Organização e Funcionamento Do SUS
Organização e Funcionamento Do SUS
Organização e Funcionamento Do SUS
ESPECIALIZAÇÃO EM
GESTÃO EM SAÚDE
Organização e
Funcionamento do SUS
Márcio Augusto Gonçalves
2021
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
AUTOR DO CONTEÚDO
Márcio Augusto Gonçalves
COORDENAÇÃO DO PROJETO
Roberto Luiz Alves Torres
PROJETO GRÁFICO
José Marcos Leite Barros
EDITORAÇÃO
Anita Maria de Sousa
Aldo Barros e Silva Filho
Enifrance Vieira da Silva
Danilo Catão de Lucena
REVISÃO TEXTUAL
Maria Tereza Lapa Maymone de Barros
Geruza Viana da Silva
CAPA
José Marcos Leite Barros
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS 90
REFERÊNCIAS 91
ORGANIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO DO SUS
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Apresentação da Disciplina
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a melhor proposta de sistema de
saúde do mundo. Esta não é uma afirmação precipitada ou exagerada.
Nosso SUS é o melhor sistema de saúde por nele estarem preconizadas
a universalidade e a integralidade a todos os cidadãos em território bra-
sileiro e representar, em termos constitucionais, um compromisso do
Estado brasileiro com seus cidadãos, sendo uma das políticas de maior
inclusão social já implementada no Brasil. A sua organização e o seu fun-
cionamento constituem uma rica área do conhecimento, que nos levará
a conhecer a grandeza de sua proposta. Ainda assim, há muito a ser feito
para implementarmos de fato todos os princípios dessa proposta.
Professor
Márcio Augusto Gonçalves
CAPÍTULO I
CAPÍTULO 1
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
(SUS)
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Prezado estudante,
Iniciamos o nosso primeiro Capítulo convidando você a conhecer o universo de
atuação do nosso Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo deste Capítulo é
aprofundar o seu conhecimento sobre o SUS, discutindo desde a sua criação,
os seus princípios norteadores, como se dá o planejamento das ações em saúde
até os instrumentos elaborados para tal. Esse conhecimento básico sobre o SUS
é fundamental para o entendimento dos próximos Capítulos.
Por isso, muita atenção, se surgir alguma dúvida, releia o conteúdo e busque
esclarecê-la com os materiais complementares e com o tutor no Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem (AVA). Boa leitura!
O SUS
CAPÍTULO 1
4º como o:
SAIBA MAIS 11
CAPÍTULO 1
de usuários e de informações (Teixeira et al, 2014);
SAIBA MAIS
CAPÍTULO 1
cada esfera de gestão quanto no contexto do SUS em sua totalidade;
SAIBA MAIS
Objetivos do PlanejaSUS
CAPÍTULO 1
mento que permitam planejar, monitorar e avaliar as três esferas de
gestão do SUS e que sirvam de parâmetro mínimo para o processo
de monitoramento, avaliação e regulação do SUS;
formação em saúde; e
• Plano de Saúde.
SAIBA MAIS
CAPÍTULO 1
Estadual deve refletir as necessidades e o planejamento dos municípios,
e o Plano Nacional deve atender às prioridades definidas pelos Estados.
Isso significa que as particularidades das diferentes realidades devem
estar refletidas no Plano de Saúde. Esse instrumento de planejamento
comporta adaptações que se fizerem necessárias, em cada esfera de ges-
tão, em consonância com a política nacional de saúde. Esse critério visa
a assegurar aos usuários a participação social.
SAIBA MAIS
TEXTO COMPLEMENTAR
21
Resumindo
ATIVIDADES
CAPÍTULO 2
AS INFORMAÇÕES NO
SETOR DA SAÚDE
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Prezado estudante,
Este Capítulo tem como objetivo apresentar o conceito de dado, informação
e conhecimento, as principais bases de dados disponibilizadas pelo SUS e a
Política de Informações em Saúde. É necessário que você leia este conteúdo
com atenção, buscando seu pleno entendimento. Para ampliar e dinamizar seu
aprendizado, leia os materiais complementares – textos e indicações de sítios –
sugeridos ao longo do Capítulo. Além dessa ação, realize as atividades indicadas
ao seu final. Em caso de dúvida, conte conosco, pois estamos aqui para auxiliá-
-lo neste processo de construção do conhecimento e no desenvolvimento de
habilidades que caracterizarão seu novo perfil profissional ao final deste curso.
Portanto, aproveite e bons estudos!
SAIBA MAIS
*Empírico – baseado na experiência e na observação, metódicas ou
não. Fonte: Houaiss (2009).
Nos dias de hoje muito falamos de informação, mas nem sempre apro-
fundamos nosso conhecimento sobre o que é efetivamente e como a
utilizamos. Na sociedade globalizada atual, entendemos que a informa-
24 ção, baseada em tecnologias de comunicação e processamento, é in-
sumo vital à qualidade do processo decisório como recurso-chave das
organizações.
A Informação na Saúde
CAPÍTULO 2
gestão e financiamento, conforme apresentado pela Rede Interagencial
de Informações para a Saúde (RIPSA) (RIPSA, 2014). A construção das
informações envolve diversas estruturas governamentais nos três níveis
de gestão do SUS, além de envolver outros órgãos, como o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e outros setores da Adminis-
tração Pública, como institutos de pesquisa, associações de categorias
profissionais ou funcionais e organizações não governamentais (ONGs).
SAIBA MAIS
O RIPSA tem como coordenador-geral o Secretário Executivo do Mi-
nistério da Saúde e é composto de 40 entidades de representação
técnica e científica nacionais na produção e na análise de dados,
como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
SAIBA MAIS
São doenças ou agravos à saúde que devem ser notificados à auto-
ridade sanitária por profissionais de saúde ou por qualquer cidadão,
para fins de adoção de medidas de controle pertinentes (BRASIL,
2009a).
CAPÍTULO 2
de programas de ações de saúde (BRASIL, 2014a).
Informações Financeiras
SAIBA MAIS
A BIREME localiza-se no Campus Central da Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP), desde a sua criação em 1967, segundo
acordo da OPAS com o Governo do Brasil. Disponível em: <www.
bireme.org>. Acesso em: 23 jun. 2014.
CAPÍTULO 2
2014b), cujas importantes informações podem subsidiar discussões e
políticas de saúde.
SAIBA MAIS
*Economia da Saúde – é o ramo do conhecimento que tem por
objetivo a otimização das ações de saúde, ou seja, o estudo das con-
dições ótimas de distribuição dos recursos disponíveis para assegu-
rar à população a melhor assistência à saúde e o melhor estado de
saúde possível, tendo em conta meios e recursos limitados. Fonte:
Brasil (2009a).
TEXTO COMPLEMENTAR
O Ministério da Saúde disponibiliza na internet informações sobre
todos os estabelecimentos em saúde, sua infraestrutura, profissio-
nais atuantes na saúde, equipes, habilitações do estabelecimento
hospitalar, entre outras.
32
ATIVIDADES
CAPÍTULO 3
OS NÍVEIS DE
ATENÇÃO À SAÚDE
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Prezado estudante,
Seja bem-vindo a mais uma etapa do nosso estudo. No Capítulo 3 vamos es-
clarecer o significado de “níveis de atenção à saúde” e conhecer os elementos
que os compõem, no âmbito do SUS. Nosso objetivo é ampliar a discussão
sobre o sistema de atenção à saúde, fundamentado no atendimento por níveis
de atenção.
Desejamos que você obtenha o máximo de proveito das ideias e dos conteúdos
apresentados neste Capítulo, de forma a obter subsídios para análise da maneira
como vêm sendo realizadas as atividades nessa área e a refletir sobre a maneira
de produzir seu trabalho no serviço público de saúde no Brasil. Bons estudos!
Modelos de Atenção
SAIBA MAIS
*Estabelecimentos – unidades de produção de serviços. Redes –
conjunto de estabelecimentos voltado à prestação de serviços co-
muns ou interligados mediante sistemas de referência e contrar-
-referência. Sistema – conjunto de instituições de saúde submetidas
a leis e normas que regulam o financiamento, a gestão e a provisão
dos serviços. Fonte: Elaborado pelo autor deste livro.
CAPÍTULO 3
zativas podem ser alvo de uma conjunção de propostas e estratégias
sinérgicas com vistas à transformação do modelo de atenção (TEIXEIRA,
2002 apud PAIM, 2008).
SAIBA MAIS
Esse entendimento é discutido principalmente por Mendes (2011)
conforme será, apresentado no Capítulo 6, quando formos discutir
as Redes de Atenção em Saúde.
SAIBA MAIS
Estratégia Saúde da Família – É a estratégia adotada pelo Ministério
da Saúde como prioritária para a organização da atenção básica; é
formada por equipe multiprofissional composta de médico, enfer-
meiro, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico
em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enferma-
gem e agente comunitário de saúde, entre outros. Para conhecer a
cobertura atual da Estratégia de Saúde da Família, acesse o Portal
Saúde. Fonte: Brasil (2014b).
CAPÍTULO 3
A média complexidade no âmbito do SUS, com relação ao seu papel e
poder organizativo, é definida, por exclusão, pelas ações que transcen-
dem aquelas da atenção básica e as que ainda não se configuram como
alta complexidade. Vem sendo compreendida como serviços de apoio
diagnóstico e terapêutico de atenção especializada de menor complexi-
dade tecnológica.
[...] ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos
de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática clíni-
ca demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização
de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento. (BRASIL, 39
2011b, p.12).
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
No modelo hospitalocêntrico de atenção à saúde prevalece a hege-
monia das práticas hospitalares e curativas, em detrimento de práti-
cas extra-hospitalares, em especial de atenção básica, tanto preven-
tivas quanto curativas (BRAGA NETO; BARBOSA; SANTOS, 2008).
CAPÍTULO 3
federais, estaduais ou municipais – e privados – subdivididos em con-
vênios, ou contratados pelo SUS, ou não contratados pelo SUS (BRASIL,
2011b).
TEXTO COMPLEMENTAR
Agora que você conhece os modelos e os níveis de atenção à saúde
e compreende a articulação entre os pontos de atenção à saúde,
poderá aprofundar seus conhecimentos por meio da leitura comple-
mentar dos links que relacionamos a seguir:
Resumindo
a)
b)
c)
d)
44
e)
f)
CAPÍTULO 4
A GESTÃO ADMINISTRATIVA
E FINANCEIRA DO SUS
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Prezado estudante,
Neste Capítulo, você vai perceber que conhecer a gestão de recursos do SUS,
sejam eles administrativos, financeiros ou humanos, é de grande relevância para
os gestores de saúde, em qualquer esfera de gestão. Os recursos são escassos e
a demanda por serviços de saúde é infinita, conforme reforçamos aqui. Por isso,
a gestão assume a importância necessária para que possamos realizar mais com
os recursos que temos. É o que podemos chamar de Melhor Valor do Dinheiro.
Os pontos aqui apresentados são fundamentais para que você possa compreen-
der a amplitude da nossa discussão sobre financiamento, utilização de recursos,
gestão, relação público-privada, entre outros. Aproveite e bons estudos!
SAIBA MAIS
*Captação de recursos – termo utilizado para descrever a mobili-
zação dos recursos para a operacionalização das diversas atividades
inerentes ao funcionamento das organizações governamentais e não
governamentais (estas sem fins lucrativos), em apoio à sua finalida-
de principal, independentemente da fonte ou do método utilizado
para gerá-los. Fonte: Brasil (2011e).
As principais fontes de recursos identificadas no sistema de saúde são:
CAPÍTULO 4
• recursos governamentais, próprios ou transferidos;
O termo mobilizar recursos está sendo mais utilizado que o termo capta-
ção de recursos, sendo identificado com a otimização dos recursos exis-
tentes (aumento da eficácia e eficiência dos planos), a conquista de novas
parcerias e a obtenção de fontes alternativas de recursos financeiros, se-
jam eles recursos humanos, de equipamentos, materiais ou serviços.
Financiamento da Saúde
Recursos do SUS
CAPÍTULO 4
vo para o cumprimento dos preceitos constitucionais de acesso univer-
sal e atendimento integral. Mais recentemente, em 2016, foi aprovada
a Emenda Constitucional n° 95, estabelecendo um Novo Regime Fiscal
(BRASIL, 2016). Determinou-se um teto de gasto para as despesas pri-
márias da União, sem definição de limite para as despesas financeiras.
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre o SIAFI visite o site: <https://www.gov.br/
tesouronacional/pt-br/siafi>.
SAIBA MAIS
Para saber mais, acesse:
CAPÍTULO 4
Muito se tem falado sobre a fonte de recursos para o financiamento do
SUS, na lógica do onde serão provisionados os recursos e quem paga a
conta. A discussão sobre para onde estão indo os recursos não tem sido
estudada com a mesma intensidade, apesar de haver fundamentação le-
gal que exige o conhecimento da utilização dos recursos na prestação de
serviços.
Até alguns anos atrás, antes do Pacto de Gestão do SUS, a quase totali-
dade dos repasses aos prestadores era feita por meio de pagamento pós-
-produção, tendo como base os valores dos procedimentos definidos na
tabela do SUS (ALEMÃO, 2012). Porém, o Ministério da Saúde, buscando
a melhor utilização dos recursos, tem incentivado o repasse por meio de
esquemas mistos. Os sistemas de produção do SUS, conforme apresen-
tamos no Capítulo 2, com base nos valores definidos na tabela do SUS,
não são atualmente a única forma de repasse aos prestadores de serviços
do SUS. Os valores repassados a título de incentivo e incremento, por
meio de pagamento global ou contratualização, são importantes formas
de repasse aos prestados.
Essa é uma questão que necessita de maiores discussões e evidências
CAPÍTULO 4
empíricas, por ser ainda uma fala comum a de que o SUS paga mal, os
valores da tabela do SUS são inferiores aos custos dos tratamentos,
entre outras.
SAIBA MAIS
Conforme o Planejamento do SUS e o Programa Anual de Saúde,
que estudamos no Capítulo 1.
CAPÍTULO 4
são pactuadas, conforme apresentado em Brasil (2006b):
• metas de qualidade – são aquelas que têm por objetivo avaliar a qua-
lidade do serviço prestado. São metas baseadas em indicadores que
representam a avaliação da assistência médica, da gestão da unidade
e da formação dos seus recursos humanos. Dessa forma, não basta
apenas produzir, mas o prestador tem de atender também à exigência
de qualidade, como atender à taxa de infecção hospitalar acordada 53
ou taxa de mortalidade.
A Eficiência do SUS
A Ineficiência de Escala
sos, que são escassos. Existe no setor da saúde uma relação estreita entre
escala e qualidade: geralmente os serviços de saúde ofertados em maior
volume apresentam melhor qualidade. Quando temos, por exemplo, um
hospital que faz um volume maior de cirurgias cardíacas, a tendência é
que esse hospital apresente uma qualidade maior nesse tipo de serviço.
A Ineficiência Alocativa
Observamos que 43% dos gastos da saúde são para atendimento à as-
sistência hospitalar e ambulatorial (ações de média e alta complexidade).
Como o setor hospitalar é o que consome mais recursos no SUS, o Mi-
nistério da Saúde apresenta alguns pontos de discussão sobre a inefici-
ência no setor hospitalar, que são: o forte subfinanciamento das ações de
média complexidade, gerando restrições quanto ao atendimento, além
de uma migração interna desses recursos para os procedimentos de alta
complexidade, e também a falta de oferta de alguns serviços de alta com-
plexidade pelo sistema de saúde suplementar, isto é, pelos prestadores
privados, por apresentarem altos custos (BRASIL, 2011a). Esses serviços,
como é o caso do fornecimento de medicamentos de alto custo, são
impossíveis de serem pagos pelos planos de saúde, e muito menos pelo
desembolso do usuário. Nesse caso, o que ocorre é um crescente pro-
cesso de judicialização da saúde.
SAIBA MAIS
Judicialização é termo utilizado para os diversos processos que tra-
mitam na justiça brasiliera com objetivo de acesso a medicamentos
e a tratamentos médicos.
CAPÍTULO 4
veem a organização dos sistemas públicos de saúde em tópicos, como
planejamento e orçamento; financiamento e recurso – sejam financeiros
ou humanos –; descentralização, municipalização; e outros pontos que
exigem uma otimização na gestão dos recursos. Nesse sentido, recur-
sos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, Estados
e municípios devem ser mobilizados para a prestação de serviços de
assistência à saúde da população. O objetivo é a melhoria da capacidade
de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência e adequada
organização dos serviços públicos, evitando a duplicidade de meios para
fins idênticos.
Funções Administrativas 55
Gestão de Suprimentos
SAIBA MAIS
56 A Lei n. 8.666/93, a Lei n. 10.520, de 17 de julho de 2002, Lei do
Pregão, e a Lei 14133/21 constituem a legislação básica sobre lici-
tações e contratos para a Administração Pública. Conheça a íntegra
dessas leis no Portal do Planalto. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm> e <http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm>; <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l8666compilado.htm>; <http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm> e <http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm>. Acesso
em: 27 set. de 2021.
CAPÍTULO 4
normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
58
Controle de Estoques
CAPÍTULO 4
em conta o acesso aos materiais, seja dos usuários do SUS, seja dos ór-
gãos prestadores de serviços.
Controle Patrimonial
Suporte Logístico
SAIBA MAIS
Essa legislação pode ser estudada por meio do link disponí-
vel em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/
60 prt2710_17_11_2011.html>. Acesso em: 27 set. 2021.
CAPÍTULO 4
competente podem ser desafiantes pela presença de um forte mercado
de trabalho privado. Além disso, o gasto com pessoal é considerado
de peso no orçamento geral do setor e varia de 60 a 65% dos gastos
hospitalares e de 85 a 90% dos gastos em unidades ambulatoriais, sem,
contudo, haver uma boa administração de recursos humanos (BANCO
MUNDIAL, 2007).
CAPÍTULO 4
casos em que não ocorre o ressarcimento ao sistema público.
TEXTO COMPLEMENTAR
Se você deseja aprofundar seu conhecimento sobre a gestão admi-
nistrativa e financeira do SUS, aproveite as indicações de leitura a
seguir:
Resumindo
CAPÍTULO 5
GESTÃO COMPARTILHADA
NO SUS
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Prezado estudante,
Neste Capítulo, discutiremos a gestão do SUS considerando as dificuldades que
possam advir de uma gestão compartilhada entre os entes federados, com inte-
resses políticos muitas vezes diversos. Nesse contexto, foram criados mecanis-
mos de negociação e pactuação para harmonizar e fortalecer a atuação das três
esferas de governo nos processos de formulação e implementação de políticas
de saúde.
Para seu pleno entendimento, leia este Capítulo atentamente, pesquise os con-
teúdos sugeridos que possam complementar seu conhecimento e interaja com
seus colegas de curso no AVA. Bons estudos!
O SUS, desde a sua instituição pela Lei Orgânica da Saúde, vem sofren-
do profundas mudanças, principalmente em razão do processo de des-
centralização das responsabilidades, das atribuições e dos recursos para
Estados e municípios.
• o financiamento da saúde;
CAPÍTULO 5
serviços de saúde;
71
Ao longo dos anos, desde a sua criação, as prioridades foram sendo alte-
radas. Em 2006, por exemplo, as prioridades eram:
• saúde do idoso;
• promoção da saúde; e
• saúde do trabalhador;
• saúde mental;
• saúde do homem.
Pacto em Defesa do SUS
CAPÍTULO 5
O Pacto em Defesa do SUS expressa os compromissos dos gestores com
a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos
princípios do SUS, estabelecidos na CF/88. Esse Pacto buscou ações que
visam a qualificar e a assegurar o SUS como política pública, tendo como
uma de suas iniciativas a garantia de financiamento, de acordo com as
necessidades do sistema.
SAIBA MAIS 73
Leia a íntegra da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS no ende-
reço eletrônico: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/car-
tas_direitos_usuarios_saude_3ed.pdf>. Acesso em: 09 out. 2021.
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e orga- nizado aos sistemas
de saúde.
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu
problema.
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre
de qualquer discriminação.
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus
valores e seus direitos.
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento
aconteça da forma adequada.
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde
para que os princípios anteriores sejam cumpridos.
O Pacto de Gestão
CAPÍTULO 5
so, de forma a estimular o debate e a negociação (BRASIL, 2011d).
75
TEXTO COMPLEMENTAR
Toda sugestão de leitura complementar visa a engrandecer o seu
processo de aquisição do conhecimento; portanto, uma ação que
aprofunda o conteúdo elaborado pelo professor para cada Capítulo.
CAPÍTULO 5
Neste Capítulo discutimos a gestão compartilhada do SUS para com-
preender de que forma a Lei n. 8.080/90 preconiza a participação da
sociedade no planejamento e controle da execução das ações e serviços
de saúde. Participação esta que se dá por intermédio dos conselhos pre-
sentes na União, nos Estados e municípios.
ATIVIDADES
CAPÍTULO 6
REDES DE ATENÇÃO
À SAÚDE
Prof. Márcio Augusto Gonçalves
Prezado estudante,
Neste Capítulo, vamos apresentar o funcionamento das Redes de Atenção à
Saúde buscando fundamentar a discussão sobre os modelos de atenção à saúde.
Nosso objetivo é facilitar seu entendimento por meio de um modelo de atenção
diverso do modelo hierarquizado, apresentado nos Capítulos anteriores.
Assim, convidamos você a trilhar mais alguns passos nesta disciplina a fim
de concluirmos nossos estudos sobre Organização e Funcionamento do SUS.
Boa leitura!
de efetivação do SUS.
80
SAIBA MAIS
Discutimos economia de escala ao longo do Capítulo 4 deste livro.
Se necessário, retome essa leitura.
CAPÍTULO 6
pecializada e hospitalar, além de vigilância em saúde (BRASIL, 2011a).
Também define que, em relação à hierarquização, as portas de entrada
do SUS, pelas quais os pacientes podem ter acesso aos serviços de saú-
de, são: atenção primária; atenção de urgência e emergência; atenção
psicossocial e, ainda, especiais, de acesso aberto.
Para que uma população seja de responsabilidade das RAS, deve haver
a organização do cadastramento das famílias, de forma a poder identifi-
car informações que permitam avaliar os fatores de riscos e estratificar
as condições de saúde estabelecidas. Essas informações devem estar em
sistemas informatizados que permitam vincular as famílias à unidade de
atenção primaria à saúde/equipe da Estratégia de Saúde da Família, con-
82
forme definido no Programa Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2012a).
A Estrutura Operacional
CAPÍTULO 6
É o nó que coordena os fluxos e contrafluxos do sistema de atenção à
saúde. É constituído pela atenção primária à saúde – a unidade de aten-
ção primária à saúde ou a equipe do Programa de Saúde da Família.
Serviços de Apoio
A construção social das RAS, para serem consequentes, devem estar su-
portadas por informações de qualidade, ofertadas por bons sistemas de
informação em saúde (MENDES, 2010). O autor assevera que os sis-
temas de informação em saúde constituem-se num esforço integrado
para coletar, processar, reportar e usar informação e conhecimento para
influenciar as políticas, os programas e a pesquisa em saúde.
CAPÍTULO 6
dos usuários, o prontuário clínico, os sistemas de acesso regulado à
atenção à saúde e os sistemas de transporte em saúde (MENDES, 2010).
SAIBA MAIS
*Acolhimento com Classificação de Risco – é um modo de operar
os processos de trabalho em saúde assumindo uma postura capaz
de acolher, escutar e dar respostas adequadas aos usuários. Fonte:
Brasil (2009b).
TEXTO COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre as RAS e, assim, refletir com propriedade
sobre os modelos de atenção à saúde mencionados neste Capítulo,
leia as obras sugeridas a seguir.
CAPÍTULO 6
Neste último Capítulo demonstramos os conceitos e a proposta de or-
ganização e funcionamento das RAS, modelo idealizado principalmente
por Eugênio Villaça Mendes e apresentado no seu livro Redes de Atenção
à Saúde. Esse modelo contrapõe-se ao sistema fragmentado implemen-
tado pelo SUS e vigente no País.
ATIVIDADES
Não pretendemos aqui esgotar esse assunto, pois muito ainda precisa
ser pesquisado, analisado e melhorado, como será feito complementar-
mente por meio do estudo das demais disciplinas deste curso.
98 VILELA, Silvano. Como fazer a coleta para o exame urocultura com TSA,
ATB para obter um resultado correto. [2013]. Disponível em: <http://
www.plugbr.net/como-fazer-a-coleta-para-o-exame-urocultura-com-
-tsa-atb-para- obter-um-resultado-correto/>. Acesso em: 26 jun. 2014.