Ensino Naturalístico
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• Elementos fundamentais:
1. Uso de estratégias de motivação como elemento instrucional,
2. Inserção de alvos relevantes para estágios posteriores do desenvolvimento,
3. Contexto que favoreça a generalização.
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Estratégias de Motivação
OM - Qualquer variável ambiental que:
a) altere a efetividade de algum objeto ou evento como reforçador ou punidor e b)
altere a frequência momentânea de todos os comportamentos relacionados a essas
consequências (LARAWAY et al.2003).
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Estratégias de Motivação
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Estratégias de Motivação
• Efeito estabelecedor:
• O terapeuta pode, por exemplo, manipular uma operação motivacional que aumente a probabilidade de
emissão de pedidos por uma criança (ou seja, Mandos).
• Efeito abolidor:
• Uma criança emite muitas respostas de pular as quais possivelmente são reforçadas
proprioceptivamente e acontecem de forma estereotipada. O terapeuta pode expor inicialmente essa
criança a atividades que produzam essa sensação. Essa operação ambiental pode produzir uma saciação
desse reforçador de maneira que, uma vez exposta a um contexto de brincadeira, a criança esteja menos
motivada para pular e mais atenta a outros possíveis reforçadores do ambiente.
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Estratégias de Motivação
• Variar tentativas intercalando habilidades já dominadas pela criança com habilidades que estão em
desenvolvimento também é uma estratégia motivacional, pois mantém a densidade de reforçamento
durante a intervenção e a criança se mantém respondendo.
• Avaliação de preferência é fundamental!
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Escolha das Habilidades
• As habilidades são ensinadas no curso das experiências, interações e rotinas diárias da criança.
• Respostas-alvo serão aquelas mais prováveis de acontecer tanto no ambiente de terapia quanto em
situações cotidianas (pedidos, descrições, seguimento de instruções).
• Generalização para novos repertórios a partir de uma habilidade ensinada.
• Exemplo: a partir da aquisição do repertório imitativo, normalmente, a criança é capaz de aprender
muitos outros repertórios relevantes para o seu desenvolvimento, como repetir palavras, brincar
socialmente, dançar etc. (BOSCH; FUQUA, 2001; ROSALES-RUIZ; BAER, 1997).
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Contexto de Aprendizado
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Contexto de Aprendizado
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“Interação entre um adulto e uma
criança em uma situação não
estruturada, como a hora da
brincadeira, e que é utilizada pelo
adulto para transmitir informações ou
ajudar a criança a praticar alguma
habilidade”
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(HART; RISLEY, 1975, p. 411).
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Ensino Incidental (IT)
• Condução do treino:
a) A situação serve para o IT? (Note se a emissão das respostas é adequada àquele contexto).
Por exemplo, que contexto usar para o treino de mando por informações pessoais?
c) Que tipo de dica deverá ser utilizado para que a resposta-alvo seja emitida pela criança?
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Ensino Incidental (IT)
• O objetivo final é que apenas a presença do adulto e o seu contato visual sejam suficientes para evocar a
habilidade-alvo na criança (HART; RISLEY, 1975).
• O terapeuta deve solicitar habilidades já presentes repertório da criança e gradualmente modelar as
respostas até a topografia final utilizando uma hierarquia de dicas.
• O IT é muito utilizado para ensino de linguagem, porém habilidades sociais, imitação, acadêmicas
(identificação de estímulos) ou de brincar (troca de turno) também podem ser ensinadas nesse contexto.
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Ensino Incidental (IT)
• A criança direciona-se para um item de seu interesse puxando a mão do terapeuta em direção a um
armário.
• O terapeuta abaixa na altura da criança e faz contato visual.
• Respostas:
a) Se a criança responde com um pedido vocal o terapeuta pega o item e entrega à criança.
b) Se a criança não responde com um pedido vocal, o terapeuta dá o modelo, a criança repete o modelo e
tem acesso ao item.
c) Se a criança não for vocal, a resposta-alvo produzida com a ajuda do terapeuta poderá ser gestual ou por
meio de algum sistema de comunicação alternativo, como o PECS.
• A entrega do reforçador configura o fim do episódio.
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Ensino Incidental (IT)
Passo 1 - Estabelecer uma operação motivacional para iniciação da criança.
• Dispor brinquedos e atividades de interesse visíveis, mas fora de seu alcance).
• Uso de certos reforçadores apenas em contexto de terapia (privação).
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Interação Habilidade Treinada Procedimento
Cliente: Se dirige à estante e estica o braço.
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Interação Habilidade Treinada Procedimento
Terapeuta diz: “Muito bem! Está ótimo! Você quer
as bolinhas de que cor?”
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Interação Habilidade Treinada Procedimento
Terapeuta diz: “Obrigada! Pega outra bolinha pra
mim?”
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Interação Habilidade Treinada Procedimento
Terapeuta diz: “Obrigada! Quantas bolinhas você
tem?”
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Interação Habilidade Treinada Procedimento
Terapeuta joga, derruba 3 pinos e diz: “Oba!
Derrubei 3 pinos! Sua Vez!
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DTT IT
Estímulos • Escolhidos pelo terapeuta. • Escolhidos pela criança.
• Repetidos até critério. • Variados.
• Funcionais em diversos ambientes.
Interação • Iniciada pelo terapeuta. • Iniciada pela criança.
• Repetida até critério. • Variadas.
• Detalhadamente descrita para a equipe • Sem script fixo, mas há orientações
(script). gerais
Resposta • A resposta correta ou sucessivas • Contingência mais “solta” de maneira
aproximações são reforçadas (arbitrária que tentativas de responder também são
e especificamente). reforçadas, embora um critério de
desempenho seja preestabelecido.
Consequência • Reforçadores primários e arbitrários são • Reforçadores naturais são pareados com
pareados com reforçadores sociais. reforçadores sociais.
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Objetivos
• Aumentar a frequência e complexidade da
linguagem falada, solicitando que o aluno
emita vocalizações.
Procedimentos
1. Organizar o ambiente com itens de
Modelo de Mando
interesse (não acessíveis).
2. Esperar que o aluno inicie uma interação.
3. Solicitar a vocalização com modelo da
resposta adequada (ex: me dá).
4. Disponibilizar o item de interesse.
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Objetivos
• Ensinar o aprendiz a iniciar interações
verbais
Procedimentos
1. Identificar uma situação em que o aprendiz
quer um objeto ou precisa de ajuda.
2. Esperar que o aluno inicie uma resposta (2
a 15 segundos). Ex: tentar alcançar o Atraso de Tempo
item.
3. Fornecer modelo (caso não inicie no
período de atraso).
4. Entregar o objeto desejado.
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Objetivo: aumentar frequência e variedade da
linguagem espontânea no contexto das
interações sociais cotidianas.
Procedimento
1. Organização de ambiente (materiais e
atividades).
2. Interação responsiva (responda a iniciativa
de interação da criança). Ex: “A pepa”
3. Modelagem (expansão dos enunciados, +
1). Ex: “Ela tá fazendo o que?”
4. Atraso de tempo. MilieuTeaching
5. Dicas. Ex: “A pepa tá dormindo”.
6. Reforçamento natural.
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Objetivos
• Aumentar a frequência e variedade dos
operantes verbais.
Procedimentos
• Configurar o ambiente natural (motivação e
oportunidades de ensino).
• Solicitar resposta verbal, quando o aluno
demonstrar motivação. Ex: criança busca
Ensino do Ambiente
pegar o carrinho. AT pergunta “como o
carrinho faz?” “bruuum, bibi”
Natural
• Entregar reforçadores específicos à
motivação.
• Esvanecimento das dicas.
• Transferência de função entre operantes.
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Treino de Resposta Pivotal
• O Treinamento de Respostas Pivotais (PRT, em inglês) tem como objetivo aumentar a responsividade
das crianças com sintomas de TEA no ambiente natural, bem como aumentar a sensibilidade ao reforço
social.
• Princípios do PRT
1. Reforçar as tentativas de resposta.
2. Alternar pedidos para novos comportamentos com comportamentos já aprendidos.
3. Os reforçadores devem ter relação direta com a resposta da criança.
4. Tomada de vez: compartilhamento da liderança.
5. Antecedentes expostos de forma clara.
6. Utilizar as escolhas da criança para treinar competências específicas.
7. Modelação de afeto (reforço social): tom de voz, nível de atividade, narração das brincadeiras,
expressão de um afeto genuíno.
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8. Múltiplas e variadas oportunidades de comunicação. Farmacêutica
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Treino de Resposta Pivotal
• Principais práticas
1. Captura da atenção.
2. Tentativa em contingência de 3 termos Antecedente – Ação – Consequência.
3. Ajuda para os comportamentos desejados.
4. Gestão de consequências: força, tempo e frequência de reforço.
5. Moldar comportamentos: aproximações sucessivas.
6. Encadeamento: ensino de sequências de ações através de ajudas, reforço e análise de tarefas.
7. Avaliação funcional: testar ativamente a hipótese funcional.
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Treino de Resposta Pivotal – Estudos de Caso
A) É 5:00 da tarde e Becky e seu filho Robbie estão na cozinha, enquanto Becky
prepara o jantar favorito de seu filho, espaguete. Ela gostaria que Robbie a
ajudasse a pôr a mesa. Primeiro, ela precisa atrair sua atenção. Ela se
aproxima dele, toca-lhe, e diz: "Robbie". Ela garante o contato visual e então
diz: "Coloque os garfos na mesa, por favor." Então eles se sentam e começam
a comer.
B) É 05:00 da tarde e Becky e seu filho Robbie estão na cozinha, enquanto Becky
prepara espaguete para o jantar. Ela gostaria que Robbie colocasse a mesa.
Ela chama Robbie através do quarto e diz: "A mesa está pronta para o jantar?".
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Treino de Resposta Pivotal – Estudos de Caso
A) Carol e seu irmão autista Mark estão no parque com seus pais. Enquanto
estava sentado na mesa de piquenique Mark começa pegando o suco. Carol
segura sua mão e pergunta: "O que você quer beber?". Ele diz, "suco" e ele
recebe o suco.
B) Carol e seu irmão Mark autista estão no parque com seus pais. Carol tira a
comida e Marcos agarra o suco. Carol quer saber o que Marcos quer beber.
Enquanto ela tira o leite, o suco e o refrigerante pra fora de um saco de
supermercado, ela chama por cima do ombro de Mark, "Mark eu trouxe várias
bebidas saborosas. Eu trouxe suco, refrigerante e leite. O que você quer?"
Mark ignora e continua agarrando o suco.
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Treino de Resposta Pivotal – Estudos de Caso
A) Paul está olhando sua irmã Susan à tarde. Susan vai para a porta do quintal e
repetidamente bate no vidro, incapaz de abrir a porta para sair. Paul percebe a
oportunidade de incentivar Susan para pedir o que ela quer. Ele se aproxima
de Susan, segura sua mão e diz: "Escute-me." Susan olha para Paulo e ele diz:
"Você quer sair?" Susan diz "Sair". Paulo diz: "Bom trabalho, Susan!" e sai com
ela para o quintal para brincar.
B) Paul está olhando sua irmã Susan à tarde. Susan vai até a portado quintal e
bate várias vezes no vidro, incapaz de abrir a porta para sair. Paul chama a
Susan do outro lado da sala enquanto ele joga video game: "Susan, o que você
quer?''. Como não obtém resposta, ele grita de novo:"Susan, você quer ir para
fora?". Susan continua a bater no vidro.
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Diário de Ensino Naturalístico
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Ensino Naturalístico:
Vantagens
Generalização: Treino por familiares
com itens do aluno.
Problemas comportamentais podem
diminuir.
A aprendizagem pode ser mais rápida
em alguns casos.
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Ensino Naturalístico:
Habilidades
Habilidades de linguagem
Habilidades sociais
Habilidades acadêmicas
Habilidades motoras
Repertório de imitação
Habilidades de autocuidado
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Atividade Prática em Dupla
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1. Descreva o treino de Ensino Incidental.
2. Dê exemplo de um episódio de IT.
3. Quais são as vantagens do ensino
naturalístico?
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