Suzano
Suzano
Suzano
2T23
DESTAQUES
Margem EBITDA Ajustado2 43% 55% -12 p.p. 55% -12 p.p. 55%
As informações trimestrais consolidadas foram preparadas de acordo com as normas da CVM e os CPCs, e
estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade (IFRS) emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB). As informações operacionais e financeiras são apresentadas com base
em números consolidados em Reais (R$). Os somatórios podem divergir devido a arredondamentos.
SUMÁRIO
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
SUMÁRIO EXECUTIVO
Em relação à gestão financeira, a dívida líquida medida em dólar apresentou leve aumento ao atingir US$
11,3 bilhões, principalmente em função do maior ciclo histórico de investimento da companhia, focado em
gerar um significativo e sustentável valor no longo prazo. Já a geração operacional de caixa atingiu R$ 2,2
bilhões. Tais resultados evidenciam a resiliência econômica da companhia em meio à conjuntura atual,
advinda da qualidade de seu portfólio de ativos, do seu modelo de negócio e da saúde do seu balanço. A
política de hedge cumpriu importante função, apresentando uma entrada positiva de caixa de R$ 1,3 bilhão,
em grande parte explicada pela valorização do BRL em relação ao USD no período.
Conforme Comunicado ao Mercado do dia 07 de julho de 2023, a Companhia concluiu seu terceiro programa
consecutivo de recompra de ações da Companhia (“Programa Outubro/2022”). Foram adquiridas 20 milhões
de ações em pregão regular de bolsa de valores, ao preço médio de R$ 44,02/ação, perfazendo R$ 880
milhões. A conclusão do terceiro programa reforça a diligência na alocação de capital, também por meio de
remuneração ao acionista.
Em continuidade aos avanços em sua estratégia, no contexto das avenidas “Manter a relevância em celulose,
via bons projetos” e “Ser best in-class na visão de custo total de celulose”, o cronograma físico do Projeto
Cerrado continua dentro do esperado e atingiu 70%, enquanto o progresso financeiro ficou em 57%. Agora,
com o significativo avanço já obtido do projeto, a empresa está confiante que o início de suas operações
ocorra até junho de 2024.
Por fim, em linha com a avenida de “Avançar nos elos da cadeia”, em junho a Companhia anunciou a conclusão
da operação de aquisição do negócio de tissue da Kimberly-Clark Brasil.
Na Europa e América do Norte, o segmento de papéis sanitários demonstrou uma performance resiliente ao
longo do trimestre. Contudo, na Europa, o setor de imprimir & escrever segue enfrentando uma demanda
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
arrefecida, o que se refletiu no prolongado ciclo de desestocagem de produtos acabados, nos altos níveis de
estoques nos portos, na diminuição das taxas de operação e/ou nas paradas de produção dos papeleiros
dado o momento adverso de mercado.
Do ponto de vista da oferta no mercado de celulose, ao final do trimestre observou-se nos principais
mercados mundiais a disponibilidade física dos primeiros volumes de fibra curta oriundos das novas
capacidades entrantes. Quanto às paradas de produção, tanto programadas quanto não programadas, foi
observado um aumento significativo durante o segundo trimestre em comparação ao trimestre anterior. No
que tange às paradas não programadas, destacam-se como principais fatores: a disponibilidade limitada de
madeira e os incêndios no hemisfério norte; as margens insatisfatórias de alguns produtores devido às
condições de preço de celulose vigentes.
Os índices PIX/FOEX médios do trimestre para a celulose de fibra curta registraram uma redução de 31% no
mercado chinês e 18% no europeu, quando comparados ao 1T23. Já a diferença de preço entre as fibras
longa e curta no trimestre voltou a patamares elevados – acima das médias históricas - e que tendem a
estimular o consumo de fibra curta, sendo USD 190/t na China e USD 209/t na Europa, respectivamente,
quando comparadas ao trimestre anterior.
As vendas de celulose da Suzano apresentaram aumento na comparação com o trimestre anterior em função
da maior demanda na China, totalizando 2.513 mil toneladas, um aumento de 2% em relação ao 1T23 e uma
redução de 6% em relação ao 2T22.
O preço líquido médio em USD da celulose comercializada pela Suzano foi de US$ 571/t, representando
redução de 21% tanto na comparação com o 1T23 quanto ao 2T22. No mercado externo, o preço médio
líquido realizado pela Companhia ficou em US$ 562/t, uma redução de 22% e queda de 23% na mesma base
comparativa. O preço líquido médio em reais foi de R$ 2.825/ton no 2T23, uma queda de 25% em relação
ao 1T23, em função do cenário de preços mais desafiadores, sobretudo na China e pela depreciação do USD
médio em relação ao BRL médio (-5%). Em relação ao 2T22, uma redução de 21% ocorreu principalmente
em função do menor preço médio líquido em USD no período.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
A receita líquida de celulose teve queda de 23% em relação ao 1T23, em função do menor preço médio
líquido em USD (-21%) e da desvalorização do USD médio frente ao BRL médio (-5%). Na comparação com
o 2T22, a redução de 25% se deveu ao menor preço médio líquido em USD (-21%) e ao menor volume
vendido (-6%), parcialmente compensado pela valorização do USD médio frente ao BRL médio (+1%).
O custo caixa sem paradas do 2T23 foi de R$ 918/t, apresentando uma redução de 2% frente ao 1T23 em
função de: i) menores preços de insumos, sobretudo energéticos (menores preços do gás natural, por sua
vez em decorrência da queda do Brent) e por menores preços de químicos (principalmente da soda cáustica
dada a redução nos preços internacionais – IHS), ii) do menor consumo de insumos (sobretudo cal e soda
cáustica) em função da maior eficiência operacional das fábricas; e iii) da desvalorização do USD médio frente
ao BRL médio (-5%). Os efeitos positivos no custo caixa foram parcialmente compensados pelo maior custo
fixo, por sua vez em função de maiores custos com mão de obra, maior dispêndio em manutenção e pela
menor diluição em função do menor volume produzido, além da menor receita com utilidades devido ao
menor volume exportado (também em função do maior impacto das paradas programadas para
manutenção). O custo da madeira, por sua vez, apresentou estabilidade, em função de maiores custos
operacionais por pressão inflacionária e efeito mix de abastecimento compensaram integralmente o
benefício obtido pela queda de preço do diesel ( Brent)
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
O custo caixa sem paradas do 2T23 foi 7% superior ao 2T22 em função: i) do maior custo fixo, pelos maiores
custos com mão de obra, maior dispêndio em manutenção e menor diluição em função do menor volume
produzido; ii) do maior custo com madeira, sobretudo devido a maiores custos com logística, nas regiões
atingidas pelas fortes chuvas no início do ano, além da elevação dos gastos com colheita (maiores custos de
mão de obra e reajustes de contratos de serviços), sendo parcialmente compensados pelo menor Brent e
menor raio médio no período; iii) pela menor receita com utilidades em função do menor volume de
exportação (menor volume produzido); e iv) pela apreciação do USD médio frente ao BRL (+1%). Em
insumos, houve uma leve redução de custo em função de menores preços (sobretudo gás natural, dióxido
de cloro e embalagens), sendo o benefício em grande parte compensado pelo maior consumo,
principalmente de gás natural e óleo, em função da menor estabilidade operacional associada à repartida de
algumas fábricas após paradas programadas para manutenção.
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EBITDA Ajustado¹ Celulose (R$/ton) 1.269 2.174 -42% 2.103 -40% 2.230
¹Desconsidera itens não recorrentes.
O EBITDA Ajustado da celulose caiu 40% em relação ao 1T23, em função: i) do menor preço médio líquido
de celulose em USD (-21%); ii) maior CPV base caixa (+4%) principalmente pelo maior volume vendido e
maior impacto de paradas programadas para manutenção; e iii) pela desvalorização do USD médio frente ao
BRL médio (-5%). Tais efeitos foram parcialmente compensados pelo maior volume vendido (+2%). A
redução de 42% no EBITDA ajustado por tonelada é explicada pelos mesmos fatores, com exceção do efeito
volume.
Na comparação com o 2T22, a redução de 43% do EBITDA Ajustado da celulose é devido: i) a redução do
preço médio líquido em USD (-21%), ii) ao menor volume vendido (-6%); e iii) ao maior CPV (+2%)
principalmente em função do maior custo caixa de produção. Esses efeitos foram marginalmente
compensados pela valorização do USD médio frente ao BRL médio (+1%). Na análise do EBITDA ajustado por
tonelada, a redução de 40% do indicador ocorreu em função dos mesmos fatores, ex-volumes.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
A geração de caixa operacional por tonelada do segmento de celulose foi 60% inferior em relação ao 1T23 e
61% inferior comparado com o 2T22, devido ao menor EBITDA por tonelada e ao maior capex de
manutenção por tonelada.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
O impacto da redução de demanda no mercado interno foi sentido sobretudo nas linhas de papéis revestidos
destinados ao segmento promocional, devido a uma combinação de redução de estoques na cadeia e menor
nível de atividade econômica do setor de serviços. Em relação às linhas de papéis não revestidos, que
correspondem à maior parte do volume de vendas da Suzano, a demanda vem sendo mais resiliente e ficou
estável quando comparada ao mesmo período do ano anterior, sustentada pelas vendas para o segmento
editorial, corporativo e escolar.
Na América Latina (excluindo Brasil), principal região de vendas de papéis I&E da Suzano no mercado externo,
a demanda em mercados de papel não revestido apresentou crescimento de 9% até o mês de maio, contra
o mesmo período do ano anterior, de acordo com o PPPC. Esse resultado contrasta com a redução
significativa de demanda de papéis nos mercados da América do Norte e da Europa Ocidental, que
apresentaram retrações de demanda entre 8% e 20% em relação ao mesmo período de 2022, devido ao
movimento de reduções de estoque na cadeia e menor nível de atividade econômica, segundo o PPPC.
No que se refere à demanda papelcartão no Brasil, principal mercado para a Suzano, houve uma redução de
2% nos dois primeiros meses do 2T23 em relação ao mesmo período do ano anterior, um resultado que
reflete ajustes de estoques na cadeia, ao passo que estima-se que a demanda por embalagens tenha se
mantido estável no período.
As vendas de papel da Suzano (imprimir & escrever, papelcartão e tissue) no mercado interno totalizaram
210 mil toneladas no 2T23, estável em comparação ao trimestre anterior. Em relação ao 2T22, a redução de
9% acompanha a queda do mercado associada a uma estratégia de recomposição de estoques.
As vendas de papel nos mercados internacionais totalizaram 84 mil toneladas, uma elevação de 21% em
relação ao 1T23, como resultado da estratégia de alocação de volume, representando 29% do volume total
de vendas no 2T23. Em relação ao 2T22, a queda de 9% se deve a uma forte base de comparação no ano
passado, quando o movimento de recomposição de estoques, durante o período de restrição de oferta,
impulsionou as vendas, em oposição ao ciclo atual de desestocagem, sobretudo em mercados maduros.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
O preço médio líquido apresentou uma redução de 5% em relação ao trimestre anterior em função do
arrefecimento da demanda nos mercados internacionais de Imprimir e Escrever e da maior disponibilidade
de estoques na cadeia, ao passo que no mercado interno os preços permaneceram estáveis. Em relação ao
2T22, o aumento de 13% ocorreu em função das implementações de aumentos de preço ao longo de 2022
sobretudo no mercado doméstico.
A receita líquida de papel foi de R$ 2.058 milhões, um decréscimo de 1% em relação ao 1T23, em função
principalmente do menor preço médio líquido no mercado externo (-20%), parcialmente compensado pelo
aumento de 5% no volume vendido. Em comparação ao 2T22, a elevação de 2% ocorreu em função da
implementação de aumentos de preços, principalmente no mercado interno, parcialmente compensados
pela queda no volume de vendas (-9%).
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
O EBITDA Ajustado do papel teve decréscimo de 11% na comparação com o 1T23 em decorrência
principalmente do menor preço médio líquido no mercado externo em USD (16%) e depreciação do USD
média frente ao BRL (5%), parcialmente compensado pelo aumento no volume de vendas (+5%). Na análise
do EBITDA ajustado por tonelada, a queda de 15% é principalmente devido ao efeito preço.
Em relação ao 2T22, a elevação de 4% ocorreu em função dos aumentos de preço implementados, sobretudo
no mercado doméstico, apesar da elevação de custos e queda no volume de vendas. Na análise do EBITDA
ajustado por tonelada, houve um aumento de 14% devido ao fator preço, parcialmente compensado pelos
maiores custos.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
A geração de caixa operacional por tonelada do papel foi de R$ 1.905/t no 2T23, uma redução de 23% em
comparação ao 1T23, como resultado do menor EBITDA e maior capex de manutenção por tonelada. Em
relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento de 2% ocorreu em função do maior EBITDA por
tonelada, parcialmente compensado pelo maior capex de manutenção por tonelada.
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DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
RECEITA LÍQUIDA
A receita líquida da Suzano no 2T23 foi de R$ 9.160 milhões, sendo 77% gerada no mercado externo (vs.
81% no 1T23 e 83% no 2T22). Em relação ao 1T23, a queda de 19% é explicada pelo menor preço médio
líquido de celulose em dólar (-21%), pelo menor preço médio líquido de papel em dólar no mercado externo
(-16%) e pela desvalorização do USD médio frente ao BRL médio (-5%). Esses efeitos foram parcialmente
compensados pelo maior volume vendido no período (+3%). A queda de 20% da receita líquida consolidada
em relação ao 2T22 é explicada principalmente pelo menor preço médio líquido da celulose em dólar (-21%)
e pelo menor volume de vendas no período (-6%). Tais efeitos foram parcialmente compensados pelos
melhores preços de papel nos mercados doméstico (+17%) e externo (+2%), além da apreciação do USD
médio em relação ao BRL médio (+1%).
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
O CPV base caixa no 2T23 totalizou R$ 4.604 milhões ou R$ 1.640/ton. Na comparação com o 1T23, o CPV
caixa teve aumento de 3%, principalmente em função do maior volume vendido e maior impacto de paradas
programadas para manutenção, parcialmente compensados pela depreciação do USD médio frente ao BRL
de 5%, pelo menor custo de produção ex-paradas e por menores custos logísticos associados à redução do
Brent. Na análise por tonelada, a elevação de 1% é explicada pelo maior impacto das paradas, em parte
compensado pelo fator câmbio, por menores custo caixa de produção ex-paradas e pelo menor custo
logístico.
Na comparação com o 2T22, o CPV base caixa teve elevação de 2% em função sobretudo do maior custo
caixa de produção e do maior efeito das paradas programadas para manutenção, sendo parcialmente
compensada pelo menor volume vendido e menores custos logísticos (principalmente pela queda do Brent).
Na análise por tonelada, o indicador foi 9% maior que no mesmo período do ano anterior devido aos mesmos
fatores explicados anteriormente, exceto pelo fator volume.
DESPESAS DE VENDAS
UDM
Despesas de Vendas (R$ milhões) 2T23 1T23 Δ Q-o-Q 2T22 Δ Y-o-Y
2T23
Despesas de vendas 627 604 4% 626 0% 2.517
(-) Depreciação, exaustão e
238 238 0% 236 1% 953
amortização
Despesas de vendas base caixa 389 367 6% 389 0% 1.564
Volume de vendas 2.807 2.735 3% 2.987 -6% 11.768
Despesas de vendas base caixa/t
139 134 3% 130 6% 133
(R$/ton)
As despesas com vendas base caixa apresentaram aumento de 6% em relação ao 1T23, em função
principalmente de maiores gastos com serviços diversos próprios e de terceiros de natureza fixa (seguro de
crédito, TI, marketing, entre outros). Na análise por tonelada, as despesas de vendas base caixa tiveram
aumento de 3% devido aos maiores gastos mencionados.
Quando comparado ao 2T22, as despesas de vendas base caixa ficaram estáveis, dado que o menor volume
vendido foi compensado por maiores gastos com maior provisão para perdas estimadas com crédito de
liquidação duvidosa e maiores custos com serviços diversos de natureza fixa como mão de obra e serviços
de terceiros (consultorias e TI, dentre outros). As despesas com vendas base caixa por tonelada tiveram
uma elevação de 6%, em função da elevação pelos mesmos fatores elencados anteriormente.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
Na comparação com o 1T23, a elevação de 10% das despesas gerais e administrativas base caixa é explicada
principalmente por maiores gastos com pessoal (remuneração variável) e serviços de terceiros (sobretudo
auditoria), parcialmente compensados por menores despesas com mão de obra. A mesma análise explica o
acréscimo de 7% na comparação por tonelada.
Na comparação com o 2T22, as despesas gerais e administrativas base caixa foram 18% superiores em
função principalmente de maiores gastos com pessoal (remuneração variável e mão de obra) e serviços de
terceiros (sobretudo com TI). Na análise por tonelada, o aumento de 26% é justificado pelos mesmos
fatores.
A rubrica “outras receitas (despesas) operacionais” totalizou receita de R$ 1.205 milhões no 2T23, em
comparação a uma despesa de R$ 21 milhões no 1T23 e receita de R$ 162 milhões no 2T22. A variação em
relação ao 1T23 e ao 2T22 é explicada pela atualização do valor justo do ativo biológico, dada ausência do
efeito no trimestre anterior e maior impacto quando comparado ao 2T22.
EBITDA AJUSTADO
UDM
Consolidado 2T23 1T23 Δ Q-o-Q 2T22 Δ Y-o-Y
2T23
EBITDA Ajustado (R$ milhões)¹ 3.919 6.155 -36% 6.303 -38% 26.845
Margem EBITDA Ajustado 43% 55% -12 p.p. 55% -12 p.p. 55%
Volume Vendido (mil ton) 2.807 2.735 3% 2.987 -6% 11.768
EBITDA Ajustado¹ Consolidado
1.396 2.250 -38% 2.110 -34% 2.281
(R$/ton)
¹Desconsidera itens não recorrentes.
A redução de 36% do EBITDA Ajustado do 2T23 em relação ao 1T23 é explicada: i) pelo menor preço médio
líquido da celulose em dólar (-21%) e preço médio líquido de papel em dólar no mercado externo (-16%) ii)
pela desvalorização do USD médio em relação ao BRL médio (-5%); iii) pelo maior SG&A (+6%), sobretudo
por maiores despesas administrativas função da elevação dos gastos com pessoal (remuneração variável); e
iv) pelo maior CPV base caixa (+3%), em função do maior impacto de paradas programadas para manutenção,
conforme explicado anteriormente. Esses fatores foram parcialmente compensados pelo maior volume
vendido no período (+3%). O EBITDA Ajustado por tonelada foi 38% menor devido aos mesmos fatores
explicados anteriormente, com exceção do efeito volume.
Já em relação ao 2T22, a queda de 38% no EBITDA Ajustado ocorreu em função: i) do menor preço médio
líquido da celulose em dólar (-21%), ii) do menor volume vendido (-6%), iii) do aumento do CPV base caixa
(+2%), em função do maior custo caixa de produção; e iv) do maior G&A base caixa (+18%), sobretudo por
maiores despesas administrativas função da elevação dos gastos com pessoal (principalmente remuneração
variável), conforme explicado anteriormente. Estes fatores foram parcialmente compensados pelo maior
preço médio líquido do papel (+13%) e pela valorização do USD médio frente ao BRL médio (+1%). O EBITDA
ajustado por tonelada teve uma redução de 34% devido aos mesmos fatores.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
RESULTADO FINANCEIRO
Resultado Financeiro UDM
2T23 1T23 Δ Q-o-Q 2T22 Δ Y-o-Y
(R$ milhões) 2T23
Despesas Financeiras (1.149) (1.159) -1% (1.133) 1% (4.715)
Juros sobre empréstimos e
(359) (358) 0% (355) 1% (1.414)
financiamentos em moeda local
Juros sobre empréstimos e
financiamentos em moeda (797) (794) 0% (605) 32% (3.051)
estrangeira
Juros capitalizados1 278 233 19% 66 - 762
Outras despesas financeiras (270) (240) 13% (239) 13% (1.012)
Receitas Financeiras 404 386 5% 194 108% 1.404
Juros sobre aplicações
407 277 47% 168 142% 1.199
financeiras
Outras receitas financeiras (3) 109 - 26 -110% 206
Variação Cambial e Monetária 2.377 1.248 90% (4.460) - 3.749
Variação cambial dívida 3.032 1.511 101% (5.986) - 4.679
Outras variações cambiais e
(656) (263) 150% 1.526 - (930)
monetárias
Resultado de operações com
2.904 1.995 46% (1.576) - 7.040
derivativos2
Hedge de Fluxo de caixa -
1.466 1.225 20% (945) - 3.375
Operacional
Hedge do Fluxo de caixa -
298 273 9% (147) - 956
Cerrado
Hedge de dívida 974 484 101% (549) - 2.466
Outros³ 166 12 - 65 155% 243
Resultado Financeiro Líquido 4.536 2.470 84% (6.975) - 7.478
1
Capitalização de juros referente a obras em andamento.
2
Variação da marcação a mercado (2T23: R$ 3.261 milhões | 1T23: R$ 1.656 milhões), somada aos ajustes pagos e recebidos (2T23: R$ 1.299 milhões).
3
Considera hedge de commodities e derivativo embutido.
As despesas financeiras foram 1% inferiores em relação ao 1T23 devido principalmente ao aumento em juros
capitalizados (atrelados à evolução do Projeto Cerrado). Esse efeito foi parcialmente compensado principalmente
pelo aumento em outras despesas financeiras, por sua vez explicada por encargos tributários (IOF) decorrentes de
transações financeiras. Em relação ao 2T22, as despesas financeiras tiveram aumento de 1%, principalmente em
função: (i) do aumento da taxa de juros nos EUA (2T23: 4,97% a.a. | 2T22: 0,71% a.a. - referência média da SOFR),
que impactou as despesas de juros em moeda estrangeira; e (ii) aumento das despesas com encargos tributários
(IOF) decorrentes de transações financeiras, parcialmente compensados pelo aumento em juros capitalizados.
As receitas financeiras apresentaram uma elevação de 5% em relação ao 1T23, devido ao aumento dos juros sobre
aplicações financeiras, por sua vez explicado principalmente pela elevação da taxa de juros nos EUA (2T23: 4,97%
a.a. | 1T23: 4,50% a.a. - referência média da SOFR) incidente sobre a parcela do caixa em moeda estrangeira, sendo
compensado parcialmente pela variação negativa em outras receitas financeiras. Na comparação com o 2T22, o
aumento de 108% ocorreu em função da elevação da taxa de juros dos EUA (2T23: 4,97% a.a. | 2T22: 0,71% a.a. -
referência média da SOFR), incidente sobre parcela do caixa em dólares e do CDI (2T23: 13,65% a.a. | 2T22: 12,38%
a.a.), incidente sobre a parcela do caixa em moeda nacional.
As variações cambiais e monetárias aumentaram o resultado financeiro da Companhia em R$ 2.377 milhões como
consequência da valorização de 5% do BRL frente ao USD de fechamento do 1T23, impactando a parcela da dívida
em moeda estrangeira (US$ 12.485 milhões ao final do 2T23) em R$ 3.032 milhões. Esse efeito foi parcialmente
compensado pelo resultado negativo da variação cambial sobre outros itens do balanço em moeda estrangeira (R$
656 milhões), com destaque para o impacto sobre a rubrica de contas a receber em moeda estrangeira e também
sobre a posição de caixa da Companhia (80% em USD ao final do 2T23). Importante ressaltar que o impacto contábil
da variação cambial na dívida e nas demais contas do balanço patrimonial em moeda estrangeira tem efeito caixa
somente nos respectivos vencimentos.
O resultado de operações com derivativos foi positivo em R$ 2.904 milhões no 2T23 em função do impacto positivo
da valorização cambial e da queda da curva pré (com a expectativa da diminuição da taxa de juros brasileira) e
elevação do cupom e libor sobre as operações de hedge de dívida e fluxo de caixa. A marcação a mercado dos
instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2023 foi positiva em R$ 3.261 milhões, vis a vis à marcação
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positiva de R$ 1.656 milhões em 31 de março de 2023, perfazendo a variação positiva de R$ 1.605 milhões.
Importante destacar que o impacto da valorização do BRL sobre a carteira de derivativos só terá efeito caixa nos
respectivos vencimentos. O efeito líquido no caixa referente ao vencimento de operações com derivativos no
segundo trimestre foi positivo em R$ 1.299 milhões (sendo R$ 173 milhões referentes a hedge de dívida, R$ 1.117
milhões positivos referentes a hedge de fluxo de caixa e R$ 9 milhões referente à commodities).
Em decorrência dos fatores listados, e considerando todas as linhas de despesas e receitas financeiras, o resultado
financeiro líquido foi positivo em R$ 4.536 milhões no 2T23, em comparação ao resultado positivo de R$ 2.470
milhões no 1T23 e negativo de R$ 6.975 milhões no 2T22.
A política de exposição cambial da Companhia tem como objetivo minimizar a volatilidade da geração de caixa da
Suzano e garantir maior flexibilidade na gestão do fluxo de caixa. Atualmente, a política estipula que o excedente de
dólares pode ser parcialmente “hedgeado” (mínimo de 40% e até 75% da exposição cambial para os próximos 24
meses) por meio de instrumentos plain vanilla, como Zero Cost Collar (ZCC) e Non-Deliverable Forward (NDF). Ao
final do 2T23, a cobertura estava em 67% da exposição cambial.
Considerando a exposição cambial relacionada ao investimento de capital no Projeto Cerrado, dado que cerca de 67%
do CAPEX está atrelado à moeda local, o Conselho de Administração aprovou, em 28 de outubro de 2021, um
programa de contratação de operações de hedge adicionais específico para proteção de tal exposição. O programa
aprovado (previsto na Política de Gestão de Derivativos disponível no website de Relações com Investidores),
possuía inicialmente montante máximo (notional) de até US$ 1 bilhão e prazo das operações de até 36 meses. Em
27 de julho de 2022, o Conselho de Administração aprovou a ampliação do programa, aumentando o montante
máximo (notional) para US$ 1,5 bilhão, mantendo-se o prazo estabelecido anteriormente. Com o objetivo de
proporcionar transparência sobre o programa de hedge do Projeto Cerrado, desde o 4T21 a Companhia passou a
divulgar de forma destacada as respectivas operações contratadas.
Dado que cerca de 33% do CAPEX do Projeto Cerrado está denominado na moeda estrangeira Euro, no 3T22 a
Companhia contratou operações de hedge através de NDFs para proteger a exposição em Euros do CAPEX do Projeto
Cerrado, convertendo-a para USD. Este tipo de hedge está previsto na Política de Gestão de Derivativos disponível
no website de Relações com Investidores.
As operações de ZCC estabelecem limites inferiores e superiores da taxa de câmbio com objetivo de minimizar
impactos negativos em casos em que ocorra uma elevada apreciação do BRL. Dessa forma, quando a taxa de câmbio
ficar entre os limites estabelecidos, a Companhia não paga e nem recebe ajustes financeiros. Tal característica
permite que se capture um maior benefício nas receitas de exportação em um eventual cenário de valorização do
Real frente ao dólar, dentro do intervalo contratado. Para cenários extremos de valorização do Real, a Companhia
está protegida pelos limites inferiores, considerados adequados para a operação. Ao mesmo tempo, esse
instrumento de proteção limita, temporária e parcialmente, os potenciais ganhos em cenários extremos de
desvalorização do Real, em que as taxas de câmbio superam os limites superiores contratados.
Em 30 de junho de 2023, o valor em aberto das operações ( notional) para venda futura de dólares através de ZCC
relacionadas a Fluxo de Caixa (incluindo aquelas relacionadas ao Projeto Cerrado) era de US$ 4.815 milhões,
contratadas pelo intervalo médio de R$ 5,61 a R$ 6,51, e vencimentos distribuídos entre julho de 2023 e abril de
2025. Nesta mesma data, o valor em aberto das operações ( notional) para venda futura de dólares por meio de NDF
era de US$ 243 milhões, com vencimentos distribuídos entre agosto de 2023 e abril de 2025 e taxa média contratada
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
de R$ 5,54. Em relação ao hedge da exposição cambial em Euro, o valor em aberto das operações de compra de Euro
futuro (notional) ao final do 2T23 era de € 394 milhões (USD 404 milhões), com taxa média contratada de 1,03
EUR/USD e vencimentos até julho de 2024. O resultado com operações de hedge de fluxo de caixa (Operacional e do
Projeto Cerrado) no 2T23 foi positivo em R$ 1.764 milhões. Já a marcação a mercado (“MtM” ou “valor justo”) dessas
operações totalizou R$ 3.502 milhões, sendo R$ 2.583 milhões relacionados a hedge operacional de Fluxo de Caixa
e R$ 919 milhões referentes ao hedge do Projeto Cerrado.
A tabela abaixo apresenta uma análise de sensibilidade em relação ao impacto caixa que a Companhia poderá ter em
suas carteiras de hedge de Fluxo de Caixa (ZCC e NDF) caso a taxa de câmbio permaneça a mesma da cotação de
fechamento do 2T23 (R$/US$ = 4,82) nos próximos trimestres; bem como qual deve ser o impacto no caixa para
variações de R$ 0,10 abaixo/acima do patamar de strike da put/call, respectivamente, definidas a cada trimestre.
Faz-se necessário ressaltar que os valores apresentados na tabela refletem estimativas da Companhia considerando
as curvas de fechamento no período e que podem sofrer oscilações dependendo das condições de mercado.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
Com o objetivo de minimizar os efeitos das variações cambiais e taxas de juros sobre o valor da dívida e do
fluxo de caixa, também são celebrados contratos de swaps de moedas e juros. Contratos de swap são
celebrados considerando diferentes taxas de juros e índices de correção como forma de mitigar o
descasamento entre os diferentes ativos e passivos financeiros.
Em 30 de junho de 2023, a Companhia possuía em aberto ( notional) US$ 5.201 milhões em contratos de
swap distribuídos conforme a tabela abaixo. O resultado com operações de hedge de dívida no 2T23 foi
positivo em R$ 974 milhões, principalmente devido ao impacto positivo da variação das curvas pre, cupom
e Libor e da valorização cambial no período. A marcação a mercado (valor justo) dessas operações foi
negativa em R$ 451 milhões.
A tabela abaixo apresenta uma análise de sensibilidade¹ em relação ao impacto caixa que a Companhia poderá
ter em sua carteira de hedge de dívida (swaps) caso a taxa de câmbio permaneça a mesma da cotação de
fechamento do 2T23 (R$/US$ = 4,82) nos próximos trimestres; bem como qual deve ser a variação do
impacto caixa para variações de R$ 0,10 sobre a mesma taxa de câmbio de referência (2T23). Importante
ressaltar que os valores apresentados na tabela refletem estimativas da Companhia considerando as curvas
de fechamento do período e podem sofrer oscilações dependendo das condições de mercado.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
Sensibilidade a
Nocional R$ / US$ = 4,82
Prazo (até) Realizado R$ 0,10 / US$ de
(US$ milhões) (2T23)
variação (+/-)1
2T23 - 173 - -
3T23 479 - 264 2
4T23 404 - 215 0
2024 1.502 - 197 (20)
2025 1.490 - (510) (73)
2026 957 - (671) (72)
>=2027 370 - 402 0
Total 5.201 173 (104) (162)
¹Análise de sensibilidade assume variação apenas na taxa de câmbio (R$/US$), considerando demais variáveis constantes.
Parte dos contratos de parceria florestal e de fornecimento de madeira em pé assinados tem seus preços
denominados em dólar norte-americano por m3 de madeira em pé, reajustado de acordo com a inflação
americana medido pelo CPI (Consumer Price Index), o qual não é considerado como relacionado ao ambiente
econômico onde as áreas estão localizadas, caracterizando-se, portanto, um derivativo embutido. Tal
instrumento apresentado na tabela acima é um contrato de swap de venda das variações do US-CPI e de
dólar nos prazos dos contratos - vide nota 4 das Demonstrações Financeiras do 2T23 para maiores detalhes
e análise de sensibilidade do valor justo frente à possível variação acentuada do US-CPI e do dólar. Em 30 de
junho de 2023, o valor em aberto (notional) referente à operação era de US$ 131 milhões. O resultado deste
swap no 2T23 foi positivo em R$ 156 milhões. A marcação a mercado (valor justo) de tais operações foi
positiva em R$ 188 milhões ao final do trimestre.
A Companhia também está exposta ao preço de algumas commodities e, portanto, avalia continuamente a
contratação de instrumentos financeiros derivativos para mitigar tais riscos. Em 30 de junho de 2023 o valor
em aberto (notional) referente às operações era de US$ 128 milhões. O resultado deste swap no 2T23 foi
positivo em R$ 10 milhões. A marcação a mercado (valor justo) de tais operações foi positiva em R$ 22
milhões ao final do trimestre.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
RESULTADO LÍQUIDO
No 2T23, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 5.078 milhões, contra lucro líquido de R$ 5.243 milhões
no 1T23 e lucro líquido de R$ 182 milhões no 2T22. A redução de 3% em relação ao 1T23 foi decorrente da
queda do resultado operacional e da maior despesa de IR/CSLL diferidos (por sua vez explicada
principalmente pelo maior resultado positivo com variações cambiais e operações com derivativos). Esses
efeitos foram parcialmente compensados pelas variações positivas no resultado financeiro e pela reavaliação
positiva do ativo biológico na rubrica outras receitas/despesas operacionais.
O maior lucro líquido em comparação ao 2T22 é explicado em grande parte pela variação positiva no
resultado financeiro, como resultado da valorização cambial sobre a dívida e sobre a marcação a mercado
das operações com derivativos, e pelo maior impacto da reavaliação positiva do ativo biológico na rubrica
outras receitas/despesas operacionais. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela redução no
resultado operacional (queda da receita líquida) e maior despesa de IR/CSLL diferidos, principalmente sobre
os resultados positivos de variação cambial e operações com derivativos.
ENDIVIDAMENTO
Em 30 de junho 2023, o total da dívida bruta era de R$ 74,5 bilhões, sendo 93% dos vencimentos
concentrados no longo prazo e 7% no curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representava, no final do
trimestre, 81% da dívida total da Companhia. Já o percentual da dívida bruta em moeda estrangeira
considerando o efeito do hedge de dívida ficou em 89%. Em comparação ao 1T23, a dívida bruta teve
aumento de 3%, principalmente em função das captações no período compostas pelo desembolso junto às
linhas de crédito com IFC (USD 600 milhões) e BNDES (R$ 500 milhões), a contratação de adiantamento de
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
contratos de câmbio (ACC, no montante de USD 135 milhões) e a emissão de debêntures no mercado local
(R$ 1 bilhão). Estes efeitos foram parcialmente compensados pela valorização de 5% do BRL de fechamento
frente ao USD, bem como pelas amortizações e pagamentos de juros efetuados no trimestre. A Suzano
encerrou o 2T23 com 40% da dívida total atrelada a instrumentos ESG.
A Suzano realiza a contratação de dívida em moeda estrangeira como estratégia de hedge natural, uma vez
que a geração de caixa operacional líquida é denominada, em sua maior parte, em moeda estrangeira (dólar)
devido à sua condição predominantemente exportadora. Essa exposição estrutural permite que a
Companhia concilie os pagamentos dos empréstimos e financiamentos em dólar com o fluxo de recebimento
das vendas.
*Correspondem principalmente a custos de transação (emissão, captação, ágio, deságio e menos valia de combinação de negócios, etc.).
Em 30 de junho de 2023, o custo médio total da dívida em dólar era de 4,9% a.a. (considerando a dívida em
BRL ajustada pela curva de swap de mercado), em 31 de março de 2023 este custo foi de 4,7% a.a. O prazo
médio da dívida consolidada no encerramento do trimestre foi de 75 meses versus 77 meses ao final do
1T23.
¹Considera a parcela da dívida com swap para taxa fixa em moeda estrangeira. A exposição na dívida original era: Fixa (US$) – 56%, Libor/SOFR – 25%, CDI
– 11%, Outros (Fixa R$, IPCA, TJLP, outros) – 8%.
²Considera a parcela da dívida com swap para moeda estrangeira. A dívida original era 81% em USD e 19% em BRL.
A posição de caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras em 30 de junho de 2023 era de R$ 20,2
bilhões, dos quais 80% em moeda estrangeira, alocados em conta remunerada ou aplicados em
investimentos de renda fixa de curto prazo no exterior. O percentual remanescente de 20% estava aplicado
em moeda nacional, em títulos de renda fixa (principalmente em CDBs, mas também em títulos públicos e
outros), com remuneração indexada ao CDI.
Em 30 de junho de 2023, a empresa possuía também uma linha de crédito rotativo (stand by credit facility)
no valor total de R$ 6,1 bilhões (US$ 1,3 bilhão), com prazo de disponibilidade até fevereiro de 2027. A
disponibilidade deste recurso contribui para fortalecer as condições de liquidez da empresa e pode ser
utilizado em momentos de incerteza. Desta forma, a posição de caixa e equivalentes de R$ 20,2 bilhões
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
somada à linha de crédito rotativo totalizava, em 30 de junho de 2023, uma posição de liquidez imediata no
valor de R$ 26,3 bilhões. Adicionalmente, a companhia tem um contrato de financiamento com a Finnvera
(US$ 800 milhões) relacionado ao Projeto Cerrado, conforme Comunicado ao Mercado de 01/11/22, ainda
não sacado, fortalecendo ainda mais sua condição de liquidez.
Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida era de R$ 54,3 bilhões (US$ 11,3 bilhões) versus R$ 55,2 bilhões
(US$ 10,9 bilhões) observados em 31 de março de 2023. O aumento da dívida líquida em moeda estrangeira
é explicado principalmente pelo maior desembolso de capex no período. A diminuição da dívida líquida em
moeda nacional, por sua vez, é explicada principalmente pelo impacto da variação cambial sobre o saldo de
dívida em USD.
O índice de alavancagem financeira medido pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado em Reais ficou em
2,0x em 30 de junho de 2023 (1,9x no 1T23). Esse mesmo indicador, apurado em USD (medida estabelecida
na política financeira da Suzano), aumentou para 2,2x em 30 de junho de 2023 (1,9x no 1T23).
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
A distribuição das linhas de trade finance e non-trade finance da dívida bruta total em 30 de junho de 2023
ficou conforme abaixo:
2028 em
6M23 2024 2025 2026 2027 Total
diante
INVESTIMENTOS DE CAPITAL
No 2T23, os investimentos de capital (em regime caixa) totalizaram R$ 6.228 milhões. O aumento de 67%
em relação ao 1T23, ocorreu em função: i) do maior desembolso pelo pagamento da segunda parcela
referente a aquisição de Parkia; ii) dos maiores gastos com o Projeto Cerrado; e iii) dos maiores gastos com
manutenção florestal, devido a custos mais altos com serviços de silvicultura.
Em relação ao 2T22, o aumento de 40% deve-se principalmente à evolução na execução do Projeto Cerrado
e maiores gastos com manutenção florestal, sobretudo em recuperação de estradas para logística florestal.
PROJETO CERRADO
O cronograma do Projeto Cerrado segue conforme o previsto nas curvas de evolução física e financeira,
fechando o segundo trimestre de 2023 com a execução “dentro da cerca” (que corresponde aos
investimentos industriais e de infraestrutura) atingindo avanço físico acumulado de 70% e 57% de
respectivo progresso financeiro (R$ 8.439 milhões). A Companhia estima a entrada em operação da nova
planta de celulose, localizada no município de Ribas do Rio Pardo (MS) e com capacidade anual de 2.550 mil
toneladas, até junho de 2024.
Conforme divulgado em Fato Relevante no dia 27/04/2023, o investimento de capital relativo à plena
execução do Projeto Cerrado é de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões referem-se ao investimento de
capital industrial e R$ 6,3 bilhões relativos a investimentos florestais, logísticos e outros. As estimativas de
custo caixa de produção (não incluindo paradas programadas para manutenção), são de aproximadamente
R$ 500 por tonelada, a partir da conclusão da curva de aprendizagem da nova planta industrial e de
aproximadamente R$ 400 por tonelada a partir do início do segundo ciclo florestal (2031 em diante). Tais
estimativas de capex e custo caixa estão em termos reais (moeda de 2023).
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
A geração de caixa operacional, medida pelo EBITDA Ajustado menos o capex de manutenção (em regime
caixa), foi de R$ 2.203 milhões no 2T23. A queda da geração de caixa operacional por tonelada de 54% vs. o
1T23 e ao 2T22 está relacionada ao menor EBITDA Ajustado por tonelada e ao maior capex de manutenção
por tonelada.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
O Fluxo de Caixa Livre Ajustado foi de R$ 5.283 milhões no 2T23, em comparação a R$ 2.958 milhões no
1T23 e a R$ 4.488 milhões no 2T22. Em relação ao período anterior, o indicador teve aumento de 79%, em
função principalmente da liberação de capital de giro, por sua vez explicada em grande parte pelo decréscimo
em contas a receber (em oposição ao consumo de capital de giro observado no 1T23). Adicionalmente,
também contribuíram para o incremento a variação positiva em juros líquidos (menor concentração de
pagamento de juros) e o maior ajuste positivo dos derivativos. Esses efeitos foram parcialmente
compensados pela redução do EBITDA ajustado e pelo maior desembolso de capex de manutenção (base
competência).
Em relação ao 2T22, o indicador foi 18% superior devido também sobretudo à liberação de capital de giro
mencionada (contrapondo o efeito negativo observado no mesmo período do ano anterior) e à elevação do
ajuste positivo dos derivativos, parcialmente compensados pela queda do EBITDA ajustado e maior capex
de manutenção (base competência).
1
Em regime competência exceto o capex referente ao Projeto Cerrado (regime caixa), alinhado com a Demonstração de Fluxo de Caixa. Inclui a combinação
de negócios com o segmento de tissue da KC no Brasil.
2
Líquidas das variações cambiais sobre caixa e aplicações financeiras.
3
Considera valores relativos a ajuste de derivativos, contratos de arrendamentos, entre outros itens.
ESG
Em maio, a Companhia anunciou a nova Diretoria Executiva de Sustentabilidade, Tecnologia e Inovação,
liderada por Fernando Lellis Bertolucci. A nova diretoria buscará maximizar as sinergias entre as áreas que a
compõem, visando impulsionar ainda mais a agenda de inovabilidade da Suzano, que representa a
abordagem conjunta de "inovação" com "sustentabilidade".
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
MERCADO DE CAPITAIS
Em 30 de junho de 2023, as ações da Suzano estavam cotadas em R$ 44,22/ação (SUZB3) e US$ 9,22/ação
(SUZ). Os papéis da Companhia integram o Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3
– Brasil. Bolsa e Balcão, e são negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) – Nível II.
Desempenho da Ação
130
Ibovespa
19%
INDU
11%
100 SUZ US
0%
SUZB3
-9%
70
jul-22 ago-22 set-22 out-22 nov-22 dez-22 jan-23 fev-23 mar-23 abr-23 mai-23 jun-23
Fonte: Bloomberg.
Fonte: Bloomberg.
Em 30 de junho de 2023, o capital social da Companhia era representado por 1.324.117.615 ações ordinárias,
sendo 32.466.900 ações ordinárias mantidas em Tesouraria. O valor de mercado da Suzano (ex-ações em
tesouraria), na mesma data, era de R$ 57,1 bilhões. O free float no 2T23 ficou em 50% do total das ações.
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RELEASE DE RESULTADOS 2T23
RENDA FIXA
Unidade Jun/23 Mar/23 Jun/22 Δ Q-o-Q Δ Y-o-Y
Fibria 2025 - Preço USD/k 97,08 97,43 99,32 0% -2%
Fibria 2025 - Yield % 6,03 5,53 4,29 9% 41%
Suzano 2026 - Preço USD/k 100,12 100,44 102,23 0% -2%
Suzano 2026 - Yield % 5,71 5,60 5,13 2% 11%
Fibria 2027 - Preço USD/k 100,20 100,55 99,31 0% 1%
Fibria 2027 - Yield % 5,44 5,34 5,67 2% -4%
Suzano 2028 - Preço USD/k 85,19 85,58 81,57 0% 4%
Suzano 2028 - Yield % 5,85 5,61 6,12 4% -4%
Suzano 2029 - Preço USD/k 99,22 100,67 99,24 -1% 0%
Suzano 2029 - Yield % 6,17 5,86 6,14 5% 0%
Suzano 2030 - Preço USD/k 93,35 95,31 92,01 -2% 1%
Suzano 2030 - Yield % 6,26 5,85 6,35 7% -1%
Suzano 2031 - Preço USD/k 85,16 86,89 81,33 -2% 5%
Suzano 2031 - Yield % 6,25 5,87 6,66 6% -6%
Suzano 2032 - Preço USD/k 79,98 81,84 75,66 -2% 6%
Suzano 2032 - Yield % 6,18 5,79 6,61 7% -6%
Suzano 2047 - Preço USD/k 101,04 102,09 95,44 -1% 6%
Suzano 2047 - Yield % 6,91 6,82 7,40 1% -7%
Treasury 10 anos % 3,84 3,47 3,01 11% 27%
Nota: Senior Notes emitidos com valor de face de 100 USD/k.
RATING
Agência Escala Local Escala Global Perspectiva
Fitch Ratings AAA BBB- Estável
Standard & Poor’s br.AAA BBB- Estável
Moody’s Aaa.br Baa3 Estável
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PRÓXIMOS EVENTOS
Teleconferência de Resultados (2T23)
A teleconferência será realizada em inglês e acompanhada por uma apresentação de slides e transmitida
simultaneamente via webcast. Os links de acesso estarão disponíveis no website de Relações com
Investidores da Companhia. (www.suzano.com.br/ri).
Se não for possível a sua participação, o link para o webcast estará disponível para futura consulta no site
de Relações com Investidores da Suzano S.A.
CONTATO DE RI
Marcelo Bacci
Camila Nogueira
Roberto Costa
Mariana Dutra
Luísa Puccini
Arthur Trovo
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ANEXOS
ANEXO 1 – Dados Operacionais
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1
Desconsidera itens não recorrentes e efeitos do PPA.
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ANEXO 5 – EBITDA
1
EBITDA da Companhia calculado conforme a Instrução CVM n° 527. de 04 de outubro de 2012.
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1
Desconsidera itens não recorrentes e efeitos do PPA.
1
Desconsidera itens não recorrentes e efeitos do PPA.
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