A Percepção Do Policial Militar Sobre o Atendimento A Mulheres Vítimas Na Instituição Policial
A Percepção Do Policial Militar Sobre o Atendimento A Mulheres Vítimas Na Instituição Policial
A Percepção Do Policial Militar Sobre o Atendimento A Mulheres Vítimas Na Instituição Policial
RESUMO
Este trabalho aborda a percepção do policial militar sobre o atendimento que sua instituição policial
presta a mulheres vítimas. Tal abordagem se justifica em razão dos resultados da pesquisa do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP, 2016) sobre a percepção da violência sexual e o
atendimento a mulheres vítimas pelas instituições policiais. O estudo teve por objetivo analisar
como o policial militar percebe a sua atuação no atendimento às mulheres vítimas nas instituições
policiais. Este propósito será conseguido mediante estudo transversal, de caráter exploratório-
descritivo, de amostra da população de policiais militares da Polícia Militar do Distrito Federal
(PMDF), oficiais e praças, do sexo masculino e feminino, das diversas unidades da corporação,
alocados nas atividades fim e meio da instituição em regiões administrativas do Distrito Federal.
A pesquisa evidenciou a compreensão da dinâmica das atividades policiais, a diferença de gênero
na percepção policial sobre a violência cometida contra as mulheres, a necessidade de capacitação
permanente sobre a temática e divulgação institucional a ser realizada pelo Policiamento de
Prevenção Orientado à Violência Doméstica (PROVID).
Palavras-chave: Mulher. Policial Militar. Violência.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda a percepção do policial militar sobre o atendimento realizado pela
instituição policial a mulheres vítimas de violência. Recentemente, o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP, 2016) produziu um estudo, cujo resultado indicou que as organizações
policiais não possuem preparo para lidar com as questões e ocorrências relacionadas à violência
sexual cometida contra mulheres. Nesse contexto, na busca de instrumentalizar estratégias de
governança no enfrentamento desse fenômeno, este trabalho pretende responder a seguinte
pergunta de pesquisa: “como o policial militar percebe a sua atuação no atendimento às mulheres
vítimas de violência?”
1
Major Policial Militar, Bacharel em Direito (IESB), e Mestre em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação
Internacional (UnB). Aluna do Curso de Altos Estudos (ISCP).
2
Capitão Policial Militar, Bacharel em Administração (UnB), e Mestre em Psicologia Social do Trabalho (UnB).
3
Capitão Policial Militar, Bacharel em Direito (UNICID), e Pós-Doutor em Psicologia Organizacional (UnB).
2
brasileiras de acordo com a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP, 2016),
denominada #APolíciaPrecisaFalarSobreEstupro, e reforça a necessidade de aprimoramento de
gestão das instituições do sistema de segurança pública no atendimento de mulheres.
Percebe-se que o modelo proposto pela SSPDF consiste num esforço cooperativo,
similar ao conferido pela Câmara Técnica Distrital de Gestão e Monitoramento do Pacto Nacional
pelo enfrentamento da violência contra as mulheres, como respostas ao controle da criminalidade,
ambos com finalidade de garantir segurança cidadã e acesso à justiça para as mulheres em situação
de violência. A atuação de ambos os instrumentos consiste em uma resposta à criminalidade, e
também como uma resposta política, oriunda do campo político, dos legisladores.
Segundo Garland (2001), as respostas preventivas serão das polícias, por meio do
gerenciamento de controle da criminalidade, polícia comunitária, controle de bairros, e do sistema
de justiça criminal por meio de penas alternativas e outras medidas. No caso específico da Polícia
Militar do Distrito Federal, uma das respostas preventivas consistiu na implementação do
Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica (PROVID), modalidade de
policiamento preventivo, que atua no monitoramento de medidas protetivas expedidas pelo sistema
de justiça criminal, Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) e Ministério Público do
Distrito Federal (MPDFT). Nesse contexto, percebe-se a realização de atividades preventivas de
gênero no âmbito do Distrito Federal, as quais carecem de interseccionalidade com outros
marcadores sociais, além de ampliação de atendimento pela corporação e para a corporação, nos
casos de cometimento de violência doméstica por seus integrantes.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 ABORDAGEM
Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório-descritivo, de amostra da
população de policiais militares da PMDF, que atuam em unidades operacionais, denominados
batalhões em regiões administrativas do DF.
A pesquisa apresentará uma abordagem mista, pois envolverá a análise de dados, com
abordagem quantitativa, por intermédio do método da estatística descritiva. E, abordagem
qualitativa, a qual acontecerá por intermédio da pesquisa documental.
9
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Número de policiais militares na ativa por postos e graduações da PMDF. Brasília, 2016.
UNIVERSO: EFETIVO TOTAL PMDF
Feminino Masculino Total
Posto ou % em % em
graduação relação ao relação ao
Absoluto Absoluto Absoluto %
total do total do
universo universo
Coronel 3 0,02% 51 0,39% 54 0,41%
Tenente
5 0,04% 99 0,75% 104 0,79%
coronel
Major 35 0,27% 278 2,11% 313 2,38%
Capitão 38 0,29% 238 1,81% 276 2,10%
Oficial
2º
2 0,78% -0,35% 8 3,14% -10,71% 10 3,92% -11,06%
Sargento
3º
0 0,00% -0,91% 120 47,06% 26,08% 120 47,06% 25,17%
Sargento
Cabo 0 0,00% -1,09% 7 2,75% -10,67% 7 2,75% -11,77%
Soldado 0 0,00% -3,38% 21 8,24% -9,85% 21 8,24% -13,24%
Total 17 6,67% -2,49% 238 93,33% 2,49% 255 100% 0,00%
Fonte: Autora/Subsecretaria da Gestão da Informação (SGI/SSPDF).
Sexo
Sexo Absoluto Porcentual
Masculino 241 92,3%
Feminino 17 6,5%
Não respondeu 3 1,1%
Faixa etária
Faixa etária Absoluto Porcentual
25 a 29 anos 9 3,45%
30 a 34 anos 21 8,05%
35 a 39 anos 20 7,66%
40 a 44 anos 94 36,02%
45 a 49 anos 102 39,08%
50 a 54 anos 14 5,36%
55 a 59 anos 1 0,38%
Total 261 100%
Cor da pele
Cor da pele Frequência Porcentual
Parda 158 60,5%
Branca 68 26,1%
Negro 24 9,2%
Amarela 3 1,1%
Indígena 3 1,1%
Outra cor 3 1,1%
Não respondeu 2 0,8%
Total 261 100%
Grau de escolaridade
Grau de escolaridade Frequência Porcentual
Ensino fundamental completo 1 0,4%
Ensino médio incompleto 5 1,9%
Ensino médio completo 31 11,9%
Superior incompleto 26 10,0%
Superior completo (graduação) 130 49,8%
Mestrado 66 25,3%
Não respondeu 2 0,8%
Total 261 100%
13
Tabela 5 – Diferença de opinião entre policial masculino e feminino da amostra. Brasília, 2016.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - CONCORDAM COM A FRASE
Situação Masculino Feminino
Toda ocorrência de violência contra mulher deve encerrar na delegacia 74,70% 70,60%
Mulher que fica ligando toda hora para a emergência da polícia (CIADE) para comunicar
violência doméstica, mas não se separa do marido/companheiro, deve ser atendida da 68,00% 64,70%
mesma forma pela autoridade policial.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - CONCORDAM COM A FRASE
Situação Masculino Feminino
A violência doméstica é causada por problemas com álcool ou drogas. 52,20% 35,30%
Eu conheço a Lei 11.340/2006. 47,90% 64,70%
Mulher que não larga o companheiro depois de apanhar é porque no fundo até gosta. 20,50% 0,00%
Fonte: Autora/Subsecretaria da Gestão da Informação (SGI/SSPDF).
4
Entenda-se como “kit peba” o indivíduo que utiliza a vestimenta roupa larga e boné de aba reta ...
15
como suspeito” (19,5%). Em princípio, este resultado aparenta ser contraditório, visto que as duas
questões tratam do mesmo tema e apenas foram escritas de forma diferente. Porém, uma possível
explicação é que a categoria “kit-peba” já é naturalizada pelos policiais militares, sendo algo
comum e do cotidiano, enquanto a última frase é mais explícita em relação ao tema racismo.
Verifica-se que a abordagem de fatores estruturais da violência, como normas sociais promovem a
sua aceitação, conforme aponta o estudo do FBSP (2016) que ressalta que geralmente as
autoridades legais já possuem um entendimento pré-concebido sobre os crimes cometidos contra
as mulheres, e que tal construção social acarreta a culpabilização da vítima e falta de confiança e
crédito no sistema e em seus operadores. Podemos observar hipoteticamente que a abordagem dos
fatores estruturais da violência, como normas sociais, promove a aceitação da violência.
Tabela 6 – Grupos Vulneráveis. Brasília, 2016.
GRUPOS VULNERÁVEIS – CONCORDAM COM A FRASE
Nem concorda,
Situação Concorda Discorda
nem discorda
O jovem que usa “kit peba” tem mais chance de ser abordado
79,7% 11,0% 9,3%
pelos policiais militares.
Usuários e dependentes de drogas precisam de atividades que
visem a redução dos danos e tratamento psicológico. Nesse
63,9% 17,0% 19,1%
sentido o trabalho da polícia deve ser articulado com a
assistência social.
O profissional de segurança pública deve tratar a travesti ou a
mulher transexual pelo nome que consta no RG, bem como os 58,5% 13,3% 28,2%
documentos devem ser registrados assim.
A frase: “Elemento suspeito cor padrão” é discriminação. 57,7% 11,7% 30,5%
Independente do que o indivíduo faça, se ele for negro, e
estiver usando roupa larga e boné de aba reta, você deverá 19,5% 19,0% 61,5%
considerá-lo como suspeito.
Fonte: Autora/Subsecretaria da Gestão da Informação (SGI/SSPDF).
25%
20%
15%
10%
6,8%
5%
0%
População PMDF
Segundo a pesquisa do FBSP (2016), 30% da população concordam que “a mulher que
usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”, enquanto que entre os Policiais
Militares, 6,8% concorda com a frase.
Gráfico 3 – Comparativo: a polícia militar não está preparada para atender mulheres vítimas de violência
40%
31%
30%
20%
10%
0%
População PMDF
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
policial” (66,7%). O menor percentual de concordância dos entrevistados foi: “É preciso uma
polícia dura, e os Direitos Humanos apenas para as pessoas de bem” (43,4%). Sobre como a
profissão policial é reconhecida a partir do seu ethos masculino, a percepção de homens e mulheres
policiais militares sobre o trabalho policial demonstra que 65% dos homens concordam que a
apreensão de arma de fogo é a ação mais valorizada, seguida de 52,3% daqueles que consideram o
radiopatrulhamento a atividade mais importante da corporação. Sobre as mulheres, 64,7% delas
concordam que a apreensão de arma de fogo é a ação mais valorizada, porém ocorreu expressiva
diminuição sobre o radiopatrulhamento como trabalho mais importante, pois apenas 29,4%
consideram assim essa modalidade.
Em relação ao segundo objetivo da pesquisa, sobre a percepção dos policiais militares
sobre a violência cometida contra as mulheres, verifica-se uma clara diferença entre a percepção
dos policiais militares do sexo masculino e a dos policiais militares do sexo feminino. Os homens
policiais militares no geral possuem opiniões menos progressistas do que as mulheres. Apenas
47,9% declararam conhecer a Lei n.º 11.340/2006 (LMP); 20,5% acreditam que a mulher que não
larga o companheiro depois de agredida é porque gosta; e 52,2% acreditam que a violência
doméstica é causada por problemas com álcool e drogas. As mulheres policiais militares tendem a
ter opiniões mais progressistas, pois 0,0% concorda que a mulher que não larga o companheiro
depois de apanhar é porque gosta; apenas 35,3% acreditam que a violência doméstica é causada
por problemas com álcool e drogas; e 64,7% conhecem a Lei n.º 11.340/2006. Destaca-se um
posicionamento sexista sobre a demanda relacionada à violência cometida contra as mulheres.
Nesse sentido, buscou-se também aferir o posicionamento sobre o atendimento a
grupos vulneráveis de uma forma geral, e o resultado seguiu a mesma tendência anterior,
especificamente no que diz respeito ao marcador social relacionado à cor dos indivíduos, conforme
o resultado sobre a percepção dos policiais militares masculinos e femininos a respeito dos grupos
vulneráveis, na qual a questão que os (as) policiais militares mais concordam é “O jovem que usa
‘kit peba’ tem mais chance de ser abordado pelos policiais militares” (79,7%), e a que menos
concordam é “Independente do que o indivíduo faça, se ele for negro, e estiver usando roupa larga
e boné de aba reta, será considerado como suspeito” (19,5%).
Em relação ao terceiro objetivo, sobre verificar a existência de capacitação permanente
e continuada dos servidores sobre a temática em comento, verificou-se que a maioria dos policiais
militares não participou de cursos sobre atendimento a grupos vulneráveis, 70,8%; ou atendimento
20
a mulheres vítimas de violência, 75%. Percebe-se que a instituição policial não incorpora gênero
em seus pressupostos.
No que tange ao quarto objetivo, detectar estratégias inovadoras e boas práticas,
conclui-se que, embora a PMDF possua como uma de suas relevantes ações a execução do
Policiamento Orientado para a Prevenção da Violência Doméstica (PROVID), no geral, a maioria
dos policiais não conhecem a modalidade de policiamento citada. Os policiais que não conhecem
ou apenas já ouviram falar, mas não sabem do que se trata totalizam 62,9%. Desta forma, apenas
37,1% conhecem o PROVID.
Sobre o comparativo da pesquisa do FBSP (2016) e o presente estudo, conclui-se que
há divergências entre a percepção da população sobre o atendimento às mulheres vítimas de
violência e dos operadores do sistema de segurança pública, no caso específico, policiais militares.
Um ponto que merece destaque e consideração é o fato de que um terço dos servidores não se
considera preparado para o atendimento de ocorrências de violência cometida contra mulheres.
Diante dos resultados, observa-se a limitação desta pesquisa ao se restringir a uma
única corporação policial militar e a escassez de estudos a fim de possibilitar análises e
comparações mais densas. Nesse sentido, a pesquisa não pretende esgotar o tema, mas, sim,
colaborar para um maior desvelamento sobre ele e incentivar a elaboração de novos estudos, sejam
eles para contribuir para a criação de indicadores sociais e institucionais de tolerância em relação
às violências cometidas contra as mulheres, formulação de iniciativas para mudança nos padrões
de atitudes institucionais, para eliminação da violência de gênero, adequação das normas vigentes
à proteção aos Direitos Humanos, formação profissional e necessidade de implantação e
acompanhamento de matriz curricular que promova a equidade de gênero e resolução de conflito
sem o uso das violências.
O ponto evidenciado suscitará o desenvolvimento de novas pesquisas e estudos, com
vistas a aprofundar o conhecimento e propiciar maior visibilidade ao fenômeno. A capacitação dos
servidores policiais da área de segurança pública, diante da complexidade do fenômeno da
violência contra a mulher, deverá oportunizar o entendimento de que esta transcende a violência
física visível. Assim, verifica-se a necessidade de ampliação do olhar desses agentes no
enfrentamento desse fenômeno, seja no ambiente público como no privado. Homens e mulheres
inseridos no Sistema de Segurança Pública precisam ativamente promover a mudança de
21
ABSTRACT
This paper approaches the perception of the military police officer about the attendance of female
victims in the police institution. This aim is justified by the results of the survey conducted by the
Brazilian Forum on Public Security (FBSP, 2016) Perception of sexual violence and assistance to
female victims in police institutions. The study’s aim was to analyze how the military police officer
realize their role in serving women victims in police institutions. This purpose will be achieved
through a cross-sectional, exploratory-descriptive study of a sample of Military Federal Police
District (PMDF) military police officers, male and female officers and staff from the various units
of the corporation, allocated to do the final and middle activities in regions of Federal District. The
research evidenced an understanding of the dynamics of police activities, the gender difference in
police perceptions of violence against women, the need for ongoing training on the subject, and the
internal corporation dissemination of Domestic Violence Preventive Policing (PROVID).
Keywords: Women. Violence. Military Police Officer.
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