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Dermatologia 2 Et

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Dermatoses Psoríase

Epidemiologia: Crônica e recorrente.


Eritematoescamosas Prevalência de 2%, pico nos adultos jovens,
Dermatite Seborreica (caspa) em ambos sexos. Apenas 2% com início dos
Patogênese: Causa desconhecida, sintomas antes dos 2 anos de vida. Risco
predisposição familiar, discreta maior quando um ou ambos pais afetados.
predominância no sexo masculino,
multiplicação celular acelerado, ação de Patogenia: Causa desconhecida.
agentes microbianos (Malassezia adultos e Predisposição genética e de fatores
Candida albicans em lactentes). ambientais.

Fatores Favorecedores: Calor, umidade, - HLA Classe 1: B13, B17, B37 e


roupas que retêm sebo e suor. Tensão principalmente Cw6.
emocional. Alcoolismo. Ingesta excessiva - HLA Classe 2: DR7.
de carboidratos e alimentos
condimentados. - Forma Artropática: Espondilite
anquilosante ou sacroileíte; HLA-B27.
Dermatite Seborreica do Lactente:
Neonato ou primeiros meses de vida. Fatores Associados no Desencadeamento
Escamas gordurosas e aderentes sobre ou Exacerbação:
base eritematosa em couro cabeludo. - Trauma Cutâneo: Fenômeno de Koebner.
Lesões eritematoescamosas em face,
tronco e áreas intertriginosas (de dobra). - Infecções: Estreptococo beta hemolítico
Prurido discreto. Melhora gradual. causa psoríase aguda em gota.

Dermatite Seborreica no Adulto: - Medicamentos: Lítio, betabloqueadores,


Descamação em couro cabeludo. Lesões antimaláricos e AINEs.
eritematoescamosas na face (glabela,
- Outros: Estresse, distúrbios metabólicos,
perinasal, retro e pré-auricular), lesões
ingesta aumentada de álcool, variações
mediotorácicas.
climáticas.
OBS: Dermatite seborreica extensa e
Manifestações Clínicas: Psoríase vulgar ou
resistente ao tratamento habitual é
em placas são 90% dos casos. Placas
suspeita de imunodeficiência.
eritemato-infiltradas, com escamas secas,
Tratamento: branco-prateadas, bem delimitada,
afetando de forma simétrica a superfície
- Crianças: Óleo mineral para couro extensora de membros, principalmente
cabeludo, corticoides de baixa ou média joelhos e cotovelos.
potência, associados a antifúngicos ou
antibacterianos apenas se houver sinais de - Comprometimento Ungueal: Frequente.
infecção.
 Matriz: pitting, leuconiquia, manchas
- Adultos: Sabonete a base de ácido cor salmão na lúnula, sulcos de Beau.
salicílico e enxofre precipitado. Shampoos  Leito: manchas de óleo, hemorragias
a base de zinco-piridiona 1%, sulfeto de em estilhaço, onicólise (descolamento)
selênio 1 – 2,5%, cetoconazol 2% e e hiperqueratose subungueal.
ciclopirox-olamina 1%. Corticoides tópicos,
- Curetagem Metódica de Brocq: Sinal do
baixa potência na fase (hidrocortisona 1%,
orvalho sangrento (Auspitz), sinal da Vela.
desonida). Tacrolimos. Fototerapia.
- Psoríase em Gotas (gotada): crianças e Pitiríase Rósea
jovens, pós infecção estreptocócica. Definição: Afecção inflamatória, subaguda,
autolimitadas. Mais comum no outono e
- Psoríase Eritrodérmica: eritema intenso,
verão, e entre 20 e 30 anos de idade.
generalizado e descamação leve.
Quadro evolutivo sugere uma etiologia
- Psoríase Pustulosa: lesões com pus, infecciosa.
sendo ou generalizada (Von Zumbusch;
OBS: Estudos sugerem etiologia a vírus
grave comprometimento do estado geral)
herpético, particularmente o HHV-7 e HHV-
ou localizada (palmo-plantar;
6.
acrodermatite contínua de Hallopeau).
Manifestações Clínicas: Duração de 4 a 8
- Artrite Psoriásica: mais frequente de
semanas.
forma mono ou oligoartrite assimétrica.
- Início: típica lesão ovalada ou
. Surgimento: antes do quadro
arredondada, eritematoescamosas, com
cutâneo (19%), concomitante (16%) e após
bordas ligeiramente elevadas e centro
(65%).
amarelado descamativo (medalhão ou
Comorbidades: Hipertensão arterial, placa mãe).
dislipidemia, diabetes melito, doenças
- 1 a 2 Semanas: lesões em maior número
cardiovasculares.
e menor tamanho, mais comum em tronco
Diagnóstico: Clínico quando em lesões e raiz dos membros.
típicas e de distribuição habitual. Em
Diagnóstico: Clínico, placa inicial pode ser
dúvidas, fazer biópsia e análise
confundida com dermatofitoses (em
anatomopatológica.
dúvida, fazer micológico).
- Diferenciais: pitiríase rósea, eczema
Tratamento: Não é necessário em regra. Se
numular, lúpus cutâneo subagudo,
prurido, prescrever corticoide tópico.
dermatofitoses (solicitar exame micológico
Fototerapia em casos extensos.
direto), sífilis, disidrose, dermatite
seborreica. Parapsoríase
Definição: Lesão que se assemelham a
Índices de Gravidade:
psoríase, em geral menos descamativas.
- PASE: eritema, infiltração e descamação
Classificada em:
de cada segmento corpóreo.
- Grandes Placas: 11% evoluem para
- BAS: apenas área acometida.
micose fungoide (linfoma cutâneo).
- DLQI: qualidade de vida.
- Pequenas Placas: curso crônico e
Tratamento: benigno.

- Medicações Tópicas: corticoides tópicos, Eritrodermia Esfoliativa


análogos de vitamina D, coaltar, Antralina, Definitição: Eritema generalizado e
fototerapia (UVB ou PUVA). persistente, descamação leve (furfuráceas
ou foliáceas) e prurido. Pode haver
- Tratamento Sistêmico: metotrexato,
alopecia discreta ou intensa. Deve ter
acitretina, ciclosporina, imunobiológicos.
acometimento de pelo menos 90% da
OBS: Não usar corticoide sistêmico devido superfície corporal. Acomete mais adultos
ao efeito rebote em psoríases. entre 40 e 65 anos.
Três Grupos Principais - Diversos: em doenças malignas, ingestão
de drogas e alimentos deteriorados no
- Decorrente de Dermatoses Pré-
lúpus eritematoso sistêmico.
Existentes: psoríases, dermatite atópica,
dermatite de contato, fotodermatites, Manifestações Clínicas: Lesões
líquen plano, dermatomiosite. eritematopapulosas ou
eritematovesicobolhosas ou purpúricas,
- Exposição a Drogas.
eventualmente urticadas, isoladas ou
- Linfomas Cutâneos: micose fungoide. confluentes. Máculas
Quando piora o quadro, se chama eritematoedematosas com vesícula central
Síndrome de Sézary. (lesão em alvo ou íris).

Manifestações Clínicas: Barreira cutânea - Topografia Preferencial: dorso das mãos,


muito inflamada e fina. Anorexia, febre e punhos, cotovelo, joelho, regiões palmares.
sensação de frio. Pode durar meses a anos,
Diagnóstico: Clínico, e se necessário,
com quadros de exacerbações e remissões.
histopatológico e imunofluorescência para
Possibilidade de infecções e sepse.
excluir outras dermatoses bolhosas.
Diagnóstico: Anamnese e aspecto clínico.
Tratamento:
Histopatológico é fundamental para
identificar etiologia (permite diagnose de - Tópico: água boricada ou permanganato
60% das causas de eritrodermia por de potássio, creme com corticoide, com ou
psoríase). sem antibiótico associado, água oxigenada
em lesões de cavidade oral.
Tratamento: De acordo com a causa.
Compressas úmidas, emolientes e - Sistêmico: de acordo com causa. Se
corticoides tópicos. Formas graves exigem Steven-Johnson é necessário internação.
internação hospitalar.
Eritema Nodoso
Eritema Polimorfo Definição: Síndrome de hipersensibilidade
Definição: Recorrente, com aparecimento (resposta imune Th1; exceto hansênicos
súbito de lesões eritematovesicobolhosos, que é Th2) tardia a agentes infeccioso,
com pouca descamação. Lesões em alvo drogas e outras causas. Lesões nodulares
(centro escuro). em membros inferiores. Fase adulta
predomina em mulheres. Possível
- Forma Minor: Sintomas gerais discretos,
participação de fator genético.
não acomete mucosas, curso benigno.
Etiologia: Maioria das vezes é idiopático.
- Forma Major: Síndrome de Steven-
Infecções estreptocócicas, tuberculose,
Johnson, afetando pele e mucosas, com
hanseníase (quadro reacional da forma
grave acometimento sistêmico. NET tem
virchowiana), sarcoidose, infecções
mais de 30% de acometimento corporal.
diversas (salmonelose, sífilis, DSTs, etc),
Etiologia: fármacos (lembrar de anticoncepcional),
gravidez, etc.
- Viroses: principalmente herpes tipo 1.
Manifestações Clínicas: Febre, dores
- Drogas: qualquer medicamento, em articulares, manchas eritematosas, placas e
especial analgésicos e AINEs, antibióticos, nódulos duras e dolorosas a palpação.
barbitúricos e sulfas. Nódulos podem se tornar mais violáceos
- Micoses: algumas micoses profundas. com o tempo. Lesões nunca ulceram. Curso
de 3 a 6 semanas.
Diagnóstico: Diferenciar do eritema - Resposta Inata: Infecção pelo ar,
indurado (nódulos que ulceram, paniculite macrófago fagocita e destrói. Há
é lobular). Exame histopatológico é apresentação de antígenos.
importante (biopsia profunda pelo eritema
- Resposta Adquirida:
nodoso, paniculite septal).
. Th1: imunidade celular, protetora,
Tratamento: Repouso e elevação dos
com formação de granuloma (não se
membros, tratar causa, aspirina para alívio
encontra bacilo em lesões). IL2, INF gama,
da dor, AINE, iodeto de potássio.
etc.
Talidomida para hansênicos.
. Th2: imunidade humoral, não
Hanseníase protetora, sem formação de granuloma
Morbus Hansen (MH) (grande quantidade de bacilos nas lesões).
IL 4, IL5, etc.
Agente: Mycobacterium leprae. Parasita
intracitoplasmático de macrófagos, de Definição de Caso: Doente com 1 ou mais:
multiplicação lenta (11 a 16 dias), com alta
 Lesões hipopigmentadas ou
infectividade e baixa patogenicidade. Em
eritematosas, com alterações evidentes
áreas endêmicas, a maioria da população
de sensibilidade (seja térmica, tátil ou
adulta está infectada, e apenas 5 a 10% dos
dolorosa).
infectados desenvolverão a doença
 Acometimento de nervos periféricos
(susceptibilidade genética).
evidente, com aumento do volume e/ou
- Paucibacilares: Até 5 lesões. espessamento e alterações da
sensibilidade nas áreas
- Multibacilares: >5 lesões.
correspondentes.
Fisiopatologia: Após infecção, ele começa  Baciloscopia (BAAR) para ver índice
por lesão nos nervos, e depois lesões na baciloscópico (IB).
pele. Infiltrações preferem locais frios.
Manifestações Clínicas: Várias
Transmissão: Pessoa para pessoa. Contato manifestações clínicas, com formas clínicas
de paciente multibacilares que eliminam o determinadas pela resposta imunológica
bacilo pela via aérea superior. do hospedeiro.

- Período de Incubação: 2 a 5 anos - Virchowiana (VV): Menor imunidade


(paucibacilares), 5 a 10 anos celular, maior imunidade humoral. Mais
(multibacilares). lesões, multibacilar. Baciloscopia alta.

OBS: Risco de adoecer é 10x maior entre - Borderline (ou dimorfa): Pode ser BV, BB
comunicantes multibacilares (vacina BCG ou BT. É uma situação instável.
dá proteção superior a 50% para todas as
- Tuberculoide (TT): Maior imunidade
formas clínicas da doença).
celular, menor imunidade humoral. Menos
OBS: Comunicantes multibacilares são lesões, paucibacilar. Baciloscopia baixa, até
pessoas que convivem intimamente com o negativa.
doente.
Diagnóstico: Baseado em:
Imunologia: Reposta imune determina
 Lesões de pele.
aspecto clínico da doença.
 Espessamento neural.
 Perda da sensibilidade.
Hanseníase Indeterminada: Forma inicial. - Hanseníase Dimorfa-Virchowiana (DV):
Manchas hipocrômicas com alteração de Placas eritemato-infiltradas, de bordas mal
sensibilidade térmica local. Geralmente delimitadas, associadas à pápulas e
sem alteração de nervo periférico. nódulos. Distribuição simétrica, com
Baciloscopia zero. acometimento de nervos periféricos. IB >4.

Hanseníase Tuberculoide: Poucas e - Hanseníase Virchowiana: Os pacientes


pequenas placas eritemato-hipocrômicas não desenvolvem imunidade celular.
de borda bem delimitada. Há alteração de Infiltração cutânea extensa, atingindo
sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, com mãos e pés, com perda intensa dos pelos.
queda de pelos no local. lesões faciais Madarose dos supercílios. Fáscies leonina
podem ter sensibilidade preservada (infiltração bacteriana facial). Áreas
(sobreposição de nervos). Pode haver infiltradas são recobertas por lesões
espessamento neural e neurite. pápulo-nodulares múltiplas. Poupa apenas
Baciloscopia zero. axilas, virilhas e couro cabeludo.

Hanseníase Nodular da Infância: Forma O infiltrado dos nervos e seu espessamento


especial de hanseníase Tuberculoide leva à diminuição da sensibilidade em
caracterizada por lesão nodular, ou mãos e pés, e em outras áreas, com
pequenas placas na face. Geralmente tem distribuição simétrica. Pode haver
cura espontânea. hipoestesia em ilha. As deformidades
ocorrem em casos de longa evolução e
Hanseníase Dimorfa: Compreende a
com menor intensidade que nos dimorfos.
maioria dos casos de MH. Acometimento
dos troncos nervosos é comum, múltiplo e Pode acometer outros órgãos. Mucosa
mais graves. Lesões instáveis nasal (coriza, epistaxe, destruição da
imunologicamente (não é nem virchowiana pirâmide nasal), olhos (uveíte, glaucoma,
quanto tuberculoide), com tendência a cegueira), infiltração de baço, fígado,
quadros reacionais. Quadro clínico e medula óssea e suprarrenais. IB elevado de
baciloscopia variáveis. 4 a 6.

- Hanseníase Dimorfa-Tuberculoide (DT): - Hanseníase Históide de Wade: Lesões


Lesões cutâneas múltiplas (geralmente 10 nodulares, lisas e brilhantes (hansenomas)
a 20), com placas de tamanhos, formatos e encontradas em doentes com tendência a
cores variáveis. Pequenos nervos ou resistência a medicamento.
troncos periféricos podem estar envolvidos
- Hanseníase de Lúcio Alvarado Latapi:
nas proximidades das lesões, com
Ocorre infiltração difusa de toda a pele
alteração da função neural (leva a
(lepra bonita; impressão saudável). Nesta
incapacidades). IB variável de 0 a 2.
forma, ocorre o fenômeno de Lúcio
- Hanseníase Dimorfa-Dimorfa (DD): Placas (vasculite e necrose com ulcerações em
com centro poupado (hipocrômico) de MMII). IB elevado.
bordas internas bem delimitadas, e bordas
Hanseníase Forma Neural Pura: Lesão
externas mal delimitadas (lesões
neural, sem acometimento da pele.
foveolares) de aspecto em queijo suíço.
Infecção crônica caracterizada por
Lesões múltiplas, com tendência à simetria,
alterações sensitivas em área
com coloração eritemato-ferruginosa.
correspondente ao nervo espessado, com
Acometimento neural é variável, podendo
ou sem alteração motora.
ser grave. IB é de 2 a 4.
Manifestações Neurológicas: Doença . Lesões pré-existentes ficam mais
começa nos nervos. Causa mais comum de edemaciadas e eritematosas, aparecem
neuropatia periférica tratável. Pode haver novas lesões subitamente com dor local.
alterações sensitivas (térmica, dolorosa e Há neurite com dor associada (dor à
tátil), e alterações motoras (paralisia palpação dos troncos nervosos), podendo
muscular) associadas a alterações ser grave e com sequelas (tratamento
sensitivas, nunca isoladamente. emergencial). Pode ter febre, mal-estar,
anorexia. Mais comum em dimorfos
- Nervos Acometidos: Ulnar, mediano,
durante tratamento.
fibular comum, tibial posterior, radial
superficial, sural, auricular magno, facial. - Reação Tipo2: Eritema nodoso hansênico.
Ocorre em pacientes virchowianos, com
- Sintomas: Dor, parestesias, dormência.
ativação da imunidade humoral.
- Exame Físico: Espessamento de roncos
. Aparecimento súbito de pápulas,
nervosos.
nódulos, placas dolorosas e eritematosas.
- Exames Complementares: Lesões simétricas, acometendo face,
Eletroneuromiografia, ultrassom e tronco e membros. Pode haver ulceração e
ressonância magnética dos nervos necrose (eritema nodoso necrotizante).
acometidos. Pode ter febre, artralgia,
hepatoesplenomegalia, mal-estar geral,
- Sequelas: Garra ulnar, lagoftalmo, úlcera anorexia. Mais comum em Virchowianos,
perfurante plantar. muitas vezes precipitadas pelo início do
- Neuropatias: tratamento.

 MH Indeterminada: Neuropatia - Fatores Precipitantes de Reação:


superficial.  Gravidez;
 MH Tuberculoide: Mononeuropatia  Parto;
(um nervo; lesão focal).  Febre;
 MH Dimorfa: Mononeuropatia múltipla  Alcoolismo;
(um nervo; lesão multifocal).
 Infecções;
 MH Virchowiana: Polineuropatia
 Parasitose intestinal;
simétrica bilateral.
 Vacinas;
Reações Hansênicas: Acomete 30% dos  Cirurgias;
doentes durante evolução (antes, durante  Estresse físico e psicológico.
ou após tratamento). Alterações neurais e
Exames Laboratoriais:
cutâneas decorrente de inflamações do
sistema imune. Começa após reação - Baciloscopia (IB): Raspado dérmico de
imunológica respondendo à presença de lóbulos de orelha, cotovelos ou 2 áreas
antígenos do bacilo na pele e nervos. infiltradas. Valores de 0 a 6. Útil para
diagnóstico e acompanhamento de cura,
OBS: Comum após início do tratamento,
caindo 0,66/ano em pacientes tratados até
quando as bactérias começam a morrer e
zerar.
liberar antígenos.
. MHI, MHT e MHDT: 0.
- Reação Tipo 1: Reação reversa. Ocorre
em pacientes dimorfos, com ativação da . MHD, MHDV e MHV: 1+.
imunidade celular.
OBS: IB negativo não exclui diagnóstico.
- Biópsia: Coloração de Ziehl-Neelsen, - Reação Tipo 2: 1ª escolha é a Talidomida,
Wade, Fite-Faraco. Deve ser realizada com 100 a 400mg/dia retirada após 2 a 4
profundamente para avaliação dos filetes meses.
nervosos acometidos.
. Drogas Alternativas: prednisona,
- Sorologia: Dosagem de anticorpos anti- ciclosporina, azatioprina, metotrexato,
PGL1 (componente específico da parede pentoxifilina, clofazimina.
celular da bactéria). 90% positivo nos
multibacilares e 40% positivo nos Tumores Malignos
Paucibacilares. 50% das pessoas positivas Carcinoma basocelular, espinocelular e
não desenvolverão a doença (pouco melanoma.
utilizado pela alta positividade).
Carcinoma Basocelular (CBC): Câncer de
Tratamento: Altamente eficaz, mais de pele mais comum (65%), geralmente >40
95% de cura para todas as formas clínicas. anos de idade.
- Formas Paucibacilares: MHI, MHT, MHDT - Etiologia: Células basais da epiderme e
com até 5 lesões. aparelho folicular perdem capacidade de
. Rifampicina 600mg/mês diferenciação pela interferência da ação
supervisionada + Dapsona 100mg/dia. crônica da radiação ultravioleta.

- Formas Multibacilares: MHDT com mais - Localizações Mais Comuns: Áreas


de 5 lesões, MHDD, MHDV e MHV. fotoexpostas, especialmente 2/3
superiores da face.
. Rifampicina 600mg/mês
supervisionada + Dapsona 100mg/dia + - Fatores de Risco: Pele clara, olhos claros,
Clofazimina 50mg/dia e 300mg/mês exposição crônica a luz solar.
supervisionada. - Manifestações Clínicas:
- Drogas Alternativas: Ofloxacin, . CBC Nódulo-Ulcerado: forma
Minociclina, Claritromicina. mais comum. Pápula rósea de borda
Seguimento dos Casos: cilíndrica e perolada (brilhante) com
telangiectasias. Lesão cresce e ulcera,
- Forma Paucibacilar: Compareimentos formando crosta que sangra à retirada.
mensais para a medicação supervisionada,
no período de tratamento de 6 doses . CBC Pigmentado: aspecto escuro,
mensais em até 9 meses. como se necrosado. Diag diferencial de
melanoma.
- Forma Multibacilar: Comparecimentos
mensais para a medicação supervisionada, . CBC Superficial: localização mais
no período de tratamento de 12 doses comum é o tronco. Lesão eritematosa,
mensais em até 24 meses. levemente infiltrada, bordas elevadas. Diag
diferencial de psoríase.
Tratamento das Reações Hansênicas:
. CBC Esclerodermiforme: placa de
- Reação Tipo 1: 1ª escolha é a Prednisona crescimento lenta, branco-amarelada,
1 a 2mg/kg/dia, retirada após 3 a 6 meses. esclerótica, bordas mal definidas. Lesão
não ulcera, mas tem pior prognóstico
. Drogas Alternativas: azatioprina,
(maior infiltração).
ciclosporina.
. CBC Terebrante: tumor cresce em . Radiodermite Crônica: lesão
profundidade, lesando músculos, advinda de exposição a ondas de rádio
cartilagem, ossos. Péssimo prognóstico. (como radioterapia).

. CBC Vegetante: lesão com . Úlceras Crônicas: toda e qualquer


aspecto branco-avermelhado, de aspecto ferida de úlcera aberta por muito tempo
couve flor, que sangra facilmente. tem predisposição.

. Fibroepitelioma: pápula perolada. . Cicatrizes de Queimadura: cicatriz


Diagnóstico diferencial de tumor benigno e retrações predispõe o CEC.
(tricoepitelioma, cilindroma).
. Eritroplasia de Queyrat: lesão
OBS: Metástases são raras. pelo HPV em glande do pênis deixa
predisposto.
Tratamento: Exérese cirúrgica (cura 90%)
de margem 0,5cm. Curetagem + . Eritema Ab Igne: manchas
eletrocoagulação. hipocrômicas nas pernas de quem costuma
esquentá-las com lareiras. Comum em
- Paliativo: Radioterapia.
climas frios.
- Medicamento: Vismodegibe, para formas
- Indiferenciado (vegetante):
avançadas e metastáticas (raras).
avermelhado, sangrante, pior prognóstico.
- Cirurgia Micrográfica e Mohs: Controle
- Diferenciado (córneo): melhor
microscópico completo do tecido
diferenciado, endurecido, melhor
removido.
prognóstico.
. Indicações: tumores em fendas
- Condições Predisponentes: Infecção por
naturais (olhos, fenda naso-labial), CBC
HPV (genital), xeroderma pigmentoso
recidivado, CBC Esclerodermiforme.
(péssimo prognóstico), imunodepressão
. Vantagens: máxima segurança crônica (transplantes), álcool e tabaco (CEC
quanto à remoção completa do tumor e bucal).
máxima preservação do tecido normal.
- Manifestações Clínicas: Nódulo ou área
. Desvantagem: caro. queratósica infiltrada, podendo ulcerar e
tornar-se vegetante (CEC indiferenciado)
Carcinoma Espinocelular (CEC ou CCE): São ou córnea (CEC diferenciado).
15% dos tumores malignos de pele,
geralmente >50 anos de idade. - CEC Verrucoso: evolução lenta,
comportamento biológico menos agressivo
- Etiologia: Proliferação atípica de células (bem diferenciado), rara metástase,
espinhosas. Caráter invasor, podendo ter exofítica.
metástases.
 Epitelioma Cuniculatum (região
- Fatores de Risco: Pele clara, olhos claros, plantar)
fotoexposição intensa.
 Condiloma de Buschke-Lowenstein
- Lesões Precursoras: (região genital).
 Papilomatose Oral Florida (região
. Queratose Actínica: 2% de chance oral).
de malignizar. CEC originado de ceratose
actínia tem 0,5% de chance de metástase. - Tumores de Alto Risco: >2cm, invasão de
subcutâneo, indiferenciados. Tumores
. Queilite Actínica: nos lábios. recorrentes, invasão perineural
(disestesias, dor, etc), imunossupressão. . Nevo Displásico: assimetria, borda
Úlcera de Marjolin. irregular, mais de uma cor (castanho e
preto), >6mm, evolução com crescimento.
. Localização: fendas, como em
+10 nevos aumentam risco em 12x.
pálpebras, orelhas, couro cabeludo, dorso
das mãos, mucosa labial e genital. - Classificação:

Diagnóstico: Clínicas + biópsia. . Melanoma Extensivo Superficial:


70% dos casos, de localização mais comum
Tratamento: Exérese cirúrgica, margem
em dorso (homens) e perna (mulheres). É o
0,5cm, com curetagem + eletrocoagulação.
que mais se associa com nevos. Lesão
- Cirurgia Micrográfica de Mohs: indicada pigmentada com ABCDE.
em tumores de limites mal definidos,
 A: assimetria.
tumores recidivados, invasão óssea ou
 B: bordas irregulares.
cartilaginosa.
 C: cores variadas.
- Se Metástases Linfonodais: esvaziamento  D: diâmetro >6mm.
loco-regional e radioterapia  E: evolução, crescimento.
complementar.
. Melanoma Nodular: 15% dos
- Quimioterapia: Para tumores avançados casos. Lesão nodular de rápida evolução,
sem possibilidade de exéreses. geralmente em pele sã. Prognóstico mais
grave (crescimento vertical).
- Medicações: Cetuximabe, é IgG anti-
EGFR. Ou Pembrolizumabe. . Melanoma Lentiginoso Acral:
10% dos casos. Melanoma mais comum em
- Prognóstico:
negros e asiáticos. Falanges ditais e regiões
. Favorável: lesões recentes e palmo-plantares (melanoníquia estriada ou
pequenas, adequadamente tratadas total). Sinal de Hutchinson (pigmentação
(cirurgia). da cutícula).

. Reservado: Lesões grandes, de . Estriada: uma estria


longa duração, ou com metástases. escurecida na unha.

Melanoma: Mais maligno dos tumores . Total: uma mancha maior


cutâneos, sendo 5% de todos, maioria escurecida na unha.
entre 30-60 anos de idade.
. Lentigo Maligno Melanoma: 5%
- Etiologia: Melanócito (80% acontecem dos casos. Local mais comum é face
em pele sã, e 20% em nevos) com (idosos), áreas fotoexpostas cronicamente,
proliferação atípica e altamente maligna. região cervical e MMSS. Melhor
prognóstico (longa fase de crescimento
- Fatores de Risco: Pele branca, olhos radial). Lesão percursora é o Lentigo
claros, cabelos claros, genético (10% são Maligno (melanoma in situ; só na pele). Se
familiares), fotoexposição intermitente, torna melanoma após invasão de tecidos
imunossupressão. inferiores.
. Nevo Melanocítico Congênito - Diagnóstico: ABCDE confirmado com
Gigante: nevo >20cm, geralmente antes da biópsia.
puberdade, risco aumentado de 8%.
. Diferencial: Sempre realizar
. Nevo Melanocítico: +50 nevos biópsia para diferenciar. CBC pigmentado
aumentam risco em 2x.
(mais brilho), queratose seborreica (mais . Resultado: se positivo, fazer
áspera e graxenta), dermatofibroma, linfadenectomia. Não deve ser feita
granuloma piogênico. linfadenectomia profilática.

- Prognóstico: Tumor com grande potencial - Quimioterapia: Resposta de 5 a 10%.


de metástases locais, regionais (linfonodos)
- Imunoterapia e Terapia Alvo:
e sistêmicas (hematogênica). A depender
Ipilimumabe, vemurafenibe, trametinib,
do número de mitoses e profundidade.
Pembrolizumabe, nivolumabe.
. Escala de BRESLOW: principal
- Radioterapia: Para metástases cerebrais.
fator prognóstico, medindo profundidade.

Profundidade Sobrevida
In Situ 100%
Até 0,75mm 95%
0,75 – 1mm 85%
1 – 2mm 75%
2 – 4mm 65%
>4mm (subcutâneo) 45%
OBS: Metástases em linfonodos dão
sobrevida de 35%. Quanto mais linfonodos,
pior.

OBS2: Metástases sistêmicas garantem


sobrevida de 5%.

- Tratamento: Exérese cirúrgica (único


tratamento efetivo), biópsia de margem
mínima (2mm) excisional.

OBS: Lesões maiores podem ser


feitas como incisional (não piora
prognóstico). Após resultado da biópsia
(Breslow), definir margem da excisão.

Profundidade Margem
In Situ 0,5cm
Até 0,75mm 1cm
0,75 – 1mm 1cm
1 – 2mm 2cm
2 – 4mm 2cm
>4mm (subcutâneo) 2cm
OBS: Retirar até a gordura subcutânea.

- Pesquisa de Linfonodo Sentinela: Não


aumenta sobrevida, mas serve para
estadiamento e diminui morbidade.

. Indicações: tumor com Breslow


>0,75mm, ulceração ou muitas mitoses.

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