Metodologia - Científica Livro Uniasselvi
Metodologia - Científica Livro Uniasselvi
Metodologia - Científica Livro Uniasselvi
ORGANIZAÇÃO
Prof. Antonio José Müller
UNIDADE I
Prof. André Bazzanella
UNIDADES II E III
Profª. Elisabeth Penzlien Tafner
Prof. Everaldo da Silva
2013
Organização:
Prof. Antonio José Müller
Elaboração:
UNIDADE I
Prof. André Bazzanella
UNIDADES II E III
Profª. Elisabeth Penzlien Tafner
Prof. Everaldo da Silva
001.42
B364m Bazzanella, André
Metodologia científica / André Bazzanella; Elizabeth Penzlien Tafner;
Everaldo da Silva; Antonio José Müller (Org.). Indaial : Uniasselvi, 2013.
206 p. : il
1. Metodologia da pesquisa.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
VIII
IX
XI
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está organizada em seis tópicos. Em cada um deles você
encontrará dicas, textos complementares, observações e atividades que lhe
darão uma maior compreensão dos temas a serem abordados.
1 INTRODUÇÃO
Falar em métodos e técnicas de pesquisa, em educação, é sempre um
exercício que nos exige um esforço intenso de articulação de conceitos e relações,
principalmente quando ligado ao campo da educação. Neste sentido, pretendemos
apresentar conteúdos que ajudem a superar a falta de vínculo entre educação e
pesquisa, a falta de entendimento da importância da pesquisa para a formação
do próprio estudante e a falta de noção do ato de pesquisar para o crescimento do
próprio homem.
Podemos dizer que à questão da pesquisa nem sempre foi dada a importância
que se deveria. Há que se reconhecer, na história brasileira, que a educação e a
pesquisa nem sempre andaram acompanhadas. Por isso, é importante ressaltar
a pertinência da pesquisa no Ensino Superior. Queremos que você vivencie as
leituras e atividades desse Caderno de Estudos não apenas como um tema a mais
ou simplesmente uma disciplina a ser cumprida, mas que você de fato entenda a
questão da pesquisa, sua concepção, possibilidades e metodologia que se aplicam.
Queremos que você perceba que, com os conhecimentos obtidos pela pesquisa,
terá uma trajetória acadêmica e profissional mais coerente.
UNI
NOTA
FIGURA 1 - ARISTÓTELES
UNI
cansado. Podemos falar, de certo modo, de um ser humano preocupado com seus
limites e com os rumos do que vem vivendo.
TUROS
ESTUDOS FU
O mesmo já não acontece com o homem. Seu ambiente vital não lhe é
fechado e limitado. O homem consegue ultrapassá-lo indefinidamente, superando
regionalismos, deficiências físicas e adaptando-se. Cada homem, de uma certa
maneira, é cidadão do mundo. Cidadão da totalidade cósmica e se estende
indefinidamente no tempo.
NOTA
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
O Mundo, um Enigma
10
11
1 INTRODUÇÃO
Assim como o homem é ser que se abre ao mundo tornando-se vertical, ser
que transcende o mundo e a realidade, é pelo ato de pensar, repensar e pesquisar
que o homem atinge esses ideais. É o ato da pesquisa que torna o homem ser
aberto e lhe possibilita interpretar a realidade atuando sobre ela. É sobre isto que
trataremos com mais profundidade nas páginas seguintes.
13
NOTA
Nesse quadro, Goya mostra a razão adormecida e criaturas que se levantam. Caro(a)
acadêmico(a): todas as vezes em que a razão se calou ou os intelectuais – principalmente os
pensadores – não foram ouvidos, coisas ruins aconteceram. Então, não podemos pensar a
ciência por ela mesma: o debate filosófico, ético, deve acompanhá-la.
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
15
Este exercício teórico, mesmo que não seja inédito, permite qualificar a sua
intervenção profissional.
FONTE: DEMO, Pedro. Pesquisa: Princípios Científicos e Educativos. São Paulo: Cortez,
1991.
16
17
18
1 INTRODUÇÃO
Nosso tempo é um tempo que nos exige não apenas competência específica
na área em que atuamos. Precisamos saber ler o mundo. A cada dia que inicia,
algo de novo nos vários campos da cultura humana acaba aparecendo. Além
disso, as mais diferenciadas transformações, nos mais diferenciados setores da
cultura humana, se somam a cada dia. O mundo atual nos exige atenção. Exige-
nos domínio das novas tecnologias e capacidade de compreender a história e a
geopolítica contemporânea. Enfim, exige-nos olhar crítico. É isso que abordaremos
nesse tópico.
Então, todo dia ligamos nosso rádio, a TV, acessamos a internet ou qualquer
outra fonte de informação, e normalmente somos “bombardeados” por uma
verdadeira avalanche de novidades e informações que vêm de todos os cantos.
Sejam essas informações interessantes e edificantes ou sobre guerras, fomes ou
temas que nos deixam preocupados. René Dreifuss (1996, p. 17) diz que vivemos
sob o signo da recriação:
19
FIGURA 4 – GLOBALIZAÇÃO
NOTA
É nesse sentido que é crucial o papel das universidades. Estas, como centros
de reelaboração do saber, desempenham papel central nessa questão, exatamente
quando nos possibilitam abrir novos horizontes e possibilidades. Como centros
não apenas de repasse, mas de reelaboração do saber, as universidades nos ajudam
a repensar a realidade, que tanto necessita de pessoas com capacidade e um olhar
mais crítico. Segundo Dreifuss (1996, p. 13):
A despeito das antigas mazelas, o planeta tem uma ´nova cara`, modelada
por acelerados processos em curso – de diferenciação, diversificação
20
Ainda, vale ressaltar que o mundo atual é dominado pelas nações que
detêm os maiores investimentos em ciência e pesquisa. É na máxima de Francis
Bacon (1561-1626), segundo o qual “saber é poder”, que essa questão se torna mais
clara para nós, e entendemos porque então é estratégico que se invista e se leve a
sério a questão do conhecimento e da pesquisa.
LEITURA COMPLEMENTAR
A questão da pesquisa
21
Podemos colocar isto mal, ao insinuar que pesquisa pode ser "qualquer
coisa", recaindo no lado oposto ao da extrema sofisticação. Não é o caso, pois
estamos nos movimentando no espaço típico da qualidade formal e política, não
de qualquer coisa. Pesquisa, tanto como princípio científico quanto educativo,
exige profunda competência e sua renovação incessante.
Em segundo lugar, pesquisa funda o ensino e evita que este seja simples
repasse copiado. Ensinar continua sendo função importante da escola e da
universidade, mas não se pode mais tomar como ação autossuficiente. Quem
pesquisa, tem o que ensinar; deve, pois, ensinar, porque "ensina" a produzir, não a
copiar. Quem não pesquisa, nada tem a ensinar, pois apenas ensina a copiar.
Não tem sentido pedagógico o mero repasse copiado, por mais que coloque
um professor na frente de um conjunto de alunos. Esta relação é viciada e vetusta.
Contato pedagógico próprio da universidade é aquele mediado pela produção/reconstrução
de conhecimento. Sem esta produção, não se distingue de outros possíveis contatos
pedagógicos, como a relação pais e filhos, ou o ambiente de influência mútua na
esquina e no boteco, ou o ambiente da vizinhança, ou a relação polícia/população.
se ao discípulo, que ouve, toma nota, faz prova, copia, sobretudo "cola".
FONTE: DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
DICAS
DICAS
25
• O ato de pesquisar também faz com que a educação não seja mero repasse de
saberes.
26
27
A QUESTÃO DO CONHECIMENTO: O
QUE SIGNIFICA CONHECER, TIPOS DE
CONHECIMENTO, CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
1 INTRODUÇÃO
Sem capacidade de conhecimento, o ser humano não seria o que é. Mesmo
assim, o conhecimento não se dá ao homem de uma forma pronta e concluída. O
conhecimento não deve ser confundido como se fosse o próprio ser do homem.
O conhecimento não é algo pronto no homem, mas é possibilidade, isto é, uma
condição para o ser do homem. O conhecimento é uma capacidade humana para o
homem poder realizar-se como ser pensante. O conhecimento não se define pelo
que é, mas pelo seu poder ser no homem e para o homem. Por isso, o conhecimento
é uma tarefa permanente no homem.
29
NOTA
30
DICAS
pelo fascínio que os objetos sensíveis exercem sobre o espírito humano. Mas o
conhecimento humano não é meramente quantitativo; além disso, é, também,
qualitativo. Disto se depreende que há no conhecimento humano dois sentidos
básicos. Primeiro, o sentido ontológico, isto é, o ser do homem descobre e desvela
os entes, ou seja, o homem sai de si para encontrar o objeto do seu conhecimento.
Segundo, o sentido gnosiológico, que, por sua vez, se subdivide em dois aspectos
convergentes entre si, que são:
DICAS
32
NOTA
Então, esse texto introdutório serve para despertar sua consciência para
a importância de se compreender o fenômeno do conhecimento, os tipos de
conhecimento existentes e o próprio conhecimento científico, que você está
aprendendo sempre mais no curso. Esperamos que aproveite os próximos tópicos.
Leia e se coloque em jogo, pois nada melhor que a conquista do saber que auxilia
o homem a sempre buscar sua plenitude.
33
34
TUROS
ESTUDOS FU
Caro(a) acadêmico(a), essa questão da ética será reforçada ao final dessa unidade,
dada a sua importância para se compreender a ciência, a questão da sua aplicação e suas
consequências.
LEITURA COMPLEMENTAR
O alcance do conhecimento
(...) porque os nossos sentidos nos enganam às vezes, quis supor que
não havia coisa alguma que fosse tal como eles nos fazem imaginar. E,
porque há homens que se equivocam ao raciocinar, mesmo no tocante
às mais simples matérias de Geometria, e cometem aí paralogismos,
rejeitei como falsas, julgando que estava sujeito a falhar como qualquer
outro, todas as razões que eu tomara até então por demonstrações. E
enfim, considerando que todos os mesmos pensamentos que temos
quando despertos nos podem também ocorrer quando dormimos, sem
que haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta
que todas as coisas que até então haviam entrado no meu espírito não
eram mais verdadeiras que as ilusões de meus sonhos. Mas, logo em
seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era
falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma
coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo era tão firme
e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não
seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-Ia, sem escrúpulo,
como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.
35
36
analisar certas informações; o poder de força, tração e resistência dos motores que
inventamos é muito superior ao de nossa força muscular, veículos que produzimos
nos levam por terra, ar e água aonde jamais nossas pernas nos levariam.
Em todos os exemplos citados nota-se maior entendimento dos mecanismos
da realidade, a ponto de podermos modificá-los e até melhorá-los. Esse é o mundo
diante do homem. E o homem, que age no mundo e sobre o mundo? Dotado de
consciência, ele também precisa saber como a realidade o afeta, o que o auxilia e o
que o impede de realizar-se. Essa é a função da filosofia.
37
38
39
OS TIPOS DE CONHECIMENTO
1 INTRODUÇÃO
2 OS TIPOS DE CONHECIMENTO
41
O senso comum adquire-se quase sem se dar conta, desde a mais tenra
infância e, apesar das suas limitações, é um saber sem o qual não conseguiríamos
orientar nossa vida quotidiana.
UNI
Cite pelo menos dois exemplos de ditos populares que você conheça. E
argumente, mostrando por que eles são ingênuos, acríticos, ametódicos.
42
NOTA
43
UNI
DICAS
NOTA
"- Gato Cheshire... quer fazer o favor de me dizer qual é o caminho que eu
devo tomar?
- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir - disse o Gato.
- Não me interessa muito para onde... - disse Alice.
- Não tem importância então o caminho que você tomar - disse o Gato.
- Contanto que eu chegue a algum lugar - acrescentou Alice como uma
explicação.
- Ah, disso pode ter certeza - disse o Gato -, desde que caminhe bastante".
provável que a ciência possa contribuir para formular valores e, assim, estabelecer
objetivos, tornando o homem mais consciente das consequências de seus atos. A
necessidade de conhecimento das consequências, no ato de tomar decisões, está
implícita na observação do Gato de que Alice chegaria certamente a algum lugar se
caminhasse o bastante. Desde que esse algum lugar poderia revelar-se indesejável,
é melhor fazer escolhas conscientes do lugar para onde se quer ir.
46
LEITURA COMPLEMENTAR
47
Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em
benefício dos seres humanos.
DICAS
48
• Conhecimento lógico.
49
50
ORGANIZAÇÃO DE
SUA PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), como já enfatizamos ao longo dos tópicos anteriores,
estudo e pesquisa significam esforço e, sobretudo, paixão por descobrir o mundo e
sua efetividade de interpretações. Também, a pesquisa nos ajuda a ampliar nossa
visão de realidade e solidificar ainda mais nossa visão do conhecimento. Então,
é hora de colocar tudo isso em prática, já que a universidade é um espaço por
excelência para isso e você está nesse caminho.
51
a) Veja os espaços de tempo que você possui e que poderiam ser utilizados por
você no decorrer das semanas.
b) Monte uma agenda: semanal ou mensal, para prever quantas horas você poderá
destinar à pesquisa.
c) É importante que você tenha em mente algumas dicas quando for fazer isso:
- Não destine em sua agenda de pesquisas todo horário vago que tem: você não vai
cumprir. Destine o tempo que você considera suficiente.
- Uma boa pesquisa se constrói com a organização e qualidade do tempo de
estudos: no tempo destinado, dedique-se.
- Quando estiver pesquisando, é importante fazer pequenos intervalos de descanso
ou relaxamento. Mas sempre mantenha o compromisso de retorno à pesquisa
dentro dos espaços programados.
d) Evite distrações desnecessárias quando estiver pesquisando: pesquisa exige
disciplina.
e) Quanto mais leituras, estudos, observações e pesquisas você aplicar aos
trabalhos e pesquisas acadêmicas que vai desenvolver, tanto mais se qualificará
como estudante, como pesquisador e melhor contribuirá para sua área de estudos.
f) Em sua agenda de estudos, estabeleça linhas finais: prazos. Crie prazos que lhe
permitam de forma razoável cumprir as metas de pesquisa a que você se dispôs.
52
- Dicionário: uma boa obra para se iniciar uma biblioteca é um dicionário. A língua
portuguesa é complexa e um dicionário cai sempre bem à mão.
- Dicionário da área que você estuda: útil, pois normalmente encontramos
referências preciosas sobre termos específicos da área que estudamos e não
conhecemos. Encontramos referências interessantes a obras e autores.
- Obras dos grandes mestres da sua área de estudos: um ou outro grande
estudioso e que seja referência no curso. É importante para suas leituras, estudos
e fundamentação.
- Obras dos autores com que você mais se identificou. Se você já começa a criar
uma linha de pesquisa ou uma área de interesse maior, busque algumas obras que
possa usar como referência pessoal.
- Obras específicas: de autores que farão parte de seu trabalho de graduação.
a) Uma das maneiras para você encontrar seu tema de pesquisa é por afinidade:
veja um tema que você estudou nas disciplinas ao longo do semestre e do qual
tenha gostado muito e gostaria de conhecer mais. Esse poderia ser seu tema de
pesquisa.
b) Você tem vários temas pelos quais se interessa. Bom, nesse caso, sugerimos que
siga os seguintes passos:
53
LEITURA COMPLEMENTAR
54
Esta dificuldade, que redunda numa escrita fechada e pouco clara, muitas
vezes provém da dificuldade em compreender e interpretar textos. Tão difícil
quanto o domínio da escrita, não se resolve da noite para o dia, num passe de
mágica ou, muito menos, num curso de pós-graduação.
Uma das formas que considero eficiente para vencer essas dificuldades é a
formação de grupos de estudos. Nos grupos de estudos que tenho coordenado, percebo
que as dificuldades iniciais vão sendo gradativamente superadas. Entretanto, um
grupo de estudos só se consolida se houver a intenção de estruturar um projeto de
trabalho conjunto e requer a orientação contínua e sistemática do coordenador do
grupo, bem como o envolvimento total de todos os seus membros. O número ideal
de participantes é de no máximo dez pessoas, para que todos possam apresentar
suas ideias oralmente.
FONTE: Adaptado de: FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Metodologia da pesquisa educacional. 2.
ed. São Paulo: Cortez, 1991. 174p. (Biblioteca da educação. Série 1, Escola, v.11).
NOTA
56
57
58
O PENSAMENTO CIENTÍFICO E OS
TRABALHOS ACADÊMICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 5 – O PAPER
59
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico, pretendemos familiarizá-lo sobre o que é a origem
da verdade, as diferenças entre o senso crítico e o senso comum. Discutiremos,
também, se a ciência é neutra ou não, os métodos científicos e outras contribuições
teóricas relevantes para o seu entendimento de como funciona a ciência e como
esta influencia nossa vida cotidiana.
61
Fica aqui uma mensagem importante escrita pelo professor Mário Schenberg
(2008): “Em nosso país uma das necessidades prementes é o desenvolvimento de
uma mentalidade científica, no sentido da criação de um pensamento realista”.
Émile Durkheim
62
UNI
63
Uma coisa nos parece certa: não existe definição objetiva, nem muito menos
neutra, daquilo que é ou não a ciência. Esta tanto pode ser uma procura metódica do
saber, quanto um modo de interpretar a realidade; tanto pode ser uma instituição
com seus grupos de pressão, seus preconceitos, suas recompensas oficiais, quanto
um metiê [sic] subordinado a instâncias administrativas, políticas ou ideológicas;
tanto uma aventura intelectual conduzindo a um conhecimento teórico (pesquisa),
quanto um saber realizado ou tecnicizado.
64
65
66
68
É bom lembrar que não basta apenas ser justificável, o caso deve apresentar
algumas características essenciais para se tornar um ótimo estudo.
• o estudo de caso deve ser elaborado de uma maneira atraente: deve ser
escrito com clareza e fazer instigar os leitores para que permaneçam seduzidos
pela narrativa até o final.
Cabe enfatizar que nem todo estudo único pode ser considerado um estudo
de caso, e os estudos de caso realmente completos requerem muita pesquisa e
replicação. Por conseguinte, um estudo de caso não é fácil de ser realizado, ao
contrário, são muito complexos, exigindo uma variedade de coleta de dados.
69
Assim, ele não está apto a lidar com problemas humanos, porque somos
imprevisíveis, por exemplo, no caso de pesquisas políticas, muitas vezes as pessoas
respondem que vão votar em determinado candidato, entretanto, ela pode votar
em outra pessoa no momento do voto.
2.1.5 Etnografia
Em geral produz informações mais ricas e aprofundadas, oferecendo uma
compreensão mais ampla do que se pretende estudar.
70
•Os seres humanos sempre buscaram alguma forma para tentar entender ou
explicar algum fato ou a realidade.
• Uma coisa nos parece certa: não existe definição objetiva, nem muito menos
neutra, daquilo que é ou não a ciência. Esta tanto pode ser uma procura metódica do
saber, quanto um modo de interpretar a realidade; tanto pode ser uma instituição
com seus grupos de pressão, seus preconceitos, suas recompensas oficiais, quanto
um ofício subordinado a instâncias administrativas, políticas ou ideológicas; tanto
uma aventura intelectual conduzindo a um conhecimento teórico (pesquisa),
quanto um saber realizado ou tecnicizado.
71
72
A DIVERSIDADE DE TRABALHOS
ACADÊMICOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, pretendemos familiarizá-lo(a) com alguns dos tipos de
trabalhos acadêmicos. Há muita diversidade neste gênero textual e nosso objetivo
inicial é descrever brevemente a função que alguns trabalhos acadêmicos cumprem
na esfera acadêmica.
UNI
• Trabalhos de Graduação
• Trabalhos de Final de Curso
• Monografia (para Especialização)
• Dissertação
• Tese
• Artigos de Periódicos e Eventos Científicos
• Comunicação Científica
73
74
2.4 DISSERTAÇÕES
As dissertações, destinadas aos cursos de pós-graduação stricto sensu
(mestrado), buscam, sobretudo, a reflexão sobre um determinado tema ou
problema expondo as ideias de maneira ordenada e fundamentada. E, dessa forma,
como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo o
mais completo possível em relação ao tema escolhido. Deve procurar expressar
conhecimentos do autor a respeito do assunto e sua capacidade de sistematização.
E, dentro deste contexto, uma das partes mais importantes da dissertação é tida
como a fundamentação teórica, que procura traduzir o domínio do autor sobre o
tema abordado e a sua perspicácia de buscar tópicos não desenvolvidos.
2.5 TESES
A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, é o trabalho de
conclusão do doutorado. Caracteriza-se como um avanço significativo na área do
conhecimento em estudo. As teses devem tratar de algo novo e inédito naquele
campo do conhecimento, de forma que promovam uma descoberta, ou mesmo
uma real contribuição para a ciência. Diz-se que o trabalho deve ser inédito,
contributivo e não trivial. Os argumentos utilizados devem comprovar e convencer
de que a ideia exposta é verdadeira.
75
UNI
Porém, fazemos uma ressalva, todos os trabalhos científicos são monográficos, uma vez que a
monografia científica é fruto de um trabalho realizado sobre um determinado assunto sob um
rigoroso raciocínio científico. E, dessa forma, tanto a dissertação quanto a tese constituem-se
de monografias.
UNI
76
77
78
79
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
DOS TRABALHOS ACADÊMICOS
1 INTRODUÇÃO
Depois da apresentação de alguns dos tipos de trabalhos acadêmicos,
chegou a hora de explorarmos seus elementos. Cada um deles não é apenas mais
uma folha, certo? Você vai ver que as informações contidas na folha de rosto não
são as mesmas que as do agradecimento, por exemplo, e que cada elemento tem
uma função no trabalho.
2 A ESTRUTURA BÁSICA
Apresentamos aqui o modelo de estrutura de um trabalho científico. Este,
porém, poderá ser adaptado a cada tema e às necessidades do pesquisador.
81
UNI
UNI
Se você observar com um pouco mais de atenção, vai perceber também que
nem todos os elementos são necessários. Isso já é um alívio, certo? Os elementos que
possuem a indicação de opcional estão atrelados ao tipo de pesquisa desenvolvida,
isto é, à metodologia que foi empregada para realizar o trabalho. Daí sua presença
ser facultativa, ok?
Agora, quanto aos demais, bom, esse assunto será abordado nas seções
a seguir, em que descrevemos cada um dos elementos. Fique atento(a) à
nomenclatura, certo? Ela deve começar a se tornar comum para você.
82
2.1.1 Capa
Na capa de um trabalho acadêmico devem constar:
INSTITUIÇÃO
TÍTULO
SUBTÍTULO
AUTOR
3 cm 2 cm
Indaial
2012
2 cm
UNI
Na capa use:
- fonte Times New Roman
- tamanho 12
- negrito apenas no título
83
UNI
É importante que você escolha um título claro e preciso para o seu trabalho.
Desta forma, fica mais fácil identificar seu conteúdo para fins de indexação e recuperação da
informação.
84
3 cm
Indaial
2012
2 cm
• título do trabalho;
• subtítulo (se houver);
• autor do trabalho;
• natureza, objetivo, instituição a que é submetido e área de concentração do
trabalho;
• membros da banca examinadora (nome, titulação e instituição a que pertencem);
• data de aprovação do trabalho (a data de aprovação e assinaturas dos membros
componentes da banca são colocadas após a aprovação do trabalho).
85
3 cm
3 cm 2 cm
Este Trabalho de Graduação foi julgado adequado para obtenção
do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de
Administração do Centro Universitário Leonardo da Vinci.
_______________________________________
Prof. Heitor Penzlien - Orientador
_______________________________________
Prof. (titulação) – Fulano de Tal - Examinador
______________________________________
Prof. (titulação) – Fulano de Tal - Examinador
2 cm
86
3 cm
3 cm
2 cm
87
3 cm
AGRADECIMENTOS
2 cm
2.2.1.5 Resumos
O resumo só pode ser elaborado depois de concluído o trabalho e,
normalmente, constitui-se de uma página com uma breve explanação de todo
o trabalho, cuja extensão não ultrapassa 500 palavras (para teses e dissertações,
por exemplo). Ao apresentar de forma concisa os pontos mais relevantes de uma
pesquisa, ajuda o leitor se lhe será conveniente consultar o texto integralmente
ou não. Logo após o resumo, devem-se indicar as palavras representativas do
conteúdo do trabalho, isto é, as palavras-chave.
88
3 cm
RESUMO
2 cm
UNI
89
LISTA DE TABELAS
2.2.1.7 Sumário
O sumário deve dar uma ideia geral do estudo realizado. É por isso que os
títulos e os subtítulos devem ser colocados em ordem, junto à indicação da página
inicial correspondente, e de forma que ajudem a esclarecer a ideia do trabalho. A
ordem de enumeração das divisões e seu padrão gráfico devem estar de acordo
com a ordem em que se encontram dentro da obra.
UNI
90
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................12
2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA.....................................14
2.1 QUESTÃO-PROBLEMA................................................................................14
2.2 PRESSUPOSTOS ...........................................................................................14
2.3 OBJETIVOS....................................................................................................15
2.3.1 Objetivo geral ..............................................................................................15
2.3.2 Objetivos específicos ...................................................................................15
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................16
3.1 SUBTÍTULO 1................................... ............................................................17
3.2 SUBTÍTULO 2 ...............................................................................................23
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................35
4.1 MODALIDADE DE PESQUISA ...... ...........................................................35
4.2 CAMPO DE OBSERVAÇÃO ........................................................................35
4.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ...............................................36
4.4 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DOS DADOS ..............................................36
4.5 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO....................................37
5 APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...........................38
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................45
REFERÊNCIAS .................................................................................................47
APÊNDICES.......................................................................................................48
AUTOATIVIDADE
Leia atentamente as assertivas a seguir que tratam dos elementos pré-textuais e classifique
V para as verdadeiras e F para as falsas:
91
UNI
Obs.: A NBR 14724 (2011) sugere que os elementos textuais sejam digitados no
anverso e verso das folhas. Assim, é importante atentar para as margens: no anverso esquerda/
superior de 3 cm e direita/inferior de 2 cm; no verso direita e superior de 3 cm e esquerda e
inferior de 2 cm.
2.2.2.1 Introdução
Você deve apresentar na introdução: o tema do seu trabalho, as razões
pelas quais você está pesquisando tal temática, sua relevância (contribuição para
o conhecimento da sua área profissional ou contribuição prática para sua área
profissional). A introdução também deve deixar claro qual o objetivo da pesquisa.
Quantas exigências, sim, mas todas essas informações são essenciais para o
leitor ter, ao menos, após a leitura da introdução, uma ideia geral do seu trabalho,
pois você não escreve trabalhos para engavetá-los. Eles terão sempre, no mínimo,
um leitor. Contudo, para você que está iniciando sua caminhada no mundo
acadêmico, sabemos o grau de dificuldade em apontar especificamente o que cada
uma das exigências listadas deve conter. Para tanto, detalhamos cada uma delas,
veja:
• Apresentação do tema
92
• Objetivo(s) da pesquisa
UNI
Ficou mais fácil agora, certo? Mas, se você realmente quer ser cooperativo(a) com
seu leitor, pode acrescentar à introdução o seguinte:
• Você pode também, se quiser, informar qual a metodologia adotada na pesquisa: qualitativa,
quantitativa, se houve uso de questionário, entrevistas etc.
•Ainda para facilitar a vida do seu leitor, você pode usar o último parágrafo da introdução para
listar a estrutura do trabalho, isto é, você faz uma breve descrição do conteúdo de cada uma
das etapas que compõem o trabalho. Exemplo: “Na primeira parte do trabalho, discutimos o
conceito de variação linguística, a seguir, verificamos as formas que estão em competição
para a expressão da futuridade. Na sequência, descrevemos os fatores que interferem no uso
de uma ou outra forma variante. Finalmente, apresentamos as considerações finais e lista de
referências usadas para a elaboração do trabalho”.
93
2.2.2.2 Desenvolvimento
Esta seção, também conhecida como “revisão da literatura” ou
“fundamentação teórica”, permite ao leitor conhecer o tema e o que tem sido
realizado de semelhante em torno do assunto (livros, periódicos, internet)
estudado no trabalho. É o momento em que você vai elaborar um texto que
descreva o referencial teórico que deu fundamentação às suas ideias e contribuiu
para interpretar os dados na sua pesquisa.
UNI
Você está atento(a)? Então deve ter percebido que a palavra Desenvolvimento
não aparece no trabalho que você irá elaborar. No seu lugar, aparecerão as expressões revisão
da literatura, fundamentação teórica ou a nomenclatura teórica que você vai abordar: “Fases
de Aprendizagem da Criança”, “Características do Taylorismo” etc.
UNI
Ei, fique tranquilo(a), a Unidade 3 descreve com maior detalhamento o emprego das
citações e seu formato. Além disso, você deve ter notado que um trabalho, de caráter científico, só
é realizado a partir de muita leitura e pesquisa, já que para tanto podem ser usados como suporte
teorias, tabelas, gráficos, figuras e estatísticas produzidas por outros autores/instituições. É por isso
que a metodologia é tão importante para quem deseja participar do mundo acadêmico!
Como esta é uma parte mais livre em relação às demais, você deve organizá-
la (em capítulos, seções etc.), segundo os objetivos da sua pesquisa. Exemplo: qual
conceito deve ser explicado inicialmente para que o leitor possa acompanhar o seu
raciocínio ou para que haja base para o próximo tópico a ser comentado? Além
disso, pensando no leitor, você pode incluir no texto tabelas, gráficos, figuras a fim
de ilustrar ou dar suporte às suas ideias.
UNI
UNI
a) Metodologia
• Tipo de Pesquisa
• Básica: objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem
aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999).
Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo
conhecimento, e sua meta é o saber (CERVO; BERVIAN, 2007).
UNI
Filmes recomendados:
Quase Deuses: Em meio à Grande Depressão, um homem perde o dinheiro que guardava para
a faculdade de Medicina. Ele consegue emprego como faxineiro de um pesquisador, que logo
nota que seu novo empregado está sendo subaproveitado.
• População e Amostra
98
UNI
• Materiais e Métodos
99
- fazer uso de estatísticas, tabelas, gráficos e outros para amparar e/ou ilustrar
determinadas conclusões;
UNI
Outras dicas para essa parte do trabalho, que deve ser sempre elaborada pensando
no que pode ser mais adequado em relação aos objetivos da pesquisa realizada:
- Você, em parceria com seu orientador, deve decidir se a fundamentação teórica e a análise
e discussão dos resultados devem estar separadas no trabalho ou se a inserção dos resultados
pode ocorrer de forma paralela à fundamentação teórica.
- A ordem de discussão de cada questão deve facilitar a compreensão dos resultados, portanto,
novamente, essa é uma decisão a ser pensada entre você e seu orientador.
- Nesta parte do texto, deve-se redobrar a atenção despendida para evitar erros de digitação,
de estatística ou cálculo matemático, pois podem comprometer toda uma discussão posterior.
UNI
2.2.3.1 Referências
As referências (bibliográficas e eletrônicas) devem ser arroladas em uma lista
denominada REFERÊNCIAS. Em território brasileiro utiliza-se a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) para normatizar as referências apontadas durante
o trabalho. Na Unidade 3 vamos detalhar como apresentar a referência das várias
fontes de pesquisa disponíveis: livros, artigos, sites, documentos etc.
2.2.3.2 Apêndices
O apêndice é formado por documentos auxiliares, como tabelas, gráficos,
mapas, organogramas, cronogramas, formulários, entrevistas, questionários e
outros. Todos estes documentos devem ter sido elaborados pelo próprio autor.
2.2.3.3 Anexos
São documentos auxiliares não elaborados pelo autor, tais como:
tabelas, gráficos, mapas, organogramas, cronogramas, formulários, entrevistas,
questionários e outros.
101
UNI
Ei, fique atento(a), é muito comum ouvirmos: “vou usar isso ou aquilo como
anexo no meu trabalho”. Agora, você sabe: anexo é somente o material que for acrescentado
ao trabalho, mas cuja autoria é de outro autor.
LEITURA COMPLEMENTAR
Para bem exprimir seu pensamento, o autor deve, entretanto, ter assimilado
o assunto em todas as suas dimensões, em seu conjunto, como também em cada
uma de suas partes ou dificuldades. Pensamento e expressão são interdependentes:
ninguém pode exprimir em termos claros uma ideia ainda confusa em sua mente.
UNI
FONTE: Extraído e adaptado de: CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA,
Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. p. 111-
112.
104
105
106
UNIFORMIZAÇÃO GRÁFICA
DE TRABALHOS ACADÊMICOS
1 INTRODUÇÃO
A uniformização gráfica se refere à disposição consistente dos elementos
básicos de um trabalho. Esta uniformização tem como objetivo oferecer uma
estética que ajude o leitor, dando-lhe direção e facilidade no encontro da matéria.
107
UNI
Fique atento(a): o tamanho da fonte pode variar. Veja em quais situações isso
acontece:
- Citações longas (fonte 10). Na Unidade 3, você vai entender melhor a razão desta orientação.
- Notas de rodapé (fonte 10). Podem ser usadas ao longo do desenvolvimento do trabalho,
sempre com o intuito de esclarecer alguma dúvida para o leitor. Você lembra da explicação
que determinamos para a palavra discurso, para delimitar seu sentido? Pois é, essa informação
pode vir em nota de rodapé. Vamos voltar a falar sobre esse mecanismo.
Já os títulos das seções, estes devem ser separados do texto que os precede
ou que os sucede por um espaço de 1,5 cm entre as linhas. As referências ao final
do trabalho devem ser separadas entre si por um espaço simples.
108
altura dos olhos, outros acima ou abaixo do nosso ângulo de visão. Você já deve
ter notado esse cenário.
6 HIGIENE E PERFUMARIA
6.1 ABSORVENTE
6.2 AEROSSOL E SPRAY
6.3 BARBA E DEPILAÇÃO
6.4 CONDICIONADOR
6.5 CONDICIONADOR ESPECIAL
6.6 CREME DENTAL
6.7 CREME E HIDRATANTE
6.8 CREME PARA CABELO
6.9 ESCOVA E FIO DENTAL
6.10 FRALDA DESCARTÁVEL
6.11 GEL E MUSSE
6.12 MANICURE
6.13 PAPEL HIGIÊNICO
6.14 PROTETOR SOLAR
6.15 ROLL-ON E CREME
6.16 SABONETE
6.17 SABONETE ESPECIAL
6.18 SABONETE LÍQUIDO
6.19 XAMPU
6.20 XAMPU ESPECIAL
6.21 XAMPU INFANTIL
6.22 TALCO
Que tal a lista? Faltou algum item, possivelmente, pois retiramos alguns,
dada sua extensão inicial. Percebeu como ela foi organizada? Como se trata de
uma lista de categorias de produtos disponível para compras on-line, o critério de
organização das seções foi o alfabético. Isso mesmo, já que a tecnologia possibilitou
comprar sem sair de casa, surgiu a necessidade de simular os corredores do
supermercado em seções on-line.
109
Criar essa subseção foi uma escolha nossa para mostrar a você que tipos
de produtos estão inseridos ali. Mas, se não quiséssemos, poderíamos ter deixado
apenas a seção Creme Dental. Contudo, como você poderia comprar um creme
dental sem saber o tipo? Quer dizer, você até poderia comprar, contudo teria que
se contentar com a marca que aparecesse na sua casa.
Ora, você deve estar se perguntando, o que isso tem a ver com Metodologia?
Tudo! Escolher uma (marca e/ou preço) ou outra (alfabética) maneira para
estruturar, organizar o seu trabalho faz toda a diferença, mas é a você que cabe tal
decisão. Da mesma forma, se você precisa ainda criar subseções, para comentá-las,
tal atitude só pode ser adequada ou não, levando-se em conta o objetivo que você
tem em mente para o seu trabalho.
2 MERCEARIA
3 AÇOUGUE
4 PADARIA
5 LIMPEZA
6 HIGIENE E PERFUMARIA
6.1 ABSORVENTE
6.2 AEROSSOL E SPRAY
6.3 BARBA E DEPILAÇÃO
110
6.4 CONDICIONADOR
6.5 CONDICIONADOR ESPECIAL
6.6 CREME DENTAL
UNI
Atenção, veja como escrevemos os títulos das seções! Eles foram numerados em
algarismos arábicos, separados do título apenas com um espaço.
111
• Fonte Times New Roman, tamanho 12 (exceto nas citações longas e nas notas de
rodapé, por exemplo. Estas usam o tamanho de fonte 10).
112
113
O PAPER
1 INTRODUÇÃO
No mundo acadêmico, que você acabou de adentrar, é necessário
escrevermos para planejar nossos estudos, registrar nossas observações, organizar
nossas reflexões. Enfim, escrever é necessário para produzir ciência. Sim, você
passa agora a fazer parte deste mundo e para poder publicar os resultados de
seus trabalhos, terá que adequá-los ao formato do paper, adotado aqui na
UNIASSELVI.
2 ARTIGO E PAPER
Para você conhecer um pouco a importância dos artigos, veja o que dizem
Lakatos e Marconi (1991) em relação às suas características: a) não se constituem em
matéria de um livro; b) são publicados em revistas ou periódicos especializados; c)
permitem ao leitor, por serem completos, repetir a experiência.
“Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que
apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas
áreas do conhecimento.” (ABNT, NBR 6022, 2003, p. 2).
115
UNI
Então, agora, você já sabe! Quando produzir um paper, sua meta ao longo
do texto pode ser: comunicar, além de resultados de pesquisas, suas ideias, de
maneira clara e objetiva, ou ainda, refletir a análise de um determinado tema.
117
Muitas das orientações para o paper serão similares, quando não idênticas,
a algumas das apresentadas para os demais tipos de trabalhos acadêmicos.
Contudo, tenha paciência e leia atentamente cada etapa para não errar na hora
de entregar seu primeiro paper. Para facilitar, vamos descrever em itens cada
procedimento, assim será mais fácil para você consultar este caderno sempre que
precisar elaborar um paper.
b) Tipo e tamanho de fonte: Times New Roman, 12. Exceto: nas notas de rodapé,
nas citações longas, na paginação, legendas e fontes das ilustrações e das tabelas,
que devem ser em tamanho menor e uniforme.
c) Espacejamento:
- 1,5 entrelinhas para parágrafos do texto (exceto no resumo, onde você deve usar
espaço simples).
- Simples: no cabeçalho, nas citações longas, nas notas de rodapé, nas legendas de
quadros, nas tabelas, nas ilustrações, nas referências.
118
UNI
O Word ajuda você na numeração das páginas, veja: basta você escolher: Inserir >
Número de Página > Posição - início da página (cabeçalho) > Alinhamento (direita) >
Desabilite a opção mostrar número na 1a página.
AUTOATIVIDADE
119
4.1.1 Cabeçalho
a) Título: deve ser claro e preciso, a fim de identificar o conteúdo do paper. Lembre:
o título é o primeiro contato que o leitor terá com o seu trabalho, portanto escolha-o
com cuidado. Apesar da sugestão de se elaborar títulos curtos, estes não devem
suscitar ambiguidades, explicitando ao leitor o assunto e a intenção do trabalho.
120
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (opcional)
Cabeçalho
2 linhas em branco (espaço Simples)
Acadêmico(s)
Professor(es)-autor(es)
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso/Habilitação (Turma) – Disciplina
dd/mm/aa
TIPOS DE CONHECIMENTOS
Albert Einstein
Karl Max
Prof. Elisabeth Penzlien Tafner
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em História (HID 0826) – Metodologia do Trabalho Acadêmico
16/11/2012
121
UNI
Viu como o formato do paper é prático? Nada de capa, folha de rosto, sumário
etc. A primeira página do trabalho inicia com o cabeçalho e demais elementos pré-textuais e
textuais. Economia de papel! A natureza agradece.
4.1.2 Resumo
O resumo é um elemento essencial a quem produz trabalhos acadêmicos,
pois, assim como o título, pode afastar ou conquistar um leitor. A redação deve ser
concisa, em um único parágrafo, e destacar os pontos mais relevantes do trabalho,
possibilitando ao leitor a escolha ou não de ler o artigo na íntegra. Daí a necessidade
de o resumo ser o mais completo possível, contudo é necessário ficar atento(a) ao
limite de linhas permitido para essa parte do cabeçalho: no máximo 15 linhas ou
150 palavras (para o paper).
UNI
Agora, você deve estar bem confuso(a), certo? Como ser completo, mas
cuidar com o número de linhas? Bom, para ajudá-lo(a) no resumo, organize, não
em tópicos, as seguintes informações:
122
[A língua portuguesa dispõe de diferentes variedades linguísticas para expressar a futuridade. Estas
são empregadas pelos falantes conforme o interlocutor, local e assunto, porém a quantidade e a
descrição dessas formas nos manuais de ensino de português para estrangeiros precisam de maior
detalhamento.]-1. [O trabalho de Tafner (2004) trata de sete formas verbais para a expressão da
futuridade, das quais apenas duas foram encontradas nos manuais, o que sugere a necessidade de uma
revisão destes, a fim de mostrar o funcionamento do sistema linguístico do português]-2. [Na análise
efetuada a partir de alguns manuais, escolhidos aleatoriamente] -3 [verificamos que a maioria faz
referência apenas ao futuro sintético (-rei) ou à forma vou –R ou a ambas, mas sem apresentar para
o aluno uma descrição detalhada a respeito de sua ocorrência, contextos que propiciam o emprego
de uma ou outra forma verbal] -4. [Consequentemente, a falta dessas observações pode confundir o
aluno quando ele tiver contato com outras formas de futuridade não incluídas nos manuais de ensino
de PLE.] -5.
Para você entender melhor, já que talvez nunca tenha escrito um paper, os
fragmentos de 1 a 5 contêm, basicamente, as seguintes informações: 1 – o assunto
tratado; 2 – objetivo do trabalho; 3 – método; 4 – resultados e 5 – conclusão.
RESUMO
123
UNI
4.1.3 Palavras-chave
São palavras ou expressões que representam o assunto abordado no artigo.
Você deve escolher três palavras (simples, compostas ou expressões), separadas
entre si e finalizadas por ponto, e iniciadas com letras maiúsculas. Se você leu com
atenção, deve ter percebido que o exemplo que apresentamos de palavras-chave
era composto apenas por expressões (variação linguística, por exemplo).
4.2.1 Introdução
Na introdução, devem ser contemplados: delimitação do assunto,
objetivo(s), a justificativa e outros elementos necessários (metodologia adotada na
pesquisa) para situar o tema do artigo. O último parágrafo da introdução deve
mostrar para o leitor a estrutura do artigo (por exemplo: Inicialmente se abordará...
Na sequência... ou Primeiramente... Num segundo momento...). Ao ler esse último
parágrafo, o leitor tem a sensação de encontrar ali uma espécie de sumário e pode
ir direto para a seção que lhe for mais interessante.
124
4.2.2 Desenvolvimento
Nesta parte deve haver, conforme os objetivos e o tipo de pesquisa
desenvolvido: fundamentação teórica (citações), procedimentos metodológicos
(métodos, população e amostra), resultados e discussão (a partir de gráficos,
tabelas, ilustrações, você organiza, expõe e analisa os dados coletados no seu
trabalho).
UNI
4.2.2.1 Citações
Para fazer a fundamentação teórica, você terá que fazer citações, sim,
porque, como já comentamos, você precisa dar sustentação às suas reflexões. Não
existe trabalho científico sem o emprego de citações. De uma forma bem simples,
podemos dizer que as citações são informações extraídas de outras fontes. Vamos
estudar com profundidade como usá-las, sua finalidade e apresentação no texto,
na Unidade 3, ok? Como exemplo de função e apresentação de citação no texto, até
para você ver que esse é um procedimento simples, veja a citação a seguir.
125
Esta citação traz, ao término, a autoria da ideia, isto é, ela não foi elaborada
pelos autores deste caderno e sim pelos autores Cervo, Bervian e Silva. Sempre
que fizermos nossos papers, teremos que mostrar ao leitor quem são nossas fontes
de leitura, caso contrário, estamos cometendo plágio (estamos fazendo cópia, o
que pode acarretar sérias consequências). Agora, em relação à sua apresentação, a
citação usada é chamada de longa. Por quê? Porque ultrapassou três linhas, então
ela fica no formato de bloco, como você viu. Aquelas que têm até três linhas são
chamadas de curtas e recebem aspas no início e no fim, observe. As citações “[...]
se revelam úteis para sustentar o que se afirma pelo autor no decorrer do seu
raciocínio.” (OLIVEIRA NETTO, 2006, p. 112).
UNI
Ficou curioso(a), aguarde! A Unidade 3 deve sanar todas as suas dúvidas sobre
citações curtas e longas.
4.2.2.2 Figuras
Agora, vamos falar um pouco sobre as figuras. Assim como os gráficos,
as tabelas e os quadros (serão detalhados a seguir), complementam ou ajudam a
ilustrar alguma parte do texto.
126
FONTE: ALTA confiança. Você SA, São Paulo, ed. 104, p. 44, fev. 2007.
UNI
4.2.2.3 Gráficos
Tratamento semelhante ao das figuras deve ser realizado para os gráficos
utilizados no trabalho, veja:
127
4.2.2.4 Tabelas
As tabelas “[...] constituem representações numéricas de dados quantitativos
coletados por meio de instrumentos próprios para esse fim. A representação
numérica pode ser em forma de números absolutos ou em percentuais [...]”
(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 129).
Para você entender um pouco mais sobre a estrutura das tabelas, acompanhe-
nos. A tabela é composta por espaços, topo e centro, respectivamente. No topo,
encontramos sua numeração e seu título. No centro da tabela, encontramos a
moldura, os dados numéricos e os termos para sua compreensão.
c) no rodapé da tabela, isto é, na sua parte inferior, deve-se indicar a fonte, assim:
FONTE.
128
PRODUÇÃO
REGIÃO
TONELADAS %
TOTAL 25 347 202 100,00
Norte 303 034 1,19
Nordeste 3 403 709 13,42
Sudeste 17 101 891 67,47
Sul 2 887 727 11,38
Centro-Oeste 1759 801 6,64
FONTE: Tabulações Especiais da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (1981, p. 39)
4.2.2.5 Quadros
Além das figuras, gráficos e tabelas, você também pode inserir quadros no seu
paper. Podemos defini-los como um arranjo predominante de palavras, dispostas em
linhas e colunas, com ou sem indicação de dados numéricos. Sua diferença em relação
às tabelas é a apresentação de caráter esquemático e descritivo, e não estatístico dos
dados.
UNI
129
Então, sempre que necessário, insira ao longo do texto uma nota para
explicar algum termo ou expressão que julgar desconhecida para o leitor. Este
procedimento é muito simples, o Word vai ajudá-lo, acompanhe o passo a passo.
Por exemplo, a palavra que pode causar alguma dúvida para o leitor é
contexto. Para inserir uma nota, veja como proceder a seguir. Você deve apenas
digitar no espaço criado a explicação necessária.
130
131
_______________________
1
Contexto: é cada diferente situação social de interação entre falante e ouvinte concretos.
132
3 NETWORKING
4 A CONSTRUÇÃO DA MARCA
5.3 PROMOÇÃO
Os títulos de subseções que “[...] ocupem mais de uma linha devem ser, a
partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira palavra do título.” (NBR
14724, 2011, p. 10).
A NBR 6024 (2012, p. 3) orienta ainda que: “os títulos das seções devem ser
destacados tipograficamente, de forma hierárquica, da primária à quinária. Podem
ser utilizados os recursos gráficos de maiúscula, negrito, itálico ou sublinhado e
outros.”
133
2 cm
1 INTRODUÇÃO
1,5 cm
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
1,5 cm
2 MERCADO COMPETITIVO
1,5 cm
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
2 cm
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 2 cm
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
1,5 cm
3 NETWORKING
4 A CONSTRUÇÃO DA MARCA
4.1 PRODUTO
1,5 cm
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
1,5 cm
4.2 PREÇO
4.3 PROMOÇÃO
4.4 PONTO DE DISTRIBUIÇÃO
4.4.1 Critérios para avaliação
2 cm
134
centralizada
espaço simples, entre as linhas de uma mesma referência
REFERÊNCIAS
DAVIDSON, Jeffrey P. Faça seu marketing pessoal e profissional. São Paulo: Madras, 1999.
1 espaço simples
KOTLER, Philip; PFOERTSCH, Waldemar. Gestão de marcas em mercados B2B. Porto Alegre:
Bookman, 2008.
RIZZO, Cláudio. Marketing pessoal no contexto pós-moderno. São Paulo: Trevisan, 2006.
SANTOS, Lígida dos. Marketing pessoal e sucesso profissional. Campo Grande: UCDB, 2002.
UNI
135
são elaborados pelo próprio autor do trabalho; anexos não são elaborados pelo
próprio autor do trabalho.
5 EXEMPLO DE PAPER
Como exemplo, apresentamos para você um paper, elaborado pelos
professores autores deste caderno.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
136
2 DESENVOLVIMENTO
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
137
REFERÊNCIAS
LEITURA COMPLEMENTAR
PAPER
Para Andrade (1995, p. 68), “[...] paper é texto escrito de uma comunicação oral.
Pode apresentar o resumo ou o conteúdo integral da comunicação e tem por
objetivo sua publicação nas atas ou anais do evento em que foi apresentada”.
Para Audrey J. Roth (1994, p. 2), “[...] paper é um documento que se baseia
em pesquisa bibliográfica e em descobertas pessoais.” Se o autor apenas compilou
informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto de seu
trabalho será um relatório.
138
O paper é (ROTH, 1994, p. 3): (a) uma síntese de suas descobertas sobre um
tema e seu julgamento, avaliação, interpretação sobre essas descobertas; (b) um
trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; (c) um trabalho que
deve reconhecer as fontes que foram utilizadas; (d) um trabalho que mostra que o
pesquisador é parte da comunidade acadêmica.
[...]
139
• É fundamental lembrar que a escolha do assunto deve fazer com que o autor se
sinta realizado ao escrever sobre ele. Se, ao final, o paper despertar um sentimento de
crescimento pessoal, é provável que a temática tenha sido escolhida corretamente.
140
1 Faça um breve esquema para cada uma das partes textuais do paper. Aponte
que tipo de informação deve aparecer em cada uma delas.
141
CITAÇÕES E
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades que o(a) ajudarão a aplicar os conhecimentos apresentados.
TÓPICO 1 – CITAÇÕES
TÓPICO 2 – REFERÊNCIAS
143
CITAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
145
Na esfera acadêmica, para fazer seus papers, você terá que passar
obrigatoriamente pelo processo de pesquisa. É um processo de buscar, selecionar
e refinar as leituras mais adequadas ao tema do trabalho que você tem a elaborar.
Sem essa etapa inicial de pesquisa, ou seja, sem antes ler o que já se produziu
acerca do tema, a tarefa de fazer trabalhos torna-se difícil. Portanto, leia, leia muito
antes de começar a escrever. Só a leitura é capaz de ajudá-lo(a) a dar os primeiros
passos no processo de escrita.
É essencial que sua leitura seja guiada pelo tema que foi definido em sala,
que você tenha clareza do que busca, pois existem muitas fontes de pesquisa. Só
para citarmos algumas, vamos lá: livros, jornais, revistas, sites de internet, artigos
de internet, dicionários etc. É a partir dessas fontes que você vai transcrever
fragmentos, que, no seu trabalho, serão transformados em citações. Mas, como há
muitos materiais, fica mais fácil selecioná-los quando sabemos qual é a delimitação
do tema.
Então, quando fizer suas pesquisas, adote o hábito de anotar: o(s) nome(s)
do(s) autor(es) do fragmento que você está transcrevendo para usar no seu trabalho;
a página em que está este fragmento e o ano da obra.
UNI
Ei, autor, ano e página são os elementos básicos para fazermos citações. Os
demais, como nome da obra, editora, cidade etc., você também precisa anotar, mas serão
usados apenas para fazer a referência da obra. Conversamos mais sobre referências no Tópico
2, ok?
146
3 TIPOS DE CITAÇÕES
3.1 DIRETAS
Nas citações diretas ocorre cópia literal (ipsis litteris) do texto original,
ou seja, você transcreve o fragmento tal e qual ele se encontra na obra que você
está consultando. Para tanto, você deve prestar atenção nos seguintes aspectos
enquanto está digitando o fragmento no seu trabalho: ortografia, maiúsculas e
minúsculas, pontuação, grifos e completude (veja se você não esqueceu de digitar
nenhuma palavra ou frase).
Agora, você já tem o fragmento inserido no seu trabalho, certo? Veja quantas
linhas esse fragmento ocupa no seu texto; mas, para contar o número de linhas, é
necessário que seu paper já esteja com o papel (A4), margens (todas 2 cm), tipo e
tamanho de fonte (Times New Roman, 12) corretamente configurados.
Nesta configuração, o trecho que você transcreveu pode aparecer sob a
forma de citação curta ou de citação longa, depende de quantas linhas ele alcançar
no seu trabalho.
3.1.1 Curtas
Se o fragmento não exceder três linhas, temos uma citação curta. Neste
caso, você vai inserir aspas no início e ao término da citação, veja:
ou
147
ou
UNI
Vamos recapitular o que você viu até aqui! Citação direta: trata-se de cópia fiel
ao original (livro, artigo de revista, de jornal etc.). Citação direta curta: a transcrição não pode
exceder três linhas no seu paper e aparece entre aspas.
3.1.2 Longas
148
UNI
a) Apóstrofos (‘ ’)
149
Veja a alteração: no texto original havia aspas; no paper você usa apóstrofos.
b) Omissão ([...])
Você deve ter visto que o uso da omissão pode acontecer no início, no meio
ou no término das citações. Este recurso pode ser adotado tanto em citações curtas,
quanto em citações longas.
c) Interpolações ([ ])
150
- Para indicar que houve dúvida na citação, usamos [?], após a palavra/
expressão que parecer duvidosa.
Quando quiser dar ênfase a alguma passagem da citação literal, você pode
grifá-la. Esta alteração deve ser assinalada com a expressão (grifo nosso), logo após
o texto e entre parênteses.
“As formas de prestígio ocorrem mais em textos mais formais, mais nobres,
entre interlocutores que ocupam posições mais elevadas na escala social.”
(VOTRE, 1994, p. 75, grifo nosso).
Neste caso, a palavra, expressão ou frase foi grifada na citação por você! No
original, não havia grifo.
“[...] ‘sabemos’ que uma boa pesquisa precisa ter uma sólida teoria de
apoio que é entendida como a verdade de partida para que possamos construir
uma outra verdade em nível superior.” (GARCIA; ALVES, 2006, p. 265, grifo do
autor).
151
e) Incorreções ou incoerências
A palavra rádio tem acento, mas você não pode fazer essa correção, já que
no seu trabalho você está fazendo cópia literal do fragmento.
A citação indireta ocorre se, ao consultar os originais para fazer seu paper,
você optar por não fazer cópia ao pé da letra e sim produzir um texto com as suas
palavras, mas com o mesmo sentido do texto do autor. Nestas situações, podem
ocorrer paráfrases e condensações.
a) Paráfrases
b) Condensações
152
UNI
ATENCAO
Atenção: ao usar apud, não o grife com negrito, itálico ou sublinhado, ok?
NOTA
153
Lembre que não tivemos acesso ao original, ou seja, ao texto de 1960. Nossa
fonte de consulta foi a obra de Fachin, que é de 2003. Nesta obra, encontramos
a citação na página 73 e não podemos omitir essa informação para o leitor, pois
queremos fazer um trabalho metodologicamente correto.
ou
A escolha pela primeira opção está correta, pois, como não há apud,
significa que tivemos acesso à obra de Young.
UNI
Ei, para você saber, o apud, que pode acontecer tanto em citações diretas (curtas
e longas) quanto em indiretas, deve ser usado como último recurso. Sempre devemos tentar
consultar a obra original, ok?
154
E, antes de encerrar nossa conversa sobre o apud, saiba que você também
pode usar este recurso assim:
Será que você já pensou nas citações feitas a partir da internet? Se sim,
então não se preocupe. No texto, elas são apresentadas para o leitor da mesma
forma como as obras impressas. E, tal como ocorre com as obras impressas, você
deve ter o hábito de anotar o autor, o ano do texto e a página.
155
KANITZ, Stephen. O petróleo não será mais nosso. Veja, São Paulo, n. 36, 10
set. 2008. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/noticia/
desenvolvimento/conteudo_301186.shtml>. Acesso em: 10 out. 2008.
- o versículo inicial é separado do final por hífen, sem espaço entre eles.
156
Vamos explicar os dois, porque quando você fizer suas pesquisas vai
encontrá-los. Contudo, para fazer o paper, o sistema adotado na UNIASSELVI é o
autor-data. Vamos conhecê-los.
• sobrenome do autor;
• ano da publicação da obra;
• a página citada (é opcional sua indicação nos casos de citação indireta).
UNI
157
UNI
c) Nos casos de obras de um, dois, três autores e mais de três autores, seguem os
exemplos, respectivamente:
158
ou
ou
Você também poderia começar com: Para Bagno, Gagne e Stubbs (2002, p.
73)...
159
[...] a autogestão jamais foi uma opção política prévia dos trabalhadores.
Em sua grande maioria, estes não tinham, nem passaram a ter
engajamento político ou sindical. Visavam à sobrevivência e não à
transformação política. Buscaram a autogestão (ou mesmo simplesmente
aceitaram-na, em alguns casos) em razão de uma conjuntura econômica
que os exilava do assalariamento; buscaram-na como única alternativa
ao desemprego.
ou
[...] a autogestão jamais foi uma opção política prévia dos trabalhadores.
Em sua grande maioria, estes não tinham, nem passaram a ter
engajamento político ou sindical. Visavam à sobrevivência e não à
transformação política. Buscaram a autogestão (ou mesmo simplesmente
aceitaram-na, em alguns casos) em razão de uma conjuntura econômica
que os exilava do assalariamento; buscaram-na como única alternativa
ao desemprego. (VALLE et al., 2002, p.160).
UNI
160
UNI
1 Produzir gêneros, localizar e usar informações extraídas de materiais escritos são habilidades essenciais não apenas aos
alunos do Ensino Superior, mas para todo cidadão. No entanto, dados recentes do 5º INAF (Indicador Nacional de Alfabe-
tismo Funcional) apontam que apenas 26% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são plenamente alfabetizados. Destes, 70%
têm até 34 anos. Mais de um terço do grupo pertence às classes A e B e 41% à classe C. A maioria (60%) tem pelo menos o
Ensino Médio completo, outros 25% têm de 8 a 10 anos de estudo, ou seja, no mínimo completaram o Ensino Fundamental.
Estes apenas 26% indicam a necessidade de medidas que melhorem o nível de letramento da população brasileira, com
intuito de que a mesma possa exercer plenamente sua cidadania.
161
REFERÊNCIAS
162
AUTOATIVIDADE
a)
b)
c)
163
d)
3 Volte ao texto da página 161 e observe a nota de rodapé. Que papel ela cumpre
no texto?
a) Regras de Aplicação
164
b) Regras de Elaboração
Exemplo 1:
No texto
Na nota de rodapé
_______________
1
PELANDRÉ, Nilcea Lemos. Ensinar e aprender com Paulo Freire: 40 horas 40
anos depois. São Paulo: Cortez, 2002. p. 132.
Exemplo 2:
No texto
O ‘erro’ linguístico, do ponto de vista sociológico e antropológico, se
baseia, portanto, numa avaliação negativa que nada tem de linguística:
é uma avaliação estritamente baseada no valor social atribuído ao fa
lante, em seu poder aquisitivo, em seu grau de escolarização, em sua
renda mensal, em sua origem geográfica, nos postos de comando que
lhe são permitidos ou proibidos, na cor de sua pele, em seu sexo, e outros
critérios e preconceitos estritamente socioeconômicos e culturais.2
Exemplo 3:
No texto
Na nota de rodapé:
_______________
3
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Autêntica, 2001. p. 18.
Exemplo:
1
GROSSI, Paulo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Fundação
Boiteux, 2004. p. 106.
2
Ibid., p. 128.
Mesmo autor e mesma obra (Ibid substitui indicação de autor e ano). A única
mudança ocorre nas páginas (106, 128) que deram origem às citações.
166
Exemplo:
________________
1
GROSSI, 2004, p. 29.
2
Id.,2000, p. 5.
• Op. cit. – quando a obra de um autor é citada diversas vezes, cita-se normalmente
na primeira vez que aparece e, nas demais, pode-se colocar o nome do autor
acompanhado da expressão op. cit. (opus citatum = obra citada) e a página.
________________
1
GROSSI, 2004, p. 29.
2
SILVA, 2001, p. 17.
3
GROSSI, op. cit., p. 5.
Obra de um autor citada diversas vezes (o ano 2004 é substituído por op.
cit.)
UNI
De acordo com a NBR 10520 (2002, p. 6), as expressões Ibid., Id. e op. cit. “só
podem ser utilizadas na mesma página ou folha da citação a que se referem.’’
• Cf. (confira, confronte) – usada para remeter o leitor a outras leituras que
tratam do tema em questão sob outras perspectivas, diferentes da adotada, ou para
aprofundar o assunto.
No texto:
Na nota de rodapé:
________________
4
Cf. LONGO;CAMPOS, 2002.
167
• loc. cit. (loco citato – no lugar citado) – documento já citado na página anterior.
________________
5 LONGO; CAMPOS, 2002, p. 464
6
LONGO; CAMPOS, loc. cit.
________________
5
LONGO; CAMPOS, 2002, passim.
ATENCAO
Atenção: O sistema numérico só foi apresentado para que você possa conhecê-
lo, mas o paper adota o sistema autor-data.
LEITURA COMPLEMENTAR
A leitura a seguir tem por objetivo enfatizar que um bom trabalho só pode
acontecer a partir de uma busca cuidadosa de materiais. Leia, ande pelas bibliotecas
de sua cidade, não importa se grandes ou pequenas, elas exercem um papel
fundamental na vida de quem quer crescer tanto acadêmica quanto culturalmente.
CONSULTA BIBLIOGRÁFICA
168
169
• Os tipos de citação:
- longas: ultrapassam três linhas, devem estar em fonte 10, sem aspas, com recuo
de 4 cm da margem esquerda.
- indiretas: paráfrase das ideias do autor. Sua apresentação no texto exige apenas
a indicação do sobrenome do autor e ano da obra.
170
a) “Administrar é uma arte, não é uma ciência. Como tal, é uma expressão de
estilo individual.” (Brown e Werner apud Carvalho, 1990, p.18).
171
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
173
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo (se houver). Edição. Local: Editora, Ano.
Número de páginas. Número do ISBN.
UNI
2 FONTES DE INFORMAÇÃO
Os elementos da referência devem ser retirados, sempre que possível, da
folha de rosto e da ficha catalográfica, quando houver, que, em geral, se encontra
no verso da folha de rosto.
ISBN 978-85-7830-564-2
Veja, todos os dados de que você precisa para fazer a referência estão ali,
mas se você não passar a observá-la, terá muitos problemas quando acabar o
trabalho: voltar à biblioteca, torcer para o livro não ter sido emprestado etc.
Conforme a NBR 6023 (2002, p. 3), as referências devem ser “[...] alinhadas
somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente
cada documento [...].” Além disso, a versão atualizada da NBR 14724 (2011, p. 10)
orienta que “as referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por
um espaço simples em branco.” Na prática, você terá uma lista de referências com
as mesmas características a seguir:
Alinhamento à esquerda
Separadas entre si por um espaço simples
Em ordem alfabética
FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 2. ed. São Paulo:
Ática, 1999.
MACHADO, A. R. Resumo: leitura e produção de textos técnicos e acadêmicos. São Paulo: Parábola
Editorial, 2004.
MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Coleção leitura e
produção de textos técnicos e acadêmicos: resumo. São Paulo: Parábola, 2004.
______. Coleção leitura e produção de textos técnicos e acadêmicos: resenha. São Paulo: Parábola,
2004.
Quando houver autor repetido, este pode ser substituído por um travessão (este
deve ter 6 espaços).
175
• depois do autor;
• depois do título;
•depois da imprenta (formada por local da publicação, editora e data da publicação);
•depois dos dados complementares.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2004. 133 p. ISBN 85-249-0771-1.
UNI
b) Dois-pontos
• antes do subtítulo;
• antes da editora;
• depois de In.
c) Vírgula
FERREIRA, Delson. Manual de sociologia: dos clássicos à sociedade da informação. São Paulo:
Atlas, 2001.
176
CABRAL, Otávio; DUALIBI, Julia. Ele assusta o governo. Veja, São Paulo, n. 31, p. 57-62, 3 ago.
2005.
UNI
Ei, este exemplo é parte da referência de um artigo de revista, por isso ele é
diferente dos demais.
d) Ponto e vírgula
TAFNER, Malcon Anderson; FISCHER, Julianne. Manga com leite mata: reflexões sobre
paradigmas da educação. Indaial: ASSELVI, 2001.
e) Hífen
Emprega-se o hífen:
l Entre página inicial e final da parte referenciada.
CABRAL, Otávio; DUALIBI, Julia. Ele assusta o governo. Veja, São Paulo, n. 31, p. 57-62, 3 ago.
2005.
FIORIN, José Luiz. Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico. In: SILVA, Fábio Lopes
da; MOURA, Heronides Maurílio de Melo (Orgs.). O Direito à fala: a questão do preconceito
linguístico. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2002. p. 23-39.
UNI
177
f) Barra transversal
g) Colchetes
h) Parênteses
TAVARES, Maria Alice. A gramaticalização de E, AÍ, DAÍ e ENTÃO... 2003. 302 f. Tese
(Doutorado em Linguística) – Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
SILVA, Fábio Lopes da; MOURA, Heronides Maurílio de Melo (Orgs.). O Direito à fala: a questão
do preconceito linguístico. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2002.
UNI
Fique atento(a), os exemplos aqui também são diferentes: o primeiro é uma tese
e o segundo, um livro.
i) Reticências
TAVARES, Maria Alice. A gramaticalização de E, AÍ, DAÍ e ENTÃO... 2003. 302 f. Tese (Doutorado
em Linguística) – Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2003.
178
UNI
j) Recursos tipográficos
CABRAL, Otávio; DUALIBI, Julia. Ele assusta o governo. Veja, São Paulo, n. 31, p. 57-62, 3 ago.
2005.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2004.
UNI
3.1 AUTOR
Indica(m)-se o(s) autor(es) físico(s) entrando com o sobrenome em
maiúsculas, seguido pelo nome e separado por vírgula.
179
a) Um autor:
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo (se houver). Edição. Local: Editora, Ano.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 2004.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São Paulo: Cortez,
2004.
b) Dois autores:
TAFNER, Malcon Anderson; FISCHER, Julianne. Manga com leite mata: reflexões sobre
paradigmas da educação. Indaial: ASSELVI, 2001.
c) Três autores:
180
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. 11. ed.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
SOBRENOME, Prenome et al. Título: subtítulo (se houver). Edição. Local: Editora,
Ano.
MATEUS, Maria Helena Mira et al. Gramática da língua portuguesa. 5. ed. Lisboa: Caminho, 2003.
SILVA, Fábio Lopes da; MOURA, Heronides Maurílio de Melo (Orgs.). O Direito à fala: a questão
do preconceito linguístico. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2002.
VANDRESEN, Paulino (Org.). Variação e mudança no português falado da região sul. Pelotas:
Educat, 2002.
UNI
ANTEAG. Autogestão: construindo uma nova cultura nas relações de trabalho. 2. ed. São Paulo:
ANTEAG, 2002.
181
Exemplo correto:
3.3 EDIÇÃO
Para indicar a edição da obra, usa-se o algarismo arábico, seguido de ponto
e a abreviatura da palavra “edição” (ed.).
182
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2004.
UNI
Quando a edição for a primeira, ela não deve participar da referência de uma obra.
a) Local da publicação
Viçosa, MG
Viçosa, AL
b) Editora
Ed. da UFPR (neste caso, há necessidade de se colocar Ed. ou Editora para identificar efetivamente
o editor).
183
• Quando não é identificada, indique entre colchetes a expressão abreviada [s. n.]
(sine nomine, que significa sem editora).
c) Data
Janeiro = jan.
Fevereiro = fev.
Setembro = set.
Maio = maio
184
a) Páginas
FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 2. ed.
São Paulo: Ática, 1999. 318 p.
UNI
FIORIN, José Luiz. Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico. In: SILVA, Fábio
Lopes da; MOURA, Heronides Maurílio de Melo (Orgs.). O Direito à fala: a questão do
preconceito linguístico. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2002. p. 23-39.
b) Volumes
5 v.
c) Séries e coleções
Os títulos das séries e das coleções são indicados entre parênteses ao final
da referência.
185
ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Moderna, 1993. 206 p. (Coleção Travessias).
UNI
4 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS
Depois de conhecer os elementos formadores das referências e como estes
devem ser configurados, você verá agora como esses elementos são organizados
conforme o tipo de material consultado. Ao longo dos exemplos apresentados
anteriormente, você já deve ter reparado que cada material obedece a uma sequência
própria para indicação dos elementos essenciais. Portanto, fique atento(a) ao tipo
de material exemplificado para não se perder no meio de tantas informações.
4.1 LIVROS
a) Considerados no todo
Modelo:
AUTOR. Título. Edição. Local da publicação: Editora, Ano.
Exemplo:
ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Moderna, 1993.
186
Modelo:
AUTOR. Título: subtítulo (se houver). Ano de apresentação. Número de folhas. Tese, dissertação
ou trabalho acadêmico (Grau e área) – Unidade de ensino e instituição, local e data.
Exemplos:
SILVA, Everaldo. A atuação do movimento sindical frente ao processo de falência. Os casos dos
sindicatos dos mineiros/Criciúma e trabalhadores têxteis/Blumenau. 2005. 170 f. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Centro de Ciências Humanas e da Comunicação,
Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2005.
Modelo:
AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, Ano. Localização da parte consultada.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2004. cap.1.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 2004. p. 15-43.
Modelo:
AUTOR da parte referenciada. Título da parte. In: AUTOR da obra. Título da obra. Edição. Local
de publicação: Editora, Ano. Localização da parte consultada.
Exemplo:
FIORIN, José Luiz. Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico. In: SILVA, Fábio
Lopes da; MOURA, Heronides Maurílio de Melo (Orgs.). O Direito à Fala: a questão do
preconceito linguístico. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2002. p. 23-39.
187
UNI
Ei, quando se trata de obra considerada em parte, é o título da obra que aparece
em negrito e não o da parte referenciada, você notou isso?
Modelo:
TÍTULO. Local da publicação: editora, data de início e de término da publicação (se houver).
Exemplo:
SÃO PAULO MEDICAL JOURNAL. São Paulo: Associação Paulista de Medicina, 1932-.
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-.
Modelo:
TÍTULO. Título do fascículo (suplemento, número especial). Local da publicação: editora, número
do volume e/ou ano. Número do exemplar. Nota de identificação de particularidades.
Exemplo:
VEJA. Veja 40 anos. São Paulo: Abril, Veja 2077, ano 41, set. 2008. Edição especial.
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do Jornal, local da publicação, data. Seção caderno ou
parte do jornal, página do artigo referenciado.
188
Exemplo:
FERRARI, Jaimir. A massa falida da Sul Fabril. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, 2 set. 2004.
Economia, p. 2.
TÍTULO do artigo. Título do Jornal, local de publicação, data. Seção caderno ou parte do jornal,
página.
Exemplo:
MINEIROS acertam a compra da CBCA. Jornal da Manhã, Criciúma, 1/2 nov. 1997. Geral, p. 4.
UNI
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do Jornal, local de publicação, página, data.
Exemplo:
LAPS, Leo. Inspiração em família. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, p. 40, 28 e 29 maio 2005.
UNI
189
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título da revista, local da publicação, volume, fascículo ou
número, página inicial e final, data.
Exemplo:
CABRAL, Otávio; DUALIBI, Julia. Ele assusta o governo. Veja, São Paulo, n. 31, p. 57-62, 3 ago.
2005.
TÍTULO do artigo. Título da revista, local da publicação, volume, fascículo ou número, página
inicial e final, data.
Exemplo:
ATENCAO
4.7 RELATÓRIOS
Modelo:
NOME DA INSTITUIÇÃO. Título do Relatório. Local da publicação, ano.
Exemplo:
BIBLIOTECA NACIONAL (Portugal). O 24 de julho de 1833 e a guerra civil de 1829-1834.
Lisboa, 1983.
190
Modelo:
NOME DO EVENTO, número do evento, ano de realização, local (cidade) de realização.
Título do Documento (anais, resumos etc.). Local de publicação: Editora, ano de publicação.
Exemplo:
4.9 ENCICLOPÉDIAS
Modelo:
AUTOR da obra. Título da obra. Local da Publicação: Editora, ano.
Exemplo:
NOVA enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Brittanica, 1997. v. 2.
Quando se faz referência de uma parte dessas obras, com autor ou sem
autor, procede-se da mesma forma que se faz quando se referencia parte ou
capítulo de livro, ou seja, autor, título e obra de onde é extraída a parte ou capítulo,
precedida de In, seguido por dois-pontos.
Modelo:
VERBETE. In: AUTOR da obra. Título da obra. Edição. Local: Editora, ano.
Exemplo:
AUTOMÓVEL. In: NOVA enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Brittanica, 1997. v.
2. p. 221- 224.
4.10 BÍBLIA
Modelo:
191
Exemplo:
BÍBLIA, Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira Almeida. 49. ed. Rio de Janeiro: Imprensa
Bíblica Brasileira, 1981.
Modelo:
Exemplo:
SILVA, Everaldo da. Apostila de sociologia geral. Brusque: ASSEVIM – Associação Educacional do
Vale do Itajaí-Mirim, 2003.
Modelo:
Exemplo:
Modelo:
NOME DO Entrevistado. Título. Local, Data.
Exemplo:
SILVA, Everaldo da. Entrevista concedida pelo coordenador da Comissão Própria de Avaliação
(CPA) da Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim. Brusque, 24 mar. 2005.
192
Modelo:
NOME DO ENTREVISTADO. Título. Referência da publicação. Nota de entrevista.
Exemplo:
MANTEGA, Guido. Ortodoxia de esquerda. Veja, São Paulo, n. 49, p. 11-15, 12 dez. 2007. Entrevista
concedida a Marcio Aith.
4.15 FILMES
Modelo:
Título. Diretor. Local: Produtora: Distribuidora, Data. Especificação do suporte em unidades físicas.
Exemplo:
EU, robô. Direção de Alex Proyas. EUA: Fox: Videolar, 2004. 1 DVD.
Modelo:
Jurisdição. Nome da Corte ou Tribunal. Título (natureza da decisão ou ementa). Tipo e número do
recurso. Partes litigantes (se houver). Nome do Relator. Local, data. Indicação da publicação que
divulgou o acórdão, decisão ou sentença.
Exemplo:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição n. 818. República
Italiana e Maurizio Lo Iacono. Relatora: Ministra Ellen Gracie. Brasília, 18 de dezembro de 2003. Revista
Trimestral de Jurisprudência, Brasília, DF, v. 191, p. 777-791, jan./mar. 2005.
193
Modelo:
c) Pareceres
Modelo:
Modelo:
AUTOR. Título: subtítulo (se houver). Ano de apresentação. Número de folhas. Tese, dissertação
ou trabalho acadêmico (Grau e área) – Unidade de ensino e instituição, local e data. Disponível
em: <endereço>. Acesso em: data.
Exemplo:
Modelo:
Exemplo:
SPINOLA, Noenio. Como exportar e dialogar melhor com o sistema financeiro na alvorada do
E-Trade. São Paulo: Siciliano, 1998. 1 CD-ROM.
Modelo:
AUTOR. Título. Local da Publicação: Editora, Ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
195
Exemplo:
PROCÓPIO, Ednei. Construindo uma biblioteca digital. São Paulo: Edições Inteligentes, 2004.
Disponível em: <http://virtualbooks.terra.com.br/osmelhoresautores/download/bibliotecadigital.
pdf>. Acesso em: 10 out. 2005.
Modelo:
Autor da parte referenciada. Título da parte referenciada. Referência da Publicação no todo precedida
de In: Localização da parte referenciada. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
Exemplo:
TAFNER, Elisabeth Penzlien. Um pouco de história: as origens do tempo futuro. In: _____. As
formas verbais de futuridade em sessões plenárias: uma abordagem sociofuncionalista. 2004. 188 f.
Dissertação (Mestrado em Linguística) – Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal
de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. cap. 1. Disponível em: <http://150.162.90.250/teses/PLLG0312.
pdf>. Acesso em: 10 out. 2005.
Modelo:
Autor da parte referenciada. Título da parte referenciada. Referência da Publicação no todo precedida
de In: Localização da parte referenciada. CD-ROM.
Exemplo:
SPINOLA, Noenio. Eu também posso. In: ______. Como exportar e dialogar melhor com o sistema
financeiro na alvorada do E-Trade. São Paulo: Siciliano, 1998. cap. 1.1 CD-ROM.
Modelo:
Autor da parte referenciada. Título da parte referenciada. Referência da Publicação no todo precedida
de In: Localização da parte referenciada. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
Exemplo:
PROCÓPIO, Ednei. As possibilidades de uma bibilioteca digital. In: ______. Construindo uma
biblioteca digital. São Paulo: Edições Inteligentes, 2004. p. 25-28. Disponível em:
<http://virtualbooks.terra.com.br/osmelhoresautores/download/bibliotecadigital.pdf>. Acesso em:
11 out. 2005.
196
Modelo:
Autor do artigo. Título do artigo. Título da revista, Local da publicação, volume, fascículo ou
número, página inicial e final, data. CD-ROM.
Exemplo:
SILVA, Everaldo da; FISTAROL, Mauro César. Globalização como força para redução do mercado
de trabalho. Agathos Revista Científica da Assevim, Brusque, v. 1, n. 1, p. 18-28, 8 ago. 2005. 1
CD-ROM.
Modelo:
Autor do artigo. Título do artigo. Título da revista, Local da publicação, volume, fascículo ou
número, página inicial e final, data. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
Exemplo:
TAFNER, Elisabeth Penzlien. Como os manuais de português para estrangeiros tratam a expressão
da futuridade. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Minas Gerais, v. 7, n. 1, p. 53-64, 2007.
Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/rbla/2007_1/03-Elizabeth%20Tafner.pdf>. Acesso em:
29 out. 2008.
Modelo:
Autor do artigo. Título do artigo. Título do Jornal, Local da publicação, data. Seção caderno ou
parte do jornal, página. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.
Exemplo:
CRITELLI, Dulce. A grande ferida humana. Folha de São Paulo, São Paulo, 06 out. 2005. Folha
Equilíbrio, p. 28. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0610200501.htm>.
Acesso em: 6 out. 2005.
197
l A lista de referências deve conter apenas as obras que originaram citações ao longo do
texto.
l Cada sinal de pontuação tem uma função específica entre os elementos da referência.
l Como elaborar vários tipos de referência: livros, trabalhos acadêmicos, artigos de jornal,
artigos de revista, relatórios, enciclopédias, bíblia, palestra etc.
198
e) YURI, Flávia; Internet por Rádio é uma boa?. Info Exame, São Paulo. N. 216,
p. 38, mar. 2004.
199
ANDERY, Maria Amália Pie Abib et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva
histórica. 5. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1994.
200
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia
científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
GIL, Antonio C. Métodos e técnicas em pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
MERTON, Robert K. Sociologia: teoria e estrutura. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
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