai na fenda sináptica se liga em receptores no órgão, esse receptor
pertence a uma sinapse efetora, é a sinapse que realmente efetua aquela ação. As
sinapses ejetoras estão no órgão, não é ganglionar. Essa sinapse efetora contem
receptor muscarinico que é receptor M1, M2, M3, ela se liga apenas aos receptores
dos órgãos (ex coração, brônquios), não se liga nem ao músculo nem aos gânglios. No
músculo e no ganglio o receptor é nicotínico. No receptor muscarinico o receptor é
acoplado a proteina G, então não é potencial de ação nem despolarização, é uma
resposta modulada, nesses locais tem receptor acoplado a ptnG receptor
transmembrana e a proteína com as 3 subunidades. Cranio-sacral é sistema
parasimpatico.

59
CAROLINE RIBEIRO

Sistema simpatico = toraco lombar. O neurônio pos ganglionar libera outro


neurotransmissor que não é ACH, aqui o neurotransmissor é a Noradrenalina/
Norepinefrina. Essa Noradrenalina vai pra sinapse efetora e la ela estimula receptores
do tipo adrenérgico, esses receptores são acoplados a proteína G (alfa1 alfa 2 beta 1
beta 2 e beta 3).
A adrenalina é um hormônio produzido na região da medula da glândula supra-
renal em que tem a célula entero cromafin, na sua
membrana tem um receptor nicotínico neuronal, então
sai neurônio da região lombar neurônio pre ganglionar
colinergico, é simpático porque veio da região lombar e
esse neurônio libera ACH que se liga na célula entero
cromafin nos receptores niconiticos neuronais e a célula
secreta adrenalina. Então a adrenalina é secretada pela
celular entero cromafin na medula da glândula supra-
renal e essa substancia cai na corrente sangüínea
Sistema simpatico- o sistema começa com neurônio pre ganglionar da região
toraco lombar que vai secretar ACH, a ACH se liga a membrana acoplada a canal
iônico tem aqui o receptor NN, esse neurônio despoliriza e tem uma sinapse. Como
que fabrico o neurônio/ neurotransmissor que está aqui? Esse neurônio por transporte
ativo recebe o aminoácido tirosina, esse aminoácido nesse terminal de
neurônio sofre ação da enzima tirosina descarboxilase e é convertido em
L-dopa, a L-dopa sofre ação de uma enzima que é a dopa hidroxilase
que transforma a L-dopa em Dopamina. Neuronios do sistema nervoso
central que secretam dopamina so tem essas 2 enzimas. O neurônio do
SNA pos ganglionar da região toraco lombar e alguns neuronios
corticais de via noradrenergicas esses neuronios então tem uma enzima
que é a dopamina beta descarboxilase transforma dopamina em
noradrenalina. Esse neurônio vai então armazenar a Nor, esse neurônio
tem Nor então dentro dele terá dopamina, não ira encontrar adrenalina
então no cérebro humano eu tenho neurônio dopaminergico e noradrenergico, no
SNA tenho Noradrenergico e dopaminergico existe em algumas regiões mas não é

60
CAROLINE RIBEIRO

autônomo propriamente dito. Adrenalina tem na célula entero cromafim. La na célula


entero cromafin não é a noradrenalina que vai pra supra-renal, lá existe uma enzima
que pega a noradrenalina que está la e foi fabricada la e o nome da enzima é
etanolamina N-metiltransferase ela transforma noradrenalina em adrenalina. Na
supre-renal a tirosina entra é convertida em… Na supra renal vamos encontrar L-
dopa, dopamina, Noradrenalina e adrenalina. Não encontramos adrenalina em
cérebro de seres vivos. Adrenalina é distribuição sistemica, nao da pra ter so em uma
região. Há liberação de noradrenalina fisiologicamnete quando quer resposta
setorizada.
Existem momentos que eu quero ativar todos os receptores adrenergicos inclusive
aqueles que não tem neurônio. Tem receptores nos adopositos mas a Noradrenalina
não ta la, quem ta la é a adrenalina, quando descarrega adrenalina, a adrenalina cai
na corrente sangüínea e chega nesses alvos.
O que acontece quando libera o neurotransmissor na fenda ou quando
descarrega a adrenalina? Liberei a Nor, a Nor chegou e foi ao receptor adrenérgico
acoplado a proteína G, a nor quando cai na fenda
sináptica que é a sinapse efetora, aqui dentro tem
uma enzima chamada MAO (enzima oxidativa) na
fenda tem uma enzima que se chama COMT,
quando há a liberacao de noradrenalina a
noradrenalina é metabolizada pela COMT aqui na
fenda e aqui no terminal de neurônio pela MAO, ela
é recapturada. Quando ela é recapturada ela volta para a sinapse para formar novas
vesículas e pode sofrer metabolismo. Se inibir essas enzimas aumenta Nor. Se eu
bloquear os receptores diminui o efeito da Nor. Se eu estimular os receptores aumenta
o efeito da Nor.
Então pode ter drogas adrenergicas que imitam ou drogas adrenergicas que
bloqueia a recaptura, se bloquear a recaptura eu aumento a nor na fenda é o que a
cocaína, ritalina e a anfetamina fazem. Se eu inibir a enzima eu também aumento a
noradrenalina. Existem receptores adrenergicos no terminal de neurônio e esse
receptor aqui é receptor alfa 2 que ativa proteína Gi, então a própria noradrenalina

61
CAROLINE RIBEIRO

pode modular a sua secreção o nome disso é auto inibição “feedback negativo”. Se eu
estimular alfa 2 vai diminuir Noradrenalina então vai ter um agonista simpático que
produz efeito inibitório, antagonista. Então quando eu falo que vou dar cloridina, é e
não é um adrenérgico pois quanto ao seu mecanismo de ação é um agonista para
receptores adrenergicos, ela estimula alfa 2 então é um antiadrenergico, ela reduz
noradrenalina. Um antagonista alfa 2 produz efeito simpaticomimetico pois aumenta
noradrenalina.
Agonista simpático fisiológico- noradrenalina e adrenalina
eles são agonistas, os receptores são adrenergicos e esses
receptores podem ser alfa 1, beta 1 e beta 2, alfa 2 e beta 3.
Alfa 1- quando o agonista se liga ao receptor, ao se ligar a ao
receptor adrenérgico ele ativa a proteína Gq que ativa PLC
que transforma fosfolipideo em DAG e IP3 com isso leva
aumento do cálcio. Sempre terá resposta estimularia e
excitatoria com Gq, então se é Gq você ja sabe que ta
ativando a reação.
Beta 1 e Beta 2- ambos ativam proteina Gs com isso ativa
adenilciclase que converte ATP em AMPciclico e isso leva ativação da fosfoquinase A
que vai levar no músculo liso (ex brônquios, músculo liso dos vasos profundos)
abertura do canal de potássio fluxo de potássio e isso vai levar a hiperpolarizacao
então é inibitório. Se for o sistema AMPc puro ex musculo cardiaco, glândulas ai terá
ativação, resposta ativaria com aumento do cálcio
Alfa 2- ativa proteína Gi e sempre é inibitória, ela inibe adenil ciclase. O
pâncreas por exemplo tem alfa 2 e beta 2, beta 2 como é glândula leva a secreção de
insulina e alfa 2 inibe a secreção de insulina. Se uma droga estimular os dois o que vai
predominar? Inibitório predomina. A adrenalina estimula alfa 1 alfa 2 beta 1 e beta2,
se ela estimular beta 2 e alfa 2 no pâncreas o que vai predominar é o inibitório que é a
redução da insulina. Se tiver uma droga que atue apenas em beta 2 seletiva, agonista
beta 2, terá no pâncreas aumento da insulina.
Beta 3- está acoplado a proteina G0 e ela está ligada ao sistema cálcio
calmodulina, faz lipolise

62
CAROLINE RIBEIRO

Nos olhos tem receptor alfa 1 no músculo radial. Se eu der um


corte e botar de lado veremos que no músculo ciliar está preso
aos ligamentos suspensórios que segura o cristalino, esse músculo
ciliar tem receptores beta 2.
Se você libera adrenalina ou Noradrenalina vai estimular esse
receptor alfa 1 causando encurtamento do músculo radial porque
ele é músculo liso quando estimular ele vai contrair tem como o
efeito midríase que é o aumento da entrada de luz. No músculo ciliar quando estimula
beta2 que é músculo liso terá hiperpolarização e ele relaxa, estica o cristalino e terá
visão para longe aumento a produção de humor aquoso.
O coração tem receptor beta 1 e beta 2, tem predomínio de beta 1, determina
inotropismo + (forca de contração aumentada ação direta no musculo), cronotropismo
+ (ação no no, aumenta a freqüência dos batimentos), dromotropismo + (a condução
do estimulo seja mais rápida, tem condução dos estímulos mais rápido pelo coração) e
batimotropismo + (aumento da excitabilidade). Desses 4 o que é mais importante a
gente tentar estimular em uma parada cardíaca é o batmotropismo pois aumenta a
excitabilidade e esse coração volta mais facilmente.
Nos brônquios (músculo liso) a gente tem receptor beta2 quando a nor ou
adrenalina estimularem esse receptor terá broncodilatação, individuo com crise de
asma trata com agosnista beta 2 seletivo exemplo fenoterol.
Glandulas salivares tem receptor alfa 1 e beta 2, beta 2 aumenta o muco, alfa 1
na glândula também estimula mas a alfa 1 ela também causa vasoconstrição e diminui
o fluxo da saliva e terá xerostomia que é a redução do fluxo salivar mas com aquela
saliva grossa, existem medicamentos que produzem isso exemplo benegripe.
Vasos tem alfa 1 nos periféricos e beta 2 nos vasos profundos, quando eu estimulo
alfa 1 nos vasos periféricos eu aumento a resistência então tem vasoconstrição,
individuo tem palidez e a pressão sobe, o predomínio é de alfa 1 porque eu tenho
muito mais vaso periférico que profundo; se eu estimular apenas beta2 o vaso
profundo vai fazer vasodilatação isso vai provocar queda da pressão, se eu estimular os
dois a vasoconstrição predomina e aumento da pressão predomina, se eu estimular
apenas beta 2 terá vasodilatação e leve queda da pressão.

63
CAROLINE RIBEIRO

Como eu faço tudo positivo no coração? Ou eu estimulo beta 1 e beta 2 ou


bloqueio parassimpático
Como faço tudo isso ficar negativo no coração? Ou eu bloqueio o simpático ou
estimulo o parassimpático.
Adrenalina a gente usa em uma parada cardíaca
Efeito do sistema simpático em glândulas sudoríparas é secreção de suor
localizado em região palmar e plantar, o receptor não é adrenérgico, é muscarinico e o
neurotransmissor não é noradrenalina, então o neurônio pôs ganglionar simpático ou
seja da região toraco lombar que vai pra mão e pro pe é exceção, ele é um neurônio
colinergico e libera acetilcolina. Se o seu paciente tiver hiper-hidrose o tratamento será
com anticolinérgico, se for procedimento cirúrgico você vai fazer uma simpatectomia
cortar o nervo simpático que vai em direção aquela região.
Intestino/ Estômago/ Bexiga- corpo possui receptor alfa 2 e
esfíncteres predomina alfa 1. Tem diminuição da micção.
No aparelho reprodutor masculino tem receptores
simpáticos na artéria peniana é alfa 1 (detumecencia)e tem
musculatura lisa da vesícula seminal e também é alfa 1
(ejaculação). Quando o individuo tem descarga simpática ele
faz constrição dos esfíncteres da bexiga, anal e relaxa o corpo, então esse individuo
não defeca, não urina. Quando eu contraio a vesícula seminal eu consigo ter
ejaculação sem ter micção urinaria pois alfa 1 ta estimulado, a artéria peniana contrai
por presença de alfa 1 com isso diminui a entrada de fluxo sangüíneo no penis e o
indivíduo tem detumescencia.
O útero pode estar gravido e não gravido, útero não gravido a gente considera
atividade simpática nula. No útero gravido no inicio da gestação tem predomínio de
beta2 e no final tem predomínio de alfa 1. Durante a gestação no inicio ao receber um
susto o útero relaxa. No final da gestação houve uma diminuição do receptor beta 2 e
aumento de alfa 1, o útero fica cada vez mais reativo, ao levar um susto o útero
contrai. Se eu quiser evitar que um trabalho de parto ocorra tem que dar agonista
beta2 pois tem um efeito na pressão muito menor e tem relaxamento de útero mais
eficaz.

64
CAROLINE RIBEIRO

Catecolaminas- A maior parte delas são homobioticas. Elas são


amigas e são derivadas dos ácidos catecolico, tem OH e são
extremamente polares e tem dificuldade de transpor membrana.
Elas não são absorvidas por via oral. Não atravessam a barreira
hematoencefalica. Possuem meia vida ultra curta. Em
emergencia faz por via venosa em bollus pois quer o efeito
imediato. Assim ue obtem o efeito que eu quero se eu quiser
manter o individuo tem que fazer em dripping. Tem ação direta,
elas se ligam diretamente no receptor ativando esse receptor
então elas são agonistas adrenergicos. São metalizados
rapidamente. Medicamentos que são catecolaminas (diferenca entre eles está no tipo
de receptor que eles interagem):
Adrenalina ou epinefrina- Interage com receptor beta 1, beta2, beta3, alfa 1 e
alfa 2. Tem maior afinidade em beta
Noradrenalina ou norepinefrina (levophed nome comercial)- Interage com beta1,
beta2, beta 3, alfa1 e alfa 2. Tem maior afinidade em alfa
Dopamina (revivan)- interage com receptor D e receptores beta e alfa em menor
escala. Tem maior afinidade em receptor dopa e receptor beta
Dobutamina (dobutrex)- Interage apenas com beta1. É seletivo
Isoproterenol- Interage com beta1 e beta2.
Isoproterenol e dobutamina são drogas sintéticas, as outras 3 são naturais. A
afinidade entre as moléculas e os receptores são diferentes por isso as letras na foto
estão disformes.
Pressão arterial e freqüência cardíaca- com a menor dose eficaz de adrenalina, se
eu der a menor dose eficaz de adrenalina, a menor dose ela não atua em receptor alfa,
apenas atua em receptor beta, efeito: como ela estimula beta 2 terá vasodilatação e a
pressão cai, o menor efeito da adrenalina é queda da pressão, a menor dose de
adrenalina vai produzir o que na freqüência cardíaca? Como ela estimula beta 1 ela
aumenta a frequência. Agora se eu der uma dose de adrenalina 15x maior (superdose
de adrenalina), a freqüência cardíaca vai ter aumento da freqüência pois continua

65
CAROLINE RIBEIRO

estimulando beta 1, a pressão com alta dose terá estimulo de alfa 1 e terá vaso
constrição periférica com isso a pressão sobe. Depois disso a adrenalina é
metabolizada e a pressão vai cair abaixo do normal pois quando ela começa a ser
metabolizada tera menos adrenalina e vai ter adrenalina suficiente para estimular
apenas beta, a freqüência vai ta alta e a pressão baixa. O efeito da adrenalina na
pressão é bifásico depende da dose. Dose baixa: queda; Dose alta: aumenta e depois
tem queda. A adrenalina não é hipertensora, o efeito
dela na pressão é bifásico.A adrenalina produziu
aumento da freqüência cardiaca, não depende da dose,
ela é uma droga taquicardisante.
A noradrenalina na pressão quando dada na menor
dose ela atua com receptor alfa, com isso a pressão
aumenta, se a pressão subiu eu acionei baroreceptores
liberei acetilcolina e ai a freqüência caiu. Na menor
dose eficaz a adrenalina aumenta a freqüência e diminui
a pressão e Noradrenalina aumenta pressão e diminuir freqüência. Elas ficam igual
quando é dada uma alta dose de noradrenalina, essa noradrenalina vai ta estimulando
alfa e beta e ai ela vai produzir aumento da pressão e aumento da freqüência. Quando
a noradrenalina começa a ser metabolizada ela vai reduzindo a concentração e para
de atuar em beta, a freqüência fica abaixo do normal e a pressão continua alta, so vai
cair quando terminar o efeito. Efeito da noradrenalina na pressão aumentou, ela é
monofásica na pressão, ela é hipertensora, na freqüência cardíaca ela é bifásica.
Se der isoporterenol ele estimula beta 1 e beta2 ele faz a freqüência aumentar e a
pressão cair, ele vai produzir exatamente o efeito da baixa dose de adrenalina pois a
adrenalina em baixa dose atua apenas em beta.
Se eu der apenas dobutamina ela estimula apenas beta1, tem aumento da
freqüência sem vasodilatação, produz aumento da contratilidade, aumento da
freqüência e isso aumenta o debito com isso aumenta a pressão.
Se eu der para um individuo adrenalina e der um bemabloqueador que bloqueia
beta 1 e beta 2, alta dose de adrenalina aumenta a pressão porque estimula alfa 1, a

66
CAROLINE RIBEIRO

baixa dose de adrenalina não vai fazer nada porque os receptores beta estão
bloqueados.
Se eu de um bloqueador alfa pra um individuo que vai receber adrenalina ele vai
apenas ter queda da pressão e aumento da freqüência.
A dobutamina ela é agonista seletivo pra beta1, isso aumenta a contratilidade
que aumenta o volume sistólico que aumenta o debito cardíaco e também aumenta a
freqüência cardíaca.
Pressão arterial é igual a debito cardíaco x resistência vascular periférica. Se eu
atuo em alfa eu interfiro na resistência. Se eu estimulo beta 1 e beta 2 eu tenho
aumento do debito mas tenho redução da resistência. Se eu tenho apenas acho em
beta1 eu tenho aumento do debito e a resistência se mantem, se a resistência é X e o
debito aumentou terá então aumento da pressão.
Pra que serve esses remédios: a adrenalina é usada em situações de emergencia,
apresentação no brasil é ampola/solução milesimal. Existe adrenalina aerosol. Na
parada cardíaca usamos adrenalina inalatória. Então o grande uso de adrenalina é em
situações de emergencia (é aquilo que não da pra adiar): parada cardíaca objetivo é
batmotropismo, nessa hora a adrenalina faz 3 coisas importantes: batmotropismo +,
vasoconstrição periférica que faz com que o sangue tenha para o coração porque você
aumenta o retorno e a eficiência da massagem cardíaca melhora e broncodilatacao
isso melhora a captação de O2, usa-se pela via venosa puncionar uma veia durante a
parada cardíaca é difícil pois o individuo descarrega adrenalina e faz vasoconstrição.
Aplicamos então adrenalina por via venosa e inalatória; choque anafilático, se o
individuo tiver comprometimento hemodinâmico (ter queda de pressão,
broncoconstricao) tem que dar adrenalina para broncodilatar e vasodilatar, faz por via
venosa ou subcutâneo; crise de asma (não da adrenalina em idoso) usa-se quando
doente não responde a outras drogas é pra aquele doente que chega na emergencia
com asma grave não responsiva, pode usar adrenalina em aerosol nebulizacao,
subcutânea, a dose nunca passa de meio miligrama. Ainda se usa adrenalina com
anestésico local que é vasodilatador aumenta a duração do efeito desse anestésico local
que faz vasoconstrição. Outro uso de adrenalina fora da bula que é por exemplo
quando paciente tirou o dente e vai pra emergencia com hemorragia você joga

67
CAROLINE RIBEIRO

adrenalina em 1 litro de soro joga a gaze dreno tira a gaze


molhada e manda paciente apertar no dentre que ta sangrando,
ela promove vasocontricao periférica e diminui a hemorragia,
pode usar também em tamponamento nasal.
Se for anafilaxia faz antialérgico e corticoide, evitar anti alérgico
pois a pessoa pode ter alergia ao anti alérgico.
Todos esses aqui são usados no choque cardiogênico, é uma
situação grave em que o individuo tem carência cardíaca ha uma
serie de compensações ex perda de função renal, perda de
consciência, diminuição da perfusão periférica, se você entra em
choque você não consegue mandar liquido para os tecidos.
Tratamento: preferencia era a dopamina pois ela mantem a
função renal mantendo o receptor D e faz vasodilatação renal mas a dose de dopa sem
reduzir a perfusão é de ate no máximo 20 micrograma por kg em 1 min. Pode manter
a dopa e para melhorar a função cardíaca entra com dobutamina que é apenas
agonista beta 1, se apressar tiver muito baixa ai você entra com noradrenalina. É
aquele individuo que ta com choque e hipotensão ai você levanta a pressão, se eu dei
noradrenalina e ela estimula alfa 1 a vasoconstrição periférica em mão e pe pode
causar necrose.
Isoproterenol ele alem de ser usado no choque cardiogênico ele também é usado
na asma
As nao catecolaminas sao absorvidas por via oral, atravessam a barreira
hematoencefalica, tem ação central, a meia vida é de moderada a longa, a ação pode
ser direta/ indireta / mista.
As não catecolaminas de ação indireta no mercado temos um único que ainda
tem utilidade clinica, os outros tem utilidade no sentido de toxologia; drogas de ação
indireta: cocaína que é um anestésico local mas que também é um adrenérgico,
anfetaminas e metilfenidato (é a ritalina, venvanse).. O metilfenidato tem mais haver
com a anfetamina do que com a cocaína.
A ação indireta- la na sinapse efetora onde você libera a NOR na fenda uma boa
parte dessa Nor sofre recaptura, isso ocorre quando tem na membrana um

68
CAROLINE RIBEIRO

transportador e esse transportador pega esse neurotransmissor e põe de volta dentro


do neurônio, isso reduz o neurotransmissor na fenda sináptica, se essa droga inibe o
transportador eu aumento a quantidade de neurotransmissor na fenda sináptica então
os inibidores da recaptura fazem isso.
Inibir a recaptura é aumentar a concentração sináptica daquele elemento/
neurotransmissor.
Cocaina é um medicamento que vamos falar na aula de anestésico local pois ela
bloqueia canais de sódio dos neurônios e impede a condução
nervosa então é um anestésico. Mas a cocaína ela inibe nos
neurônios o transportador DAT, ele transporta tanto
noradrenalina quanto dopamina, então no sistema nervoso
central a cocaína inibe a recaptura da dopa e da nor, no
cérebro do individuo ela leva aumento sináptico de nor e de
dopa, no sistema nervoso periférico ela faz um aumento
sináptico da concentração de nor, então tem grande aumento
periférico de noradrenalina e aumento central de noradrenalina e de dopamina.
Cocaina é uma droga absorvida por via inalatoria, via oral, se for injetada absorve
subcutânea, absorve muscular. Cocaina absorve no intestino. Quando a cocaína é
injetada no músculo ou no subcutâneo a absorção é baixa pois ela é vasoconstritora,
no local ela aumenta noradrenalina e com isso tem vasoconstrição e reduz a captação.
Quando ela chega a corrente sangüínea como ela é apolar ela vai ao cérebro e a
periferia então ao mesmo tempo o individuo tem aumento da Nor e dopamina
cerebral e aumento da noradrenalina periférica. Os efeitos ligados ao sistema nervoso
central envolvem aumento da vigília, diminuição da fome levando individuo a um
quadro de anorexia, aumenta a atenção no inicio em doses moderadas, diminui o
sono, aumenta agressividade, pode causar aumento da libido, pode dar prazer e esse
prazer gera dependência isso está ligado a retribuição do núcleo acumbens, em doses
altas pode causar quadros de paranoia, aumentando a dose individuo vai ter euforia,
tem sensação de onipotência. Tudo isso vai fazer com que o individuo que seja usuário
se sinta mais forte, se sente melhor. Em nível periférico como causa vasoconstrição
apesar de aumentar a libido o individuo tem disfunção erétil, aumenta a atividade

69
CAROLINE RIBEIRO

cardíaca isso faz com que o individuo também tenha vasoconstrição que leva aumento
da PA também faz vasoconstrição coronariana isso diminui o fluxo coronariano,
individuo tem broncodilatação, tem lipólise. Aumentando a atividade cardíaca e isso
aumenta o debito e tá diminuindo o fluxo coronariano. Os brônquios dilatam então o
individuo se sente menos cansado.
Anfetamina antigamente era usado como remedio para emagrecer. Ela nao inibe
o mesmo transportador. Se der anfetamina e cocaína a quantidade de noradrenalina
que aumenta é absurda. Também tem dependência
Metilfenidato comparado a esses outros é muito menos eficaz nesse sentido de
envolver a atividade cerebral e periférica. Não tem descrição de dependência. Se o
metilfenidato interfere com transportador, que não é o mesmo da cocaína, ele pode
causar alguns efeitos como euforia, aumento da tensão, aumenta a atenção. Essa
droga aumenta noradrenalina em algumas regiões cerebrais e quando ha esse
aumento isso inibe algumas sinapses porque você excita uma sinapse que tem ação
reverberante bloqueando outras então você excita um sistema para bloquear o outro e
permite a atenção.
Antes do Metilfenidato era dado para paciente com hiperatividade ou deficit de
atenção dava barbitúrico e benzodiasepinico a pessoa ficava mais calma, sedava o
individuo. “Vamos supor que esteja todo mundo as 12h e o hiperativo está em 12:15,
ao invés de dopar/ atrasar esse individuo tiveram a ideia de acelerar cérebro dele para
chegar ate as 12h”
Tiramina causa aumento apenas de dopa e nor em baixa quantidade e acelera
um pouco o coração, se o indivíduo tiver tomando inibidor da monoaminooxidade
para depressão, caso ele tome tiramina ou cocaína ou anfetamina, ele terá
noradrenalina em excesso e não vai metabolizar. Tiramina está presente no vinho e
queijo. Ela aumenta a excitabilidade e o álcool inibe a sinapses inibitórias.
Drogas de ação direta não catecolaminas- agonistas alfa 1 seletivos: nafazolina
está presente no sorine, a oximetazolina é o afrim 12h por isso ela desentope por 12h,
fenilefrina, metaraminol. Todos esses são agonistas alfa 1 adrenergicos tem ação
agonistas alfa 1 estimula então o receptor acoplados à proteína Gq (essa é a ação). São
absorvidos via oral mas pode ser usado via tópica também (usamos via tópica na

70
CAROLINE RIBEIRO

narina e no olho). Em algumas situações podem ser usadas por via intravenosa
exemplo metraraminol que é uma droga usada em emergência para paciente que tem
hipotensão grave. No passado a gente tava metaraminol em gota para paciente com
hipotensão e foi observado que esses pacientes evoluíram para hipertensão. Já a
nafasolina, oximetazilona e fenilefrina são usadas porque o estímulo alfa 1 leva a
efeito: midríase, vasoconstrição, isso pode ser útil quando usamos colírio de fenilefrina
esses colírios atuam fazendo vasoconstrição ocular e midríase, a vasoconstrição é útil
quando os olhos estão muito vermelhos a parte vermelha fica mais clara e a pupila
dilatada. Usos: congestão ocular, congestão nasal (contra indicado por otorrino) a
congestão nasal ocorre da seguinte maneira: você entra em contato com algo que te da
alergia e há liberação de histamina, ela se liga no vaso no receptor OH e leva a
vasodilatação com isso tem nessa região há extravasamento de líquido que causa
edema e transxudato, nariz fica entupido e vaza o plasma, sujeito faz rinorreia. O
receptor começa a responder menos ao produto e com isso responde menos a nor, e
quando libera nor ele continua dilatado e toda vez que não usa descongestionante e
com isso nariz entope e escorre sozinho. Na criança não pode ser feito agonista alfa 1
até os 8 anos, não pode fazer descongestionante pois ele atravessa a barreira
hematoencefalica e em crianças ele faz um paradoxo e estimula receptores alfa 2
Centrais isso reduz descarga de Nor com isso criança tem sonolência, choque, síncope
e hipotensão. Geralmente não tem risco de aumento da pressão. Só é contra indicado
se o indivíduo fez uma cirurgia de revascularização de miocárdio. Preocupação maior
é o aumento da pressão ocular e quando tá fazendo a vasoconstrição nasal as células
ciliadas do olfato passam a receber menos fluxo de sangue e começa a ter necrose, se
perde a as células ciliadas o indivíduo pode ter hiposmia ou anosmia, os cornetos
ficam azuis e com isso da pra ver se o indivíduo usa muito descongestionante ou não
Ação direta agonistas beta 2 adrenergicos- salbutamol (era muito usada pra asma
na década de 80, aerolim), fenoterol (berotek), albuterol, terbutalina (bricanil é um
xarope). Terminam em OL. Clembuterol é proibido em humanos, é uma droga da
veterinária, tem efeito anabolizante, aumenta a atividade muscular que é a conversão
do glicogênio no músculo e síntese proteico, aumenta o efeito lipolítico, então ele
aumenta lipólise e síntese proteica. Indivíduo na academia toma clembuterol faz

71
CAROLINE RIBEIRO

broncodilatacao e se sente menos cansado e aumenta a massa muscular. Tiveram


pessoas intoxicadas por clembuterol por comer fígado de boi. Antídoto: bloqueador
beta adrenergico que bloqueia beta 1 e beta 2. Ação: são agonista beta 2, interfere
com receptores acoplados à proteína Gs. Efeito: aumentam a frequência cardíaca,
causam broncodilatacao, relaxam o útero, podem provocar leve queda na pressão por
ação nos vasos profundos, causam tremor por causa da ação muscular em que eles
interferem em beta 2 no músculo esquelético convertendo glicogênio em glicose
fazendo a quebra de glicogênio. É indicado/ usado: crise de asma, parto prematuro ou
aborto, prolongar o trabalho de parto. Reações adversas: taquicardia, tremor,
relaxamento do útero (terapêutico).
Existem 6 grupos de tratamento de asma. Todos eles quando usados usam
também adrenergico, o único grupo que é realmente broncodilatador é o grupo das
catecolaminas. Os outros são moduladores imunológicos, anti inflamatório. Tem
sempre que usar agonista beta 2 associado. Tratamento na emergência é uma
nebulização com berotek que é o agonista beta 2 associado com tirotrope que é o
bloqueador muscarinico e idrocortizona que é um corticoide na veia. Se não melhorar
com isso vai pra adrenalina.
Utilidade da xantina- quando você ativa à proteína Gs ativa adenil ciclase que
converte ATP em AMPc que é quem vai levar a ativação do sistema para que tenha
abertura do canal de potássio e hiperpilarisacao. O ampc é destruído pela PD
(fosfodiasterase), a xantina inibe a PD e aumenta a duração do ampc. A cafeína então
ajuda o uso de beta 2. Então crianças na emergência com nebulização, falta de ar a
Coca Cola ajuda no efeito dos broncodilatadores
É usado para evitar aborto e parto prematuro. Pode usar para prolongar o
trabalho de parto. Faz por via venosa o salbutamol para prolongar o trabalho de
parto. Evitar aborto prescreve aerolim.
Chegou na emergência tá em mal asmático a preferência é agonista beta 2
Se o indivíduo tiver overdose de agonista alfa 1 tem que usar bloqueador alfa 1

72
CAROLINE RIBEIRO

Aula 3 AV2

Farmacologia
Adrenergicos simpaticoliticos/simpatectomia

Grupo de drogas antiadrenergicas: agonistas alfa 2 adrenergicas- nesse grupo tem


3 farmacos, 2 com o mecanismo de ação idêntico ao nome e um com mecanismo de
ação um pouco diferente mas que englobamos dentro desse grupo pois o mecanismo
de ação produz algumas coisas parecidas. A droga mais moderna é a
alfadexmedetomidina (precedex) é usado somente em centro cirúrgico e em UTI,
é um hiponótico que causa amnésia anterograda, o mecanismo de ação é agonista alfa
2 central, ele produz efeito antiadrenergico, o efeito dele é antiadrenergico, isso
porque alfa 2 é um receptor de Feedback/ receptor inibitório, então quando ativa alfa
2 a Nor diminui, em nível central diminui Nor em todas aquelas vias (circuito de
papes, via da Raff…) todas as vias noradrenergicas centrais tem redução de Nor e com
isso o quadro de consciência vai abaixar bastante, ele é predominantemente central.
Clonidina tem 2 indicações clinicas, é agonista alfa 2, atravessa a barreira
hematoencefalica estimula alfa 2 central e periferico. Metildopa enta nesse grupo
mas a ação dela não é ser um agonista alfa 2 puro, em si não atua em lugar nenhum,
ela é um pró-fármaco, quando chega na sinapse ela é convertida em
alfametilnoradrenalina que tem a mesma estrutura que a Nor mas não tem a mesma
atividade, “se converte em um falso neurotransmissor que tem maior afinidade em alfa
2 mas os efeitos não são marcantes é mais bloqueio mesmo, então a metildopa é
considerada um pró-fármaco e que leva a produção da
alfametilnoradrenalina. Forma de ação- tem terminais
adrenergicos e aqui estaria o receptor alfa 2 e aqui eu teria Nor
que é lançada na fenda e na fenda se tiver falando do coração
vamos ter receptor beta 1, se eu tiver falando do vaso eu tenho
receptor alfa 1, se eu tiver falando dos brônquios eu tenho
receptor beta2. Essa Nor caso eu usa uma droga agonista alfa2
esse agonista alfa 2(ex clonidina) ao estimular esse receptor vai

73
CAROLINE RIBEIRO

reduzir a secreção de noradrenalina, com isso a noradrenalina na fenda diminui, o


receptor está livre eu simplesmente reduzi a concentração de noradrenalina na fenda
sináptica. Clonidina e Metildopa tem indicação oral, tem
boa absorção oral com grande biodisponibilidade, boa
distribuição, podem chegar ao feto, não causam grandes
problemas no feto, concentração no feto é pequena, esse
grupo é a primeira indicação a hipertensão na gravida.
Alfadexmetomidina a gente faz intravenosa pode ser feita
em bollus mas em UTI usa-se em dripping.
OBS: Losartana que é uma droga antagonista de receptor da angiotensina em
gravida não pode pois é teratrogenico, todas as ARTANAS são teratogenicas.
Capitopril, Lisinopril também são teratogenicos. Não pode usar bloqueadores alfa 1
em gravida. Betabloqueador em gravida também não pode pois ao bloquear beta2 eu
posso proporcionar facilidade para acelerar o trabalho de parto e chegar a um aborto.
Bloqueador de calcio tambem não pode usar em gravida pois é teratogenico.
Diureticos também podem causar teratogenia, eles estão no grupo C. Em gravida so
pode usar drogas de ação direta no capilar, no vaso, no endotélio.
Principal indicação da metildopa tratar hipertensão na gravida, é uma droga
que tem uma potencia menor, é usada uma vez pela manha e é muito útil na
hipertensão na gravida seja origem de endoterinas (caso da eclampsia e pre eclampsia)
ou nos tipos de hipertensão.
Efeitos do uso de drogas agonistas alfa 2- por redução
da noradrenalina a gente obtém efeitos no sistema
nervoso central, obtém vasodilatação e obtém também
diminuição da atividade cardíaca. Se eu reduzir a
noradrenalina no coração terá menor atividade
cardíaca. No sistema nervoso a gente tem sedação,
hipnose, amnésia anterograda, tem diminuição da
libido e um efeito que foi descrito a pouco tempo com a clonidina é a diminuição da
síndrome do pânico. A hipnose e a amnésia anterograde somente com a
alfadexmetomidina. Clonidina é usada para tratamento da síndrome do pânico e para

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CAROLINE RIBEIRO

tratamento da hipertensão. A vasodilatação leva a queda da pressão, quando a pressão


cai os barorreceptores param de ser acionados, ativa o trato solitário e libera
noradrenalina no coração e com isso a freqüência aumenta mas a droga agonista alfa
2 impede a liberação de noradrenalina, então se eu não libero noradrenalina a
freqüência diminui, individuo tem queda da pressão e queda da freqüência, então é
uma droga vasodilatadora que não aumenta a freqüência. Se eu reduzir a pressão e
reduzir a freqüência esse individuo terá hipotensão ortostática (tem que orientar o
paciente para levantar em escala) e disfunção erétil. A vasodilatação leva a congestão
nasal isso acontece porque é um vasodilatador e tem vasodilatação dos vasos nasais,
extravasamento de liquido e isso leva a congestão, a gente geralmente usa nafasolina e
oxitametasolina para tratar a congestão nasal esses medicamentos seriam útil para esse
doente pois os receptores estão livres, se usar corretamente na narina esse individuo
terá reversão da congestão nasal pois o receptor está livre, só houve a redução de Nor
naquele receptor. Alem de congestão nasal pode ter edema, Rush cutâneo pois a pele
fica muito vermelha devido a vasodilatação, pode ocorrer cefaleia pela vasodilatação
cerebral. A redução da atividade cardiaca leva a diminuição da freqüência,
dromotropismo negativo, batmotropismo negativo, inotropismo negativo.
Alfadexmetomidina é indicado como hipnótico. Clonidina é utilizado na
hipertensão arterial sistêmica, síndrome do pânico e no diagnostico do
feocromocitoma. Feocromocitoma é um tumor de supra renal produtor de
adrenalina/catecolamina, essa adrenalina atua em receptor alfa e beta aumentando a
pressão, se eu der clonidina para o individuo com feocromocitoma ela não vai fazer a
pressão cair, ela serve para o diagnostico por isso, você tem o individuo com
hipertensão ai você da bloqueador de cálcio a pressão cai um pouco, você da uma
losartan a pressão cai um pouco, mas quando você da agonista alfa2 essa pressão não
altera então provavelmente esse paciente tem feocromocitoma, ai você pega isso soma
aos dados laboratoriais e você encontra massa, você vai saber que é uma hipertensão
cirúrgica, terá que tirar a supra renal do individuo. Metildopa a indicação dela é
hipertensão arterial sistêmica na gravida.
Antagonista alfa adrenergicos- temos os seletivos para alfa 1 e os não seletivos.
Seletivos para alfa 1: prasozina, doxasozina e transulozina (é o mais usado em

75
CAROLINE RIBEIRO

emergencia hospitalar). Não seletivo: fenoxibenzamina e fentolamina. Quando


tinha apenas prasozina antagonista alfa 1 era anti-
hipertensivo mas não tem tanta utilidade para
hipertensão, outro problema é que ele era um anti-
hipertensivo bom mas quando eu quero reduzir a
pressão do individuo eu quero que ela volte ao normal
e não que abaixe sem limite. Ação- eles são
antagonistas, bloqueadores então são fármacos que tem
especificidade, afinidade mas não tem atividade então
eles se ligam aos receptores alfa e bloqueiam esses receptores, eles são antagonistas
farmacológicos dos receptores alfa. Tem receptor alfa 1 predominando em vaso
sangüíneo, esfíncter e vesícula seminal, músculo radial da iris, útero gravido no
finalmda gestação. Alfa 2 tem central e preriferico alfa 2 é receptor de feedback. Se eu
bloqueio alfa 2 a concentração sináptica de noradrenalina aumenta, então ele
bloqueia alfa 1 e libera noradrenalina que não atua no alfa 1, a noradrenalina não tira
o efeito dele mas os receptores beta estão livres, se os receptores beta estão livres e eu
aumentei a descarga de noradrenalina esse remedio vai produzir grande atividade
noradrenergica nos receptores beta. Enquanto esses aqui fazem vasodilatação e essa
vasodilatação leva a descarga de noradrenalina compensatoria que aumenta a
freqüência, esses aqui causam muito mais. Então a taquicardia reflexa com os não
seletivos é maior do que com os seletivos. Só vou realmente usa o não seletivo em
situações que eu também queria bloquear alfa 2, a indicação deles é para
feocromocitoma, ao dar bloqueador alfa não seletivo e beta não seletivo esse sujeito
fica livre dos efeitos da adrenalina ate que faça a cirurgia e tira a supra renal ele vai
parar de liberar adrenalina, tira os remédios dele e ele volta ao normal, indicação
deles é hipertensão secundaria ao feocromocitoma. Fetolamina tem efeito colateral:
ereção, ele era efeito para hipertensão, passou a ser usado para hipotencia.
Doxasozina e Transulozina nao sao indicados predominantemente para hipertensão,
não age diretamente no coração ela age nos vasos, ao bloquear receptor alfa 1 a gente
tem vasodilatação, age nos esfíncteres e age na vesícula seminal. A vasodilatação
produz queda da pressão podendo causar por reação adversa hipotensão ortostática,

76
CAROLINE RIBEIRO

pode causar edema, congestão nasal, Rush cutâneo,


pode levar a cefaleia, como não tem queda da
atividade cardíaca a queda da pressão leva a aumento
da freqüência e se tem queda da pressão e aumento da
freqüência o individuo pode ter ereção. São bem
absorvidos por via oral. Nos esfíncteres vai ter abertura
e na vesícula seminal tem relaxamento da vesícula. Essa congestão nasal não pode
usar nafasolina que é um anti-congestionante pois o receptor está bloqueado. Objetivo
principal: como eles relaxam a vesícula seminal e abrem os esfíncteres eles são
extremamente uteis no tratamento do HBP (hiperplasia ou hipertrofia benigna de
próstata), tem que usar transulosina. O maior uso de transulozina e doxalozina é para
tratamento de litiase renal pois como ha a abertura dos esfíncteres principalmente das
vias urinarias facilita a saída do calculo, orientar o paciente que ele não vai ejacular
(orgasmo retrogrado).
OBS: Então temos 2 vasodilatadores, um agonista alfa 2 e um antagonista alfa 1,
os dois causam vasodilatação mas um causa taquicardia e o outro causa bradicardia,
os dois causam congestão nasal um porque o receptor alfa está bloqueado e com isso
não da pra usar o agonista e o outro é por redução da noradrenalina pode usar o
agonista pois o receptor ta livre.
Beta bloqueadores- tem utilidade clinica maior do que os grupos que falamos
anteriormente. Separamos em beta 1 seletivos que são aqueles que bloqueiam somente
receptores beta1 e bloqueadores beta não seletivos. Os beta 1 seletivo são: atenolol,
metoprolol, esmolol, e acebutolol, no brasil o mais usado é o atenolol, no EUA o
mais usado é metoprolol. Ja os bloqueadores não seletivos são: propranolol (é o mais
usado), pindolol, nadolol, timolol, carvelidilol e sotalol. Beta bloqueador
sempre tem terminação LOL. Em alguns países ainda fazem parte do 1 esquema no
tratamento de hipertensão arterial. Ação: tem efeito de ligar-se aos receptores beta
adrenergicos impedindo a ação de drogas adrenergicas ou do sistema simpático. Nem
todos são completamente desprovidos de atividade intrínseca, atividade intrínseca
significa que seria muitas vezes um antagonista mas ao produzir atividade ele funciona
como agonista parcial. Atenolol não é um bloqueador tão eficaz como propanolol,

77
CAROLINE RIBEIRO

apesar dele ser seletivo ele tem atividade intrínseca enquanto o


propanolol não tem, se comparar a interação dos dois com
receptor se aumentar concentração de atenolol produz efeitos pode
produzir alguns efeitos de ativação. O acebutolol por exemplo ele é
seletivo como bloqueador, ele bloqueia beta 1 mas ele se liga a beta
2 e em beta 2 tem afinidade e atividade, é uma atividade pequena,
ele então é capaz de dar uma pequena estimulada em beta2. Para
uma gravida é completamente contra indicada as drogas não
seletivas pois eles bloqueiam beta 2 e tem maior risco de aborto.
Beta bloqueador não é indicado para gravida mas se tiver que fazer
um beta bloqueador em uma gravida você ficaria entre atenolol,
acebutolol, esmolol e metoprolol. O acebutolol tem pequena atividade em beta2 então
você usaria ele porque ele bloquearia o beta 1 e estimularia beta 2 dando uma
pequena relaxada no útero. Efeito produzidos pelo bloqueio de beta 1: tera efeitos
predominantemente no sistema cardiovascular, teremos inotropismo negativo,
cronotropismo negativo, batmotropismo negativo e dromotropismo negativo, isso faz
com que o individuo tenha diminuição do trabalho cardíaco, diminuição do consumo
de O2 pelo coração, aumento do período diastolico, isso aumenta o intervalo e o
segmento PP, consequentemente tem distancia maior entre os complexos e alem disso
a repolarização ficará mais lenta, tem prolongamento do intervalo QT e do segmento
TT. Esses são os efeitos obtidos com bloqueio de beta1 todas aquelas droga que
produzem esses efeitos. Beta bloqueadores no brasil estão sempre em forma de
comprimidos por via oral.
Propanolol é o mais usado, ele é uma droga que é desprovidas de atividade, ele se
liga ao receptor e impede a ativação do receptor, ele só tem especificidade quando está
na forma de isômero, propanolol é a uma mistura racêmico, a mistura racêmico é
composta de 2 isômeros, um tem atividade e o outro não, é como se você olhasse no
espelho, a que tá fora do espelho se encaixa no receptor e a que tá no espelho apesar
de a mesma ela não encaixa pois está oposta, quando você usa 40 mg de propanolol
você tem 20 mg de forma ativa e 20 na forma inativa. Quiral só tem aquela bula, só
tem aquela prescrição. Farmacologia quiral: tira os isômeros inativos, produto fica

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CAROLINE RIBEIRO

melhor. Quando falamos de produto quiral só estamos usando isômero que funciona.
Pode ter problema quando você prescrever o racêmico e o paciente tomar o quiral.
Efeitos obtidos com o bloqueio de beta 2, esse efeito é obtido
apenas com os não seletivos: eles impedem a vasodilatação
cerebral induzida por adrenergicos, impedem a secreção de
insulina induzida por adrenergicos, impedem a secreção de
renina induzida por adrenergicos, impedem a
broncodilatacao induzida por adrenergicos, impedem o
relaxamento do utero induzido por adrenergicos, impedem o
tremor muscular induzido por adrenergicos já que os adrenergicos estimulam beta 2
no músculo causando glicogenolise levando o tremor, impedem a glicogenolise
hepática induzida por adrenergicos, impedem a secreção de humor aquoso pelo corpo
ciliar induzida por adrenergicos. Existe indicação cardiovascular e extra
cardiovascular, por isso tem muitas indicações clínicas. São predominantemente feitos
por via oral, tem boa absorção e distribuição, tem preço baixo.
Usos e indicações: doenças cardiovasculares como exemplo infarto agudo do
miocárdio na hora do atendimento do infarto da emergência e
durante o primeiro ano, taquiarritmia sinusal quando tem aumento da
frequência cardíaca e isso é por noradrenalina no no sinutrial esse tipo
de arritmia é tratado com beta bloqueadores, extrassístole, angina o
beta bloqueador é útil na angina porque ele aumenta o período
diastólica diminuindo o consumo de O2 (angina geralmente precede o
infarto), hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca
congestiva como o beta bloqueador diminui a contratilidade cardíaca
antigamente achava que isso piorava a ICC atualmente ficou
comprovado que se não for uma insuficiência cardíaca gravíssima o beta bloqueador
como diminui o consumo de O2 acaba sendo positivo (até aqui todas estão ligadas a
doenças cardiovasculares), agora vem aquelas que não estão ligadas diretamente a
situação cardiovascular: hipertireoidismo usamos beta bloqueador pois reduz a
atividade cardíaca e o indivíduo diminui o consumo de O2, agora algumas situações
que o mais importante é o bloqueio de beta 2: glaucoma no tratamento de glaucoma

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CAROLINE RIBEIRO

fazemos uma associação de timolol que é um beta bloqueador com um colinergico eles
fazem sinergismo (antiadrenergico ligado a um colinergico) timolol diminui a
produção de humor aquoso e diminui a pressão intraocular, mingraine/enxaqueca é o
balanço inadequado de serotonina o beta bloqueador diminui a vasodilatação e tem
um efeito positivo na cefaleia enxaquecosa, um afeito fora da bula dos beta
bloqueadores é o efeito como coadjuvante da ansiedade o efeito do beta bloqueador
na ansiedade é na contenção de fenômenos periféricos da ansiedade, a ansiedade é um
fenômeno produzido por insegurança e medo, quanto mais inseguro maior nossos
sintomas, o beta bloqueador consegue tratar sintomas focais da ansiedade aguda sendo
eles: tremor e taquicardia pela descarga de noradrenalina e adrenalina, se você tá beta
bloqueado você não treme você não vê o medo, não tem descarga de adrenalina.
Contra indicação dos beta bloqueadores: hipertensão em grávidas pois pode produzir
aborto, crise de asma.
Imagina agora o seguinte o indivíduo beta bloqueado que chega na emergência
hospitalar para você tratar a parada cardíaca você da adrenalina e a adrenalina se liga
em beta 2 ou beta 1 no coração mas eles estão bloqueados aí você vai ter que contar
só com a adrenalina só fazendo vasoconstrição e a massagem fazendo efeito de
estimulação, tem que dar muita adrenalina muitas vezes, nessa situação tem para
auxiliar a atividade cardíaca e aumentar AMP cíclico no coração tem que dar
glucagon pois ele se liga ao receptor beta em um sítio paralelo a adrenalina e ao beta
bloqueador, se der glucagon aumenta AMPc e ao massagear terá uma resposta melhor
do que com adrenalina. Glucagon é o antídoto para intoxicação com beta
bloqueadores.
Beta bloqueador interfere com renina, se ele impede a secreção de renina, renina
leva a secretar angiotensina 2, isso porque converte angiotensinogenio em
angiotensina 1 é convertida em 2 pela eca, a angio 2 faz você liberar aldosterona que
faz ter vasoconstrição, o beta bloqueador impede a secreção de renina, ele diminui o
débito ele diminui o fluxo sanguíneo renal, diminui a diurese como a queda da renina
aumenta a diurese isso empata então o uso de beta bloqueador não diminui nem
aumenta a função urinária pois os efeitos são contrabalançados. Beta bloqueador não
interfere no fluxo renal, na micção urinária.

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CAROLINE RIBEIRO

OBS: uso terapêutico é o nome da doença a qual eu uso aquele remédio exemplo
usado como anti hipertensivo. Indicação é hipertensão arterial. Usado como anti
hipertensivo em tratamento da hipertensão arterial.
OBS: contra indicação é quando por exemplo tem uma pessoa é hipertensão e
grávida, beta bloqueador é contra indicado de maneira relativa em quem tem crise de
asma. Contra indicação é quando a droga é contra indicada para o individuo que
apresenta uma daquelas situações que aquela droga vai agravar, mas pra ser contra
indicado tem que existir a indicação.
OBS durante o infarto a gente faz 4 drogas e oxigênio: um beta bloqueador, um
vasodilatador (nitroglicerina), um anti plaquetário (aas) e um remédio pra dor
(morfina, opioide) esse é o protocolo ao atendimento do infarto.

Colinomiméticos ou muscarinicos ou
parassipaticomimeticos

O sistema parassimpatico é basicamente formado por fibras


uranio sacrais, essas fibras são fibras de neurônios pre
ganglionares longos e pôs ganglionares curtos, sendo que esses
neurônios ambos são colinergicos, ambos liberam acetilcolina, eles
liberam acetilcolina e essa acetilcolina se liga em receptores
nicotinicos neuronais. Então neurônio pre ganglionar libera acetilcolina que atua em
receptores nicotinicos (receptores acoplados a canais ionicos em que eles abrem o
canal, entra sódio e a célula despolariza) na placa motora e o neurônio pôs ganglionar
também libera acetilcolina e essa ACH se liga em receptores no órgão efetor, no órgão
efetor esses receptores ganham nome de receptores muscarinicos, são receptores M
que sao acoplados a proteína G.
A ACH é uma molécula sintetizada pela presença de uma enzima chamada
ChAT, essa enzima pega a acetil coenzima A e junta com acetato isso forma
acetilcolina, a ACH fica armazenada no terminal de neurônio que tenha ACH,
quando esse neurônio despolariza potencial de ação percorre esse neurônio pois ta

81
CAROLINE RIBEIRO

entrando sódio e saindo potássio isso despolariza abre canal da cálcio,


assim que o cálcio entra eu faço exocitose da acetilcolina, dependendo
do local a acetilcolina vai se ligar nos receptores nicotínico que é um
receptor acoplado a canal ionico, quando acetilcolina se liga abre o
canal e o sódio entra celular despolariza e tem também os receptores
na célula efetora que são s receptores de membrana que são acoplados
a proteína G quando a acetilcolina se liga ao receptor, ativa o receptor
que ativa a proteína G, como ativa diferentes tipos de proteína G a gente classifica isso
como diferentes tipos de receptores também, então esse receptor acoplado a proteína
G é muscarinico que vai de M1 a M5, em geral os receptores impares são excitatorios
e os pares são inibitórios, exceção: os receptores pre sinápticos que é inibitório é M1.
Acetilcolina é lançada na fenda sináptica, se for ganglionar ela interfere com
receptor nicotínico, se for efetora ela interfere com receptor muscarinico. Ela pode ser
metabolizada pela enzima acetilcolinesferase e também pode ser recapturada.
O grupo de colinomimeticos/ parassimpaticomimeticos que imitam
parassimpático são drogas que produzem pouca indicação clinica em termos de
utilidade. Temos maior indicação clinica com os bloqueadores do parassimpático do
que com as drogas que imitam os parassimpático. Efeitos que eu produzo com uma
droga colinérgica, efeitos com o sistema parassimpático: nos
olhos vamos ter na íris o músculo radial que se opõe a esse
efeito aqui, o músculo radial tem receptor alfa 1 quando ele
contrai você tem midríase. O sistema parasimpatico atua no
músculo circular esse músculo tem receptor M1/M3 que estão
correlacionados a proteína Gq tem aumento de cálcio, se é
M1/M3 esse músculo contrai então terá contração, a contração
desse músculo produz miose, diminui a entrada de luz.
Receptor M2 ta relacionado a proteína Gi. Ja na camara ocular tera a íris, tem o
músculo ciliar que também tem receptores M1/M3 é excitatório, ele contrai então
encurta e afrouxa o ligamento suspensório e o cristalino fica globoso então terá visão
para perto. Então os efeitos do parassimpático aqui é: visão para perto associado a
miose. O canal que drena o humor aquoso quando ha contração do músculo ciliar e

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CAROLINE RIBEIRO

quando contrai o circular ele fica aberto então aumenta a drenagem do humor aquoso
e isso diminui a pressão intraocular. Nas glândulas salivares tem receptor M1/M3 e
produz sialorreia, o parassimpático alem de estimular a glândula a produzir mais
secreção na glândula salivar o parassimpático acaba ativando a bradicilina que faz
vasodilatação que melhora o fluxo salivar por isso tem aumento de produção de saliva.
No coração o sistema parassimpático tem receptores M2 e
ao ativa esse receptor M2 leva a inotropismo negativo,
conotropismo negativo, dromotropismo negativo e
batmotropismo negativo. Nos bronquios tem
broncoconstriçao tem receptor M1/M3. Vasos sangüíneos o
receptor é M2 faz vasodilatação. Sistema gastrointestinal
nessa região predomina receptores muscarinicos então em
termo de sistema gastrointestinal e vesical a gente sabe que esfíncteres tera receptores
M2 e copos terá M1/M3, e ai teremos no M2 abertura do esfíncter e no corpo vamos
ter contração que aumenta o peristaltismo, isso vale para o útero também aumenta a
contração uterina levando a coloca útero não gravido. Então na menstruação a colica
menstrual esta relacionada a 2 fatores: aumento da prostaglandina que faz
hiperalgesia e diminui o limiar da dor e contração do músculo uterino, isso causa a
coloca menstrual, quando tratamos a coloca usamos uma droga que diminui a
prostaglandina e que bloqueia os receptores muscarinicos que é a escopolamina.
O efeito do sistema parassimpático nos vasos será nenhum pois existe nenhum
nervo parassimpático que vá para vaso sangüíneo então não adianta ter receptor no
vaso se o nervo não vai ate la. O único nervo que vai ate vaso sangüíneo do
parassimpático é o pélvico raizes pélvicas que vai ate o pênis, isso causa vasodilatação
e ereção. Sistema parasimpatico não faz vasodilatacao pois não tem neurônio
chegando ate o receptor isso na Fisio. Na fármaco tem que lembrar que tem receptor
no órgão então se estimular aquele receptor vai ocorrer a vasodilatação. Então se eu
aplicar uma droga colinergica na veia de alguém eu vou ter vasodilatação. As drogas
colinergicas fazem vasodilatação. Vaso periferico o simpático, as drogas adrenergicas
são antagônicas as colinergicas pois no vaso periférico adrenérgico estimula alfa 1 que
faz vasocontricao e a colinergica estimula M2 que faz vasodilatação. No vaso profundo

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CAROLINE RIBEIRO

o colinergico estimula M2 faz vasodilatação e o adrenérgico estimula beta 2 que faz


vasodilatação são sinergico, não são antagônicos.
OBS timolol diminui a produção do humor aquoso o parassimpático aumenta a
drenagem do humor aquoso, se misturar então um colinergico com um
antiadrenergico beta 2 consegue ter um ótimo efeito no tratamento do glaucoma
OBS: para tratar hipertensão o ideal não é o parassimpático porque o sistema
simpático predomina no cardiovascular e respiratório. O parassimpático predomina
no gastrointestinal. Então se o que predomina no sistema cardiovascular é o simpático
se alguém tem o aumento da atividade cardíaca eu reduzo a atividade cardíaca com
beta bloqueador, faço um antagonismo farmacológico isso é mais eficiente.
As drogas colinergicas de ação direta a gente tem derivados da
colina e alcaloides. Derivados da colina: acetilcolina (nao é mais
usada pois não tem mais uso clinico), carbacol, betanecol,
metacolina e bisacodila. A bisacodila é usada em quem vai fazer
raio x de abdômen pois não pode ter fezes no intestino então você
da 2 bisacodila na véspera do raio x, nome comercial é ducolax, da
sudorese, colica e diarreia não é pra quem tem prisão de ventre,
demora para fazer efeito, causa aumento da motilidade, coloca
muita secreção. Carbacol, betanecol e metacolina são usados em outras situações.
Alcaloides tem 3 conhecidos 1 com uso clinico e 2 não, o que tem uso clinico é a
pilocarpina ela é extraída do jabolandi, é uma molécula que faz crescimento de pelo,
não é evidente no tratamento de calvice, o uso da pilocarpina é comum como colírio
para glaucoma que é o isotocarpim ele promove crescimento de cílio. Arecolina e
muscarina são os outros alcaloides, a arecolina foi proibida no brasil para uso clinico
mas ela existe como forma de erva. A muscarina é a mais conhecida do
grupo.Arecolina é um alucinógeno e causa diarreia, ela causa alucinação pois
aumenta acetilcolina cerebral isso produz alucinação. Muscarina é oriunda de um
cogumelo. Usamos drogas colinergicas para tratamento de glaucoma que podemos
fazer com carbatol/metarcolina/pilocarpina colírio associada ao timolol (o timolol
reduz a produção do humor aquoso e a pilocarpina aumenta a drenagem do humor
aquoso juntos tem redução da pressão intraocular de maneira eficiente). A

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CAROLINE RIBEIRO

pilocarpina quando pingar nos olhos ela vai produzir aumento dos cílios, no inicio do
tratamento a pilocarpina passa pelo canal lacrimal e chega na boca tem como reação
adversa sialorreia. Outro uso: midríase congenita (é um quadro bastante raro onde
uma criança nasce com midríase, essa criança chora muito, essa criança não faz miose
quando está em ambiente muito iluminado então a luz entra em grande quantidade
isso gera irritabilidade na criança o uso da pilocarpina nesse caso é por muito tempo
caso não consiga curar tem que fazer tratamento cirúrgico, nos primeiros meses o
tratamento é feito com pilocarpina também pode causar sialorreia na criança. Uso
sistemico nao tem indicação nesse caso), xerostomia (se nos tivermos xerostomia a
gente não tem estatina, citatina que são antivirais e anti fúngicas na saliva e esses
elementos servem de proteção oral, por isso o individuo com xerostomia faz cândida
na cavidade oral, infecção por herpes com mais incidência, é mais comum em idosos),
espirometria com desafio (a espirometria sem desafio é feita pelo enfermeiro,
fisioterapeuta, ja a espirometria com desafio/ desafiada so pode ser feita pelo medico,
faz a espirometria normal e depois deixa o paciente com pilocarpina ou outro
colinergico em um nebulizador esse colinergico vai acumulando no pulmão e promove
broncoconstricao e isso induz um quadro de asma, asma induzida pelo medicamento,
você faz a espirometria durante a crise de asma e compara os 2, para dar alta tem que
tratar essa crise de asma, nessa crise de asma a gente usa anticolinergico e usa agonista
beta 2), teste do suor (é feito pra ver se o individuo tem fibrose cística, bota pilocarpina
gel na pele), constipação intestinal (a metacolina e bisacodil ja foram muito usados mas
o problema é que eles causam bradicardia, cólica, sudorese), atonia que é a falta de
tonus de óleo no caso de óleo paralítico e da bexiga que é a atonia vesical.

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CAROLINE RIBEIRO

AV2 Aula 4

Farmacologia
Anticolinesterásicos (colinérgicos de ação indireta)

Os anticolinesterasicos são colinergicos de ação indireta. Esses


anticolinesterasicos apesar do nome ser anti eles ainda são colinergicos pois eles são
anti acetilcolina. Não são caracterizados como colinomimeticos pois não imitam
diretamente a acetilcolina, mas eles permitem o aumento das concentrações de
acetilcolina. A acetilcolinesterase é uma enzima que tem 2 sítios de ação, a gente tem
acetil e butiroilcolinesterase (é chamada de pseudocolinesterase, é uma colinesterase
plasmatica). A acetilcolinesterase é aquela colinesterase da fenda sináptica. Ambas são
sensíveis aos anticolinesterasico e são enzimas capazes de destruir esteres. Então a
acetilcolinesterase na fenda sináptica ela destrói acetilcolina e outros esteres, a
burioilcolinesterase geralmente não tem acetilcolina plasmática pra ela destruir pois
ACH fica na fenda mas ela é capaz de metabolizar alguns esteres, então fármacos que
tem esteres na sua molécula podem ser neutralizados pela butiroilcolinesterase. A
enzima burioilcolinesterase geralmente é menos sensível aos anticolinesterasicos. A
acetilcolinesterase da fenda é extremamente sensível aos anticolinesterasicos. Os
anticolinesterasicos então podem se ligar a sítios diferentes da acetilcolinesterase, se
eles se ligarem a sítios diferentes dela dependendo do sitio que ele se liga a gente
caracteriza a droga como de ação reversível ou irreversível. As drogas irreversíveis se
ligam tanto no sitio serina quanto no sitio lisina e estabelece ligação covalente com a
enzima, ela por causa de sua ligação impede o deslocamento dela da enzima. Ja
existem fármacos que se ligam apenas a um dos sítios esses fármacos tem ação
reversível. Os irreversíveis não termo uso terapêutico, é estudado porque eles
produzem efeitos tóxicos a qual precisa de intervenção medica tem que entender a
lógica da intoxicação pelos anticolinesterasicos irreversíveis para conseguir tratar
alguém com toxicação desse tipo, os reversíveis são estudados devido a seu uso
terapêutico/ clinico. A acetilcolinesterase é um tipo enzima que é sintetizada e que
tem duração vital, após o fim da atividade da enzima você ta sempre fabricando

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CAROLINE RIBEIRO

novas, o amadurecimento de uma enzima dessa leva no mínimo 7 dias, a fabricação é


rápida mas que pra ela possa ser útil ela precisa de 7 dias de amadurecimento então
quando uma droga se liga de maneira reversível a acetilcolinesterase, o que eu to
dizendo é que essa droga se liga a enzima e se solta mantendo essa enzima ainda ativa,
se ela se solta em um período de viabilidade da enzima essa enzima continua
funcionando, mas se ela se ligar a enzima e o período que a enzima fica presa é um
período maior que a viabilidade da enzima eu digo que é irreversível pois quando essa
enzima se soltar ela não tem mais função.A única alternativa do nosso organismo
quando uma droga irreversível se liga a essa enzima é a substituição por uma enzima
nova, e os efeitos de uma droga anticolinesterase irreversível vai ser maiores
dependendo da concentração da droga pois dependendo da concentração da droga eu
vou inibir uma quantidade maior de enzimas então se eu inibir uma quantidade de
enzimas a ponto da quantidade de acetilcolina livre se tornar letal terá que tratar esse
individuo por um período suficiente pra ele ter uma enzima nova. Não adianta nada
se a droga que eu tiver usando para tratar for uma droga que não solte a enzima do
anticolinesterasico então por isso o tratamento é mais prolongado. Acetilcolinesterase
é uma enzima que tem viabilidade e sua produção leva até 7 dias
As drogas colinesterasicas se ligam a acetilcilinesterase ao se ligar produzem
inibição dessa acetilcolinesterase consequentemente a acetilcolinesterase vai parar de
destruir a acetilcolina e vai ter aumento das concentrações dessa acetilcolina.Essa
enzima vai atuar no sistema parassimpático, simpático e no sistema somático
Sistema parassimpático tem neurônios pre ganglionares longos e pôs
ganglionares curtos, tem secreção de ACH na sinapse ganglionar e tem
liberação de ACH na sinapse efetora, na fenda sináptica efetora, na sinapse
efetora tem receptores muscarinicos.
Ja o sistema simpático tem neurônio pre ganglionar curto, esse neurônio
pre ganglionar também libera ACH. Essa acetilcolina se liga ao receptor
nicotínico na célula pôs sináptica/ganglionar e essa célula libera NOR na
fenda sináptica efetora, na sinapse efetora tem receptores adrenergicos.
Qual local ai é passivel da ação da droga anticolinesterase? Se eu to inibindo
acetilcolinesterase eu posso produzir efeitos da sinapse efetora do parassimpático, na

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CAROLINE RIBEIRO

sinapse ganglionar do parassimpático e na sinapse ganglionar do sistema simpático.


Então pode produzir efeitos em qualquer sinapse ganglionar e na efetora do
parassimpático. So não produz efeitos diretos na efetora do simpático mas eu posso
produzir efeitos simpáticos pois ex supra renal recebe fibra pre ganglionar que libera
ACH, se eu aumentar acetilcolina na célula enterocromafin eu estimulo receptor e
produzo adrenalina então posso ter descarga de adrenalina, posso ter descarga de
noradrenalina, posso ter efeitos parassimpático e ainda podemos ter efeito no sistema
nervoso somático. No sistema somático tem neurônios medulares que são os
motoneuronios alfa que são mielinizados e que vem em
direção a placa motora, nessa placa motora tem músculo
esquelético, isso aqui é uma fibra do músculo esquelético uma
célula, essa fibra do músculo esquelético tem receptores
nicotinicos musculares, nessa região secreta também
acetilcolina, essa ACH é destruída pela acetilcolinesterase.
Então todas essas sinapses são alvos passiveis de ser alcançado
pelas drogas anticolinesterasicas, amplia a ação dos colinergicos. Tem efeito bem
amplo. É uma droga que interfere com uma enzima importante e ao inibir essa
enzima vai aumentar ACH
Os colinergicos de ação direta atuam no receptor muscarinico.
Quando a gente falou de drogas adrenergicas falamos de agonistas direto,
falamos de adrenergicos indiretos que aumentam quantidade de Nor na fenda,
falamos de antiadrenergico que diminui a nor na fenda ou que bloqueia o receptor.
Efeitos obtidos no sistema parassimpático pelas drogas anticolinesterasicas:
miose, sialorreia, bradicardia, hipotensão, diminuição da condução elétrica do
coração, dromotropismo negativo, batmotropismo negativo, dromotropismo negativo,
broncocontrição, aumento do peristaltismo, abertura de esfíncteres. Ai pode ter
descarga adrenergicas em alguns casos isso pode manifestar alguns efeitos
adrenergicos passageiros: vasoconstrição. A vasodilatação só é produzido por
colinergicos de ação direto então eles estariam fazendo e o indireto não ta fazendo. E
ai nesse caso se o individuo tiver uma descarga adrenérgica o receptor alfa ta livre e
não tem ninguém estimulando a vasodilatação, então terá vasoconstrição, pode

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CAROLINE RIBEIRO

produzir emissão de pelo, sempre algo que esteja ligado a um receptor onde o
parassimpático não interfere, pode interferir com a secreção de renina, de insulina.
Tudo que aquilo que o parassimpático interfere como teve aumento grande de ACH o
parassimpático estará predominando. A descarga adrenergica vai produzir efeito
quando esse efeito é obtido em uma região onde tem receptor para noradrenalina e
adrenalina e não tem receptor muscarinico ou atividade colinergica ali. Não terá
aumento da atividade cardíaca pois o simpático que predomina no coração, quando
você estimula o coração Nor aumenta atividade cardíaca, então se eu não tiver
nenhum estimulo periférico eu to aumentando a atividade cardíaca, os
barorreceptores percebem o aumento da freqüência e pressão la no seio carotideo e
arco aortico e sinaliza o trato solitário e terá aumento descarga de ACH isso diminui a
atividade mesmo com a presença de adrenalina pois ACH ativa M2, que leva abertura
de canais de potássio a célula vai hiperpolarizar e assim não adianta da estimulo
adrenérgico que ela não responde, com a descarga de adrenalina não da pra fazer
xerostomia, broncodilatacao e taquicardia nesse doente. OBS: Vaso tem receptor
muscarinico mas vaso não tem inervação colinergica.
Então se eu to inibindo a acetilcolinesterase, eu to aumentando acetilcolina nos
locais onde ela existe. Não aumenta ACH no vaso pois não tem nervo colinergico no
vaso. Então o parassimpático não faz vasodilatação. Ja as drogas colinergicas de ação
direta fazem vasodilatação. As drogas colinergicas de ação indireta também não fazem
vasodilatação.
O sistema somático qualquer movimento da musculatura esquelética qualquer
contração depende de um estimulo elétrico que vem através do neurônio motor alfa
que sai da medula e chega a placa motora onde libera ACH, essa ACH se liga ao
receptor nicotínico que deixa entrar sódio e o músculo libera o cálcio do retículo e
com isso esse cálcio de liga a troponina fazendo a contração do músculo. Se eu
aumento ACH a contração desse músculo incialmente aumenta então aumenta a
força, então a partir do momento que eu aumento a atividade desse receptor eu
aumento a forca muscular, so que isso tem um limite se eu ficar com uma taxa de
ocupação do receptor muito alta e não der intervalo de desocupação desses receptores
a ocupação do receptor vai mandar canal de sódio aberto, o sodio vai continuar

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CAROLINE RIBEIRO

entrando e mesmo eu abrindo canal de potássio pra ele sair a voltagem não cai pois
quando a voltagem cai ela repolariza, então quando eu abro canal de sodio e ela não
repolariza o fenômeno que a gente tem é uma despolarização mantida, a célula
também para de responder pois a muscular vai relaxar pois não criei o potencial de
ação (que é entrada de cargas positivas e saída de cargas positivas abruptamente para
gerar diferença elétrica na membrana rápida que gera impulso elétrico), nessa hora a
musculatura esquelética do individuo vai fazer flacidez. Então se você der pro
individuo nicotina 40mg que é a dose letal ai a nicotina se liga ao receptor abre canal
de sodio, sujeito faz despolarização mantida e morre por paralisia flácida incluindo a
paralisia respiratória, isso ocorre também com os anticolinesterasicos. Quando
individuo usa 2mg no tabaco ele não tem paralisia pois a nicotina é agonista dos
receptores nicotinicos, faz com que tenha tremores mas não leva a uma parada.
Os anticolinesterasidos são apolares os irreversíveis e os reversíveis so tem 1 que
atravessa a barreira hemato encefálica. Os irreversíveis todos vão ao cérebro. No SNC
temos vias neuronais colinergicas. Quando você usa uma droga irreversível alem de
aumentar acetilcolina no sistema periférico simpático e parassimpático, no sistema
somático motor também deixa acetilcolina sobrar no sistema nervoso central pois
inibe acetilcolinesterase cerebral e aumenta acetilcolina em todas as sinapses
colinergicas do cérebro, isso leva o indivíduo a tontura, a quadro de alteração mental e
a convulsões, confusão mental, quadro psicológico alterado ate a hora que ele entrar
em paralisia, tem uma mistura de atividade cortical com atividade periférica e o
individuo depois morre por paralisia flácida. Existe um grau de intoxicação por
anticolinesterasico irreversível bem grande.
Drogas reversível- Edrofônio, demecario, fisiostigmina (é o
único que atravessa barria remato encefálica dos reversíveis),
piridostigmina e neostigmina. A piridostigmina tem atração
maior pela acetilcolinesterase da musculatura esquelética, os
efeito dela no SNA são menos intenso, ou seja tem que efeito
somático. O edrofonio é a unica droga que tem ação que dura
no máximo 5 minutos, então edrofonio passou a ser usado em
um teste chamado teste clinico diagnostico do edrofonio. A

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CAROLINE RIBEIRO

fisiostigmina pode ter a mesma utilidade que a piridostgmina (consegue fazer o uso 2
vezes ao dia) e a neostigmina mas ela tem uma indicação que ta relacionada ao fato
dela atravessar a BHC, é mais usada para problemas musculares ligadas a musculatura
somática e a neostigmina é usada tanto para tratamento somático quanto autonômico
e ela tem meia vida de 4 horas. Indicação desses colinesterasidos principalmente da
fisiostigmina, piridostigmina e neostigmina envolve: xerostomia, migrasse congênita,
usado no tratamento de glaucoma, usos que envolvem a placa motora: tratamento da
miastenia gravis (fraqueza muscular grave, uso continuo) e descurarização (uso
específico em uma determinada situação, uso pontual). Miastenia gravis é uma doença
da placa motora, mas é uma doença autoimune, o individuo fabrica anticorpos contra
esses receptores, os anticorpos então bombardeiam os receptores e você vai perdendo
receptores mas obvio que você tem receptores de reserva e fabrica receptores novos
mas com passar do tempo a quantidade de anticorpos vai aumentando e a quantidade
de receptores vai diminuindo, geralmente essa doença aparece na adolescência para
adulto, se essa pessoa desde quando nasceu ta produzindo anticorpos cada vez mais e
levou um tempo maior para conseguir reduzir os receptores a ponto de perceber isso
fisicamente a probabilidade de expectativa de vida após essa lesão é maior do que
quando a doença aparece bem precoce, quando a doença aparece em crianças o
quadro é mais tenebroso, a expectativa é muito menor. Quando começa a reduzir o
numero de receptores o individuo começa a apresentar uma fraqueza progressiva e
crônica e que nada melhora, individuo não consegue fazer os movimentos mais
básicos. Isso poderia ser intoxicação colinergica? Poderia se voce der overdose de
colinergico para alguém isso vai estimular os receptores levando abertura do canal de
sodio e despolarização mantida isso ia causar um efeito parecido com o efeito que o
individuo apresenta quando tem miastenia. Diagnostico é clinico e edrofonio é pra ser
usado nessa hora, se depois que foi injetado na veia do individuo ele piorar é porque
ele ta apresentando crise colinergica, se aumentou ACH o quadro dele piorou, se for
miastenia gravis quando acabar de aplicar o edrofonio a pessoa vai melhorar. Vai
prescrever para essa pessoa anticolinesterasico piridostigmina ou neostigmina (tem
uma péssima biodisponibilidade oral). Descurarização: quando a gente usa
bloqueador neuromuscular ele se liga ao receptor e impede que a acetilcolina se ligue

91
CAROLINE RIBEIRO

nele, ele bloqueador neuromuscular paralisa o músculo e você relaxa incluindo a


respiração, essa droga sempre deve ser usada junto aos preceitos éticos que são manter
o paciente sedado para que ele não perceba esse quadro, se for fazer procedimento
angico alem de sedar tem que dar anestesia, paciente precisa fazer suporte
ventilatorio, tem que ao final fazer o paciente sair do curari. Voce aplica neostigmina
nessa hora pois ela inibe acetilcolinesferase isso aumenta concentração de acetilcolina
e acetilcolina desloca o curari do receptor e com isso o individuo volta a respirar.
Tanto o individuo que tem miastenia quanto o individuo que você esta descurarizando
quando você der o anticolinesterasico você vai conseguir reverter a situação da placa
motora mas você aumenta ACH no parassimpático com isso individuo vai ter miose,
sialorreia, bradicardia e ai você vai dar uma dorga antimuscarinica isso não vai
atrapalhar o efeito do anticolinesterasico pois o antimuscarinico bloqueia apenas o
receptor que atua nesse sistema e mantem livre aquele. Da uma droga pra tirar as
reações de outra droga usada. Usada para descurarização
Drogas irreversíveis- Sarim, Tabum, Agente laranja, Malation, Paration,
Fosthion, Carbamato e DDT. São armas químicas e agrotóxico. Nenhuma dessas
moléculas tem cor mas esses venenos onde a gente bota essas moléculas tem, isso
porque a cor é uma proteção para o individuo que está manipulando. Sarim é um
organo fosforado potente, fica na forma liquida quando tá pressurizado mas assim eu
sai ele fica na forma gasosa, ele penetra pela pele, inalação

Anticolinergicos/Antimuscarinicos
São antagonistas dos receptores muscarinicos, são fármacos
que tem ação direta nos receptores. Uso terapêutico de
drogas anticolinergicas é muito maior que o uso dos
colinergicos indiretos e diretos. A primeira droga desse
grupo é uma droga inicialmente extraída de uma planta
que é a atroppa beladona (dama da noite), extrai um
alcaloide chamado de iosinamida (nome químico) que é a atropina (nome genérico).
Com atropina é possível ter alucinações, tem efeitos alucinógenos. Outra droga
extraída de uma planta trombeta, ela era usada pra cólica, se extraia a hioscina e

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CAROLINE RIBEIRO

chamamos também de escopolamina, também em sua


forma verdadeira pode causar alucinações e foi
chamada como soro da verdade. A escopolamina que
temos no mercado não é escopolamina neste formato,
é N-butilbrometo de escopolamina, não absorve pela
pele, pode ate causar efeitos centrais mas para isso
tem que usar uma dose alta. Em geral enquanto a atropina causa efeitos excitatorios e
alucinatórios, a escopolamina causa mais efeito sedativo no SN. Ipratropio, tiotrópio e
pirenzepina. A pirenzepina seria uma droga para tratar ulcera e ao mesmo tempo do
seu lançamento também foi lançado omeprazol inibidor da bomba protonica
associado a antihistaminico, então o anti H2 e inibidores da bomba protonica são mais
eficientes no tratamento da ulcera do que a pirenzepina. Ação é ser antimuscarinico.
Efeitos produzidos podem ser no SNC e no SNP
SNC- que é sonolência e sedação (hioscina), agitação e alucinação
(hioscinamida). Em overdose ambas podem causar convulsões.
SNP- pode ter nos:
Olhos: midríase (bloqueio do receptor muscarinico no musculo circular, é não
responsava a luz pois esta atropinisado), cicloplegia ( ciclo= cristalino/ acomodação,
plegia=paralisia; você não acomoda a visão para perto, cristalino fica mais fino, isso é
útil no exame de fundo de olho),
Boca: a gente vai causar xerostomia,
Sistema gastrointestinal vai ter diminuição do peristaltismo e diminuição das
secreção e permite o fechamento dos esfíncteres e consequentemente diminui a
micção de fezes e urina, no útero produz relaxamento do útero, no estômago diminui
a produção de HCL e diminui o peristaltismo, o estômago com atropina e com
escopolamina o efeito maior é sobre a motilidade so vai diminuir secreção se eu
aumentar a dose, ou seja, não da pra tratar ulcera com atropina pois tera que dar uma
dose suficiente pra diminui suco gástrico e essa droga faz o individuo ter redução da
motilidade e ele ira apresentar gastro paresia e ele tera náusea, vomito. Para colica ele
é eficiente pois a coloca é causada pela motilidade gastrointestinal, esses

93
CAROLINE RIBEIRO

medicamentos reduzem a motilidade então trata a colica, a


gente chama essa droga de espasmolitica (antiespasmodico)
Coração- tem em baixa dose bradicardia, em alta dose tem
taquicardia. Tem efeito dose dependente porque os nervos
parassimpaticos no coração vai liberar ACH no miocárdio
que atua em receptores M2 ao estimular M2 abre canal de
potássio e diminui a freqüência cardíaca, mas existem receptores pre sinápticos onde
essa ACH atua e diminui a secreção de ACH então a própria ACH faz um Feedback
negativo, quando a gente usa atropina em uma dose baixa isso causará bloqueio dos
receptores pre sinápticos isso impede que ACH faça Feedback negativo e aumenta a
quantidade de ACH no coração, mas não tem concentração suficiente para bloquear
o pôs sináptico, por isso induz a bradicardia. Se der alta dose de atropina ela vai
bloquear o pre sináptico e o pos sináptico com isso não terá mais ACH atuando no
receptor e responderá livremente a Noradrenalina e aumenta a freqüência cardíaca
Gráfico de freqüência cardíaca com atropina (dose x FC).
Vaso- impede a vasodilatação induzida por fármacos muscarinicos (drogas
colinergicas de ação direta).
Pode impedir a broncoconstrição induzida pelo sistema parassimpatico.
OBS: quando paciente tem bradicardia com comprometimento hemodinâmico a
gente usa adrenérgico para tratar. Se for bradicardia vagal pôs
infarto, crise colinergica usa pra tratar atropina que é uma droga
antiarritmica.
Principais usos e indicações clinicas: exame de fundo de olho,
cirurgia de catarata, tratamento da intoxicação por muscarina,
tratamento da intoxicação por anticolinesterasicos, são usados na
intoxicação por metal pesado (chumbo por exemplo) diminui
sialorreia, uso mais conhecido é antiespasmódico, na emergência caso de cólica faz
escopolamina ou atropina associado a dipirona (5ml) isso produz efeito: indivíduo
tonto, xerostomia, sonolência mas a dor passa. É usado quando o indivíduo tem uma
bexiga que faz urinar o tempo todo tem micção urinária continua e a bexiga não tá
cheia da anticolinérgico para relaxar a bexiga. No caso da úlcera é indicado a

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CAROLINE RIBEIRO

pirenzepina. Usado como coadjuvante na asma (é utilizado hipatrolio ou tiotropio),


coadjuvante na parada cardíaca, útil na bradarritmia vagal, útil na cinetose (náusea do
movimento, os antiestaminicos são mais utilizados nesse caso mas os anticolinérgico
ajudam a resolver), diminui a motilidade gástrica então ele também pode reduzir essa
náusea de individos que estejam com vômito e náusea induzida pelo vago que
acontece no pós infarto. Todas as vezes que eu tiver atividade colinergico e essa
atividade muscarina tiver incomodando eu tento usar um anticolinérgico. Então
paciente que vai ser descurarizado da neostigmina que vai aumentar ACH e vai
causar sialorreia e miose, para diminuir esses efeitos eu uso atropina.
Muscarina ou qualquer droga colinergica de ação direta atropina bloqueia todos
os efeitos, ela se liga aos receptores impedindo a ação daquela droga bloqueia os
efeitos. Atropina se liga aos receptores muscarinicos impedindo ação da ACH mas ela
não interfere na placa motora, se o individuo tiver fazendo paralisia respiratória pelo
uso do anticolinesterasico a atropina não vai reverter essa parada respiratória, a
atropina irá reverter os efeitos autonômicos. Antidoto para organo fosforado é a
pralidoxima as oximas são drogas que deslocava o anticolinesterasico da enzima
anticolinesterase mas não revertia os efeitos, só revertia a ação, então na pratica ele
perde a função clinica pois so funciona nos organo fosforado. Então na pratica se
chegar um paciente intoxicado por anticolinesterasico ele chegará com miose,
sialorreia, com colica, broncoconstricao colinergica, falta de ar, convulsão, tremor,
fasciculação para esse individuo tem que fazer 2 atropina na hora e 15 minutos depois
se não melhorar faz mais uma ampola, avalia de 15 em 15, so para de atropinizar
quando a boca seca e a pupila dilata.
Existe uma prática em vários países de pingar colírio de atropina pois a atropina
injetável pra tratamento de intoxicação ela tem 0.75 por ampola, a atropina que você
pinga nos olhos tem que tá concentrada é 4%, a ampola é a concentração minima,
eles pegam o colírio e pingam na narina e tem quadros alucinógenos (área do
pesadelo).
Adversos tem que lembrar que se faz midríase e cicloplegia pode diminuir a
drenagem do humor aquoso e isso pode agravar o quadro de glaucoma de ângulo
fechado (glaucoma de ângulo aberto não é contra indicado a atropina). Overdose de

95
CAROLINE RIBEIRO

atropina leva a intoxicação que se chama febre atropinica seja por escopolamina ou
atropina o quadro do individuo é midríase, boca seca, taquicardia, inibe a sudorese e
com isso tem aumento da temperatura que leva a vasodilatação. Então a atropina que
impede a vasodilatação induzida pelo parassimpático em alta dose de atropina o
indivíduo faz vasodilatação pois o aumento da temperatura aumenta óxido nítrico que
leva a vasodilatação local. Antídoto pra isso é usar fisiostigmina que é um
anticolinesterasico que vai aumentar ACH pra competir com atropina pelo receptor
muscarinico

Bloqueadores neuromusculares
São chamados também de curari. A gente divide em 2 grupos os despolarizastes
e não despolarizante. O não despolarizante é o mesmo que curari. Só teremos
intenção de paralisar alguém em situações bem pontuais, paralisa até a respiração isso
ocorrerá em grandes cirurgias de abdômen ou de tórax, quando individuo está em
UTI sob respiração artificial ventilador mecânico e esse individuo que esta no
respirador muitas vezes reage ao respirador, existem quadros de tetano em que o
individuo tem convulsão e começa a fraturar a costela ai é necessário curarisa o
individuo e mantem sedado, eletroconvulsioterapia. Para paralisar o individuo antes
tem que deprimir a consciência para ele não saber que está paralisado.
Para que tenha contração muscular a gente tem que liberar ACH e ela precisa se
ligar ao receptor nicotínico muscular. Os anestésicos locais e a TTX (tretrodutoxina)
elas inibem o canal de sódio do neurônio motor, o anestésico local também é capaz de
causar paralisia passageira. Anestésico local por via oral absorve pouco. TTX é
bloqueador do canal de sódio que absorve por via oral, paralisa a liberação de ACH
levando a paralisia muscular.
Uso terapêutico: toxina botulínica (seu uso terapêutico não é sistêmico, impede
que a sinapse volte a funcionar, para voltar a contrair aquela musculatura depende de
um novo axonio) uso local você aplica para que ela não caia na corrente sangüínea, ali
na região que você aplicou ela impede as colarias de fazer a secreção da ACH,
acetilcolina fica presa na vesícula, vesícula paralisa e acaba perdendo a função, cria
um novo axonio que começa a liberar ACH em uma outra área, quando ACH vai
chegando na membrana ela reconhece e começa a formar nova placa muscular e

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CAROLINE RIBEIRO

forma placa com receptores nicotinicos, esse fenômeno dura 6 meses a 12 meses, por
isso tem botox que dura só 6 meses e o que dura 12 meses pois ira formas uma nova
sinapse e estimular aquele mesmo músculo em outra placa daquela fibra muscular. A
toxina botulínica tem sido usada para pacientes com muita contratura muscular pôs
AVC e criança com encefalopatia. Toxina botulínica é absorvido por via oral
O curari começou a ser usado com intenção de paralisar para esses situações,
não tem utilidade estética, não é absorvido por via oral. É injetado na veia com
objetivo de paralisia imediata. Ao fazer curari tem que anestesia/ analgesia e sedar. Os
curaris antigos são pancuronio, galamina (alem de fazer bloqueio nicotínico do
músculo ela bloqueia o nicotínico ganglionar ai impede que descarregue
Noradrenalina e adrenalina a pressão cai vertiginosamente e a freqüência também),
tubocurarina (esses são os antigos), vecurônio, atracúrio, mivacúrio e rovacúrio. Os
antigos eles tem tempo de vida muito logo, dura horas. Ação dos nao despolarizantes é
se ligar ao receptor nicotínico muscular bloqueando esse receptor (antinicotinico do
musculo), como se fosse um anticolinérgico (antimuscarinico). Quase todos são capazes
de liberar histamina durante o procedimento, depois do procedimento paciente sente
muita coceira, problema é que a histamina também é vasodilatadora ao aplicar o
curari a histamina pode ser liberada e a pressão cair por isso anestesista durante a
anestesia deixa o aparelho de pressão conectado ao braço do doente continuamente e
vai aferindo a pressão o tempo todo. Esses medicamentos sao usados na cirurgia ou
em UTI (bollus ou dripping). A maioria sobre metabolismo uns no rim outros no
fígado. Atracurio, mivacúrio e rovacúrio são uma droga sinteticas e não sofrem
metabolismo nem renal nem hepatico, o metabolismo deles é plasmatico, no plasma
eles se desestabilizam e perdem a atividade, tem duração rápida, duram em torno de
30 a 40 minutos, são bem vantajosos, tem vantagem de não produzir bloqueio
ganglionar e não serem grandes liberadores de histamina. Antidoto é neostigmina que
aumenta ACH e compete com receptor. Curari so tem ação muscular
O despolarizante- succinil colina usado no eletroconvulsioterapia dura por
minutos apenas, usado para facilitar intubação. Succinil colina são duas moléculas de
acetilcolina e quando você usa essas moléculas se ligam ao receptor ativam receptor
continuamente com isso abre canal de sódio, sódio entra e tem despolarização

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CAROLINE RIBEIRO

mantida isso faz com que o receptor se mantando despolarizado ativamente ele não
repolarize e ai não tem a contração da musculatura pois ela começa a contração e
depois ela para.
Então quando você aplica o não despolarizante o sujeito relaxa. Quando você
aplica o despolarizante a contração aumenta fasciculação e depois relaxa, então antes
do relaxamento vem um aumento da atividade.
Se eu der neostigmina e succinil colina iria aumentar ACH e iria potencializar os
efeitos de succinil colina

RESUMO

São 4 grandes grupos: adrenergicas que possuem efeitos que podem ser
equiparados a drogas anticolinergicas, eles possuem mecanismos de ação distintos
mas possuem efeitos correlatos. Efeito dos adrenergicos nos olhos: midriase, do
andricolinergico: midriase também. Drogas que produzem efeitos contrários aos
anticolinergicos e adrenergicos que são colinergicos e antiadrenergicos.
Coração tem beta 1 e beta 2 aumento da força, da atividade, ou seja,
batmotropismo +, cronotropismo +, dromotropismo +. Tambem tem receptor M2
aqui que se for estimulado terá tudo negativo.

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CAROLINE RIBEIRO

Brônquios tem M1/M3 que leva a broncoconstrição e tem beta 2 que leva a
broncodilatação
Olhos tem midríase ou miose. Midriase ta relacionado a alfa 1 e miose ta
referente a M1/M3.
COLOCAR TODOS OS ORGAOS PARA COMPARAR
Adrenergicos tem varios de ação direta- adrenalina, noradrenalina, dobutamina,
fenoterol, salmetoerol agonista beta 2, nafazolina e lembrar nafasolina é adrenérgico
agonista alfa 1.
Anticolinergicos- atropina e escopolamina
Veja o seguinte esse grupo com esse é sinergico, com isso o efeito é parecido/
correlato.
Então eu sei que esses 2 grupos de drogas aqui aumentam a atividade cardíaca. E
os outros 2 diminuem a atividade cardíaca.
Atropina é um antimuscarinico então ela faz midríase, aumenta a atividade
cardíaca , faz broncodilatação.
Fenoterol faz broncodilatação pois atua so em beta 2
Nafasolina faz vasocontrição, midríase
Misturar e não botar na ordem para exercitar isso
E se eu der adrenalina pra alguém que tomou escopolamina ira aumentar a
atividade pois escopolamina bloqueou receptor muscarinico.
E se eu der adrenalina para alguém que usou antiadrenergico?
Colinergicos tem de ação direta e indireta
Antiadrenergico tem agonista alfa 2, antagonista alfa e antagonista beta.
Carbacol é um muscarinico então ele faz efeitos contrários ao sistema simpático e
que pode ser bloqueado pelos antimuscarinicos.
Se eu der dobutamina para um doente que tomou propanolol? O receptor beta
ta bloqueado, a dobutamina é agonista beta 1 seletivo então ela não fará efeito, mas se
ao invés de dobutamina eu der nafasolina ao ele teria aumento da pressão e
bradicardia

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CAROLINE RIBEIRO

AV2 Aula 5

Farmacologia
Farmacologia da dor

Dor- é o processo de sensação desagradável ligado geralmente a destruição de


tecidos seja destruição real ou algo imaginário que você entenda como destruição. Ou
simplesmente dor pode ser um processo neuropatico ou psicogenico. Então a dor
psicogenica seria um processo mais difícil de utilizar a terapia porque quando estamos
falando dessa dor não tem uma fundamentação física capaz de explicar aquela dor, a
gente entende como um processamento anormal no córtex capaz de te levar a
entender aquela dor. Ja uma dor neuropatica existe um componente fisico (compressão
de um feixe nervoso medular, uma lesão nervosa por um vírus, uma lesão pela
doença). Dor protopatica é uma dor clássica gerada por ativação de nociceptores
gerando uma percepção desse processo fisico então a gente chamaria de sistema
sensorial de nocicepção. Então a gente costuma entender a nocicepção é um processo
sensorial e a dor como um processo cortical/mental pois esta processo mental pode ter
enriquecimento, ampliação ou pode ser diminuído pelo grau de expectativa daquele
individuo frente aquela dor, então por ativação cortical você pode diminuir ou
aumentar a dor. Estamos falando de dor sensorial, tato protopatico. Definição: dor é
uma sensação desagradável cuja experiencia emocional ta associada a estímulos de
lesão tecidual real ou potencial.
Classificação da dor:
*Localização
*Condução: é feita por neurônios, a dor rápida é conduzida pelas fibras A delta,
ja a dor lenta é conduzida pelas fibras C. A geração/transdução da dor lenta é
basicamente uma dor inflamatória onde você tem potássio, H+, prostaglandina,
bradicinina, histamina, serotonina envolvidas com a trasndução dessa dor causando
modalidades diferentes de estimulo, bradicinina causa um estimulo que você entende
como queimação; histamina causa prurido no local, a histamina é a primeira e a

100
CAROLINE RIBEIRO

ultima então antes de você ter qualquer mediador na reação você tem histamina. A
dor rápida é basicamente por estimulo mecânico, térmico. A dor lenta é ampliada por
um mediador químico que é a prostaglandina ela é hiperalgizante, reduz o limiar da
dor para ele equivaler com o tato, pessoa passa a ter dor muito maior na presença
daquelas moléculas inflamatórias; a prostaglandina é o elemento mais interessante
para a gente reduzir na dor. Se reduzir bradicinina vai reduzir a dor em queimação
mas as outras dores vão ficar. Se diminuir a prostaglandina o limiar da dor volta ao
normal e o estimulo não gera dor.
*Duração: aguda ou crônica. Dor aguda ta ligada geralmente a dor rapida. Dor
crônica se mantem por meses ou anos, pode ate não ser inflamatória. Hérnia de disco
a dor é or uma compressão e isso gera uma reação inflamatória, então é um processo
de dor rápida.
*Intensidade: pode ser leve, moderada ou intensa (8,9 e 10).
Os AINES inibem a síntese de prostaglandina, eles vão atua na dor inflamatória,
não interferem coma dor mecânica. Reduzem a dor que passa pela fibra lenta. Anti
inflamatório não reduz a dor por dano tecidual exemplo dor de uma queimadura, irá
reduzir depois, você queimou, a queimadura gerou uma reação inflamatória local e ai
essa dor diminui.
Dor referida é de difícil localização.
A localização da dor pode nos ajudar a definir onde é o problema.
Etapas do processo de dor- Quando você tem a lesão, essa lesão a gente chama
de estimulo. Na fibromialgia não existe, na dor neuropatia existe. O estimulo ativa o
nociceptor. Os nociceptores não são fixos, eles tem variação cronotropica (eles
aumentam de madrugada) parecem seguir o ciclo da melatonina. Dor inflamatória
aumenta muito na madrugada. Depois que você ativa o nociceptor você transmite esse
estimulo ao cérebro é essa transmissão que vai pela fibra A delta ou fibra C ate a
medula e la você pega as neo espino-talamicas ou paleo espino-talâmicas ate
interpretar a dor.
Nos temos na farmacologia como interferir no estimulo porque quando a dor é
inflamatória a gente pode reduzir as moléculas inflamatórias, a ativação do nociceptor
a gente pode reduzir se tiver anestésico local naquela região, a transmissão a gente

101
CAROLINE RIBEIRO

pode interferir com anestésico local e com opioides na medula e a interpretação a


gente interfere com anestésico geral.
O receptor sensorial envolvido com a dor é a terminação nervosa livre que é o
nociceptor, esse nociceptor tem contado com a fibra A delta (mielinizada) e com a
fibra C (amielinizada). O estimulo algico ao chegar na medula
ele cruza pra contra lateral, quando ele cruza ele tem que
estimular o neurônio excitatorio da dor e inibir o neurônio
inibitório se não você não tem dor. Então imagina vem um
neurônio do tecido uma fibra A delta, ao chegar na medula
ela estimular o interneuronio que vai levar o cruzamento e isso
vai subir como dor, mas existe aqui no local um interneuronio que é inibitório da dor,
então eu preciso ao ativar a dor, precisa ativar o neurônio excitatorio da dor e
produzir ativação pra um neurônio que inibe o neurônio inibitório. Então eu excito a
dor e faço a inibição do neurônio inibitório. Quando a gente estimula o tato ele vem
por uma fibra A beta que excita o neurônio inibitório da dor, o tato sobe na mesma
lateral. Para que eu possa transmitir o tato eu tive que excitar o neurônio inibitório da
dor. Então todas as vezes que eu tenho um estimulo tátil na mesma região que eu
tenho o estimulo algico, o estimulo do tato vai por uma fibra mais grossa e chega
primeiro, como chega primeiro ele inibe a passagem da dor, isso é o sistema portão.
Os receptores que estão ligados ao sistema inibitório são receptores endorfinicos, então
a morfina atua nessas regiões. Ainda tem o sistema central e quando essa dor chega no
tálamo é capaz de ativar o neurônio o excitatiro, esse excitatorio libera serotonina e
essa serotonina ativa o neurônio inibitório da dor que libera encefalina. Quando a dor
tem uma determinada intensidade a gente não sente pois a excitação é tão intensa que
a gente consegue ativar o sistema endorfinico e bloquear a passagem dessa dor.
Serotonina interfere nessa dor.
Antidepressivos aumentam a serotonina então paciente que tem dor crônica
quando alem do analgésico vocês dão antidepressivo (coanalgesico) o tratamento da
dor fica melhor.
Opioides podem ajudar a parar a dor através da ação dos neurônios inibitórios
no controle portão e também no sistema de retroalimentação negativa que você tem

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CAROLINE RIBEIRO

na medula sistema de Feedback ou de modulação. Se eu tenho modulação fisiológica


da dor eu posso ter modulação farmacológica.
Então eu tenho dor rápida glutamato, bem localizada, fibra A delta, condução
rápida; dor lenta substancia P, difusa, mal localizada, fibra C.
Quando a gente faz uma lesão geralmente faz dor rápida ai passa a dor rápida e
começa a reação inflamatória e ai tem a dor lenta. Tem uma dor em pico e a outra
um pouco menor que vai continuar por algum tempo. Paleo espino-talâmica tá ligada
a dor lenta. Neo espino-talamica tá ligada a dor rápida.
Quando injeta o anestésico hiperbarico aqui dentro tem a medula com individuo
sentado ou de lado, quando você joga o anestésico você calcula pela quantidade de
anestésico qual é a área que você que anestesiar, pela quantidade o anestesio desce, se
você bloquear o sistema simpático você vai ter parada cardíaca e vasodilatação, por
isso tem que injetar com individuo sentado para o anestesio difundir pelo tecido.
Componentes da dor envolve a parte neurosensorial e cognitiva (como eu vejo
essa dor). A reação pode ser reflexa ou psicomotora, pode dividir essa reação em
segmentar, a dor pode causar abalo, espasmo e palidez, suprasegmentar cortical entra
em alerta, pode ter neurovegetativa produzindo palpitação, taquicardia, aumento da
pressão arterial, sudorese.
Os receptores opioides ou endorfinicos: DOR,
KOR, MOR…

Opióides são todas as moléculas que interagem com receptores de maneira


parecida com a morfina, envolve os endógenos, os naturais e os sintéticos.
Opiáceos são alcaloides, natural, derivado do opio como a morfina e a codeína.

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CAROLINE RIBEIRO

Tramadol é um agonista opioide que não é muito potente mas como ele tem
predomínio sobre kappa e não atua tanto em MOR ele causaria dependência mas
varios pacientes que usaram tramadol em uso continuo por alta dose acabaram
desenvolvendo dependência ele atua no receptor MOR mas atua pouco.
Os receptores MOR (MI) normalmente são estimulados por encefalina e por
endorfina são encontrados no sistema nervoso, medula e intestino, quando estimulados
estão relacionados a analgesia, dependência, depressão respiratória e miose então os
opiodzes causam dependência, depressão respiratória… os receptores envolvidos com
isso são os receptores mi. Nesse receptor tem também efeito antidiuretico,
bradicardico, euforizante e redutor da motilidade intestinal
Receptor kappa encontramos na medula e no sistema nervoso, interferem com
analgesia espinhal, no sistema nervoso da sedação, ta envolvido com disforia, miose,
não está relacionado a depressão respiratória nem a dependência. Droga analgésica
melhor é aquela que ta mais envolvida com receptores kappa do que mi causaria
menos dependência e menos depressão respiratória.
No sistema límbico e no intestino tem receptores delta ta relacionado a analgesia,
tem efeito tranquilizante, no intestino diminui motilidade e também diminui a
motilidade da uretra
Receptor E serve para analgesia, não tem droga seletiva para E
Receptor ORLI também tá relacionado a analgesia o neurotransmissor envolvido
é a nociceptina.
Opióides- Todas as drogas naturais, sintéticas com propriedade semelhante a
morfina incluindo os peptídeos endógenos.
Classificação dos opióides:
Os naturais: codeína e morfina
Sintéticos: meperidina/ petidina, metadona e etorfina sao de potencia pequena,
fentanila tem potencia alta faz por via injetável, nalbufina não causa tanta
dependência, tramadol tem sido a mais utilizada. Cloperamida não é utilizada para
dor, atua basicamente nos receptores intestinais então basicamente ele diminui a
motilidade, não tem relação com dependência.

104
CAROLINE RIBEIRO

Antagonistas dos opioides naloxona (esse você injeta e ele


bloqueia os receptores e impede a ação de qualquer opioide) e
nalorfina (esse é agonista parcial, ele reduz o efeito dos opioides
mas ele produz algum efeito).
Efeitos são efeitos depressivos e estimulatorios, tem supressão da
dor e analgesia, esse é o efeito mais importante do opioide
incluindo a heroína. Tem sonolência e redução da alerta isso
levando a sedação é clássico do opioide também. Pode causar
depressão respiratória que é um efeito útil em situações de edema agudo de pulmão
usaria uma dose capaz de bloquear só centro ventral, a depressão respiratória é
desligamento do centro ventral e do centro dorsal, quando aumenta PCO2 diminui 02
e aumenta H+ os estímulos chegam e você não sensibiliza os quimioreceptores,
paciente não sente angustia pois o aumento de PCO2 não deflagra a atividade. Centro
dorsal é o que faz a gente inspirar em repouso. Como você diminui a atividade elétrica
você diminui a exigência de 02 miocárdio e suprime a tosse. A supressão da tosse é um
problema porque reduz o movimento peristáltico diminui a deglutição e causa náusea
a vomito, reduz a secreção gastrica, nao consegue controlar o vomito, pode causar
alteração na temperatura corporal e interfere com varios hormônios (LH, FSH).
Causa euforia. Efeito clássico é a miose. Individuo com overdose de opioide tem
depressão respiratória, xerostomia, miose, pode ter vermelhidão e prurido por causa
da liberação de histamina, contrai o esfíncter de Odi com isso diminui a drenagem do
suco pancreático e biliar (individuo com cólica de vesícula não deve usar opioide por
isso), aumenta o tônus do músculo detrussor na bexiga, aumenta liberação de
prolactina e reduz o limiar convulsivante com isso quando aumenta muito a dose dos
opioidesa gente aumenta o risco de convulsão em paciente epiléticos.
A codeina é convertida em clorocodite, isso é convertido usando a tiomilclorida.
Foi lançada a droga 10 morfina que prometia 80 vezes mais potencia que a
morfina sem dependência, quando laçaram uma quantidade grande de pessoas que
usaram a droga ficaram dependente e morreram de depressão respiratória.
Quando a gente usa codeína no fígado ela é convertida em morfina e um grupo
descobriu uma maneira de fazer a codeína ser convertida em clorocodite que é a etapa

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CAROLINE RIBEIRO

inicial de converter em 10 morfina. É usado para fazer isso comprimido de codeína


para extrair o opioide, tritura esse comprimido e mistura com produtos de cozinha ou
de garagem onde eles conseguem formar a 10 morfina. Injetar isso na veia sujeito faz
necrose.
Ação do opioide ocorre da seguinte maneira: para transmitir a
dor tem que ter o estimulo dos neurônios seja pre ou pôs
sináptico, esse neurônio ao ser estimulado ele ativa proteína G0
abrindo canal de cálcio e fecha canal de potássio isso gera
potencias de ação que vai fazer que essa dor seja transmitida
através das sinapses. Quando usa opioide, quando ele chega ao
receptor ele ativa Gi pro cálcio e fecha canais de cálcio e ativa
G0 e abre canal de potássio, então apesar dele interferir com
proteína G, ao interferir com essa proteína G ele leva ao
fechamento dos canais de cálcio pre sinápticos e com isso tem
menos liberação de neurotransmissor e abrindo canais
potássio pôs sinápticos tem hiperpolarização e impede a
transmissão do impulso elétrico.
A gente tem aqui por exemplo controle e morfina: morfina
interagindo a naloxona que é antigonista produz efeito parecido
com o controle, e aqui a morfina ativando a proteína Gi que
fecha o canal de cálcio e consequentemente reduz a atividade
local.
Existe uma inter relação com os receptores opioides e os
receptores do gaba, da serotonina, dopamina.
Toda nossa atividade de prazer tem opioide endógeno envolvido.
Quando você é dependente do álcool você ta aumentando a
dopamina e com isso aumentando a endorfina ou opioide
cerebral. Quando você é dependente de cocaína la no núcleo
accumbens a cocaína impede a recaptura da dopa e aumenta a
dopa que faz aumentar endorfina.
Opioide interfere com o sistema gabaergico com isso você

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CAROLINE RIBEIRO

consegue explicar os efeitos da morfina sedativos.


Efeito dos opioides no sistema nervoso central: tem afinidade por receptores mi
causando analgesia, euforia, sedação, depressão respiratória. A gente sempre tenta
fazer uma solução analgésica diluindo um pouco esse opioide,
evitar que o individuo saiba a droga que ele ta usando pra evitar
dependência.
Efeito no SNC: tem supressão da tosse, miose, troco do individuo
tem rigidez, náuseas e vômitos.
Efeitos no trato gastrointestinal: efeito constipaste. Como reação
adversa seria tratar o paciente com câncer e da opioide é comum
paciente fazer prisão de ventre, sempre que fizer opioide para
paciente terminal tem que dar laxante.
Efeitos periféricos: causa depressão da função renal, aumenta
tonus do esfíncter urinaria, pode interferir com hormônio
antidiuretico com a prolactina, somatotropina. Interfere também
no útero podendo prolongar trabalho de parto.
No trato biliar leva a contração do músculo liso então pode
aumentar as cólicas biliares.
Pode ser feito em supositorio, venoso, muscular, oral (morfina oral
tem que dar o dobro da dose), transdermica.
Cocaína é um anestésico local pois em concentração adequada
bloqueia de maneira reversível a condução nervosa. Foi o primeiro anestésico local
com uso terapêutico. É uma droga adrenergica alem de ser um anestésico local, então
ela possuía uma vantagem comparada com os outros anestésicos, por ela aumentar
NOR ela é um anestésico vasoconstritor. É um éster
Todos os anestésicos locais são vasodilatadores, para um outro anestesico tenha a
mesma característica que ela tem que associar um vasoconstritor
Se aplicar formol no tecido tem anestesia só que não é reversível então não é
anestésico local

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CAROLINE RIBEIRO

Os antialérgicos se você aplicar no tecido tem efeito anestésico mas não é usado
como anestésico, beta bloqueadores também, a administração de beta bloqueador no
tecido você reduz a condução elétrica mas não é um efeito importante clinicamente
Procaina é muito parecido a cocaina, é um éster era vasodilatadora e sintetica.
Lidocaina também chamado de xilocaina é o anestésico mais bem sucedido.
A gente divide os anestésicos locais em amida e esteres. As amigas causam menos
reações anafiláticas. Os esteres tem mais efeito central enquanto as amigas tem mais
efeito periférico. Esteres são mais metabolizados no sangue pelas esterases plasmáticas
enquanto as amigas são metabolizadas no fígado. A preferencia atualmente é pelas
amidas. Todos esses são instáveis e apolares ou seja lipossoluveis, como eles são
instáveis a única maneira de botar esse produto no mercado é estabilizar, essa
estabilização é feita colocando HCl, ao botar HCl eu criei cloridrato. Todos os
anestésicos locais são cloridratos, ele é estável e são polares (hidrossoluveis). Onde é
que isso vai interferir: você vai injetar esse anestésico local em alguém e você quer que
ele atue em um neurônio e o neurônio tem bainha de mielina, mielina é gordura,
então quando você injeta esse anestésico local esse anestésico local que você vai injetar
está na sua forma polar, você injeta na forma de cloridrato (anestésico local + HCL),
isso não atravessa a mielina então não tem como agir nem como produzir sua ação. O
nosso tecido tem bicarbonato, o bicarbonato reage com HCL e ai o anestésico local
fica livre. Quando ele fica livre ele vai atravessar a bainha de mielina e vai ate a
membrana, na membrana ele vai produzir a função dele. Para ele agir ele tem que
estar na sua forma lipossolúvel, forma livra que é forma apolar. Quem é essencial na
ação desse anestésico é o bicarbonato do tecido para tamponar o HCL. Existem
situações que o individuo tem uma reação inflamatória em que ele produz H+, esse
H+ reage com bicarbonato e consome o bicarbonato tanto que o pH é baixo na
inflamação isso significa que não tem bicarbonato para se ligar ao HCL com isso o
anestésico local não atravessa a bainha de mielina e não faz nem a ação nem o efeito.
Então anestésico local não funciona em foco inflamatório devido a deficiência local de
bicarbonato.
Se misturar bicarbonato com anestésico local ele precipita. Se injetar
bicarbonato no tecido eleva o pH e pode melhorar um pouco a ação do anestésico

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CAROLINE RIBEIRO

local mas quando injetar bicarbonato a dor desse bicarbonato


vai ser muito grande.
A classificação dos anestésicos locais é feita por algumas
variáveis:
É um cloridrato que vai atuar preferencialmente em regiões
que não estão inflamadas e na região inflamada ele pode não
atuar. Esses anestésicos tem varias diferenças cinéticas e
dinâmicas. Apresentação: encontramos a lidocaína injetável
em solução a 2%,5% (é hiperbarica você aplica e ela desce na medula)…
O anestesico local atua aonde eu to administrando, ele precisa entrar em contato
com o neurônio. Essa atividade dele é uma atividade bem característica como local
então se eu tenho a mao do individuo e injeto anestesico em volta da região lesada eu
fiz uma infiltração então é a anestesia infiltrativa. Se eu injeto anestesico em 2 pontos
eu bloqueio todos os nervos que tao vindo nesse dedo então eu fiz um bloqueio nesse
dedo inteiro, isso é um bloqueio. Pode fazer um bloqueio na região peridural onde
você injeta o anestesico na região vertebral e ali todos os nervos que passam em
direção ao cortes são bloqueados. Como voce bloqueia a condução eletrica em
qualquer nervo você bloqueia também dos nervos motores dos motoneuronios alfa
pode paralisar, por isso a peridural e a raqui alem de fazer bloqueios das sensações
também causa paralisia.
Vasoconstritor com anestesico mantem o anestesico a mais tempo na região.
Você injeta o anestésico, tem o nervo que você quer bloquear e tem vaso
sangüíneo, esse anestésico se combina com o nervo e impede a condução elétrica, mas
ele se combina com a membrana do vaso produzindo vasodilatação, quando ele
produz vasodilatação ele cai mais rápido no vaso então isso aumenta o risco de
toxicidade sistêmica e tem menos duração da anestesia pois quando ele sai do local
deixa de atuar e faz sangrar mais por causa da vasodilatação. Se você aplicar o
anestesico com vasoconstritor que é NOR ou adrenalina, o vasoconstritor diminui a
quantidade de anestesico no sangue, diminui o risco de toxicidade, aumenta a duração
da anestesia e diminui a hemorragia, então eu posso dar mais anestésico com
vasoconstritor do que sem vasoconstritor.

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CAROLINE RIBEIRO

Farmacologico- potencia deles o mais potente é a bupivacaina e tetracaina, o


menos potente é a procaina. Lidocaina, prilocaina e mepivacaina tem uma potencia
variável. A toxicidade da tetracaina e da bupivacaina em uma escala é de 12,
Etinocaina 10, Mepivacaina é 2, Procaina é 1,prilocaina e lidocaína 1.5. Então
quando voce joga toxicidade, penetração tecidual, duração do efeito e potencia você
tem o índice anestésico, ao calcular o índice anestesico você conclui que a procaina
tem IA= 1, lidocaína e prolocaina é 2, bupvacaina é menor que 2. As duas drogas que
a gente mais deveria usar é lidocaína e prilocaina. Todos tem pkappa basico pq tem a
associação com o bicarbonato se o meio tiver básico, como eles tem pk básico vai
predominar lipossoluvel e vai atravessar. Ao colocar o acido cloridrico ele ta cloridrato
ta acido mas o pk é alcalino. Metabolismo- procaina e tetracaina é no plasma porque
são esteres, as amidas são metalizadas no fígado.
Criaram um produto chamado enlacaina da década de 90 que era um anestésico
tópico, alem de ele produzir o efeito superficial ele entrava ate 5 milímetros na pele e
anestesiava podia ser usado pra tirar verruga, calo, injeção. Ela não é utilizada mais
pois precisava esperar 1 hora e meia para começar a fazer o procedimento.
Inicio do efeito da prilocaina e da lidocaina é rápido, a penetração tecidual é a
maior que tem.
Mecanismo de ação do anestésico local é impedir o influxo de sódio,
se eu impedir o influxo de sódio a célula que iria despolarizar não
despolariza e não conduz o impulso elétrico. Existem 2 teorias:
*O anestésico local faz o seguinte, você tem a membrana, tem o canal
de sódio e o anestésico local se ligaria aqui fechando o canal de sódio e
com isso sódio que entra na célula e despolariza a célula não pode
entrar porque o canal fechou por ação do anestésico local no canal de
sódio. Esses anestésicos locais também atuam no coração e no coração
eu não tenho neurônio, eu tenho músculo e la esses anestésicos locais na célula nodal
(canal de cálcio) não tem grande influencia mas no miocárdio reduzem a condução
elétrica.

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*Anestésico local ao invés de se ligar ao canal ele entra na membrana e ao entrar


ele produz expansão da membrana, ela empurra as proteínas e fecha os canais. Essa é
a teoria da expansão da membrana.
Anestésico local impede o influxo de sódio com isso qualquer neurônio ou
qualquer célula que ele é capaz de de impedir esse influxo não despolariza, se não
despolariza não gera potencial de ação logo não transmite dor, tato, não transmite
temperatura, se injetar no neurônio motor ou próximo dele impede a mobilidade e a
contração muscular tem relaxamento muscular.
Tem bloqueio da condução ao bloquear o influxo de
sódio, a primeira coisa a ser bloqueada é a dor, frio
e calor e mantem parte do tato. Se chegar no SNC
dependendo da fibra que eu tiver bloqueando eu vou ter
zumbido, tontura, disartria, inquietação, depressão, tremor
na extremidade, sensação de calor, convulsão tônica,
parestesia perioral (sinal de intoxicação). Inicialmente se você tiver aumentando a dose
o individuo começa a respirar mais fundo. Tem vasodilatação por causa do efeito
direto, aumenta o limiar excitatorio cardíaco então isso reduz a atividade, diminui a
condução, aumenta o período refratário e alarga complexo QRS.
Não deve injetar na veia, tem sempre que evitar o risco de anafilaxia. Calculo da
dose. Calculo do volume.

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